quinta-feira, 11 de abril de 2024

Recordando Velhas Canções (Você abusou)


Composição: Tom Jobim

Você abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!

Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona sofrer dor
Que eu já nem sei
Se é meninice
Ou cafonice o meu amor

Se o quadradismo
Dos meus versos
Vai de encontro
Aos intelectos
Que não usam o coração
Como expressão

Você abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!

Que me perdoe
Se eu insisto nesse tema
Mas não sei fazer
Poema ou canção
Que fale de outra coisa
Que não seja o amor

Se o quadradismo
Dos meus versos
Vai de encontro
Aos intelectos
Que não usam o coração
Como expressão

Você abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!
Tirou partido de mim
Abusou!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 

Desamor e Poesia: A Essência de 'Você Abusou'

A música 'Você Abusou', interpretada por Maria Creuza, é uma expressão lírica que aborda a temática do desamor e da decepção afetiva. A repetição enfática do verso 'Você abusou! Tirou partido de mim' sugere uma relação onde houve exploração emocional ou desequilíbrio, onde um dos parceiros se sente lesado pelo outro. A canção reflete a dor e a resignação de quem foi prejudicado, mas também revela uma perspectiva madura ao reconhecer que o sofrimento amoroso é um sentimento comum e até mesmo banal ('É tão normal ter desamor').

A artista, ao mencionar o 'quadradismo dos meus versos', pode estar fazendo uma autocrítica ou uma reflexão sobre a simplicidade de sua expressão poética, que pode não ser bem recebida pelos 'intelectos que não usam o coração como expressão'. Essa passagem destaca a importância da emoção na arte e na vida, em contraste com uma abordagem mais racional e menos sensível. Maria Creuza, com sua voz suave e interpretação emotiva, consegue transmitir a profundidade dos sentimentos envolvidos na experiência do amor e da dor.

Por fim, a música se fecha com a aceitação da própria limitação da artista em falar de outros temas que não o amor. Isso pode ser visto como uma declaração de que o amor, em suas diversas formas, é uma fonte inesgotável de inspiração artística e pessoal. A canção, portanto, além de ser um desabafo sobre uma experiência pessoal, é também uma reflexão sobre a arte de compor e sobre a universalidade do amor como tema central na vida das pessoas.

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