Mulheres e homens não foram criados para viver sós, pois Deus, quando os fez, determinou que um completasse o outro se tornando um só ser, e que se amariam e se amparariam por toda a vida. Só que, infelizmente, muitas vezes essa união não os completa, sempre faltando um algo mais, falta um elo na corrente que os une. E tornam-se infelizes, amargos e a cada vez mais sentem a necessidade de algo mais, de um amor verdadeiro. E então se separam e ficam sós, numa eterna busca de um amor que os complete, da sua alma gêmea.
Reza a lenda que as almas gêmeas se originaram de seres criados por Vênus e Eros, deuses da mitologia grega, e que esses seres tinham quatro braços, quatro pernas, duas cabeças, dois troncos distintos, um masculino e um feminino e uma só alma, convivendo em perfeita harmonia.
Diz ainda que essa perfeição provocou a fúria dos outros deuses que convenceram Zeus a enviar uma tempestade muito forte, com muitos trovões e raios sobre aquela civilização. Cada raio que caía atingia um dos seres, dividindo-os ao meio e separando a metade feminina da metade masculina. E muitos que ficaram sozinhos conseguiram sobreviver sem viver, sem ter paz, incompletos, pois já não conheciam a harmonia, a perfeição e o equilíbrio de antes.
E eis que um dia, de uma maneira muitas vezes inusitada e onde menos esperam, encontram a outra metade de suas almas, se completam, e sabem que esse amor durará até a eternidade.
Fonte:
Texto enviado pelo escritor.
George Roberto Washington Abrão. Momentos – (Crônicas e Poemas de um gordo). Maringá/PR, 2017.
Texto enviado pelo escritor.
George Roberto Washington Abrão. Momentos – (Crônicas e Poemas de um gordo). Maringá/PR, 2017.
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