Segundo as lendas dos colonizadores europeus, o maior lenhador de todos eles - algumas referem-se a ele como o primeiro lenhador – foi um gigante chamado Paul Bunyan.
A senhora Bunyan sabia que havia algo de especial com o seu filho Paul quando ele nasceu.
- O nosso rapaz vai ser alguém grande neste mundo - disse ela ao marido cheia de orgulho, mas provavelmente nunca pensaram na grandeza que ele viria a atingir.
Quando começou a andar, o seu filho era maior e mais forte do que a maioria dos homens da cidade. Toda a gente sabia quem era o Paul Bunyan e ao fim de pouco tempo todos tinham a sua história para contar acerca dele.
Uma manhã, as pessoas acordaram com um enorme estrondo seguido do barulho de vidros estilhaçados - e o som viera da casa dos Bunyan. As pessoas saltaram das suas camas, vestiram as calças, calçaram as botas e foram a correr ver se podiam ajudar.
- O que é que aconteceu? - gritou um, quando o pai de Paul apareceu à porta, o chão coberto de vidros partidos. - Estás bem?
- Estamos todos bem, obrigado, amigos - asseverou-lhes o pai de Paul. - Só que o jovem Paul está com uma leve constipação e um dos seus espirros partiu os vidros de todas as janelas.
As pessoas, com olhos de sono, riram-se e voltaram para casa para tomar o pequeno almoço.
Quando atingiu a idade adulta, Paul Bunyan não era grande, era enorme! Nunca ninguém conseguiu medir a sua altura, porque não havia uma fita métrica suficientemente comprida. Paul em breve ficou demasiado grande para a sua cidade natal e resolveu tornar-se lenhador na floresta. O trabalho dos lenhadores era cortar árvores para madeira, de modo a que outras pessoas pudessem construir casas novas e móveis para essas casas.
A madeira era usada para fazer carroças para transportar pessoas e mercadorias, e para fazer chulipas para os carris do caminho de ferro para que as pessoas pudessem viajar até paragens distantes. Era também usada na construção de igrejas, hotéis e prisões, e para fazer postes telegráficos para que as pessoas pudessem enviar mensagens umas às outras.
O trabalho de lenhador num campo de derrube de árvores era um trabalho pesado - um trabalho de fazer fome - para homens fortes, e o campo onde Paul Bunyan estava não era diferente dos outros.
Por trás dele havia um lago, mas este não era um lago vulgar. Em vez de águas cristalinas e azuis, este lago estava cheio de um líquido borbulhante, espesso e esverdeado. Era um lago de sopa de ervilhas quente e pronta a servir, noite e dia. E deviam ter visto a chapa de ferro em cima do fogão que os lenhadores usavam para fazer as suas panquecas. Para a engordurarem, dois cozinheiros tinham de prender dois presuntos aos pés e deslizar com eles para cima dela, enquanto a gordura frigia com o calor - era enorme!
O campo de Paul Bunyan era o maior e o melhor que alguma vez existiu. Ele trabalhava tanto que o guarda-livros - que registrava toda a madeira que vendiam - gastava mais de vinte barris de tinta por semana.
- O dinheiro que gastamos em toda aquela tinta poderia ser mais bem gasto em machados novos ou em comida suplementar para os homens - disse o guarda-livros. - Tens alguma ideia de como podemos fazer uma poupança? - perguntou a Paul Bunyan um dia.
- Não ponha os pontos nos is e os traços nos tês - disse Paul.
E foi exatamente o que o guarda-livros fez e conseguiu poupar seis barris de tinta em pouco mais de dois meses!
Tudo o que dizia respeito a Paul Bunyan era maior do que a vida – até o seu animal de estimação. Era um boi enorme e não era assim tão vulgar como isso. Era um boi gigantesco e, ainda por cima, de um azul-vivo. E o que é que Bunyan chamava a esse animal enorme com os seus chifres afiados e músculos colossais? Babe.
Babe tinha um celeiro só para si - porque era muito grande - mas até o celeiro já era demasiado pequeno para ele. Uma manhã, Paul encontrou Babe com o celeiro no lombo como se de uma sela se tratasse. O boi crescera excessivamente durante a noite e agora estava com o celeiro preso em cima dele!
Existem muitas histórias incríveis das aventuras de Paul Bunyan e de Babe. Como a do dia em que Bunyan teve problemas em levar uma carga de troncos por uma estrada sinuosa até ao rio. Troncos direitos e curvas são duas coisas que não ligam bem. Existia apenas uma estrada até ao rio, e essa era sinuosa. Logo que os troncos estivessem na água, seriam transportados até à serração através da corrente... mas Bunyan tinha de os levar primeiro pela estrada.
Delineou um plano, usando a sua inteligência e os músculos de Babe. Arranjou uns arreios ao boi e prendeu-os a uma ponta da estrada sinuosa. Com a promessa de cubos de açúcar, Babe puxou a estrada até todas as curvas terem desaparecido, ficando tão direita como uma corda.
Mas não foram só estradas direitas que Paul Bunyan deixou atrás de si. Alguns dizem que ele até criou o Grand Canyon... por engano! O canyon é uma fratura no solo do Arizona que tem mais de trezentos e vinte quilômetros e mais de mil e quinhentos metros de profundidade nalguns locais. A lenda diz que foi feito pelo enorme machado que Bunyan arrastava atrás de si - e ele nem percebeu o que estava a fazer.
Parece que Paul Bunyan ajudou realmente a moldar a América do Norte - de várias formas!
A senhora Bunyan sabia que havia algo de especial com o seu filho Paul quando ele nasceu.
- O nosso rapaz vai ser alguém grande neste mundo - disse ela ao marido cheia de orgulho, mas provavelmente nunca pensaram na grandeza que ele viria a atingir.
Quando começou a andar, o seu filho era maior e mais forte do que a maioria dos homens da cidade. Toda a gente sabia quem era o Paul Bunyan e ao fim de pouco tempo todos tinham a sua história para contar acerca dele.
Uma manhã, as pessoas acordaram com um enorme estrondo seguido do barulho de vidros estilhaçados - e o som viera da casa dos Bunyan. As pessoas saltaram das suas camas, vestiram as calças, calçaram as botas e foram a correr ver se podiam ajudar.
- O que é que aconteceu? - gritou um, quando o pai de Paul apareceu à porta, o chão coberto de vidros partidos. - Estás bem?
- Estamos todos bem, obrigado, amigos - asseverou-lhes o pai de Paul. - Só que o jovem Paul está com uma leve constipação e um dos seus espirros partiu os vidros de todas as janelas.
As pessoas, com olhos de sono, riram-se e voltaram para casa para tomar o pequeno almoço.
Quando atingiu a idade adulta, Paul Bunyan não era grande, era enorme! Nunca ninguém conseguiu medir a sua altura, porque não havia uma fita métrica suficientemente comprida. Paul em breve ficou demasiado grande para a sua cidade natal e resolveu tornar-se lenhador na floresta. O trabalho dos lenhadores era cortar árvores para madeira, de modo a que outras pessoas pudessem construir casas novas e móveis para essas casas.
A madeira era usada para fazer carroças para transportar pessoas e mercadorias, e para fazer chulipas para os carris do caminho de ferro para que as pessoas pudessem viajar até paragens distantes. Era também usada na construção de igrejas, hotéis e prisões, e para fazer postes telegráficos para que as pessoas pudessem enviar mensagens umas às outras.
O trabalho de lenhador num campo de derrube de árvores era um trabalho pesado - um trabalho de fazer fome - para homens fortes, e o campo onde Paul Bunyan estava não era diferente dos outros.
Por trás dele havia um lago, mas este não era um lago vulgar. Em vez de águas cristalinas e azuis, este lago estava cheio de um líquido borbulhante, espesso e esverdeado. Era um lago de sopa de ervilhas quente e pronta a servir, noite e dia. E deviam ter visto a chapa de ferro em cima do fogão que os lenhadores usavam para fazer as suas panquecas. Para a engordurarem, dois cozinheiros tinham de prender dois presuntos aos pés e deslizar com eles para cima dela, enquanto a gordura frigia com o calor - era enorme!
O campo de Paul Bunyan era o maior e o melhor que alguma vez existiu. Ele trabalhava tanto que o guarda-livros - que registrava toda a madeira que vendiam - gastava mais de vinte barris de tinta por semana.
- O dinheiro que gastamos em toda aquela tinta poderia ser mais bem gasto em machados novos ou em comida suplementar para os homens - disse o guarda-livros. - Tens alguma ideia de como podemos fazer uma poupança? - perguntou a Paul Bunyan um dia.
- Não ponha os pontos nos is e os traços nos tês - disse Paul.
E foi exatamente o que o guarda-livros fez e conseguiu poupar seis barris de tinta em pouco mais de dois meses!
Tudo o que dizia respeito a Paul Bunyan era maior do que a vida – até o seu animal de estimação. Era um boi enorme e não era assim tão vulgar como isso. Era um boi gigantesco e, ainda por cima, de um azul-vivo. E o que é que Bunyan chamava a esse animal enorme com os seus chifres afiados e músculos colossais? Babe.
Babe tinha um celeiro só para si - porque era muito grande - mas até o celeiro já era demasiado pequeno para ele. Uma manhã, Paul encontrou Babe com o celeiro no lombo como se de uma sela se tratasse. O boi crescera excessivamente durante a noite e agora estava com o celeiro preso em cima dele!
Existem muitas histórias incríveis das aventuras de Paul Bunyan e de Babe. Como a do dia em que Bunyan teve problemas em levar uma carga de troncos por uma estrada sinuosa até ao rio. Troncos direitos e curvas são duas coisas que não ligam bem. Existia apenas uma estrada até ao rio, e essa era sinuosa. Logo que os troncos estivessem na água, seriam transportados até à serração através da corrente... mas Bunyan tinha de os levar primeiro pela estrada.
Delineou um plano, usando a sua inteligência e os músculos de Babe. Arranjou uns arreios ao boi e prendeu-os a uma ponta da estrada sinuosa. Com a promessa de cubos de açúcar, Babe puxou a estrada até todas as curvas terem desaparecido, ficando tão direita como uma corda.
Mas não foram só estradas direitas que Paul Bunyan deixou atrás de si. Alguns dizem que ele até criou o Grand Canyon... por engano! O canyon é uma fratura no solo do Arizona que tem mais de trezentos e vinte quilômetros e mais de mil e quinhentos metros de profundidade nalguns locais. A lenda diz que foi feito pelo enorme machado que Bunyan arrastava atrás de si - e ele nem percebeu o que estava a fazer.
Parece que Paul Bunyan ajudou realmente a moldar a América do Norte - de várias formas!
Fonte:
Mitos & lendas norte americanas. Disponível em Biblioteca sem limites.
Mitos & lendas norte americanas. Disponível em Biblioteca sem limites.
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