quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Gustavo Dourado (Cordel para Fernando Pessoa)

Pintura de João Beja
Pessoa enigmático:
No dia 13 nasceu...
Lisboa, mês de junho:
Sua mãe o concebeu...
Ano 1888:
O fato assim se deu...

Pessoa heteronímico:
Em Lisboa renasceu...
Ano 1888:
O fato assim sucedeu...
Fernando Antônio Nogueira Pessoa:
Germinou e floresceu...

Fernando Pessoa é:
Poeta-mor de Portugal...
A 13 de julho fluiu:
É poeta magistral...
Poeta que frui magia:
Vate quintessencial...

Na terra dos navegantes:
Registrou-se o surgimento...
De um dos maiores poetas:
Que se tem conhecimento...
O grande Fernando Pessoa:
Vanguarda do pensamento...

Na Igreja dos Mártires:
Foi Fernando, batizado...
No dia 21 de julho:
O vate foi consagrado...
Dentro do Cristianismo:
Logo foi Iniciado...

Joaquim e Maria Magdalena:
Foram os seus genitores...
Fernando ainda menino:
Padeceu algumas dores...
Aos cinco anos de idade:
Conheceu os dissabores...

Joaquim Seabra Pessoa:
Era o nome do seu pai...
Ano 1893:
O genitor se esvai...
Foi visitar outras plagas:
Chega o dia a alma vai...

Fernando Pessoa, infante:
Perde o seu pai Joaquim...
A tristeza o atormenta:
Parece que é o fim...
O Chevalier de Pás:
Heteronímia, enfim...

Foi-se o pai de Pessoa:
E deixou muita saudade...
O poeta bem criança:
Deus asas à liberdade...
O Chevalier de Pás:
A sua alma invade...

A mãe Maria Magdalena:
Contrai novo casamento...
Une-se a João Miguel Rosa:
Renova o sentimento...
Vai residir em Durban:
É a vida em movimento...

Ao sete anos Pessoa:
O Atlântico navegou...
Vai para a África do Sul:
Um novo tempo começou...
Contato com a língua inglesa:
O poeta se transfigurou...

Depois da morte de Joaquim:
A mãe casou novamente...
Durban na África do Sul:
O poeta segue em frente...
Estudos e poesia:
Literatura na mente...

Ano 1895:
Flui o poeta ligeiro...
Para a sua amada mãe:
Faz o seu verso primeiro...
A poesia jorra nalma:
De um poeta verdadeiro...

Era 26 de julho:
Poeta na dianteira...
A poesia de Pessoa:
Tranbordou-se por inteira...
Ofereceu a sua mãe:
Dona Maria Nogueira...

"À minha querida mamã":
É sua poesia primeira...
Escrita em forma de quadra:
Inspiração verdadeira...
Pessoa tornou-se vate:
Deu início à carreira...

Convento de West Street:
E depois na High School...
A Universidade do Cabo:
Numinoso como um sol...
Prêmio Rainha Vitória:
Uma conquista de escol...

Cursa o Secundário:
Desperta o escritor...
Na Universidade do Cabo:
Desvela novo pendor...
Tem poesia na alma:
Essência de criador...

Por muitos influenciado:
Camões, Shakespeare e Byron...
Baudelaire, Homero, Keats:
Mallarmé, Goethe e Milton...
Dante, Shelley, Poe e Pope:
Cesário Verde e Tennyson...

Poetas de língua inglesa:
Pessoa bastante leu...
Poe, MIlton, Byron, Shelley:
Pesquisou, leu e releu...
Retornou a Portugal:
Um novo homem nasceu...

No Curso Superior de Letras:
Pessoa é matriculado...
Por pouco tempo estuda:
Na carreira de letrado...
Dexou o curso no começo:
Tendo-o abandonado...

Disseca os bons sermões:
Do Padre Antônio Vieira...
Jesuíta erudito:
Sapiência brasileira...
Que viveu na Boa Terra:
Quase a sua vida inteira...

Depois de estudar Vieira:
Cesário Verde buscou...
Adentrou em sua obra:
Muito leu e pesquisou...
Foi grande a influência:
Que Cesário lhe passou...

Tradutor de cartas comerciais:
Dáva-lhe vital sustento...
Em cafés, na boemia:
Extravasava o talento...
No Brasileira do Chiado:
Revelava o pensamento...

Ano 1912:
Mário de Sá-Carneiro...
Conhecimento, amizade:
Criação o dia inteiro...
Elo da Literatura:
Luminoso candeeiro...

Grande amizade com Mário:
Diálogo e poesia...
Revista Orpheu e luzes:
Transcendência e magia...
Mário, Almada e Luís:
Além da Ontologia...

Revista Orpheu, um marco:
Modernismo em Portugal....
Crítica e admiração:
No ambiente cultural...
Antinous and 35 Sonnets:
Em inglês bem literal...

Anos de obscuridade:
Ocultismo e magia...
Revistas, poemas, ensaios:
Estudos de astrologia...
Cabala, esoterismo:
Quintessência dalchemia...

O Guardador de Rebanhos:
Versos de Alberto Caeiro...
Álvaro de Campos criou:
Um universo inteiro...
Ricardo Reis na poesia:
Foi farol e candeeiro...

Cria Bernardo Soares,
O Livro do Desassossego...
Pessoa sempre desperto:
Poesia...o seu emprego
Criou vários heterônimos:
O verso era seu apego...

Caeiro sem misticismo:
Tinha lógica, coerência...
De expressão natural:
Simplicidade na essência...
Um poeta camponês:
Em busca da consciência...

Ricardo Reis erudito:
Era semi-helenista...
Valores tradicionais:
Jesuíta, latinista...
Do Porto para o Brasil:
Médico...Mitologista...

Álvaro de Campos de Tavira:
Foi poeta simbolista...
Estudou engenharia:
Fez poética futurista...
Viviu a desilusão:
Amargura, pessimista...

Pessoa no Cancioneiro:
Auto psico grafia...
Métrica, Rima, Lírica:
Fluente simbologia...
Mensagem do pensamento:
Sentimento da poesia...

A mensagem de Pessoa:
Saudade e Messianismo...
A missão de Portugal:
Poesia e misticismo...
TerraMar e Quinto Império:
Língua...Sebastianismo...

Ano 1934:
Surge o livro Mensagem...
Com dinheiro emprestado:
Sobrevivia à margem...
Prêmio Antero de Quental:
Revelou-se a linguagem...

Mensagem em português:
Flui sebastianismo...
Epopéia portuguesa:
Místico nacionalismo...
Mar português:Brasão
Encoberto messianismo...

Mistérios em sua obra:
In.coerência...Ilusão...
Sonhos e passividade...
Dúvida e hesitação...
Temor do Dês.conhecido:
A busca da trans.mutação...

Ano 1935:
A morte o arrebatou...
Cirrose hepática letal:
O poeta nos deixou...
Foi-se para o além-mundo:
Bela Mensagem ficou...

Fernando Pessoa não teve:
Em vida o reconhecimento....
Nos trouxe a modernidade:
E a luz do pensamento...
Dois livros publicados, vivo:
Pouco, para o seu talento...

O sistema é tirano:
Não gosta de poesia...
Ultraja, mata, oprime:
Reprime a rebeldia:
Só quer saber de dinheiro:
De lucro e de mais valia...

Fernando Pessoa, múltiplo:
Poeta da heteronímia...
Plural personalidade:
Metafórica metonímia...
Muitos nele habitava:
Para além da pantonímia...

Alberto Ricardo Álvaro Bernardo:
Fernando Antônio conhecido...
Pessoa poeta do Ser:
É bom tê-lo sempre lido...
"Saudação a Walt Whitman":
Naarca do desconhecido...

Ode de Coelho Pacheco
"Para Além Doutro Oceano",
Antônio Mora, pagão:
Malouco...Um tanto insano...
No manicômio de Cascais:
Um delírio sobrehumano...

Pluralidade em Pessoa:
Mágica diversidade...
Paganismo...Astrologia:
Panacéia...Novidade...
Poiesis...Cosmologia:
Ás da multiplicidade...

Até um Barão de Teive:
Há na obra pessoana...
Mitos e cosmovisão:
Sob a máscara humana...
Signos da natureza:
Imaginação...Persona...

Objeto psicanalítico:
Metafísica...Quintessência...
Antíteses e Alchemia:
Graal da clarividência:
Onipresença do Ser:
Luzes da onisciência...

Fingir...Teatralizar:
Dramatizar a poesia...
Inexistir...Encadear:
A verve da fantasia...
"Bicarbonato de Soda:
Ecos da philosofia...

Atlântico...Tejo...Portugal:
Mar revolto...Calmaria...
Para além do Bojador:
Navega-a-dor da poesia...
Pessoa transborda o verso:
Autopsicografia...

Pessoa eternizou-se:
É patrimônio mundial...
Poesia de infinitude
Luminar de Portugal...
Navegador do Ser:
Poeta universal...

Fonte:
Portal Vânia Diniz

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 6)

Trova Potiguar Mais do que fadas e mitos, num cenário encantador, tenho sonhos tão bonitos, que viram lendas de amor! JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN Uma Trova Premiada 2010 > Curitiba/PR Tema > PIJAMA > M/H Celular ao pé do ouvido, nem ouve se alguém o chama, de tal modo distraído... vai trabalhar de pijama! VANDA FAGUNDES QUEIROZ/PR Uma Trova de Ademar Os devaneios sem fim e felizes que eu vivo a esmo são produzidos por mim para enganar a mim mesmo... ADEMAR MACEDO/RN ...E Suas Trovas Ficaram Nós somos tão um do outro, que fico, às vezes, pensando que em nossos abraços loucos sou eu que estou me abraçando! ADRIANO CARLOS/RJ Uma Poesia livre Lúcia Helena Pereira/RN DÓI Dói bem dentro de mim Uma ausência querida De um calor já distante Afagos negados E sussurros. Dói bem dentro de mim Essa dor tão pungente Reabrindo feridas Machucando pancadas E magoando esperanças. Dói bem dentro de mim Esse grito calado Despertando angústias E medos sem fim. Dói bem dentro de mim Essa dor excitante Gestos contidos Mãos que se omitem Às carícias completas De um amor tão complexo! Estrofe do Dia Quero o tempo de menino Eu, fazendeiro afamado, Tinha o rebanho formado Pelos bois de Vitalino. A calça boca de sino Pelo São João, mamãe fez Eu parecia um francês Mesmo todo amatutado. Quero voltar ao passado Pra ser criança outra vez. WELLINGTON VICENTE/PE Soneto do Dia Francisco Macedo/RN MINHA LUA DE MEL. Soberana no céu, ela flutua, inspirando o poeta em seu clarão... - se “Nova”, ele a vê com o coração, - se “Cheia” o meu amor, se perpetua! Seja “Quarto Minguante”, minha Lua, seja “Quarto Crescente”, de paixão! Minha Lua que vai à imensidão, conduz este poeta pela rua. A Lua poetisa, tão mulher! Se apodera de mim, sempre que quer... Aceito na maior cumplicidade! Contemplando teu céu, te vejo calma, deixo nascer os versos dentro d’alma. - Nossa Lua de Mel... Felicidade! Fonte: O Autor

José Feldman (Simplesmente Sentindo)


Quando sentir o vento tocar seus ouvidos,
sou eu
sussurrando o meu amor por você.

Quando sentir as gotas da chuva sobre seu rosto,
são as minhas lágrimas
que te encharcam com meu amor.

Quando sentir o calor de um dia de verão,
imagine que é o meu corpo
te abraçando e
te dando o calor de meu coração.

Quando olhar pela janela de seu quarto e vir as estrelas piscando,
são meus olhos
que piscam aos milhares
as palavras
“Eu te amo!”

Quando passear pelo parque e vir uma árvore,
abrace-a e feche os olhos,
estará abraçando a mim,
meu corpo, meu coração
junto a si.

E se olhar para o alto desta árvore
ouça o farfalhar das folhas
É minha voz dizendo:
Eu sou teu para todo o sempre,
Volta para mim!

Fonte da Imagem =

Ana Paula Maia e Paulo Sandrini (O Futuro do Mercado Editorial)



Ana Paula Maia (1977)

Nasceu em 1977, em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Publicou seu primeiro romance, O habitante das falhas subterrâneas, aos 26 anos (2003) pela 7 Letras, editora que sempre deu espaço para jovens escritores. Depois investiu no universo que já domina, o da internet, e lançou Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos (aqui), em 2006, que agora em 2009 saiu impresso pela editora Record.

Com uma prosa que procura escrutinar a violência social, Ana Paula vem conquistando espaço no meio literário. Está em algumas antologias de novos talentos da ficção brasileira, entre elas 25 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira / organização Luiz Rufatto (editora Record, 2004); Todas as guerras - Volume 1 (Tempos modernos) / Org. Nelson de Oliveira – (editora Bertrand Brasil, 2009); 90-00 - Cuentos brasileños contemporáneos / org. Nelson de Oliveira e Maria Alzira Brum – (Peru) - 2009
Seu blog é: http://www.killing-travis.blogspot.com/

Paulo Sandrini (1971)

Paulo Sandrini nasceu em março de 1971, em Vera Cruz, São Paulo. Vive em Curitiba desde 1994. É Designer gráfico, mestre e doutorando em Estudos Literários [UFPR], autor de O estranho hábito de dormir em pé [2003], Códice d’incríveis objetos & histórias de lebensraum [2005], ambos de contos, e Osculum obscenum [2008], novela. Participou das coletâneas Contos cruéis, as narrativas mais violentas da literatura brasileira contemporânea [2006], 15 cuentos brasileros/15 contos brasileiros [Argentina, 2007], 90-00 Cuentos brasileños contemporáneos [Peru, 2009] e Futuro Presente [2009]. Ministrante de oficinas de criação literária desde 2007. Editor da Kafka Edições. Mantém o blog http://paulosandrini.blogspot.com/.

Vicência Jaguaribe (Lançamento de Dois Livros: infantil e adulto)


BRINCANDO NO RITMO DA POESIA

Vicência Jaguaribe publica pela Editora Protexto (Curitiba) livro de poemas infantis, intitulado Brincando no ritmo da poesia. A obra reúne 33 poemas que misturam a realidade atual com as recordações de tempos idos. A autora revisita a fábula A Cigarra e a Formiga; brinca com os sons e o ritmo em A menina na roda; leva as crianças a penetrar Na terra do faz-de-conta; conta a história do galo Faraó, em Cocoricócócócócócó!!! ; solta Os meninos na chuva e liberta o pássaro prisioneiro, em O passarinho foi embora:

O passarinho foi embora

O passarinho acordou
Quando o galo cantou.
Esticou as asas
E também bocejou.
Soltou um trinado
Para a dona da casa.
Mas como haviam deixado
Aberta a gaiola
O passarinho frajola
Disse addio!
Good-bye!
Adiós!
Adieu!
Adeus! Mariolas,
Estou indo embora.

O livro é bem ilustrado, diverte e sensibiliza. Preço: R$30,00.
Contato com a autora: vmjaguaribe@netbandalarga.com.br
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ANCORAGEM EM PORTO ABERTO

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Ancoragem em porto aberto é um livro de contos (adultos), da contista Vicência Jaguaribe, publicado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores. São 36 pequenas narrativas que resgatam lembranças e histórias ouvidas, fatos dos tempos passados e dos tempos atuais. Mas a invenção recobre o espectro do real, de modo que os contos, como toda obra de ficção, não podem ser tomados como a representação do real empírico. O título do livro remete à ideia de que a vida não é um porto seguro, e viver implica ficar à mercê das intempéries — dos ventos e das marés. Afinal, a vida é a protagonista subjacente a todas as histórias.

Preço: R$25,00.
Contato com a autora: vmjaguaribe@netbandalarga.com.br

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

José Feldman (Descoberta)


Hoje eu descobri que ser uma pessoa boa não é um dom, mas uma maldição.

Hoje eu descobri que não importa o quanto você queira se dar a alguém, este alguém tem medo desse dar, e foge.

Hoje eu descobri que a felicidade só é perfeita quando somos dois, pensando como um só, mas as pessoas tem medo de repartir.

Hoje eu descobri que não importa que existam milhões de momentos felizes, se houver um que provoque mágoa, ele é muito maior que estes milhões.

Hoje eu descobri que contos de fadas, são apenas contos de fadas, e o “foram felizes para sempre” só existe em livros, pura ficção.

Hoje eu senti o que é você obter glórias além de seus sonhos, e não ter com quem dividir.

Hoje eu descobri que estas glórias são apenas grãos de areia que o vento espalha, e se perdem no ar.

Hoje eu descobri que quando um coração se parte, ele sangra sem parar.

Hoje eu descobri que um novo amanhecer tão lindamente cantado não existe, e dias e noites são um só.

Hoje eu descobri que a bondade não leva a nada e nem traz nada, somente dor.

Hoje eu descobri que quando se ama, não importa o sacrifício que se faça, sempre poderá haver uma segunda chance. O amor é se dar.

Hoje eu descobri que a amei e o amor é tão presente hoje como quando eu a amei pela primeira vez.

Hoje eu descobri que a felicidade é ilusão, quando se está sozinho e não se tem com quem dividir.

Hoje eu descobri que as pessoas vêm e vão, e a única coisa que é fiel a vida inteira é a dor, é a saudade, é o sofrimento.

Gislaine Canales (Livro de Trovas)


A minha vida é uma Trova,
trova de ilusão perdida,
pois a vida é grande prova,
que prova a Trova da vida!

A minha vida é um romance,
pois sonhando sou feliz...
Eu deixo que o vento trance
os sonhos que eu sempre quis!

A mistura de mil cores
e toda a luz do universo,
mais o perfume das flores,
desejo pôr no meu verso!

A noite recebe a tarde
num momento de magia...
No pôr-do-sol, o céu arde
e tudo vira poesia!

A paz mundial é utopia
dizem uns...Não é verdade,
se buscarmos na Poesia
as armas da Humanidade!

A saudade da saudade,
varreu, de mim, a alegria,
levando a felicidade
que eu pensava que existia!

As eternas madrugadas
me encontram sempre a chorar.
A vida, cheia de nadas,
não me deixa mais sonhar!

A vida é renovação,
(é amor, é sonho e alegria),
é feita só de emoção,
recomeça a cada dia!

Cada livro é uma vitória
na memória de um País,
pois nos diz de sua glória
e é, da história, a geratriz!

Canto as estrelas nos versos,
com minha alma apaixonada...
Vou acendendo Universos...
"Criando luzes...do nada!"

É contrastante a ironia,
nesta verdade contida:
lindo o entardecer do dia,
triste o entardecer da vida!

É de ternura o momento
em que o Sol sorri do espaço,
se faz vida e sentimento
e lança ao mar seu abraço!

Em meu coração alterno
as estações...todo o dia,
tornando, assim, meu inverno,
lindo verão de poesia!

"Enganam-se os ditadores"
que pensam poder tirar
do mundo, nós, trovadores
e o nosso jeito de amar!

Era noite e a escuridão
pensou que raiava o dia,
ao sentir com emoção
a luz da tua poesia!

Eu prossigo o meu caminho,
procurando um grande amor,
que me envolva com carinho
e me aqueça com calor!

Eu quero poder cantar
meus versos aos quatro cantos,
talvez possa transformar
em risos, todos os prantos.

Eu tenho um sonho bonito:
Caminhar por sobre as águas
e ao chegar ao infinito,
esquecer todas as mágoas!

Hoje estou triste, alquebrada,
sem amor, sem alegria,
mas prossigo a caminhada...
Amanhã é um novo dia!

Lutemos pela conquista
da paz mundial no universo,
numa guerra pacifista,
usando as armas do verso!

Me envolve com mil abraços,
com mil beijos de afeição,
esse mar, de doces braços
com seus lábios de paixão!

Meu interior é risonho,
e posso a todos dizer
"que trago um mundo de sonho"
no meu modo de viver!

Meus lábios apaixonados
bebem o orvalho dos teus,
desses teus lábios molhados,
que sonham com os lábios meus!

Meu verso é meu companheiro
no cenário da ilusão
e o universo, imenso, inteiro,
se torna pequeno, então!

Não lembro de ti, passado,
pois, consegui te esquecer,
agora, só tenho ao lado
os sonhos que vou viver!

Nosso romance de amor
começou bem diferente...
Foi nosso Computador
que aproximou mais a gente!

Nosso romance virtual
é tão doce e verdadeiro
que se torna o mais real
romance, do mundo inteiro!

Novo tempo, nova história,
nova era, novo amor!
Antiga, só a memória
que, aos poucos, perde o valor!

Numa oração, com carinho,
eu peço a SAN VALENTIN:
Coloque no meu caminho
um amor real pra mim!

Nunca mais fiquei sozinha,
pois na Internet eu namoro,
e essa solidão que eu tinha
não mora mais onde eu moro!

O amor é pura magia
e a ternura da emoção
traduz-se nessa alegria
plantada no coração!

O mar é o mais doce amante
pois não cansa de beijar,
num lirismo alucinante,
toda a praia que encontrar!

O prazo que nós tivemos
para o nosso amor viver,
foi pouco. Nos esquecemos
antes do prazo vencer!

O sol dourado se espraia
tão lindo.com seu calor,
por toda a areia da praia
em doces beijos de amor!

Quando existe amor sincero
é forte a emoção que traz,
e ele mostrará, austero,
a grande força da paz!

Que a paz mundial, que sonhamos,
não seja mera utopia...
Para alcançá-la, vivamos
com muito amor cada dia!

Quero cantar pelo espaço
e, nas estrelas, rever
todas as trovas que eu faço.
Trova é prece em meu viver!

Realizando utopias
meu coração quer amar,
no crepúsculo dos dias
da minha vida a findar!

Sendo a vida embriagante
devemos vivê-la bem.
"Há sempre um mágico instante,"
há sempre um mágico alguém!

Sinto as mãos da solidão
num carinho de verdade,
trazendo ao meu coração,
das tuas mãos, a saudade!

"Somos os dois um só mundo",
somos um só, na verdade,
e esse nosso amor profundo,
é mais que amor, é amizade!

Sou feliz ao relembrar
que realizei meu desejo...
Como foi bom te beijar!
Como foi bom o teu beijo!

Sou tão triste e tão sozinha,
que o eco do meu lamento,
desta saudade tão minha,
escuto na voz do vento!

Sozinhas nas madrugadas,
donas do mundo e da lua,
nossas mãos entrelaçadas
seguem juntas pela rua!

"Teu beijo pela Internet"
traz amor, traz alegria,
é sempre a melhor manchete
acarinhando o meu dia!

"Tua idade não importa,"
se feliz quiseres ser,
pois ao amor, não comporta
ter idade pra nascer!

Tudo é tão encantador,
nosso amor é tão bonito,
"que, em cada noite de amor"
ultrapasso o infinito!

Um mundo melhor...queria,
para deixar aos meus netos,
onde imperasse a alegria
numa transfusão de afetos!

Vem amor, vamos embora,
de mãos dadas pelo mundo,
"vamos viver vida afora,"
esse nosso amor profundo!

Vivemos juntos, mas sós,
nossa solidão somada,
fez de ti, de mim, de nós,
a soma triste do nada!

Vou vivendo meus agoras,
entre sonhos e utopias,
vou transformando em auroras
"as minhas noites vazias."

Fonte:
http://gislainecanales.com.br/trovas.html

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 5)


Trova do Dia

Não te peço, Deus amigo,
igual multiplicação:
basta o milagre do trigo,
que a gente o transforma em pão!
ARLINDO TADEU HAGEN/MG

Trova Potiguar

Poeta, não perca o encanto,
que o seu verso, noite e dia,
guarda o riso sobre o manto
da mais singela alegria!
MARA MELINNI/RN

Uma Trova Premiada

Quem quer fugir de um suplício
e, no abismo, não se joga,
diz NÃO à droga do vício
que torna a vida uma droga!
MARIA NASCIMENTO/RJ

Uma Trova de Ademar

A chuva é para o sertão
como se fosse um troféu.
Deus abre com um trovão
a caixa d’água do céu!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Com o sonho e a fantasia
levar a vida normal,
nem chega a ser utopia,
para o poeta é normal
MIGUEL RUSSOWSKY/SC

Uma Poesia livre

Jania Souza/RN
AMOR PERDIÇÃO.

Minh’alma em fogaréu
é um grito de amor
eco em meus fartos seios
úmidos de pranto clamor.
Só calo meu desvario
no céu que é tua boca
unção à minha perdição.

Estrofe do Dia

No ano de estiagem
O sol é incandescente
Não tem torres no nascente
Chuva parece miragem.
Na época da invernagem
Quando se ouve um trovão
Parece anunciação
Dessas que ninguém aceita,
Um arco íris se deita
Na paisagem do sertão.
DAMIÃO METAMORFOSE/RN

Soneto do Dia

Gilson Faustino Maia/RJ
MADRUGADA.

Naquela inesquecível madrugada,
quando o amor era rima principal
de um poema envolvente, sensual,
escrito a dois na sala envidraçada,

a lua espionava enciumada,
a cena de um fascínio sem igual.
Não era apenas um amor carnal,
também de uma ternura inusitada.

As rendas cor da paz daquela blusa
as minhas mãos tentavam afastar
dos frutos da paixão que a minha musa

queria, a contra gosto, resguardar.
E eu via em seu olhar, não a recusa,
mas um desejo enorme de se dar.

Fonte:
O Autor

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Trova 176 - José Feldman (PR)

Nei Garcez (Livro de Trovas)

Abarcar a transcendência
entre Deus e a Criação,
mesmo com toda ciência,
foge à nossa compreensão.

Amizades que são boas,
e atitudes tão singelas,
é gostarmos das pessoas
bem assim como são elas.

A nossa fisionomia
revelada no facial,
de tristeza ou de alegria,
é um idioma universal!

As pessoas nunca morrem,
simplesmente elas encantam,
vivem sempre, e nos socorrem
com as obras que aqui plantam.

Borboletas não persigo,
eu cuido do meu jardim.
Só assim delas consigo
que venham atrás de mim.

Cantagalo se enaltece
pelo filho que nos deu,
cuja história até enriquece
“Os Sertões” que ele escreveu.
(TEMA: EUCLIDES DA CUNHA)

Com a trova se diz tudo
em fração de oito segundos,
e seus temas, sobretudo,
são precisos e fecundos.

Desta vida eu devo o brilho
por você ter me ensinado.
Hoje, pai, com o meu filho,
sou você no meu passado.

Escrever é um simples conto,
que não é grande epopéia:
maiúscula, mais o ponto,
e no meio, só a idéia!

Luiz Otavio, no infinito,
em sua estrada já traçada,
nos ensina quão bonito
é uma trova declamada!

Na escalada de um edifício,
num mergulho mais profundo,
seu trabalho é um sacrifício
pra salvar vidas no mundo.
(DIA DO BOMBEIRO)

Neste mundo, eu vivo aqui,
é meu pai, meu grande amigo;
das lições que eu aprendi
tua imagem vem comigo!

No calor do ensinamento
você sempre esteve certo.
Hoje, o arrependimento...
Você não está por perto!

Nossas feridas externas
curam-se rapidamente,
mas as da alma, internas,
demoram dentro da gente.

O arquiteto e o engenheiro
vivem guerra contumaz,
pois quem cria é o primeiro,
e o segundo é quem faz.

O direito nos ensina
o equilíbrio que ele deu:
o teu direito termina
bem onde começa o meu.

O melhor amigo, em tudo,
de atitude sempre pronta,
nos quer bem, e não é mudo:
nossos erros nos aponta.

O namoro é uma viagem
que nos leva ao paraíso;
mas quem for comprar passagem...
na bagagem leve juízo.

O trabalho que é um ofício
de uma nobre profissão
já revela o benefício
no progresso da nação.

Parabéns, ó trovador,
deste solo e céu anil,
que com trova e muito amor
abençoa este Brasil!

Quando eu vejo, nesta vida,
tanta briga, com vingança,
a saudade me convida
pra voltar a ser criança.

Quem recorda os trovadores
com suas trovas de então,
oferece aos seus autores
a prova de gratidão!

Quem trabalha com grandeza
gera emprego no país;
põe comida em cada mesa...
Faz um povo mais feliz!

Sempre ao ver que a bola rola
guie o carro em segurança,
porque sempre atrás da bola
vem correndo uma criança.

Todo dia eu digo adeus
para a minha mocidade.
São felizes dias meus
que eu conservo na saudade.

Uma dor que me angustia,
e que eu guardo na lembrança,
é saber que um certo dia
eu deixei de ser criança.

Um país bem planejado,
com trabalho construído,
tem seu povo já educado
e um poder fortalecido.

Vejo sempre uma faceta
no processo que estimulo:
ora sou uma borboleta,
ora volto a ser casulo.

Você sempre foi meu guia
nos abismos desta vida,
e eu jamais o percebia,
ó meu pai... Que linda lida!