terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 441)

Uma Trova Nacional

Tão fugaz e passageiro,
tal nuvem no firmamento;
foi aquele amor primeiro,
desfeito no pensamento!
–NEMÉSIO PRATA/CE–

Uma Trova Potiguar

Se você fosse uma estrela,
e a nuvem branca seu véu.
Para que eu pudesse vê-la
bastaria olhar o céu!
–WALTER CANUTO/RN–

Uma Trova Premiada


2004 - Taubaté/SP
Tema: SABIÁ - M/H


Oprimido na gaiola,
lamentando a escravidão,
o sabiá cantarola
para o algoz sem coração.
–RUTH FARAH/RJ–

Uma Trova de Ademar

Fiz do quarto um santuário,
pus sua foto no andor
e rezei um novenário
para louvar nosso amor!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Lamento quem, transtornado
pela treva que o seduz,
olhando o céu estrelado
duvida da própria luz!
–CÍCERO ROCHA/MG–

Simplesmente Poesia

Mote e Glosa:

–ISMAEL GAIÃO/PE–


Vi juízes condenados,
Por atitudes malignas,
Ao seduzirem meninas
Em troca de alguns trocados.
Porém esses magistrados,
Nunca mais irão sofrer,
Pois passaram a receber
Sem prestar nenhum serviço…
Se eu nunca soubesse disso,
Era feliz sem saber.

Corruptos e ilegais,
Com suas fichas extensas,
Vendedores de sentenças,
Pra gangs e marginais.
Ganham doze mil mensais
Só pra viver de lazer
E a gente no desprazer
É quem paga tudo isso…
Se eu nunca soubesse disso,
Era feliz sem saber.

Estrofe do Dia

Igual a um tabaréu
que não sabia de nada,
cheguei na sua calçada
a lua brilhou num véu,
era a kodak do céu
com o filme da paixão
que transmitia um clarão
tirando a foto da gente,
a lua entrou lentamente
nas frestas do barracão.
–VALDIR TELES/PB–

Soneto do Dia

Palavra Morta
–JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN–


Lembrei uma palavra já perdida
nos meandros do tempo. Desgastada,
sumiu nos alfarrábios. Teve a vida
que mereceu e agonizou na estrada.

Se consta de algum livro, esmaecida,
já em pleno desuso, não diz nada.
É como alguém que, aos poucos, se liquida,
depois de uma existência malograda.

Talvez ela inda esteja namorando
a pena de um poeta inexistente
que pudesse tirar-lhe alguns efeitos,

ou, quem sabe, em antigo memorando
que daria registro, incontinenti,
aos poemas que nunca foram feitos.

Fonte:
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