AVISO: ESTA CRÔNICA CONTÉM LÁGRIMAS DE CROCODILO.
ESTOU A PIQUE. Afundado, naufragado, estropiado. Envolto até os fundilhos do pescoço, vivendo num perigo de proporções gigantescas. Mergulhado, de baixo para cima, de cima para baixo, num mar tenebroso e escuro. Por conta, perdi tudo. Fiquei sem saída, sem amarras onde me agarrar. Neste momento, me encontro sem chão, sem eira nem beira. Em razão disso, tenho constantes suores e calafrios. Tipo um formigamento inexplicável. Atrelado a ele, um medo mórbido e tétrico me invade, me arrasa, me aflige, me angustia e me devassa. Que desilusão! Talvez o vazio que me desmorona, e, neste momento me extermina, seja consequência dos meus dissabores e horrores, dores e dias, horas e confusões, sobretudo das confusões vividas em estado de decadência quando me dirigia à dilapidação do meu próprio “eu” interior. O fato é que na verdade, não sei explicar.
Apenas tenho conhecimento e convicção, ou a prática constante da sapiência em ebulição constante, me mostrando que tudo o que vivo agora, seja um vazio pegajoso e imensurável. Reconheço, um oco cavo, construído, entretanto (apesar de desprovido de sentido lógico), por cordas e nós, fitas e amarras, laços e fortes correntes que me prendem, não me permitindo “sair fora” usque (até que) não consentindo que eu siga em frente, em busca de um horizonte mais sociável, ameno e hospedeiro. Tudo o que me cerca, assume ares de destruição. Esta destruição, por sua vez, creio, imposta goela abaixo, me corrói, me destrói... me aniquila. Se eu pudesse, num instante parar o tempo, rever os dias passados, talvez encontrasse os motivos que hoje me deixam à beira de um estado de nervos incurável. Eu tento, verdade seja dita, mas não consigo.
Alguma coisa que desconheço, me tolhe o desejo veemente de seguir adiante. De caminhar de cabeça erguida. De voltar a viver os momentos bons e maravilhosos que fizeram parte do “meu ontem”. “Meu ontem”… ficou em algum ponto da estrada. Não sei onde, ou de que maneira, este aperreio anunciado (sem anúncio) me ocorreu. Procuro, desde então, ou dito de forma mais pesada, busco tipo um tresloucado, exaltado e aturdido, alucinado e arvorado, dar de cara com uma válvula de escape. Uma porta sem chave, totalmente aberta. Um vão arreganhado, um falho sem miolo. Um desvão infrutífero e alheado (alienado). Um buraco (buraco não, pelo amor de Deus) uma saída emergente. Um escape urgente, um “apenas de gula fula e radiosa”, que me leve de volta ao estado bonançoso onde eu estava e me faça sentir novamente abraçado à Felicidade.
A minha Felicidade se foi. Falo da Felicidade plena. Aquela danada inteira, cheia, repleta, no auge e pronta para a minha degustação. Degustação? Melhor seria, para meu gozo, ou meu desfrute, irmanado à minha sobrevivência. Não importa. O fato concreto é que a safada arrumou as malas e se mandou. Partiu saltitante para a cidade do “Não Sei Onde” e me deixou aqui, sozinho, vazio, despejado das coisas boas. Desempregado da sorte, e pior, aniquilado, abraçado fortemente às desventuras surgidas de minha falta de um Amanhã mais condescendente. Por favor, alguém me acuda. Onde tem um pé de alface? Quero me autodestruir, me automutilar. Matar a mim mesmo tirando, arrancando, desenraizando, eliminando, banindo do peito, da alma, do corpo, dando uns tiros de festim em meu próprio suicídio.
ESTOU A PIQUE. Afundado, naufragado, estropiado. Envolto até os fundilhos do pescoço, vivendo num perigo de proporções gigantescas. Mergulhado, de baixo para cima, de cima para baixo, num mar tenebroso e escuro. Por conta, perdi tudo. Fiquei sem saída, sem amarras onde me agarrar. Neste momento, me encontro sem chão, sem eira nem beira. Em razão disso, tenho constantes suores e calafrios. Tipo um formigamento inexplicável. Atrelado a ele, um medo mórbido e tétrico me invade, me arrasa, me aflige, me angustia e me devassa. Que desilusão! Talvez o vazio que me desmorona, e, neste momento me extermina, seja consequência dos meus dissabores e horrores, dores e dias, horas e confusões, sobretudo das confusões vividas em estado de decadência quando me dirigia à dilapidação do meu próprio “eu” interior. O fato é que na verdade, não sei explicar.
Apenas tenho conhecimento e convicção, ou a prática constante da sapiência em ebulição constante, me mostrando que tudo o que vivo agora, seja um vazio pegajoso e imensurável. Reconheço, um oco cavo, construído, entretanto (apesar de desprovido de sentido lógico), por cordas e nós, fitas e amarras, laços e fortes correntes que me prendem, não me permitindo “sair fora” usque (até que) não consentindo que eu siga em frente, em busca de um horizonte mais sociável, ameno e hospedeiro. Tudo o que me cerca, assume ares de destruição. Esta destruição, por sua vez, creio, imposta goela abaixo, me corrói, me destrói... me aniquila. Se eu pudesse, num instante parar o tempo, rever os dias passados, talvez encontrasse os motivos que hoje me deixam à beira de um estado de nervos incurável. Eu tento, verdade seja dita, mas não consigo.
Alguma coisa que desconheço, me tolhe o desejo veemente de seguir adiante. De caminhar de cabeça erguida. De voltar a viver os momentos bons e maravilhosos que fizeram parte do “meu ontem”. “Meu ontem”… ficou em algum ponto da estrada. Não sei onde, ou de que maneira, este aperreio anunciado (sem anúncio) me ocorreu. Procuro, desde então, ou dito de forma mais pesada, busco tipo um tresloucado, exaltado e aturdido, alucinado e arvorado, dar de cara com uma válvula de escape. Uma porta sem chave, totalmente aberta. Um vão arreganhado, um falho sem miolo. Um desvão infrutífero e alheado (alienado). Um buraco (buraco não, pelo amor de Deus) uma saída emergente. Um escape urgente, um “apenas de gula fula e radiosa”, que me leve de volta ao estado bonançoso onde eu estava e me faça sentir novamente abraçado à Felicidade.
A minha Felicidade se foi. Falo da Felicidade plena. Aquela danada inteira, cheia, repleta, no auge e pronta para a minha degustação. Degustação? Melhor seria, para meu gozo, ou meu desfrute, irmanado à minha sobrevivência. Não importa. O fato concreto é que a safada arrumou as malas e se mandou. Partiu saltitante para a cidade do “Não Sei Onde” e me deixou aqui, sozinho, vazio, despejado das coisas boas. Desempregado da sorte, e pior, aniquilado, abraçado fortemente às desventuras surgidas de minha falta de um Amanhã mais condescendente. Por favor, alguém me acuda. Onde tem um pé de alface? Quero me autodestruir, me automutilar. Matar a mim mesmo tirando, arrancando, desenraizando, eliminando, banindo do peito, da alma, do corpo, dando uns tiros de festim em meu próprio suicídio.
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