quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 720)



Uma Trova de Ademar  

Depois do beijo, um aceno, 
e, sofrendo em demasia, 
bebo doses de um veneno 
que a sua ausência me envia. 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Fitando o manto estrelado, 
fica fácil compreender, 
a pequenez de meu fado 
perante o Divino Ser. 
–Luiz Antonio Cardoso/SP– 

Uma Trova Potiguar  

A força do sertanejo 
é feita de sofrimento. 
Chega o tempo, eu antevejo, 
de resgatar seu talento. 
–Gonzaga da Silva/RN– 

Uma Trova Premiada  

2011   -   Ribeirão Preto/SP 
Tema   -   VÍCIO   -   4º Lugar 

Ser dotado de Razão,
Um homem adulto sabe:
-não há virtude em vão;
-nem vício que não se acabe!
–Selma Patti Spinelli/SP–

...E Suas Trovas Ficaram  

Louco artista é o Trovador
que o sofrimento renova
quando exibe a própria dor
no palco de sua trova.
–Alonso Rocha/PA– 

U m a P o e s i a  

Uma rolinha "ariada"
Bate no oitão e morre
Uma vaca magra corre
Por um cachorro acuada
Um peba numa baixada
Cava um buraco e se enterra
Um agricultor encerra
As fadigas do roçado.
Parece um quadro pintado
Das tardes de minha terra.
–Brás Ivan/PE– 

Soneto do Dia  

A SOLIDÃO. 
–Gabriel Bicalho/MG–

Trago comigo, neste corpo lasso,
as marcas do que fui, meu desatino.
Se tive uma mulher em cada braço,
não tive o grande amor do meu destino.

A solidão me sobe, passo a passo,
quando subo as ladeiras do Divino
e pesa mais que fardo este cansaço,
como dobres de morte em cada sino.

Ai!, quem me dera, nesta noite fria,
qual vate ilustre que também vadia,
revê-la agora como outrora a vi!

Tamborilava os dedos na agonia
de quem morre um pouquinho todo dia,
compondo os versos que não lhe escrevi!

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