sábado, 28 de setembro de 2024

Julimar Andrade Vieira (Trovas em Preto &Branco)


1
A inteligência encerra
tudo quanto a força faz…
Da força resulta a guerra;
da inteligência, a paz.
2
À sombra do anonimato
somente os covardes agem.
Nunca, um cidadão sensato.
Nunca, um homem de coragem.
3
Cumpre bem a sua norma
em prol da sociedade
o jornalista que informa
sem distorcer a verdade.
4
De grandeza, desconfio
ser este o sonho da fonte:
ser, um dia, um grande rio,
todo coberto de ponte.
5
Dura, suada e sofrida
quase sempre é a trajetória
de quem consegue, na vida,
a tão sonhada vitória.
6
É na surdina, eu suponho,
juntinho à mulher querida,
que a vida se torna sonho
e o sonho se torna vida.
7
Há muito cego sabido
que nada de cego tem.
Se o vento sobe um vestido,
como o ceguinho vê bem!
8
Minha mãe, analfabeta,
sozinha aprendeu a ler,
mas fez seu filho, poeta,
muitas lições aprender.
9
Nada expressa mais tristeza,
nem há vida mais tristonha,
que a de quem sofre a pobreza,
sem realizar o que sonha…
10
Nem sempre faço o que penso,
para evitar embaraço,
mas, por questão de bom senso,
penso sempre no que faço.
11
O rancor não engrandece
o passado de ninguém.
A gente prospera e cresce
amando e fazendo o bem.
12
Quem muito a si mesmo cobra
ou de si mesmo é juiz,
no pouco tempo que sobra
não dá para ser feliz.

AS TROVAS UMA A UMA

As trovas de Julimar apresentam uma ampla variedade de temáticas, reflexões e conceitos, que envolvem desde questões sociais e comportamentais até aspectos da vida cotidiana. A seguir, uma análise aprofundada de cada uma das doze trovas apresentadas.

Trova 1. A inteligência encerra
Aqui, Julimar opõe a força à inteligência, destacando que a guerra (que resulta da força) é intrinsecamente negativa, enquanto a paz, oriunda da inteligência, é desejável. Essa dualidade sugere uma crítica à luta pela dominação e promove a valorização do raciocínio e do diálogo como meios de resolução de conflitos. A mensagem é clara: a sabedoria deve prevalecer sobre a brutalidade.

Trova 2. À sombra do anonimato
Esta trova explora a coragem e a covardia. Julimar sugere que a verdadeira coragem é visível e não se esconde no anonimato; covardes agem nas sombras, como forma de evitar a responsabilização. Ele preconiza que cidadãos sensatos e corajosos não têm medo da exposição e da luta por suas convicções, promovendo a ideia de integridade e a necessidade de assumir posições.

Trova 3. Cumpre bem a sua norma
Aqui, o trovador enaltece a função do jornalista, enfatizando a importância da verdade na informação. Isso pode ser visto como uma crítica à manipulação e à desinformação, que muitas vezes dominam a mídia. Valoriza a ética no jornalismo, reconhecendo que a veracidade é um pilar fundamental para a construção de uma sociedade justa.

Trova 4. De grandeza, desconfio
Nesta trova, há uma reflexão sobre ambição e as suas consequências. Julimar sugere que a busca por grandeza muitas vezes é superficial e está ligada a uma necessidade de validação externa. O uso da metáfora do "grande rio" coberto de pontes pode ser interpretado como uma crítica à busca por reconhecimento material em detrimento de valores que realmente importam.

Trova 5. Dura, suada e sofrida
Julimar aborda a luta pela conquista das vitórias na vida, reconhecendo que o sucesso muitas vezes vem acompanhado de sacrifícios e dificuldades. A ideia de que a trajetória é "quase sempre" desafiadora reforça a realidade de que o caminho para a realização é repleto de obstáculos, mas também é uma mensagem motivadora sobre a resiliência e a recompensa do esforço.

Trova 6. É na surdina, eu suponho
Com esta trova, o autor explora a conexão íntima entre amor e felicidade. A ideia de que a vida se torna um sonho na companhia da pessoa amada sugere que os relacionamentos significativos são essenciais para uma vida plena. Essa visão transcende a materialidade e sugere que a verdadeira realização se encontra nas pequenas coisas e na simplicidade.

Trova 7. Há muito cego sabido
O poeta utiliza um jogo de palavras para questionar a percepção do conhecimento e da sabedoria. A figura do "cego sabido" reflete a hipocrisia de quem se julga informado, mas na realidade não possui uma visão completa da vida. A observação do vento levantando um vestido sugere que, mesmo aqueles que se fazem de cegos, observam o que ocorre ao redor conforme o seu interesse.

Trova 8. Minha mãe, analfabeta
Nesta trova, há uma homenagem à figura materna, ressaltando a importância da aprendizagem e do exemplo. O fato de a mãe ter aprendido a ler por si mesma, embora analfabeta, ilustra o poder da auto-didática e a força da educação, que transcende a mera habilidade de ler e escrever, influenciando a formação do filho em um poeta.

Trova 9. Nada expressa mais tristeza
Julimar reflete sobre a pobreza e a frustração dos sonhos não realizados. O tom melancólico ressalta como a falta de recursos pode limitar a realização pessoal e causar sofrimento. A lamentação pela pobreza é um chamado à empatia, confrontando uma realidade social dura e muitas vezes invisível.

Trova 10. Nem sempre faço o que penso
Esse verso remete à consciência moral e ao pragmatismo que muitas vezes se fazem necessários nas interações sociais. A busca por evitar embaraços sugere uma pessoa que pondera suas ações, reconhecendo que o pensamento deve ser balanceado com as consequências das ações. O trovador defende a importância do equilíbrio entre reflexão e ação.

Trova 11. O rancor não engrandece
Enfatiza a ideia de que o ressentimento não traz benefícios. O crescimento pessoal é associado ao amor e às boas ações, chamando atenção para a necessidade de se libertar de emoções negativas para prosperar. É um convite à generosidade e à compreensão como formas de se transcender a dor do passado.

Trova 12. Quem muito a si mesmo cobra
A última trova toca na questão da auto-cobrança e da busca incessante por padrões pessoais. Julimar sugere que a autocrítica exacerbada pode gerar infelicidade, fazendo um apelo ao equilíbrio e à aceitação. A felicidade, nesta perspectiva, não está nas expectativas, mas na capacidade de aproveitar o momento presente.

TEMÁTICA DAS TROVAS DE JULIMAR E SUA RELAÇÃO COM POETAS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS

As trovas de Julimar, abordam temas como amor, saudade, natureza e a efemeridade da vida. Comparemos a temática de suas trovas com poetas brasileiros e estrangeiros que também exploram esses temas.

1. Amor
Muitas dessas trovas falam sobre o amor de forma suave e nostálgica, ressaltando a beleza e a dor que ele pode causar. O amor, para Julimar, não é apenas um ideal romântico; é uma experiência humana repleta de desafios e superações. Além disso, ele também aborda o amor sob a perspectiva da tradição e da cultura popular. Suas trovas muitas vezes dialogam com elementos do folclore, mostrando como as manifestações históricas e culturais influenciam a percepção do amor. Ele pode fazer referências a amores impossíveis, a rivalidades e ao papel do amor na vida comunitária, revelando a interconexão entre o amor individual e a coletividade. 

Outro ponto importante nas trovas de Julimar é a maneira como ele traz à tona a vulnerabilidade humana. O amor, em suas palavras, é um território onde a fragilidade está sempre presente, e a saudade e a tristeza são parte do processo de amar e ser amado. Essa visão mais realista e menos idealizada do amor permite que suas trovas se tornem um espaço de identificação e empatia para aqueles que passam por experiências semelhantes.

As imagens poéticas que Julimar utiliza são ricas e evocativas, capazes de despertar sentimentos profundos no leitor. Ele frequentemente evoca a natureza, as estações do ano e elementos do cotidiano para simbolizar diferentes aspectos do amor, criando uma atmosfera que é ao mesmo tempo nostálgica e esperançosa.

Em suma, o amor abordado nas trovas de Julimar é multifacetado, explorando tanto a sua beleza quanto a sua dor. Ao fazê-lo, ele capta a essência da experiência humana, tornando suas obras atemporais e universalmente ressonantes. As trovas servem não apenas como uma celebração do amor, mas também como um convite à reflexão sobre as muitas formas que esse sentimento pode assumir ao longo da vida.

Vinícius de Moraes: Em poemas como "Soneto de Separação", Vinícius aborda a intensidade do amor e a tristeza da perda. Assim como nas trovas acima, há uma melancolia que permeia a lembrança de momentos felizes, criando um diálogo entre o amor vivido e o amor perdido.

Pablo Neruda: Em "Soneto XVII", expressa uma paixão ardente e visceral, que se entrelaça com o amor idealizado. Ambas as vozes poéticas, a de Neruda e a de Julimar, transmitem a dualidade do amor - sua beleza e suas dores.

2. Saudade
A saudade é um tema constante, refletindo o apego a momentos e pessoas que passaram. Julimar fala sobre sentimentos profundos e cheios de nuances, especialmente a saudade, que é uma emoção muito presente na cultura brasileira. A saudade é frequentemente descrita como uma mistura de sentimentos de perda, nostalgia e amor. Em suas trovas, provavelmente explora esses temas de uma maneira que ressoa com a experiência humana, fazendo uma conexão com o passado e as memórias associadas a pessoas, lugares ou momentos.

A saudade nas trovas de Julimar pode ser abordada em diferentes dimensões. Primeiramente, pode refletir a dor da ausência de alguém querido, onde as lembranças ganham vida em cada verso, evocados por sensações olfativas, sonoras ou visuais que trazem à tona momentos significativos. Além disso, as trovas podem capturar a beleza da saudade, mostrando como esse sentimento, embora muitas vezes doloroso, também pode ser uma homenagem àquilo que foi especial.

Outro aspecto importante da saudade nas trovas de Julimar pode ser a forma como ele a relaciona com o cotidiano, utilizando elementos da cultura popular, tradições e vivências que conectam ouvintes de diferentes regiões do Brasil. Essa habilidade de tecer a saudade com o tecido cultural local pode provocar uma identificação nas pessoas que ouvem suas músicas, tornando a experiência ainda mais universal e visceral.

Por fim, as trovas dele podem ter um tom esperançoso ou de aceitação, onde a saudade não é apenas um lamento, mas uma celebração das memórias vividas. Em vez de se concentrar apenas na perda, ele pode enfatizar a importância de valorizar os momentos que foram importantes, transformando a saudade em algo que, embora melancólico, também é reconfortante.

A saudade nas trovas é uma expressão multifacetada que aborda a complexidade das emoções humanas, interligando memória, amor e a vivência cultural de forma profunda e tocante.

Cazuza: Em suas canções fala sobre a intensidade da saudade e a dificuldade de lidar com a perda. A relação entre suas letras e as trovas é clara: ambos expressam sentimentos profundos de saudade que ressoam na memória.

Emily Dickinson: Em muitos de seus poemas, Dickinson explora a ideia da saudade e da perda. A maneira como ela captura a essência da ausência e a busca pela conexão é similar à profundidade emocional que encontramos nas trovas de Julimar.

3. Natureza
Frequentemente incorpora a natureza em seus versos, refletindo a rica biodiversidade e a cultura do Brasil. As trovas de Julimar costumam capturar a beleza do meio ambiente, ressaltando elementos como flora, fauna, paisagens e fenômenos naturais.

Elementos da Natureza nas Trovas de Julimar

1. Representação da Flora: As plantas, árvores e flores são frequentemente mencionadas nas trovas, simbolizando não apenas a beleza estética, mas também atitudes de cuidado e reverência. O uso de imagens como “as flores do campo” ou “as folhas a dançar ao vento” pode evocar sentimentos de alegria e plenitude.

2. Inspiração na Fauna: Os animais também têm grande presença nas trovas. Ao descrever pássaros, mamíferos ou até insetos, muitas vezes traz lições de vida ou reflexões sobre a liberdade e a interação entre os seres vivos. As metáforas que utilizam animais muitas vezes destacam características subtis, refletindo sobre a condição humana.

3. Ciclos Naturais: As menções a estações do ano, o ciclo da chuva, e a passagem do tempo são comuns. Esses elementos enfatizam a impermanência e a continuidade da vida, servindo como uma alegoria para as experiências humanas. A observação da natureza pode induzir a pensamentos mais profundos sobre o lugar do ser humano no mundo.

4. Cenário Local: Muitas trovas refletem o cenário regional, enfatizando características geográficas que falam à identidade cultural. Seja uma praia, um vale ou uma montanha, as descrições muitas vezes conectam o leitor ao seu próprio espaço, criando um vínculo emocional com a terra.

5. Simbolismo e Metáforas: A natureza em Julimar não é apenas uma descrição, mas um veículo de simbolismo. Elementos naturais são usados como metáforas para sentimentos humanos — a tempestade pode representar conflitos internos, enquanto um rio calmo pode estar associado à paz e serenidade.

6. Conexão com a Espiritualidade: Muitas vezes, a natureza é abordada como um reflexo da espiritualidade. A relação do homem com a terra, os elementos e as forças da natureza pode significar um diálogo com o divino, um reconhecimento da interdependência entre todos os seres.

As trovas de Julimar, ao explorar a natureza, se tornam mais do que simples observações; elas são uma reflexão da experiência humana e uma celebração da vida em todas as suas formas. Ao entrelaçar temas de natureza com emoção e experiência vivida, suas trovas continuam a ressoar com os leitores, convidando-os a apreciar e refletir sobre o mundo natural ao seu redor. Assim, a natureza nas trovas se torna um espaço de inspiração, introspecção e uma ponte para a compreensão mais profunda da vida e do lugar do ser humano nela.

Manuel Bandeira: é conhecido por sua relação íntima com a natureza, especialmente em poemas que falam dos ciclos da vida e da morte, como em "Vou-me embora pra Pasárgada". A conexão com a natureza nas trovas de Julimar ressoa com a busca pela beleza e pelo significado na obra de Bandeira.

William Wordsworth: é um dos principais poetas do romantismo, que exalta a natureza como uma fonte de inspiração e contemplação. Assim como Julimar, ele encontra na natureza um reflexo das emoções humanas e uma forma de conexão com o transcendente.

4. Efemeridade da Vida
As trovas de Julimar, reconhecido por sua habilidade em explorar a natureza efêmera da vida, abordam a transitoriedade das experiências humanas com uma profundidade poética. Essa temática é frequentemente refletida em sua escrita através da utilização de metáforas, simbolismos e um tom melancólico que captura a fragilidade da existência.

Um dos aspectos centrais dessa efemeridade é a inevitabilidade da passagem do tempo. Julimar frequentemente utiliza imagens da natureza, como flores que murcham ou a luz do sol que se põe, para ilustrar a beleza passageira da vida. Essas imagens evocam um sentimento de nostalgia, convidando o leitor a refletir sobre momentos que foram preciosos, mas que já não existem mais. Ele nos lembra que, assim como as flores, as experiências e os momentos significativos também têm seu tempo limitado.

Além disso, a efemeridade em suas trovas pode ser vista como um convite à apreciação do presente. Em meio à angústia da transitoriedade, há um apelo para que se valorize cada instante vivido. Isso cria um paradoxo: a consciência da brevidade da vida pode levar a uma maior valorização das emoções e das relações humanas. As trovas frequentemente enfatizam a importância de amar e estar presente, mesmo diante da certeza da separação e da perda.

Outro ponto importante é como essa temática está ligada à reflexão sobre a morte. O poeta não a aborda de maneira macabra, mas sim como uma parte natural do ciclo da vida. Essa aceitação pode proporcionar um conforto ao leitor, sugerindo que a efemeridade não deve ser vista apenas com tristeza, mas como uma oportunidade para celebrar a vida enquanto temos a chance.

Enfim, as trovas de Julimar também podem ser interpretadas como um retrato da condição humana. A busca por significado em meio à transitoriedade é uma luta comum a todos nós. A fragilidade da vida, destacada em suas palavras, pode levar à introspecção e à busca por um propósito que transcenda a efemeridade.

As trovas mergulham na temática da efemeridade da vida, evocando reflexão sobre o tempo, a beleza passageira, a importância das relações e a inevitabilidade da morte. Sua poesia não apenas capta a tristeza inerente à transitoriedade, mas também a celebração da vida, convidando os leitores a viver de forma mais consciente e plena, mesmo que por um breve momento.

Adélia Prado: Em seus poemas, Adélia reflete sobre o cotidiano e a passagem do tempo, enfatizando a beleza nas pequenas coisas, semelhante à abordagem de Julimar sobre a efemeridade.

John Keats: em seus "Odes", aborda a beleza e a transitoriedade da vida. A maneira como ele celebra cada momento enquanto também reconhece sua fragilidade se alinha bem com os sentimentos expressos nas trovas.

Conclusão
As trovas de Julimar, capturam emoções universais que são ecos de obras de poetas tanto brasileiros quanto estrangeiros. A intersecção entre suas temáticas e as de poetas como Vinícius de Moraes, Pablo Neruda, Cazuza, Emily Dickinson, Manuel Bandeira e John Keats revela a riqueza da experiência humana por meio da poesia, ampliando o entendimento sobre amor, saudade, natureza e a efemeridade da vida.

As trovas são densas em significado e oferecem reflexões sobre ética, moral, sociedade e emoções humanas. Cada uma delas traz uma lição, um chamado à reflexão ou uma crítica social, recorrendo a metáforas simples, porém poderosas que convidam o leitor a ponderar sobre a vida e seus desafios. A capacidade do autor de sintetizar tais complexidades em rimas curtas é o que torna suas obras notáveis e instigantes.

Representam uma confluência rica de tradição poética e inovação contemporânea, destacando-se não apenas por sua habilidade técnica, mas também por sua capacidade de ressoar com temas universais e atemporais. Influenciado por uma variedade de tradições literárias, Julimar utiliza a leveza da trovada para abordar questões profundas da experiência humana, como amor, natureza, sociedade e identidade.

A importância delas reside na forma como ele consegue unir a simplicidade da linguagem com a profundidade do conteúdo, tornando suas trovas acessíveis a um público vasto, mas também instigantes para críticos e estudiosos da literatura. Sua escrita reflete uma sensibilidade aguda para as nuances da vida contemporânea, explorando as complexidades das relações humanas e os desafios do mundo moderno.

Em um cenário global onde a literatura muitas vezes se distancia das experiências cotidianas, Julimar resgata a poesia como uma forma de conexão e introspecção, reafirmando seu poder de provocar reflexão e diálogo. Desse modo, suas trovas não apenas contribuem para o enriquecimento da literatura brasileira, mas também estabelecem um elo importante com a cultura contemporânea, reafirmando a relevância da poesia em tempos de transformação social e econômica.

Finalmente, as trovas de Julimar transcendem as fronteiras do mero entretenimento literário; ela se firma como um legado significativo, inspirando novas gerações de escritores e leitores a se engajarem com a arte da palavra, cultivando a reflexão crítica e a valorização das pequenas belezas que permeiam a vida.

Fonte: José Feldman. 50 Trovadores e suas Trovas em preto e branco. IA Open. vol.1. Maringá/PR: Biblioteca Voo da Gralha Azul. 2024.

Nenhum comentário: