terça-feira, 5 de março de 2013

Efigênia Coutinho (O Rigor Literário Sobre a Poesia de Efigênia Coutinho por Ela Mesmo)

 A poesia será sempre um meio de comunicação de sentimentos na escrita. Eu tenho um ritmo pessoal, operando desvios de ângulos, mas sem perder de vista a tradição, procurando atingir o núcleo da idéia essencial, a imagem mais direta possível, abolindo as passagens intermediárias. Certa da extraordinária riqueza da metáfora - tratei de instala-lá nos meus poemas, com toda a sua carga e força emocional! Atraída pelos sentimentos, entendi que a linguagem poderia manifestar essa tendência, sob a forma de um encontro de palavras extraídas da Alma. Ao inicio, as palavras vinham num conjunto, informes, desarticuladas e, pouco a pouco, as fui compondo, sentindo silaba por silaba, e aplicando-as dentro dos versos. Há tantos momentos misteriosos dentro da alma poeta, que vivemos uma alquimia , a bem dizer, a essência mesma da vida em vida. Procurei sempre mais a musicalidade que a sonoridade; evitei o mais possível a ordem inversa, procurei muitas vezes obter o ritmo sincopado, a quebra violenta do metro, porque isso se acha de acordo com a nossa atual predisposição emocional; certos versos meus são os de alguém que leu muito Baudelaire, Shakespeare, Paulo Mantegazza, e muita musica clássica. Empreguei freqüentemente a forma elíptica, visto ser uma tendência acentuada da poesia moderna que ajuda a terminologia final; de resto não crio uma ruptura entre o poeta e o leitor, antes impõe este a uma disciplina mental, ensinando-lhe a imaginar nos intervalos, encobrindo analogias e paralelismos. Sendo de natureza impulsiva e romântica, julgo ter feito um trabalho verdadeiro , pois se os relacionar à minha contínua necessidade de expulsão de sentimentos, meus textos são até construídos e ordenados. “É a expressão da subjetividade, da harmonia e do amor universal. Em minha poesia, ora demonstro um tom bastante emotivo, ora amplo interesse pelas coisas simples da vida, revelando alteridade, amizade e solidariedade.

Fonte:
http://www.veropoema.net/publicacao.asp?codtxt=292

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