sábado, 1 de julho de 2023

Silmar Böhrer (Croniquinha) 87

Andanças, caminhadas, vilegiaturas? E por que estas saídas corriqueiras para o mato, para a cidade ou as campinas? Primeiro, que não sou caseiro contumaz. Segundo, é na rua, nos espaços livres mas cheios de vida, de cores , de sabores, que cuido do físico, do psíquico e da espiritualidade.    

Andando pelas quebradas, entre os verdes e as pradarias, águas e ciliares, me divirto e e embeveço com a natureza.  Junto à mágica mãe natura chegamos mais perto da divindade, dos deuses, das alturas.     

Em vagares pela cidade incorporo o amigo querido Érico Veríssimo, que na sua missão de romancista adorava observar a espécie humana, seus variados tipos e personagens. Fascinado pelo homem o "criador de sestro e aventuras" dizia que os seus personagens viviam no palco da vida.

Delicia-me observar, pesquisar, indagar as pessoas, satisfazendo curiosidade e acrescentando conhecimentos, na faina de registrar a saga humana nos mais intrincados e insondáveis caminhos.

E bem recordo daqueles deliciosos papos numa certa rua Felipe de Oliveira na "cidade das colinas veludosas", em que o contador de histórias ia noite a dentro dando vida às conversas, dizendo sempre: "A vida - a mais estranha de todas as sagas".

Fonte:
Texto enviado pelo autor.

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