sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Jaqueline Machado (Otelo, um homem morto pelo ciúme)


Nossos corpos são nossos jardins, cujos jardineiros são nossas vontades, de modo que se quisermos plantar urtiga e semear alface, deixar hissopo ou arrancar tomilho, provê-los apenas de determinada espécie de erva ou enchê-los de muitas variedades, esterilizá-los pela preguiça ou cultivá-los pelo trabalho, podemos.

Com essa frase de Otelo, eu dou início a uma breve narrativa sobre essa grande obra Shakespeariana. Otelo, o mouro, general de Veneza, que por não pertencer a uma casta privilegiada, casou-se às escondidas com Desdêmona, contra a vontade do pai. Ele recebeu dos céus a oportunidade de ser feliz, no entanto, se deixou enganar e pagou um alto preço por isso.

Cássio é o nome do seu melhor amigo. Rodrigo é um rival apaixonado por sua amada. E Iago é o seu servo de confiança.

Esses famosos e intrigantes personagens, são pegos por uma terrível armadilha da vida ou melhor dizendo, da deusa dos venenos, mais conhecida por INVEJA. Iago que parecia ser o seu homem de confiança, na verdade possuía dupla face e desejava ocupar o lugar do seu general. Porém, sabendo que para saciar a desmedida ambição, que era retirar o general do seu caminho, poderia levar tempo, almeja ao menos ser promovido. Mas, em seu lugar, quem recebe uma promoção como tenente é Cássio.

Possuído por sintomas de inveja, decide se vingar. Arquitetando junto de sua esposa e cúmplice, semeando a discórdia entre o casal. A principal investida foi quando Emília, sorrateiramente, pegou um lenço de Desdêmona. Este lenço pertencia aos antepassados de Otelo e ele dera à amada como prova do seu amor. Quando este lenço chegou nas mãos do falso amigo, ele fez questão de colocá-lo no quarto de Cássio. Isto fez o mouro desconfiar da fidelidade de sua mulher e do amigo.

Tomado de ciúmes, Otelo resolveu acertar as contas e matou sua mulher asfixiada. Emília, consciente do horror o qual ajudou realizar, arrependida, contou para o mouro toda a verdade. Iago tentou fugir, mas foi capturado por Ludovico, um primo do general. Otelo se aproximou do corpo de Desdêmona que estava estirado ao chão e sem que ninguém percebesse, tirou um punhal debaixo da farda e se matou beijando o cadáver da mulher que amava.

Moral da história: cuidado com quem andas...Até mesmo os mais fiéis podem não ser tão fiéis quanto aparentam ser.

Fonte:
Texto enviado pela autora.

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