terça-feira, 11 de outubro de 2011

Júlia Lopes de Almeida (1862 – 1934)


JÚLIA Valentim da Silveira LOPES DE ALMEIDA, nasceu em 24/09/1862 no Rio de Janeiro e morreu em 30/05/1934 na mesma cidade. Filha do Dr. Valentim José da Silveira Lopes, professor e médico, mais tarde Visconde de São Valentim, e de D. Adelina Pereira Lopes. Passou parte da infância em Campinas - SP.

Seu primeiro livro - Traços e Iluminuras - foi publicado aos 24 anos, em Lisboa. Antes disso já publicara artigos na imprensa, tendo sido uma das primeiras mulheres a escrever para jornais, colaborando com a Tribuna Liberal, A Semana, O País, Gazeta de Notícias, Jornal do Comércio, Ilustração Brasileira, entre outros. Com Felinto de Almeida escreveu, a quatro mãos, o romance A Casa Verde.

Com uma linguagem leve, simples, cativou seu público: escreveu e publicou mais de 40 volumes entre romances, contos, narrativas, literatura infantil, crônicas e artigos. Foi abolicionista e republicana além de mostrar, em suas obras, idéias feministas e ecológicas.

Contista, romancista, cronista, teatróloga. Viveu parte da infância em Campinas (SP). Estreou na imprensa em 1881, quando as mulheres mal iniciavam carreira literária em jornais no Brasil, publicando no semanário A Gazeta de Campinas. Fez conferências e colaborou em vários periódicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre eles Gazeta de Notícias, Jornal do Comércio, Ilustração Brasileira, A Semana, O País, Tribunal Liberal.

Casou com o poeta e teatrólogo português Filinto de Almeida, com quem dividiu a autoria do romance A casa verde. Seus livros retratam costumes da época e expõem idéias favoráveis à República e à Abolição, destacando-se sobretudo pela simplicidade, o que a tornou bem aceita pelo público e pela crítica. Ocupou a cadeira nº 26 da Academia Carioca de Letras.

Com uma linguagem simples, Júlia Lopes Almeida revela em sua obra a atmosfera suave do ambiente tipicamente familiar.

Em seu livro A árvore (1916), defende com rigor o ambiente natural, afirmando que "cortar uma árvore é estrangular um nervo do planeta em que vivemos", preocupação inusitada para a sua época. Brilhante e sensível, contestava, ainda que de maneira delicada e sutil, a discriminação contra a mulher. No entender de Lúcia Miguel Pereira, a autora deve ser considerada a maior figura entre os romancistas de sua época, não só pela extensão de sua obra, pela continuidade do esforço, pela longa vida literária de mais de 40 anos, como pelo êxito que conseguiu, com os críticos e com o público. Para Josué Montello, "o que sua voz revela, no plano mesmo da superfície narrativa cheia de ações e peripécias, são os movimentos tornados gestos. Gestos ao mesmo tempo cotidiano e cerimoniais.

Seus filhos Afonso Lopes de Almeida, Albano Lopes de Almeida e Margarida Lopes de Almeida também se tornaram escritores.

Romances

· A Família Medeiros
· Memórias de Marta
· A Viúva Simões
· A Felência
· Cruel Amor
· A Intrusa
· A Silveirinha
· A casa Verde ( com Felinto de Almeida)
· Pássaro Tonto
· O Funil do Diabo

Novelas e Contos
· Traços e Iluminuras
· Ânsia Eterna
· Era uma Vez...
· A Isca (quatro novelas)
· A Caolha

Teatro
· A Herança (um ato)
· Quem Não Perdoa (três atos)
· Nos Jardins de Saul (um ato)
· Doidos de Amor (um ato)

Diversos
· Livro das Noivas
· Livro das Donas e Donzelas
· Correio da Roça
· Jardim Florido
· Jornadas no Meu País
· Eles e Elas
· Oração a Santa Dorotéia
· Maternidade (obra pacifica)
· Brasil (conferência)

Escolares
· Histórias da Nossa Terra
· Contos Infantis (com Adelina Lopes Vieira)
· A Árvore (com Afonso Lopes de Almeida)

Fonte:
Escola Júlia Lopes de Almeida

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