quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Mara Garin (A figueira do Pomar)


Dia destes, num mormacento fim de tarde, postei nas redes sociais, fotos da figueira do meu pomar, um amigo viu e me indagou, porque eu deixava os figos amadurecerem na figueira, porque não fazia doces, geleias, figadas ou chimias...?

Respondi:

– Mas eu fiz!

Fiz o suficiente para os filhos e os netos, fiz o quanto seria necessário para que todos provassem,  e ficasse a deliciosa vontade de comer mais, na próxima estação dos figos.

Agora eles amadurecem, eu como me delicio com um ou outro ali no pomar, enquanto estendo roupas para secar ao sol, mas o que mais me encanta são os pássaros, eles chegam aos bandos, vem de todos os lugares, todas as cores e todos os tamanhos, fazem uma maravilhosa sinfonia de cantos e revoadas, comem e brincam na figueira, me presenteiam com sua beleza. Se eu tivesse enchido vidros e mais vidros com doces, hoje eu estaria com a dispensa cheia de doces, mas meu coração estaria vazio desta alegria.... Prefiro assim, a Deusa da Natureza abençoa quem cuida dos seus.

E o amigo está convidado a vir comer um figo junto de meus passarinhos livres e felizes.

Fonte:
Texto enviado por Jaqueline Machado.

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