Surge no horizonte, na lonjura do mar. Fumacinha quase imperceptível rumando o continente. E corre, e avança, incontinenti . . .
Logo parece nuvem crescendo, mais perto, chegando ao longo da costa, andança imanente, presente, sobre as ondas.
E invade, encobre areias, árvores, casas, pássaros. Pessoas são vultos serenos, viventes ausentes flutuando em auréolas.
Sentimentos, mimese, emanações, ouve-se sussuros de Cecília, poemas de Drummond, odes de Bandeira, fluências de Alphonsus (o Guimarães), gotículas borrifadas de poesia.
O que seria ?
A névoa.
Fonte: Texto enviado pelo autor
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