domingo, 27 de agosto de 2023

Fabiane Braga Lima (O vento outonal)

Eu senti o vento do outono, a minha pele pálida e o meu corpo trêmulo ficou intacto. Plantei sementes férteis e as reguei para que, os frutos ficassem mais doces e as raízes, ficassem mais fortes. Deixei o passado para trás e todo caos enterrei. E pela primeira vez me fiz dona de mim, criando um vínculo com a mãe natureza.

As folhas velhas caíram, pois o vento do outono estava forte e no chão lá estava o passado. Olhei o meu rosto no espelho, brilhava, era um presente, o hoje, as sementes férteis, nas quais eu plantei.

Como mulher, me enxerguei. Eu sei, sempre estarei me emoldurando. Mas quanto ao passado, o vento do outono levou. Enterrei meus eus junto aos cacos. E, o grito que me atormentava se silenciou, dando espaço a uma nova mulher…! Liberta!

Fonte:
Texto enviado pela autora

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