O OLHAR DELA...
MOTE:
Vou navegar estes mares,
de calmaria e procela
para ver se entre os olhares
encontro aquele olhar dela.
Clênio Borges
Porto Alegre/RS
GLOSA:
VOU NAVEGAR ESTES MARES,
vou navegar na emoção,
quero escutar os cantares
do meu próprio coração!
Nesse meu mar de esperança,
DE CALMARIA E PROCELA
é forte e doce a lembrança
que chega num barco à vela!
Por meios particulares
eu me ponho a procurar,
PARA VER SE ENTRE OS OLHARES
está quem quero enxergar!
Com amor e com ternura,
termino a nossa novela,
pois no fim desta procura,
ENCONTRO AQUELE OLHAR DELA.
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FORTUNA DO PERDÃO
MOTE:
Bendito seja o sujeito
que traído pelo irmão,
tira do fundo do peito
a fortuna do perdão!
Eduardo A. O. Toledo
Pouso Alegre/MG
GLOSA:
BENDITO SEJA O SUJEITO
que nunca guarda rancor,
é sinal de que ele é feito
só de amor, de muito amor!
Esse ser, mesmo tristonho,
QUE TRAÍDO PELO IRMÃO,
não destrói o grande sonho
que mora em seu coração!
Continua satisfeito,
pajeando a felicidade,
TIRA DO FUNDO DO PEITO
uma rosa de amizade!
A amizade verdadeira
é feita de doação,
e enriquece a terra inteira
A FORTUNA DO PERDÃO!
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PERFUME DELA
MOTE:
Ela voltou... penso... enfim!
Mas, a brisa me revela,
são as rosas do jardim,
usando o perfume dela.
Lila Ricciardi Fontes
São Paulo/SP
GLOSA:
ELA VOLTOU... PENSO... ENFIM!
Meu coração pulsa forte,
quase nem cabendo em mim,
sorrindo com tanta sorte!
Penso, ser o seu perfume,
MAS, A BRISA ME REVELA,
quase chorando de ciúme,
entrando pela janela...
Chega ao fim o meu festim,
pois os perfumes que eu sinto,
SÃO AS ROSAS DO JARDIM,
mais as mil flores de absinto!
Bem fundo, em meu coração,
esse perfume se anela,
são lembranças de emoção,
USANDO O PERFUME DELA.
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RENÚNCIA
MOTE:
Se a renúncia em seus degredos,
meus sonhos cobre de pó,
dou-me as mãos... enlaço os dedos
e finjo não estar só...
Otávio Venturelli
Nova Friburgo/RJ
GLOSA:
SE A RENÚNCIA EM SEUS DEGREDOS,
me faz sofrer e chorar,
enrolado nos meus medos
eu me incito a continuar!
Se essa renúncia enfadonha,
MEUS SONHOS COBRE DE PÓ,
minha alma, então, já nem sonha
uma tristeza sem dó!
Mas eu tenho os meus segredos,
segredos do coração:
DOU-ME AS MÃOS... ENLAÇO OS DEDOS
e invento nova emoção!
Por precisar de alegria,
do pranto, eu aperto o nó,
e me faço companhia,
E FINJO NÃO ESTAR SÓ…
Fonte:
Gislaine Canales. Glosas Virtuais de Trovas XXV. In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. http://www.portalcen.org. março de 2005.
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