sábado, 3 de novembro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 716)



Uma Trova de Ademar


Uma Trova Nacional  

Analfabeto e orgulhoso 
foi pego em sua altivez 
lendo um livro volumoso 
todo escrito em japonês. 
–Antonio Claret /MG– 

Uma Trova Potiguar  

Casar, ainda que seja
a busca de ser feliz,
nasce nos braços da igreja
morre nos pés do juiz...
–Heliodoro Morais/RN– 

Uma Trova Premiada  

1973   -   Porto Alegre/RS 
Tema   -   BRONCA   -   2º Lugar 

Na briga que o meu cabelo 
e a careca estão travando, 
lamento ter que dizê-lo: 
a careca está ganhando... 
–Izo Goldman/SP– 

...E Suas Trovas Ficaram  

O “play-boy” foi reprovado, 
pois sendo um cara pra frente. 
Respondeu: – Metro quadrado 
é metro de antigamente... 
–Elton Carvalho/RJ– 

U m a P o e s i a  

Um grande bajulador 
com o patrão no urologista 
dando uma de altruísta 
e para mostrar valor, 
disse feliz, ao doutor, 
com sua voz embargada: 
Por favor meu camarada 
P’ra o meu patrão não sofrer, 
se esse toque for doer 
faça em mim que não dói nada! 
–Francisco Macedo/RN– 

Soneto do Dia  

MORRER DE RIR. 
–Miguel Russowisk/SC– 

Ter medo de morrer, porquê? - pergunto. 
A morte é natural e tu tens medo? 
A vida tem um fim e tarde ou cedo, 
todo porvir comporta o seu defunto. 

Embora tu não gostes deste assunto, 
terás de usá-lo sempre como enredo. 
A morte, eu sei, é o tema mais azedo, 
que traz recheios de mistérios junto. 

Eu penso assim, pois vejo em meu futuro, 
um cadáver, bem morto, alegre e duro 
num velório murchinho e sem cachaça. 

Sinta-se mal aquele que disser 
( mas hei de perdoar se for mulher):
-Morrer de rir?!... -Meu Deus!-...não acho graça.

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