terça-feira, 18 de maio de 2021

João Líbero (O Infinito)

O Número PI [π] é o resultado da divisão do perímetro de um circulo pelo seu diâmetro, o que resulta em uma dizima infinita não periódica que é 3,14159265358979323846… “ad infinitum!”  Dizem os matemáticos que ele contém todos os números de documentos de todas as pessoas do mundo, pois ele contém todas as combinações possíveis e imagináveis de sequência numérica, pois suas combinações são “ad infinitum”, isto é infinitas! Bom, disse tudo isso para ilustrar o que é o infinito, ok?

Diz a lenda que os matemáticos, no principio do mundo, decidiram fazer um concurso entre os números para escolher qual seria o símbolo do infinito. Quando os matemáticos apresentaram a dízima do Pi, que não acabava nunca, o número oito desmaiou!  Um dos jurados, na plateia, achou legal e escolheu o número oito deitado como símbolo do infinito. E foi seguido pelos demais, para desgosto do zero, que pensou que ele seria o escolhido, pela lógica! A lógica dele era: “zero é nada, nada é infinito!”. Ele se revoltou, mas, não adiantou. O oito deitado foi o escolhido! E até hoje ele é o símbolo do infinito!

Então infinito é aquilo que não tem fim, certo? Errado! Alguns “infinitos” tem fim sim!  O apaixonado diz à sua amada: -“Vou te amar até o infinito”! Daí no mês seguinte ele se apaixona por outra e o infinito da primeira foi pro espaço [ops]. Há coerência aí, pois, não dizem que o espaço é infinito? Também está errado! A lei diz, o teu espaço termina onde começa o espaço do outro! Então o espaço tem fim! Ah!. Mas, tem uma coisa que é infinita mesmo! O Tempo!

É relativo, pois no futebol o tempo acaba e, fim de jogo! “Quem ganhou, ganhou, quem não ganhou não ganha mais”, já dizia o locutor Fiori Gigliotti! O engenheiro constrói uma casa sólida e diz: - “Essa vai durar até o fim dos tempos”! Na semana seguinte a casa cai! Tá aí, o tempo tem fim! A casa caiu por que acabou o tempo, e fim de papo!

E como você explica que o verbo é infinitivo? Ei, espera um pouco, infinitivo não é infinito, ok? O infinitivo não está relacionado com nenhum tempo ou modo verbal. É uma das formas nominais dos verbos, juntamente com o gerúndio e o particípio!  Mas, isso eu vou estar podendo explicar em outro texto, ok? Agora estamos no infinito, ops, falando do infinito!

O céu é o limite, para quem luta por seus sonhos e ideais e tem objetivos a alcançar. Mas então o limite não é do céu. O céu é infinito. Finito é onde se quer chegar. O espaço é a última fronteira?  Então o espaço é finito... a última fronteira a ser explorada. Que coisa!

Mas e o que tem depois da última fronteira? Tem o saber! E o saber não ocupa espaço. O saber é infinito, e o espaço onde ele cabe também é, já que não ocupa lugar. Eita! Então o espaço é infinito? Agora danou! Vamos viver uma vida inteira e não vamos aprender tudo. Então o conhecimento é infinito. Finita é nossa vida aqui, já que não vamos viver para aprender tudo.

Spinoza dizia que é uma ideia errada considerar o infinito como aquilo que inclui todas as coisas em si. Infinito é diferente de Indeterminado. O Infinito é a ideia mais determinada de todas, onde todas as possibilidades são realizadas. Por exemplo: caí uma placa de propaganda, você me pergunta:

- “Quem derrubou? Eu digo:

- “Foi um sujeito aí!”

- “Mas, que sujeito? De onde veio?

- “Sei lá, indeterminado!”

- “Quem é indeterminado?”

- “Um sujeito aí”

Ou, a mesma pergunta com outra resposta:-

- “Quem derrubou a placa”?

- “O vento!”

- “Vento? De onde veio?”

- “Ah! Veio do infinito”!

- “Quem é infinito”?

- “O vento é infinito”!

No primeiro caso, quem derrubou foi um homem [sujeito determinado], desconhecido [“um sujeito aí”- indeterminado]. No segundo foi o vento [sujeito indeterminado] de onde veio? [sei lá, veio do infinito!]

Sinto muito se você não entendeu a alegoria da placa derrubada, talvez sua inteligência não seja igual ao número Pi, azar seu, mas, também não precisa se preocupar com tudo isso, pois você é determinado e finito, diferentemente do Pi que é indeterminado e infinito!  O que? Não, cara, alegoria não é enfeite de carro alegórico, é outra coisa, que explico outra hora, ok? Porquê? Por que minha paciência não é infinita, ok? Então depois de toda essa patacoada, chegamos à definição real e verdadeira do infinito:

INFINITO É TUDO AQUILO QUE NÃO TEM FIM, LIMITE, FRONTEIRA E QUE NÃO PODE SER MEDIDO POR UM PADRÃO FINITO.

Esta crônica foi feita com a colaboração da amiga Rita Ferreira Rocha de Paula, uma parceira!

Fonte:
Texto enviado pelo autor.

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