O bairro está irreconhecível. A exposição mundial de Lisboa, dedicada aos oceanos, mudou por completo a sua face ribeirinha. Do tempo das oliveiras restam, ainda, a Igreja e o Coreto dos Olivais Velho.
A paróquia de Santa Maria dos Olivais é tão antiga como a sua igreja. Os arqueólogos garantem que é habitada desde os tempos pré-históricos. Zona essencialmente agrícola, os Olivais foram sendo progressivamente conquistados pela indústria, chegando a ser considerados das áreas mais industrializadas no século passado. Talvez por isso, foi criado o Concelho dos Olivais em 1860, englobando 21 freguesias. Mas esta condição durou apenas até 1886, quando volta a pertencer ao Concelho de Lisboa.
O território a que se chama Olivais Velho pode considerar-se uma verdadeira ilha no meio dos prédios modernos que o cercam. Essa área, possui uma riqueza histórica relevante. É aqui que se situa a Igreja Matriz onde, em 1700, existia um tronco de árvore com propriedades milagrosas. Este pedaço de oliveira assinalava a aparição da Nossa Senhora dos Olivais, padroeira do bairro.
São ainda de realçar os azulejos do interior do templo e um Cruzeiro do século XVll. Depois, no largo principal, sobressaem o Coreto e o Chafariz. Hoje, a freguesia de Santa Maria dos Olivais é uma das mais populosas da cidade de Lisboa e, nos últimos anos, viu acrescentada uma mais-valia: a Expo 98, hoje Parque das Nações.
Desde 1965, o Centro de Cultura e Desporto dos Olivais Sul (CCDOS) organiza a Marcha Popular dos Olivais, tendo já obtido algumas classificações honrosas. Fundado em 2 de Maio de 1964, o CCDOS, tem essencialmente preocupações de caráter desportivo e social. No plano desportivo, o Clube marcou presença numa série de modalidades, incluindo tenis de mesa, basquetebol, handebol e futebol. No atletismo e na ginástica desportiva sobressaem vários recordistas nacionais, dois dos quais conseguiram as marcas mínimas necessárias para estarem presentes nos Jogos Olímpicos de Seul. Também a pesca desportiva merece destaque, pois foi três vezes campeã nacional.
MARCHA DOS OLIVAIS
(Hortelãs e Hortelãos)
(Hortelãs e Hortelãos)
Letra de Mário Silva
Música de Sales Martins
“Olivais que a marcha entoa
Renovado dia a dia: Música de Sales Martins
“Olivais que a marcha entoa
Foste horta em Lisboa;
És guião: serves de guia.
Bandeirinhas tremulando,
Corações a palpitar!
Sementinha germinando,
Vidas duras, doce amar!
(Refrão)
Hortelã e hortelãos ...
Foi o nosso começar!
Coração nas nossas mãos,
P’lo futuro a trabalhar!
Couves, nabos, rabanetes,
Uvas doces, coisa boa!
Plantamos, fomos crescendo,
Fizemos crescer Lisboa!
Toca a banda no Coreto,
Dançam pares ao redor...
Trabalhar e divertir,
Tratar d’ hortas com amor!
(BIS)
E nos serões, ocarinas
Reunidas, musicavam;
Moças novas em cantigas
Enquanto os pares dançavam!
Olivais! ... Ó terra querida,
Que passado! Realeza!...
Vida, que vida, óh Vida!?...
Povo nobre, que nobreza!...
Verdes campos, malmequeres,
Entre olivedos ... Olivais
Bairro novo ... Hortas antigas:
Exemplo p’ra muito mais !!?”
Fonte:
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
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