O livro "Português para Convencer. Comunicação e Persuasão em Direito", de Claudio Moreno e Túlio Martins, é uma obra fundamental para quem deseja aprimorar suas habilidades linguísticas. Com diversas dicas de ortografia e gramática, as orientações podem ser utilizadas por todos que almejam melhorar a qualidade de seu texto, especialmente quando se depararem com a ambiguidade.
Uma frase ambígua é aquela que abre margem para duas ou mais interpretações. Isso é uma característica prejudicial ao texto, visto que os leitores podem se deparar com diversas compreensões, como no caso a seguir:
"Quando o vizinho tentou separar o animal de seu dono, ele mordeu o vizinho."*
O problema nessa frase se deve ao pronome "ele". Embora muitos leitores compreendam que o pronome se refere ao animal, essa frase dá lugar a interpretação de que o dono teria sido quem deu a mordida.
Há dois principais responsáveis pela ambiguidade: os pronomes pessoais e os adjuntos verbais. Ao se atentar a eles, será possível produzir textos coesos e eficazes, contribuindo para uma comunicação assertiva. Vamos nos aprofundar neles.
PRONOMES PESSOAIS
Na tentativa de não utilizar o mesmo substantivo repetidas vezes, optamos por usar um pronome. É necessário, porém, uma atenção maior para que não ocorra a ambiguidade. Os pronomes servem para representar um substantivo mencionado anteriormente e, como no exemplo já citado, isso aumenta as chances de uma frase ambígua aparecer no texto.
"O professor disse ao pai que sua atitude tinha prejudicado muito o desempenho do filho."
O "sua" pode se referir tanto ao professor como ao pai. Existem situações em que a repetição do substantivo, mesmo que menos elegante que a utilização do pronome pessoal, é mais eficiente para evitar confusões.
ADJUNTOS ADVERBIAIS
O segundo maior responsável pela ambiguidade é o adjunto adverbial, principalmente ao final da frase.
"Ela achou o documento que tinha perdido na sexta."
Não fica claro ao leitor se o documento foi perdido ou achado na sexta. Para evitar isso, é recomendável mudar a posição do adjunto adverbial e separá-lo com vírgulas. Caso o cheque tenha sido encontrado no domingo, uma opção de construção frasal é a seguinte:
"Ela achou, na sexta, o documento que tinha perdido."
Assim, é possível transmitir a mensagem com clareza e de maneira precisa, sem lugar para ambiguidade.
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Exemplos adaptados por Marcelo Spalding
Uma frase ambígua é aquela que abre margem para duas ou mais interpretações. Isso é uma característica prejudicial ao texto, visto que os leitores podem se deparar com diversas compreensões, como no caso a seguir:
"Quando o vizinho tentou separar o animal de seu dono, ele mordeu o vizinho."*
O problema nessa frase se deve ao pronome "ele". Embora muitos leitores compreendam que o pronome se refere ao animal, essa frase dá lugar a interpretação de que o dono teria sido quem deu a mordida.
Há dois principais responsáveis pela ambiguidade: os pronomes pessoais e os adjuntos verbais. Ao se atentar a eles, será possível produzir textos coesos e eficazes, contribuindo para uma comunicação assertiva. Vamos nos aprofundar neles.
PRONOMES PESSOAIS
Na tentativa de não utilizar o mesmo substantivo repetidas vezes, optamos por usar um pronome. É necessário, porém, uma atenção maior para que não ocorra a ambiguidade. Os pronomes servem para representar um substantivo mencionado anteriormente e, como no exemplo já citado, isso aumenta as chances de uma frase ambígua aparecer no texto.
"O professor disse ao pai que sua atitude tinha prejudicado muito o desempenho do filho."
O "sua" pode se referir tanto ao professor como ao pai. Existem situações em que a repetição do substantivo, mesmo que menos elegante que a utilização do pronome pessoal, é mais eficiente para evitar confusões.
ADJUNTOS ADVERBIAIS
O segundo maior responsável pela ambiguidade é o adjunto adverbial, principalmente ao final da frase.
"Ela achou o documento que tinha perdido na sexta."
Não fica claro ao leitor se o documento foi perdido ou achado na sexta. Para evitar isso, é recomendável mudar a posição do adjunto adverbial e separá-lo com vírgulas. Caso o cheque tenha sido encontrado no domingo, uma opção de construção frasal é a seguinte:
"Ela achou, na sexta, o documento que tinha perdido."
Assim, é possível transmitir a mensagem com clareza e de maneira precisa, sem lugar para ambiguidade.
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Exemplos adaptados por Marcelo Spalding
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