O santo padroeiro de Lisboa dá o nome à freguesia e à igreja onde, segundo a história, os seus restos mortais foram depositados por um casal de corvos que, graças a São Vicente, nunca foram olhados como aves de mau agouro.
O bairro de São Vicente está intimamente ligado ao nome do mártir padroeiro de Lisboa. A Igreja de São Vicente de Fora, cuja obra foi mandada erguer por D. Afonso Henriques em consagração ao santo de quem era devoto, é dos templos mais representativos desta cidade. O monumento foi reedificado em 1629. Junto à igreja encontra-se a Capela de Santo António, construída no mesmo local onde foram encontrados os ossos da mão de São Vicente.
Atualmente realiza-se junto à Igreja de São Vicente de Fora, a popular Feira da Ladra. Nesta feira, tipicamente alfacinha e quase tão velha quanto Lisboa, encontra-se de tudo um pouco: antigos gramofones e discos usados, roupa dos anos 60 e material militar, livros e ferramentas. Mas só às terças-feiras e sábados.
Está o imponente Panteão de Santa Engrácia. Um monumento nacional que demorou tantos anos a ser construído que até entrou no anedotário lisboeta com a expressão popular “Obras de Santa Engrácia”. O Jardim de Santa Clara e o Palácio do Tribunal Militar; o Edifício do Mercado e o Hospital da Marinha, são outros dos pontos de interesse da freguesia. O resto fica ao cuidado dos visitantes, que tanto podem perambular por travessas esconsas como encontrar becos inesperados.
A Academia Leais Amigos, fundada em 27 de Abril de 1915, desenvolveu atividades na área de cultura e desporto, com prática do futebol e do tênis de mesa. A coletividade organiza, todos os anos, a festa no Largo da Igreja de São Vicente de Fora, com espetáculos de variedades durante as Festas Populares. E, para manter a tradição criada em 1934, vai mais uma vez desfilar em festa pela Avenida da Liberdade.
MARCHA DE SÃO VICENTE
(Por culpa do Manjerico)
(Por culpa do Manjerico)
Letra de António José
Música de João César
Música de João César
À minha porta ouvi
Que alguém batia
Fui abrir e pra meu espanto
Vi que não estava ninguém
Mas logo descobri
No chão havia
Arrumadinho num canto
Um manjerico também ...
Trazia um verso assim:
Meu céu aberto
És tu e mais ninguém, repara e lê
O teu amor está tão perto
Só um cego é que não vê.
Quem é, quem o diz por favor
Quem é, quem é o meu amor
Ai manjerico vê lá bem o que fizeste!...
Já perguntei aqui... ali
O bairro inteiro já corri
Tudo por culpa
Desta quadra que me deste
Quem é diz onde está
Quem é, quem é mas quem será
Hei de encontrar, ainda não perdi a fé
Eu sei que mora em São Vicente
Já perguntei a toda a gente
agora falta, somente é saber quem é !
Não sei o que dizer
a tudo isto
Porque alguém deve ter visto
Quem foi que o deixou ali...
Já andam pelo ar
Mas na boca dos vizinhos
A verdade não ouvi ...
Será que eu pensei
É quase certo
Mas se és, porque não diz!
Não sei porquê !
O teu amor está tão perto
Só um cego não vê.
Que é, quem é diz por favor
Quem é o meu amor
Ai manjerico vê lá bem o que fizeste!...
Já perguntei aqui... ali
O bairro inteiro já corri
Tudo por culpa
Desta quadra que me deste
Quem é, quem é diz onde está
Quem é, quem é mas quem será
Hei de encontrar, ainda não perdi a fé
Eu sei que mora em São Vicente
Já perguntei a toda a gente
Agora falta, somente é saber quem é!
Fonte:
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
Este trabalho teve apoio de EBAHL – Equipamento dos Bairros Históricos de Lisboa F.P.
http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/Carlos_Leite_Ribeiro-anexos/TP/marchas_populares/marchas_populares.htm
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