domingo, 4 de dezembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 415)


Uma Trova Nacional

Sempre que na noite calma
ouvires passos na rua,
não tenhas medo, é minha alma
andando em busca da tua.
–ANTÔNIO JURACI SIQUEIRA/PA–

Uma Trova Potiguar

Eu não sei bem se é loucura,
porém me sinto feliz;
imaginando a ternura
dos versos que nunca fiz!...
–JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN–

Uma Trova Premiada

1999 - Cachoeiras de Macacu/RJ
Tema: JORNAL - M/H

Sou, na tua vida, agora,
o artigo já sem valia
de um jornal jogado fora
por falta de serventia...
–MARIA NASCIMENTO/RJ–

Uma Trova de Ademar

Vi à luz de lamparina,
em inspirações imerso
que a musa se faz menina
para brincar no meu verso.
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Em sofrer minha alma insiste,
mesmo sabendo, também,
que a dor da espera é mais triste
se não se espera ninguém...
–ALONSO ROCHA/PA–

Simplesmente Poesia

M O T E : José Lucas de Barros/RN

Sei que deste mundo lindo,
vou sair, só não sei quando;
mas quero morrer dormindo
para entrar no céu sonhando!

G L O S A : Prof. Garcia/RN


Sei que deste mundo lindo,
Vou levar muita saudade;
Mas quero partir sorrindo,
Feliz para a eternidade!

Outro mundo me convida,
vou sair, só não sei quando;
Escondo a dor da partida,
Deixo a saudade chorando!

Não será justo e bem vindo,
O dia em que eu for embora...
mas quero morrer dormindo
Sem ver a dor de quem chora!

Eu vou partir sem querer,
e quando eu for, vou cantando;
antes, quero adormecer,
para entrar no céu sonhando!

Estrofe do Dia

Quando a gente envelhece a vida ensina
que o cansaço é um monstro a ser vencido,
o pesadelo faz parte da rotina
e a esperança é um sonho adormecido;
sem o ar os pulmões perdem o impulso,
coalha o sangue nas veias falta o pulso
por não ter mais saúde de reserva;
um dos lados do corpo fica manco
e todo rosto é um quadro em preto e branco
que o museu da velhice não conserva.
NONATO COSTA/CE–

Soneto do Dia

Súplica.
–CAROLINA RAMOS/SP–

Dá-me, Senhor, a benção que resume
a certeza de que, crescendo aos poucos,
hei de chegar a ver o excelso lume
- privilégio dos bons, quiçá bem poucos!

Dá-me a graça de olhar, sem ter ciúme,
namorados aos pares, de amor loucos,
da saudade a esquecer o frio gume
e o coração no peito a dar-me socos!

Dá-me ver rosas, mesmo em vaso alheio,
a enfeitar este mundo, às vezes feio
- feio porque o egoísmo assim o quis!

Dá-me um punhado tenro de esperanças...
Dá-me o riso espontâneo das crianças...
- Mais nada eu peço, para ser feliz!

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