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Leio no Google que a Universidade de Coimbra, uma das mais antigas do mundo, foi criada em 1290 – pouco mais de um século após a fundação de Portugal. Tem, portanto, 730 anos. A primeira faculdade de Maringá, ponto de partida para a formação de nossa UEM, foi criada em 1959 – apenas 12 anos após a fundação da cidade. Tem, portanto, 61 anos. A diferença é que a de Coimbra teve como padrinho o próprio rei, Dom Dinis, enquanto a de Maringá nasceu do arrojo de uma comunidade de pioneiros. Quando completar 730 anos, que dirão dela os historiadores?
Mas voltemos à Maringá de 1959. Fruto de uma vigorosa campanha liderada por Dom Jaime Luiz Coelho, conseguiu-se, no final do governo Moysés Lupion, uma abençoada proeza: a criação de nossa primeira escola superior – a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas. Pouco depois, durante as gestões dos prefeitos João Paulino e Luiz de Carvalho, com o apoio do então governador Ney Braga, foram criadas mais três instituições – a Faculdade de Direito, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e o Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas.
Todas essas grandes conquistas, só Deus sabe quanta ousadia custaram. Porém viria em seguida a ousadia maior: a fundação da Universidade, sonho máximo da geração desbravadora. Adriano Valente era o prefeito; Paulo Pimentel o governador. Dinheiro havia pouquinho para o atrevido empreendimento. Sobravam, todavia, fé e coragem. E foi assim que, no peito e na raça, juntando as quatro faculdades já existentes, uma canetada histórica de Paulo Pimentel gravou em ata, no dia 6 de novembro de 1969, a Lei número 6.034, mediante a qual foi criada oficialmente a Universidade Estadual de Maringá.
Coube aos primeiros reitores a empreitada de transformar em campus universitário a fazendona desapropriada para tal fim ao lado da Avenida Colombo e iniciar a organização da UEM como instituição de ensino superior nos moldes da moderna academia. Nas gestões seguintes, cada reitor fazendo o certo no momento certo, a UEM foi rapidamente se consolidando. Hoje é uma das melhores do Brasil.
Os que estudamos e/ou trabalhamos lá no comecinho guardamos preciosas lembranças. O barro escorreguento, os blocos de madeira, a carência de material didático, a necessidade de improvisar as coisas – pioneirismo raçudo, lindo, épico.
Só mesmo um povo de bravos teria tido peito para criar e levar adiante um projeto de tal porte. Mas valeu. Daqui a 730 anos essa história há de ser lembrada.
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Crônica publicada no Jornal do Povo - Maringá - 12-11-2020
Fonte:
Texto enviado pelo autor.
Mas voltemos à Maringá de 1959. Fruto de uma vigorosa campanha liderada por Dom Jaime Luiz Coelho, conseguiu-se, no final do governo Moysés Lupion, uma abençoada proeza: a criação de nossa primeira escola superior – a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas. Pouco depois, durante as gestões dos prefeitos João Paulino e Luiz de Carvalho, com o apoio do então governador Ney Braga, foram criadas mais três instituições – a Faculdade de Direito, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e o Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas.
Todas essas grandes conquistas, só Deus sabe quanta ousadia custaram. Porém viria em seguida a ousadia maior: a fundação da Universidade, sonho máximo da geração desbravadora. Adriano Valente era o prefeito; Paulo Pimentel o governador. Dinheiro havia pouquinho para o atrevido empreendimento. Sobravam, todavia, fé e coragem. E foi assim que, no peito e na raça, juntando as quatro faculdades já existentes, uma canetada histórica de Paulo Pimentel gravou em ata, no dia 6 de novembro de 1969, a Lei número 6.034, mediante a qual foi criada oficialmente a Universidade Estadual de Maringá.
Coube aos primeiros reitores a empreitada de transformar em campus universitário a fazendona desapropriada para tal fim ao lado da Avenida Colombo e iniciar a organização da UEM como instituição de ensino superior nos moldes da moderna academia. Nas gestões seguintes, cada reitor fazendo o certo no momento certo, a UEM foi rapidamente se consolidando. Hoje é uma das melhores do Brasil.
Os que estudamos e/ou trabalhamos lá no comecinho guardamos preciosas lembranças. O barro escorreguento, os blocos de madeira, a carência de material didático, a necessidade de improvisar as coisas – pioneirismo raçudo, lindo, épico.
Só mesmo um povo de bravos teria tido peito para criar e levar adiante um projeto de tal porte. Mas valeu. Daqui a 730 anos essa história há de ser lembrada.
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Crônica publicada no Jornal do Povo - Maringá - 12-11-2020
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Texto enviado pelo autor.
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