domingo, 6 de agosto de 2023

Daniel Maurício (Palavras de Cheiro) 1

A faca
Do tempo
Retalha
O corpo
Mas com ela,
A alma
Mais
Entalhada
Fica.
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  Ah,
Se o outono
Fosse
Só o cair
De folhas!
Meus olhos
Outonam
Por você.
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Ah, se todas as mulheres
Entendessem de mulher.
O mundo teria outra cara
Outro corpo, seria mais feliz.
Porque mulher,
Não é só "dona de casa"
É dona do seu destino
É dona de bem mais
do que do seu próprio nariz.
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Ao dar
minhas
mãos
a você
Meu
coração
também
pediu
Pra ir junto.
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A olhos vistos
Era tanta
Realidade
Que os sonhos
Ficaram
Escondidos
Só no
Cantinho dos
Olhos.
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Aprendi
A ser insistente
Como o mar.
Um dia
Ainda beijarei
Bem mais
Do que
Os seus pés.
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Caia em si.
Pra não ser
O dó ré mi,
Na sonora gargalhada
Dos outros.
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Ela
6uardava n'alma
Um linguajar
Muito simples.
Pra dizer
Que era eterno,
Simplesmente
Dizia
Que era
Pra sempre.
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Ele
Desnudava o peito
Deixando a mostra
Uma poesia
Escrita em "Amorês"
Embora esta seja
Uma língua universal
Para ela
Não passava
De um hieróglifo.
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Lágrimas
Na "maré cheia"
Emocionada,
A alma
Nada ligeira
Esborrifando
Gotinhas salgadas
Que até poderiam
Ser chamadas
De pedacinhos
De mar interior.
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Não
Se trata
De perder
Per(doar)
Tem
Muito mais
A ver
Com dar.
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No dia da Mulher
Zequinha levantou
Bem cedo pra fazer
Uma serenata
Revelando um segredo:
Uma mulher é uma flor
Mas juntas são jardim
Carregam o dom da vida
Semeando amor sem fim.
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Quem me dera
Que o amor
Estivesse
Disponível
Em
Um
Pacotinho!
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Sinônimos
São os mesmos
Só que
Com roupas
Diferentes.
Já o antônimo,
Ah!!!
Esse é sempre
O "cara"
Do contra.
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Sobre ontem?
Ah!
Foi você
Que
Amanheceu
Em mim,
Ou sou eu
Que ainda
Não acordou?
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Fonte:
Enviado pelo poeta.
Daniel Maurício. Palavras de Cheiro. Curitiba: Ed. do Autor, 2021.

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