A INVEJA é uma espécie de glutonaria generalizada. Uma ambição maldosa, ou como rotularam as pessoas boas, um “olho gordo” estupidamente ganancioso que nasceu por força da ignorância de cada um, que vicejou como ervas daninhas num jardim cheio de flores preciosas. É também um sentimento degradante e comum entre os seres tidos como “humanos.” Dependendo do grau que atinge cada criatura em particular, pode chegar e, de fato chega, a patamares insuportáveis. Grosso modo, a inveja é conhecida também como “COBIÇA.”
Vem à tona quando se deseja ardentemente ter algo que a outra pessoa conquistou, como posses (casas, apartamentos, carros), ou status (um cargo numa empresa onde um amigo ou até mesmo um parente trabalha) e é satisfatoriamente remunerado com um polpudo salário. A inveja, em certas pessoas, pode destruir relacionamentos duradouros e inquebrantáveis. A maldita aflora de um nada, ou seja, tanto pode vir à luz por conta de uma admiração, quanto de uma insatisfação por aquilo que o outro lutou de unhas e dentes. Dependendo do tamanho que o invejoso alimenta a sua inveja pelos desejos do alheio acaba virando uma doença incurável.
Uma desgraça! No fim, a inveja se agiganta, predomina, cria raízes e se espalha como um câncer que se prolifera num corpo são e acaba atingindo até mesmo quem a sente. Tem gente que chega às raias do desespero e é capaz de matar, notadamente quando não consegue os objetivos almejados. Em doses pequenas, a inveja até serviria como motivação para qualquer ser pensante melhorar e alcançar seus propósitos. Porém, quando não controlada, leva quem a instiga dentro de si, a seguir por descaminhos escuros, ou pior, a encorajar sentimentos negativos, como ressentimentos e frustrações, e até prejudicar relacionamentos pessoais e profissionais.
“A melhor maneira de lidar com a inveja é não ter inveja.” Focar unicamente no desenvolvimento pessoal e apreciar o que possui, sem desejar abocanhar o que o próximo auspiciou com seus esforços. Cada pessoa tem a sua própria jornada e conquistas. A inveja poderia servir como motivação para se alcançar metas? Sim, Poderia. Quando canalizada de forma positiva, se transforma num impulso medonho para se galgar os píncaros e se chegar a eles. Existem mecanismos sem que a mente do invejoso assumido seja inteiramente dominada por suas teias implacáveis e malévolas.
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Aparecido Raimundo de Souza, natural de Andirá/PR, 1953. Aos doze anos, deu vida ao livro “O menino de Andirá,” onde contava a sua vida desde os primórdios de seu nascimento, o qual nunca chegou a ser publicado. Em Osasco, foi responsável, de 1973 a 1981, pela coluna Social no jornal “Municípios em Marcha” (hoje “Diário de Osasco”). Neste jornal, além de sua coluna social, escrevia também crônicas, embora seu foco fosse viver e trazer à público as efervescências apenas em prol da sociedade local. Aos vinte anos, ingressou na Faculdade de Direito de Itu, formando-se bacharel em direito. Após este curso, matriculou-se na Faculdade da Fundação Cásper Líbero, diplomando-se em jornalismo. Colaborou como cronista, para diversos jornais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, como A Gazeta do Rio de Janeiro, A Tribuna de Vitória e Jornal A Gazeta, entre outras. Hoje, é free lancer da Revista ”QUEM” (da Rede Globo de Televisão), onde se dedica a publicar diariamente fofocas. Escreve crônicas sobre os mais diversos temas as quintas-feiras para o jornal “O Dia, no Rio de Janeiro.” Acadêmico da Confraria Brasileira de Letras. Reside atualmente em Vila Velha/ES.
Fontes: Texto enviado pelo autor.
Imagem: https://mundopsicologos.com/quais-as-caracteristicas-de-uma-pessoa-invejosa
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