MANOEL CAVALCANTE
Pau dos Ferros/ RN
Peço a “Noel”, com leveza,
que ao chegar do polo norte,
bote ao menos pão na mesa
dos que nasceram sem sorte.
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Soneto de
JOSÉ ANTONIO JACOB
Juiz de Fora/MG
Natal dos Meus Sonhos
Se não houver partilha de bondade
Não há Natal na vida que amenize
A dor profunda da desigualdade
Entre os irmãos de casa e de marquise.
Que a ceia repartida simbolize
O pão sagrado da fraternidade
E que consagre a paz e realize
Esse Natal de fato e de verdade.
De não ter criança pobre numa esquina
A olhar brinquedos dentro da vitrina,
Onde “Papai Noel” sorri contente…
Natal é muito mais, e mais seria,
Se a gente retribuísse o dia a dia
Que a vida nos concede de presente.
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Trova de
JOSÉ MESSIAS BRAZ
Juiz de Fora/ MG
Meu Natal, hoje, é melhor,
pelo conforto e os bons tratos,
mas o sonho era maior,
quando eu não tinha sapatos!
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Soneto de
FRANCISCO NEVES MACEDO
Natal/ RN, 1948 – 2012
Novo Natal
Eu fiz um soneto falando da dor,
de pobres crianças, em mais um Natal.
Carentes de tudo, de pão e de amor,
um sonho maior, que se fez sazonal.
Eu quero dizer ao Noel, ”parcial”:
lembrai cada filho do trabalhador,
querendo somente um olhar paternal,
recebe uma noite, sem luz e sem cor!
Você, Pai Noel, sem amor pelos pobres,
desfila o trenó pelos bairros mais nobres,
esquece, no morro, a criança infeliz.
Em nome dos pobres, eu tenho uma queixa:
você, velho ingrato, retorna e não deixa,
sequer um brinquedo, que um rico não quis.
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Trova de
VERA MARIA BASTOS
Juiz de Fora/ MG, 1934 – 2006
É Natal! A casa cheia
e a família reunida
no amor de Deus faz a ceia,
dividindo o pão da vida!
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Poema de
VANDA FAGUNDES QUEIROZ
Curitiba/PR
Sempre Natal
Pelas voltas do tempo, houve mudança
nos festejos da data do Natal,
mas não me esqueço quando era criança,
e tudo era mais simples afinal.
Papai montava caixas, lá no canto
da sala tão modesta e pequenina.
Mamãe armava o presépio. E que encanto
fascinava minha alma de menina!
Os três magos, em fila, meio sérios,
olhavam Jesuzinho no seu berço.
À luz da vela eu via mil mistérios,
e então a minha mãe puxava o terço.
Papai partiu. Depois, mamãe também.
Hoje, tudo se fez modernidade.
Mas eu conservo o amor, a luz e o bem
do Natal do meu lar, que hoje é saudade.
Se o mundo ao meu redor parece novo,
persiste o verdadeiro, o essencial.
Seja quando e onde for… na alma do povo
nasce Jesus! Natal sempre é Natal.
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Trova de
THALMA TAVARES
São Simão/ SP
Peço a Deus, neste momento,
no fervor de minha prece,
um natal sem sofrimento
pra todo irmão que padece.
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Poema de
IEDA LIMA
Caicó/ RN
A família reunida
dividindo o pão à mesa
será sempre, com certeza,
a melhor coisa da vida.
Adotando esta medida,
de maneira natural,
todo mundo é visto igual
festejando o Deus-criança;
minha casa é só bonança,
numa noite de Natal.
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Trova de
ADEMAR MACEDO
Santana do Matos/ RN, 1951 – 2013, Natal/ RN
O Natal é uma beleza:
tem presentes, festa e luz…
Mas vejo que em cada mesa
falta um lugar pra Jesus!
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Poema de
LUIZ DUTRA
Natal/RN
No barraco da favela,
não existe luz acesa;
lá na noite de Natal,
falta luz, sobra pobreza;
Natal, lá, é o mesmo drama,
falta presente na cama,
e pão em cima da mesa.
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Trova de
MIGUEL RUSSOWSKY
Santa Maria/RS ,1923 – 2009, Joaçaba/SC
Deus com seu saber profundo,
para nos trazer a paz,
mandou o seu filho ao mundo
há dois mil anos atrás.
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Poema de
OLGA DIAS FERREIRA
Pelotas/RS
Prece de Natal
Ouço bem longe, doces tons divinos,
a penetrar-me a alma com fulgor,
diviso sons, suaves, cristalinos,
a propagar a vinda do Senhor.
Pobres pastores, rumam campesinos,
na atmosfera de cadeia em flor,
escutam forte badalar de sinos,
em grandes festas para o Salvador.
Os três Reis Magos, com prazer intenso,
transportam joias, o mais raro incenso,
com vestes santas, para um festival…
Brilhando o sol, com o raiar mais denso,
formulo prece, com amor imenso:
bendito sejas, Pai, neste Natal!!!
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Trova de
CAROLINA RAMOS
Santos/ SP
Noite excelsa… A Ti, Jesus,
guiou a Estrela os pastores!
É Natal!… Que a Santa Luz,
guie agora os Trovadores!
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Poema de
NEMÉSIO PRATA
Fortaleza/ CE
Natal Moderno.
É dezembro, mês de festa,
Festejamos o Natal,
Não existe festa igual!
Festa simples e modesta,
Não há festa tal qual esta!
Tem anjo, tem querubim,
Tem arcanjo e serafim,
Tem rei mago com presente;
O coral canta dolente
O chegar do “meninim”!
Mas também tem muita gente
Correndo, daqui pra ali,
Num terrível frenesi,
Atrás de comprar presente;
Êta Natal diferente!
Nesse “fuxico” infernal,
De cunho comercial,
Vê-se o povo em “agonia”,
Falsificando alegria;
Nem parece que é Natal!
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Trova de
POMPÍLIO O. VIEIRA
São Vicente/SP
Natal da minha velhice…
não sinto qualquer revolta:
– Papai Noel… ah! quem disse
que, em nós, o sonho não volta?
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