Período disponível: 1900 a 1900
Local: Curitiba, PR
Fundado e dirigido por Romário Martins e Alfredo Coelho, Breviario foi um periódico mensal de arte e cultura, com ênfase em literatura simbolista. Lançado em Curitiba (PR) em agosto de 1900, com o subtítulo “Revista de arte”, tinha Aluízio França como gerente e redação no nº 13 da rua Borges de Macedo. Era impresso pela Typographia Impressora Paranaense, em formato pequeno.
Julgando-se apenas pelos seus números 1 e 2, respectivamente de agosto e setembro de 1900, cada edição de Breviario girava em torno da obra de duas importantes figuras do Simbolismo paranaense, com versos, prosa, excertos de obras, ensaios, homenagens e perfis dos literatos, entre outras coisas. Na primeira edição, publicaram-se Emiliano Pernetta e Emílio de Menezes; na segunda, Nestor de Castro e Sebastião Paraná.
Além de textos de Romário Martins, Adolfo Coelho e dos quatro intelectuais homenageados nas duas edições iniciais, Breviario publicou ainda “Emancipação da mulher”, de Marianna Coelho; “D. João d’Amor” e “Do paiz dos Lyrios”, de Domingos Nascimento; “Prece” e “Turris Eburnea”, de Silveira Netto; “Supliciado” e “Fallando”, de Euclides Bandeira; “Livro de Job”, de Júlio Pernetta; e “Deslumbramento” e “Magnos olhos”, de Ricardo de Lemos.
Apesar de não ser propriamente uma revista aguerrida, na penúltima página do segundo número, Breviario felicitava o lançamento de dois periódicos combativos: Epistola, de Júlio Pernetta, e Tartufos, de Ismael Martins, ambos voltados para a questão anticlerical.
Na edição de lançamento, Breviario informava que só aceitava textos de seus próprios colaboradores, convidados especialmente, e que cada edição traria “finas photogravuras”. Informava também que “não tem numero determinado de paginas, que não serão, entretanto, inferiores a 20” (a primeira edição vinha com 25 páginas e a segunda, 18). Exemplares avulsos podiam ser comprados a 1$000 e assinaturas semestrais podiam ser feitas a 5$000.
É provável que esta publicação tenha tido somente essas duas edições. O periódico fundiu-se logo depois, em novembro de 1900, com a revista cultural Pallium, para o nascimento de outro periódico de arte, Turris Eburnea. A nova publicação era responsabilidade da chamada “Ordem da Turris Eburnea”, formada por intelectuais engajados na libertação do espírito do século XIX no homem.
Fonte:
http://hemerotecadigital.bn.br/artigos/breviário-revista-de-arte
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