sábado, 5 de novembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 386) Para Descontrair


Uma Trova Nacional

Quando a vida se distrai
ou dá tudo... Ou tudo nega.
Rico... Pega o carro e sai.
Pobre sai... E o carro pega!
– TEREZINHA BRISOLLA/SP –

Uma Trova Potiguar

Três invenções sem futuro:
Carro, mulher e baralho.
As três me deixaram “duro”,
não sei quem deu mais trabalho!
– FRANCISCO MACEDO/RN –

Uma Trova Premiada

2008 - Bandeirantes/SP
Tema: TRABALHO - M/E

- Carro velho, meu amor,
dá trabalho: além de feio,
no morro, falta motor;
na ladeira... falta freio!
– JOSÉ OUVERNEY/SP –

Uma Trova de Ademar

O meu Chevette é incomum
e vou lhe dizer porque é:
é porque ele é “três em um”...
Carro, bar e cabaré.
– ADEMAR MACEDO/RN –

...E Suas Trovas Ficaram

Quando a mulher do Gastão
troca de carro ou vestido,
a gente tem a impressão
que ela trocou de marido!...
– ALOÍSIO ALVES DA COSTA/CE –

Simplesmente Poesia

O Que Eu Faço Sem Gostar...
– LOURO BRANCO/CE –

Promover um forró sem tocador
e pregar com pastor embriagado,
galopar com jumento encangalhado
e viajar no meu carro sem motor;
trabalhar com patrão enganador
e contratar um ladrão pra me roubar,
pegar filho dos outros pra criar,
mascar fumo e montar em égua tonta,
me juntar com mulher que bota ponta
são as coisas que eu faço sem gostar!

Estrofe do Dia

Quadrilha
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (MG)

João amava Teresa
que amava Raimundo
que amava Maria
que amava Joaquim
que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para a tia,
Joaquim suicidou-se e
Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Soneto do Dia

Azar
– RENATA PACCOLA/SP –

Certo dia, acordei de mau humor –
resquício de uma noite mal dormida.
Peguei o carro, e então fundiu o motor,
Segui para o metrô, enfurecida.

Tentei continuar com minha lida,
mas fiquei presa num elevador.
Neste compartimento sem saída,
passei horas de angústia e terror,

e saí sob o som de bate-estaca.
Depois, no meio de um supermercado,
senti a dor de um burro quando empaca.

Foi aí que vi, quase ao meu lado,
irônicos dizeres numa placa:
“Sorria. Você está sendo filmado!”

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