Os dois homens, o senhor Alceu e o senhor Moacir, conversam na porta do galpão. O galpão é de propriedade do senhor Alceu, que aparentemente parece furioso.
Senhor Alceu:
— Só me responda uma pergunta, senhor Moacir
Senhor Moacir:
— Se estiver ao meu alcance...
Senhor Alceu:
— Estará, com certeza. O velho Euclides me deu a cunha. Seu Assis passou nos cobres o machado, seu Jânio foi na feira de domingo e trocou os quadros por batatas, cenouras, melancias e bananas.. Aquele baixotinho... Diabo, como era mesmo o nome dele?
Senhor Moacir:
— O Pero Vaz?
Senhor Alceu:
— Esse mesmo. Nome mais desgraçado!
Senhor Moacir:
— O que tem o senhor Pero Vaz?
Senhor Alceu:
— Vendeu a caminha onde dormia para meu filho Bisoião.
Senhor Moacir:
— E lhe deu o dinheiro, certamente?
Senhor Alceu:
— Não. Botou no bolso e deu linha à pipa. O Silvio, que parecia ser o mais responsável, fugiu pra Santos. O Fernando, sabino que só ele, anoiteceu e não amanheceu, o Paulo, outro sem vergonha, me deixou um coelho. Nem sei o que vou fazer com o pobre bichinho. E o Guimarães, quase bati nele. Deu uma rosa para minha esposa. Carinha safada, esse um... Afinal, nessa confusão toda, seu Moacir, quem me pagará o aluguel aqui do galpão que eu aluguei pra vocês?
Senhor Moacir:
— Seu Cristóvão.
Senhor Alceu:
— E posso saber com quê?
Senhor Moacir:
— Claro
Senhor Alceu:
— Então diga ai...
Senhor Moacir:
— Co’ lombo.
Fonte:
Texto enviado pelo autor.
Senhor Alceu:
— Só me responda uma pergunta, senhor Moacir
Senhor Moacir:
— Se estiver ao meu alcance...
Senhor Alceu:
— Estará, com certeza. O velho Euclides me deu a cunha. Seu Assis passou nos cobres o machado, seu Jânio foi na feira de domingo e trocou os quadros por batatas, cenouras, melancias e bananas.. Aquele baixotinho... Diabo, como era mesmo o nome dele?
Senhor Moacir:
— O Pero Vaz?
Senhor Alceu:
— Esse mesmo. Nome mais desgraçado!
Senhor Moacir:
— O que tem o senhor Pero Vaz?
Senhor Alceu:
— Vendeu a caminha onde dormia para meu filho Bisoião.
Senhor Moacir:
— E lhe deu o dinheiro, certamente?
Senhor Alceu:
— Não. Botou no bolso e deu linha à pipa. O Silvio, que parecia ser o mais responsável, fugiu pra Santos. O Fernando, sabino que só ele, anoiteceu e não amanheceu, o Paulo, outro sem vergonha, me deixou um coelho. Nem sei o que vou fazer com o pobre bichinho. E o Guimarães, quase bati nele. Deu uma rosa para minha esposa. Carinha safada, esse um... Afinal, nessa confusão toda, seu Moacir, quem me pagará o aluguel aqui do galpão que eu aluguei pra vocês?
Senhor Moacir:
— Seu Cristóvão.
Senhor Alceu:
— E posso saber com quê?
Senhor Moacir:
— Claro
Senhor Alceu:
— Então diga ai...
Senhor Moacir:
— Co’ lombo.
Fonte:
Texto enviado pelo autor.
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