Às vezes, o céu da nossa vida fica nublado.
A névoa toma conta
de todas as paisagens.
Da paisagem
das coisas de dentro
e das coisas de fora.
A beleza do mundo
fica destorcida
e a gente chora...
E é preciso chorar
para desabafar e limpar
o que parece
não ter cura.
Precisamos
nos permitir a isso,
pois nem tudo
é nossa culpa.
Às vezes viver dói,
arde, queima.
Acontece...
Em dias assim,
é preciso ter paciência.
Deixar os olhos chover...
Mais cedo ou mais tarde
o céu torna a ficar azul.
O sol volta a brilhar!
E a gente volta a sorrir.
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TUAS CAMADAS
Durante teu sono,
sem aviso,
visitei o teu coração.
E nele, avistei temporais.
Benzi teus ventos
e a tua tempestade cessou.
Depois, visitei tua mente,
e enfrentei teus temores.
Recitei palavras de amor.
E na minha canção
te fiz repousar.
Mais tarde, passeei
por tuas entranhas.
Nelas, me deparei
com os teus abismos,
fontes e montanhas.
E assim,
desvendei teus véus.
Me revesti de tuas luzes
E nos teus breus
me perdi.
Busquei sair de volta
pela porta de saída
do teu coração.
Repousei em tua superfície
E as tuas cicatrizes, beijei
com emoção.
Depois
de todos os beijos,
acordaste de repente.
Para mim
sorriste lindamente.
Banhou-me em teu amor
de paraíso
até me fazer adormecer em teus braços.
Ao despertar, constatei:
Amo-te de forma plena.
E como adorei
repousar em cada uma
das camadas
do teu ser…
Fonte:
Versos enviados pela autora.
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