sábado, 8 de julho de 2023

Luiz Poeta (Trovpeia)


Agendas... vários pedaços
de pedaços de poesia
reservando alguns espaços
para alguma fantasia.

Compromissos? Tão escassos...
... eu escrevo todo dia,
transformando em simples traços
meus espaços de alegria.

E a cada vez que que me leio,
olhando velhas agendas
vejo coisas que nem creio,
sonhando... criando lendas.

... ou afinal, registrando
os amores que senti,
quando me senti amando
tudo aquilo que escrevi.

Hoje, a pena sente pena
de mim, mas vai deslizando
triste, nervosa, serena
e eu me pergunto: "Até quando?"

A saudade dita: escrevo.
O presente edita o fato,
medito , quase me atrevo
ante meu falso retrato.

Acordo... enfim tiro a venda:
o Sol parece tão lindo...
preciso de quem me entenda...
que pena, que o dia é findo.

Mais uma trova atrevida
revida ao meu pensamento
e no desfecho da vida
refaz mais um sentimento.

Poeta que sou, trovador,
desses tantos, tão iguais,
pergunto-me: - Sonhador,
escrevendo, aonde vais?

Vou, amigo, onde a poesia
me chamar... basta um sorriso
convidando à fantasia
e escrevo o que for preciso.

Não conto sílabas... canto
meu momento mais feliz
estimando o acalanto
de um sonhador aprendiz.

Fonte:
Enviado pelo poeta.

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