O regozijo da morte
Que ninguém sabe dizer
Tem a beleza da noite
No instante do amanhecer.
Ouvi, alguém que dizia:
-Lá se vai o poeta morto,
Sem perceber a alegria
Do sonho chegando ao porto.
No momento derradeiro,
Antes do sono feliz,
Compus em gotas de pranto
A trova que nunca fiz.
Afeições enternecidas,
Meus derradeiros amores!...
Deus vos salve, mãos queridas,
Que me cobristes de flores!...
Morte!... No termo das provas,
Senhor, agradeço a luz
Com que adornaste de trovas
As trevas de minha cruz!
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Fonte:
Francisco Cândido Xavier (psicografia). “Trovas Do Outro Mundo”. Digitado Por: Lúcia Aydir
Francisco Cândido Xavier (psicografia). “Trovas Do Outro Mundo”. Digitado Por: Lúcia Aydir
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