sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 714)



Uma Trova de Ademar  

Por seu próprio desatino, 
tem gente que se maldiz 
pondo a culpa no destino 
por não ter sido feliz! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Pelos caminhos sem fim, 
que a vida me fez trilhar, 
fiquei perdida de mim, 
sem conseguir me encontrar! 
–Delcy Canalles/RS– 

Uma Trova Potiguar  

Tanto esperei... E, sem jeito, 
fiz daquela madrugada, 
a doce musa, em meu leito, 
nessa espera amargurada...! 
–Mara Melinni/RN– 

Uma Trova Premiada  

1996   -   Nova Friburgo/RJ 
Tema   -   MAGIA   -   M/E. 

Na caminhada sofrida
do viver, se me entristeço,
por magia, é a própria vida
que me indica um recomeço...
–Thereza Costa Val/MG– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Em nossas quatro paredes 
conflitos não tem valia: 
nós compramos duas redes 
e uma está sempre vazia. 
–Marisol/RJ– 

U m a P o e s i a  

Eu queria a ponteira e o pião 
Uma lata de óleo como carro, 
A peteca, uma bola, um boi de barro 
E a gaiola que prendia um azulão 
Tudo isso trago na recordação 
Onde age a saudade persistente 
Só o peito percebe o quanto é quente 
A ferrada das letras da lembrança 
“Eu queria de novo ser criança 
Pra brincar de criança novamente”. 
–Wellington Vicente/PE– 

Soneto do Dia  

MINHA CASA. 
–Janske Niemann Schlenker/PR– 

Conheço-te tão bem: a sala, o quarto, 
a vista da janela escancarada! 
Na mesa da cozinha, o almoço farto, 
o som de cada porta ao ser fechada… 

Conheço-te demais! No entanto, parto… 
De tudo o que era meu, não fica nada: 
na sala, nada… e nada no meu quarto, 
só o vento na varanda ensolarada… 

E deixo a antiga casa na ladeira: 
Risadas, quantas! Quanta brincadeira! 
Mas parto… e minha casa deixo aqui. 

E dói-me ver-te assim: fria e despida… 
Nem fecho a porta; saio pela vida, 
avaliando o quanto empobreci!

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