VIVE O SONHO
MOTE:
Se a vida é sonho fugaz,
vive o sonho bem vivido,
que o remorso vem atrás
de cada instante perdido.
Carolina Ramos
(Santos/SP)
GLOSA:
Se a vida é sonho fugaz,
vive e sonha essa alegria,
inventa outro sonho e faz
mais feliz teu dia-a-dia!
Ao romper de cada aurora,
vive o sonho bem vivido,
não lamentes teu outrora...
que ele não volta, é sabido!
Sonhando, tu saberás
que, viver bem, é preciso,
que o remorso vem atrás
de um só momento indeciso!
E colhe os frutos da estrada,
volta, mesmo sem ter ido,
pra não te sentir culpada
de cada instante perdido.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
QUE VOLTASSES...
MOTE:
Que voltasses, era a prece
de minha alma desnorteada:
Tu voltaste, e hoje parece,
que estou sonhando acordada.
Colombina
São Paulo/SP (1882 – 1963)
GLOSA:
Que voltasses, era a prece
da minha noite e meu dia...
Sinto que esse amor merece,
a chegada da alegria!
Está grande o mar de pranto
de minha alma desnorteada:
Nas horas do desencanto,
sem você... choro meu nada!
Mas, minha dor anoitece,
pois és meu sol, minha luz...
Tu voltaste, e hoje parece,
que nem vivi minha cruz!
Estou tão feliz agora,
tão feliz e apaixonada
que parece, a cada hora,
que estou sonhando acordada.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
CASCALHOS
MOTE:
Pisei cascalhos e espinhos...
mas firme, em minhas andanças,
com as pedras dos caminhos
fiz castelos de esperanças.
Edmar Japiassú Maia
(Nova Friburgo/RJ)
GLOSA:
Pisei cascalhos e espinhos...
vi sangrarem os meus pés
seguindo nos descaminhos,
transpondo triste revés...
Continuei minha jornada,
mas firme, em minhas andanças
procurei encher meu nada
com minhas simples lembranças!
Lapidei com meus carinhos,
o que antes era cascalho,
com as pedras dos caminhos
eu construí meu atalho!
Segui, adiante... risonho...
E renovando as alianças,
para a prisão do meu sonho
fiz castelos de esperanças.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
MORADA NA TROVA
MOTE:
Pode o amor, banhado em sonhos,
construir morada nova,
nos braços sempre risonhos
dos quatro versos da trova.
Flávio Roberto Stefani
(Porto Alegre/RS)
GLOSA:
Pode o amor, banhado em sonhos,
renovar-se, reviver,
mudando os dias tristonhos,
num eterno renascer.
E, assim, feliz e faceiro,
construir morada nova,
e seus dotes de engenheiro,
na construção, pôr à prova.
Apressar dias tardonhos
e atirar-se com alegria,
nos braços sempre risonhos
de ternura da poesia.
Essa morada bonita,
que a felicidade aprova,
tem a beleza infinita
dos quatro versos da trova.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
OS VERSOS QUE EU SONHO
MOTE:
Meu conflito e meu fracasso
é que as trovas que eu componho
têm sempre os versos que faço,
e nunca os versos que eu sonho.
Izo Goldman
(Porto Alegre/RS, 1932 – 2013, São Paulo/SP)
GLOSA:
Meu conflito e meu fracasso
vivem sempre dentro em mim...
Caminho, passo-antepasso,
e não atinjo meu fim!
O que me tira a alegria,
é que as trovas que eu componho
não fazem brilhar meu dia,
e muito amor, nelas, ponho!
Sinto aumentar meu cansaço,
pois minhas trovas somente,
têm sempre os versos que faço
que surgem da minha mente.
Minha sensibilidade
é pouca, isso eu suponho,
pois escrevo a realidade
e nunca os versos que eu sonho.
MOTE:
Se a vida é sonho fugaz,
vive o sonho bem vivido,
que o remorso vem atrás
de cada instante perdido.
Carolina Ramos
(Santos/SP)
GLOSA:
Se a vida é sonho fugaz,
vive e sonha essa alegria,
inventa outro sonho e faz
mais feliz teu dia-a-dia!
Ao romper de cada aurora,
vive o sonho bem vivido,
não lamentes teu outrora...
que ele não volta, é sabido!
Sonhando, tu saberás
que, viver bem, é preciso,
que o remorso vem atrás
de um só momento indeciso!
E colhe os frutos da estrada,
volta, mesmo sem ter ido,
pra não te sentir culpada
de cada instante perdido.
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QUE VOLTASSES...
MOTE:
Que voltasses, era a prece
de minha alma desnorteada:
Tu voltaste, e hoje parece,
que estou sonhando acordada.
Colombina
São Paulo/SP (1882 – 1963)
GLOSA:
Que voltasses, era a prece
da minha noite e meu dia...
Sinto que esse amor merece,
a chegada da alegria!
Está grande o mar de pranto
de minha alma desnorteada:
Nas horas do desencanto,
sem você... choro meu nada!
Mas, minha dor anoitece,
pois és meu sol, minha luz...
Tu voltaste, e hoje parece,
que nem vivi minha cruz!
Estou tão feliz agora,
tão feliz e apaixonada
que parece, a cada hora,
que estou sonhando acordada.
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CASCALHOS
MOTE:
Pisei cascalhos e espinhos...
mas firme, em minhas andanças,
com as pedras dos caminhos
fiz castelos de esperanças.
Edmar Japiassú Maia
(Nova Friburgo/RJ)
GLOSA:
Pisei cascalhos e espinhos...
vi sangrarem os meus pés
seguindo nos descaminhos,
transpondo triste revés...
Continuei minha jornada,
mas firme, em minhas andanças
procurei encher meu nada
com minhas simples lembranças!
Lapidei com meus carinhos,
o que antes era cascalho,
com as pedras dos caminhos
eu construí meu atalho!
Segui, adiante... risonho...
E renovando as alianças,
para a prisão do meu sonho
fiz castelos de esperanças.
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MORADA NA TROVA
MOTE:
Pode o amor, banhado em sonhos,
construir morada nova,
nos braços sempre risonhos
dos quatro versos da trova.
Flávio Roberto Stefani
(Porto Alegre/RS)
GLOSA:
Pode o amor, banhado em sonhos,
renovar-se, reviver,
mudando os dias tristonhos,
num eterno renascer.
E, assim, feliz e faceiro,
construir morada nova,
e seus dotes de engenheiro,
na construção, pôr à prova.
Apressar dias tardonhos
e atirar-se com alegria,
nos braços sempre risonhos
de ternura da poesia.
Essa morada bonita,
que a felicidade aprova,
tem a beleza infinita
dos quatro versos da trova.
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OS VERSOS QUE EU SONHO
MOTE:
Meu conflito e meu fracasso
é que as trovas que eu componho
têm sempre os versos que faço,
e nunca os versos que eu sonho.
Izo Goldman
(Porto Alegre/RS, 1932 – 2013, São Paulo/SP)
GLOSA:
Meu conflito e meu fracasso
vivem sempre dentro em mim...
Caminho, passo-antepasso,
e não atinjo meu fim!
O que me tira a alegria,
é que as trovas que eu componho
não fazem brilhar meu dia,
e muito amor, nelas, ponho!
Sinto aumentar meu cansaço,
pois minhas trovas somente,
têm sempre os versos que faço
que surgem da minha mente.
Minha sensibilidade
é pouca, isso eu suponho,
pois escrevo a realidade
e nunca os versos que eu sonho.
Fonte:
Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas VI. In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. http://www.portalcen.org. Abril 2003.
Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas VI. In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. http://www.portalcen.org. Abril 2003.
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