quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Silmar Bohrer* (Croniquinha) 125


Música da calha. 

Quem nunca ouviu a música da calha? 

Quem nunca dormiu, sonhou, acordou com o som mavioso da chuva madrugada a dentro?  Quem nunca ouviu o pinga pingar dos pingos, o ressumar calha abaixo, acordando os pensamentos nebulosos em meio ao chuvejar?

A  música da calha é a música da vida.

A música dos dias, das horas, dos segundos. Leva, enleva, conduz o gotejar do certo e do incerto, do bate lá e bate cá, vida a fora, nos rumos do insondável fim dos dias e no inacreditável final da calha .

Tantas noites, tantas chuvas, tantas águas-pingos que descambam por caminhos irremediáveis que nem sempre sabemos onde vão dar - refrigérios e magias, ou asperezas e dificuldades pondo a vida a ressonar. 

Sonoras calhas da vida!
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*Silmar Bohrer nasceu em Canela/RS em 1950, com sete anos foi para em Porto União-SC, com vinte anos, fixou-se em Caçador/SC. Aposentado da Caixa Econômica Federal há quinze anos, segue a missão do seu escrever, incentivando a leitura e a escrita em escolas, como também palestras em locais com envolvimento cultural. Criou o MAC - Movimento de Ação Cultural no oeste catarinense, movimentando autores de várias cidades como palestrantes e outras atividades culturais. Fundou a ACLA-Academia Caçadorense de Letras e Artes. Membro da Confraria dos Escritores de Joinville e Confraria Brasileira de Letras. Editou os livros: Vitrais Interiores  (1999); Gamela de Versos (2004); Lampejos (2004); Mais Lampejos (2011); Sonetos (2006) e Trovas (2007).

Fonte: Texto enviado pelo autor. 
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

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