José Feldman
(Maringá/PR)
MEU ADEUS
Quando minha vida extinguir,
não importa como morri,
pois se alguém te inquirir,
conte apenas como eu vivi.
Conte dos amores que tive,
dos amigos que deixei,
do pranto que não contive
e do tanto quanto penei.
Conte o abraço incontido,
da felicidade em viver,
de meu mundo colorido
e do meu reerguer.
Conte os sonhos que eu sonhava
e o tanto que por eles batalhei,
do desânimo que me derrubava
e como dele me levantei.
Conte sobre nossos momentos juntos,
e o tanto de filmes que assistimos,
da enorme quantidade de assuntos
que nunca nós reprimimos.
Conte sobre minhas palhaçadas
e o quanto que nós gargalhamos,
tornando nossas vidas animadas,
e o quanto nos deleitamos.
Conte sobre os gatos que amava,
cuja saudade nunca extinguiu,
do tanto que eu os idolatrava
e do carinho que por eles persistiu.
Conte como eu os tratava,
como minha vida por eles dediquei,
cada um que eu abraçava,
cada um que eu amei.
Conte sobre as cadelas de minha vida,
e o tanto de amor que sempre lhes ofereci,
de como minha alma lhes era agradecida
e quando de suas partidas, o quanto morri.
Mas acima de tudo…
Conte que eu era meio tosco,
mas que tinha um grande amor
por todos que viveram conosco
e todos que vivi cada momento de dor.
Conte que eu não era perfeito,
nem rico nem doutor.
Conte que apesar de todo defeito
eu sempre acreditei no amor.
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