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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Revista Florilégio de Trovas n. 37 - abril de 2023


Em suas 54 páginas:

- Homenagem à maringaense Eliana Palma e ao médico falecido em Curitiba, Maurício Friedrich, presidente da UBT Estadual do PR;;

- Trovas sem fronteiras, são mais de 100 trovas de todos os recantos.

- Trovas temáticas sobre "Sonhos";

- Mais alguns alvitres do prof. Renato Alves (Rio de Janeiro/RJ);

- Trovas humorísticas, de Izo Goldman+;

- Assis (Maringá/PR) nos brinda com seu artigo "Tesouro Desconhecido";

- Gonzaga da Silva (Natal/RN) com Trova e Cidadania, abordando o Trabalho em trovas;

- 10 Concursos de Trovas com inscrições abertas.

ATENÇÃO: A revista foi enviada por email aos meus contatos. Caso não tenha na pasta principal,  verifique na pasta de spam (lixo eletrônico). Mas se não encontrar, faça o download da revista do Google Drive em:


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Folhetim de Trovas “Copaíba” n. 1 outubro 2020 (Baixe grátis)

 
Em seu conteúdo:
 
O que é Copaíba.
 
Um breve resumo sobre Campo Mourão.
 
Trovas de trovadores de Campo Mourão, do Paraná e de outros rincões.
 
Concursos de trovas com inscrições abertas (atenção, que  um se encerra hoje, dia 30, outro amanhã e dois dia 5 de novembro)

Para ler o Folhetim, baixe para seu computador em pdf, no link
https://drive.google.com/file/d/16bXF4fHyZBTaqNq_k4w2VdFMmsWvNuTg/view?usp=sharing

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Revista Florilégio de Trovas (n. 34 – dezembro)


Lançado o último número do ano da Revista Florilégio de Trovas.

Em suas 20 páginas:
 
Trovas do Brasil e Portugal,
 
Trovas com o tema: Respeito,
 
Trovadora Destaque: Leonilda Yvonneti Spina, de Londrina/PR,
 
Mini-biografia atualizada de José Feldman.

Faça o download em pdf, no link:
https://drive.google.com/open?id=1zvyLoSrk27KG0p_cvThDtaEdKsYZNYwH


O tema para a revista de fevereiro é: Fantasia/,
enviar a/s trova/s para revistaflorilegiodetrovas@gmail.com

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Florilégio de Trovas n. 23 (lançamento)


Já saiu o número 23 da revista Florilégio de Trovas.

Em suas 68 páginas:
105 Trovadores de Ontem e de Hoje
 A. A. de Assis: Francisco, o poeta
Trovas do sergipano Julimar Andrade Vieira
Nei Garcez: Eclipse (em trovas)
Trovas Premiadas do I Concurso Nacional de Trovas da UBT/ES
Trovas Premiadas do XI Jogos Florais da UBT/Juiz de Fora
Aparício Fernandes: Plágios, Coincidências e “Homenagens” (Parte final)
Baú da Memória com foto de trovadores
15 Concursos de Trovas com Inscrições Abertas

Se ainda não possui, solicite a revista (em pdf), em florilegiodetrovas@vivaldi.net

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ademar Macedo (O Trovadoresco n. 89 – novembro de 2012)




                                 
Fiz minha casa de barro
ao lado de uma favela.
Lá fora, eu sei, não tem carro,
mas tem amor dentro dela!...
– Ademar Macedo –

Quando o amor acende a chama
no coração da pessoa...
Faz do coração que ama
um coração que perdoa!
– Prof. Garcia –

Mandei clonar do meu ser
uma cópia da ilusão
para jamais esquecer
as razões do coração.
– Francisco Bezerra –

Estudando noite e dia,
como quem cumpre uma lei,
consegui sabedoria
pra saber que nada sei.
– José Lucas de Barros –

Cada gole de aguardente
traz um ardor vitalício,
queimando as queixas da mente
dentro do fogo do vício...!
– Manoel Cavalcante –

O outono ali vem chegando,
já me sinto à sua espera...
contudo vou degustando
uns restos de primavera.
– Ubiratan Queiroz –

Janela do meu encanto,
de alcance manso e profundo...
À noite, levas meu pranto;
de manhã, trazes meu mundo!
–Mara Melinni/RN–

Jamais eu me recusei
A confessar meu pecado,
A vida toda eu amei,
Jamais me senti amado.
–Wellington Freitas/RN–

Piedade, chama divina,
que acende a cada aflição,
é fonte que me ilumina
quando concedo o perdão.
– Marcos Medeiros –

Entre nós dois se comprova
as discrepâncias da lida;
eu, quase com o pé na cova,
você, florindo pra vida!
– Zé de Souza –
    
                
Tão bela, tão generosa,
símbolo eterno da paz,
pede desculpas a rosa
pelos espinhos que traz!
(A.A. de Assis/PR)

Nos percalços dessa vida
já deixei muita pegada
como marca dolorida
dos revezes da jornada.
(Eliana Jimenez/SC)

De saudade quase morta
volto, mas, sem piedade,
teu desprezo fecha a porta
na cara dessa saudade…
(Divenei Boseli/SP)

Volto agora à realidade,
depois de tanta bonança...
e as mãos cruéis da saudade
apertam mais a lembrança!
(Maria Thereza Cavalheiro/SP)

Vai, estudante, buscar
conhecimento fecundo
pois, és a pedra angular
na construção do teu mundo!
(Francisco José Pessoa/CE)

Se pergunto o que é saudade,
quem dela sofre, responde:
- uma dor com caridade...
ora vem, ora se esconde.
(Dáguima Verônica/MG)

Só tu, penumbra que invade
meu quarto, sem cerimônia,
sabes de quantas saudades
se compõe a minha insônia!
(Élbea Priscila de Souza/SP)

A virtude, simplesmente,
é um dos dons abençoado:
reflete o nosso presente
num espelho do passado...
(Rejane Costa/CE)

Se eu pudesse repartia
em gestos de amor profundo
o meu pão de cada dia
entre os famintos do mundo!...
(Maria Madalena Ferreira/RJ)

Das bofetadas que a vida
me deu sem muita piedade,
tu foste a mais dolorida
e a que mais deixou saudade.
(Thalma Tavares/SP)



Vendo os dotes da Jussara
no seu biquíni miúdo,
morro de inveja do cara
que é dono daquilo tudo!!!
(Clarindo Batista/RN)

O zeloso fazendeiro,
homem de peso e distinto,
tropeça no galinheiro!...
Quebra o pescoço do pinto!
(Hélica Cruz de Oliveira/MG)

Deu à sogra, de presente,
uma vassoura, a brincar...
– ao que ela indaga, inocente:
“Pra varrer?” – Não! Pra voar!...
(Rodolpho Abudd/RJ)

A defender eu me apresso
o linguajar puro e rico.
Mineiro não diz “tropeço”:
Se fôr “da gema”, é “trupico”!
(Marisa da C. Pereira/MG)

Casei-me sim, com o Castro,
que... podia ser meu tio...
Mas pelo “naipe” do mastro
É que se compra o navio!
(Jaime Pina da Silveira/SP)

“Pagou um mico” perfeito
a Clara, em busca de fama!
Disse à esposa do prefeito:
“eu sou a Segunda dama!”...
(Clenir Neves Ribeiro/RJ)

Um dia apenas vivido
e rebelou-se a donzela,
vendo a mala do marido
pequena pras coisas dela!
(Edmar Japiassú Maia/RJ)

O que demorava um mês
pra fazer com a namorada,
hoje eu faço de uma vez
quando danço uma lambada.
(Dorival Coutinho/SP)

Mesmo pequeno e roliço,
no mundo, ninguém calcula;
quem foi que deu um sumiço
no dedo da mão de Lula!
(Ademar Macedo/RN)



Como num sonho, a viagem,
pelo teu corpo desnudo,
eu fiz, sem pagar passagem
e desfrutando de tudo!
– Francisco Macedo –

Uma oração comovida
que, um dia, fiz a Jesus,
encheu meu sonho de vida
e a minha vida de luz!...
(Hermoclydes S. Franco/RJ)

Sempre que a saudade afronta
a lembrança, em desafio,
a velhice faz a conta
do tamanho do vazio.
(Miguel Russowsky/SC)

Entre esperas e demoras,
que a solidão descompassa,
já nem sei quantas auroras
vi chegar pela vidraça!...
(Vasques Filho/PI)


       
O teto é feito de palha,
só tem telha no capote,
a geladeira é um pote,
o gás butano, a fornalha;
uma cerca é a muralha,
o cadeado, um cambito;
a campainha é um grito;
o portão, uma cancela,
Minha casinha é aquela
no pé de serra esquisito.
(Pedro Ernesto da Silva/CE)

Os versos são comprimidos
que eu tomo pra minha dor,
a viola é uma medalha
no peito do cantador;
e a poesia é na verdade,
a mais pura identidade
deste humilde Trovador!
(Ademar Macedo/RN)

IMPOSSÍVEL.
– Rogaciano Leite/PE –

Tudo findo. Deixaste-me e seguiste
o primeiro que veio ao teu caminho;
não pensaste sequer que fiquei triste,
preso à desgraça de viver sozinho!

Dois longos anos!...Nunca mais me viste!
Foram-se as aves, desmanchou-se o ninho!...
Hoje, me escreves: “Meu viver consiste
na mistura de lágrimas e vinho!”

E me imploras: “Perdoa-me e consente
que eu vá viver contigo novamente,
pois só contigo poderei ter paz!”

Eu te perdôo... mas o empecilho é este:
eu amava aquela alma que perdeste...
alma que nunca reconquistarás!...

APOIO: GRÁFICA PADRE JOÃO MARIA - Tel: 3207-5862

sábado, 4 de agosto de 2012

Ademar Macedo (O Trovadoresco n. 86 - agosto de 2012)

Trovas Potiguares

Sem riqueza e sem estudo,
mas firme em cima dos trilhos,
meu pai para mim foi tudo
que tento ser pra meus filhos!
–José Lucas de Barros–
O retrato na moldura,
da corrosão, dá sinais!
mesmo assim, guarda a candura
da graça de nossos pais!
–Prof. Garcia/RN–

O meu Pai fez minha estrada
asfaltou e plantou flores,
também em cada palmada
calejou-me para as dores.
–Severino Campêlo–

Olhos fundos; enfadonhos,
tez crestada, mão ferida...
Só você, pai, por meus sonhos,
foi capaz de dar a vida...!
–Manoel Cavalcante–

Adotando bons conselhos
das faculdades morais,
os filhos serão espelhos
da retidão de seus pais.
–Djalma Mota–

Meu Pai, com nervos de aço,
tudo fez, por mim lutou;
por isso inda hoje eu faço
tudo o que ele me ensinou!
–Zé de Sousa–

Papai era tão sereno,
e seu afeto era tanto,
que até seu falar ameno
me soava um acalanto.
–Ubiratan Queiróz–

Meu pai era um homem pobre
quanto ao sentido do ter,
mas foi sempre muito nobre
quanto às virtudes do ser.
–Tarcísio Fernandes/RN–

Ser pai, é ter na verdade,
um pouco de amo e tutor,
é ter além da hombridade,
ingênuos gestos de amor.
–Fabiano Wanderley–

Nem dor, nem desesperança,
senti ao Papai morrer.
Eu era assim... tão criança,
que nem sabia sofrer!...
–Ademar Macedo–

Trova-Riso

Explicava, minha amiga,
os muitos filhos que tem:
- De dia o marido briga,
de noite... fica de bem...
(Izo Goldman/SP)

Quando um pinguço gagueja
e não se firma nos pés,
diz: tomei uma cerveja,
mas já tomou mais de dez...
(Maria Nascimento/RJ)

Sua trova – uma obra-prima –
não tem se classificado!?
Quando ele acerta na rima,
o verso é de pé quebrado!
(Arlindo Tadeu Hagen/MG)

Quem sempre conta lorota,
fica marcado e na mira:
verdade que dele brota
vale igual a uma mentira.
(Milton Souza/RS)

Meu marido é um “veranista”.
Adora uma “temporada”...
“Comparece”.. igual turista..
uma vez por ano e...”nada”!
(Jaime Pina da Silveira/SP)

Devo-te oitenta! Mas quero
pagar-te em nota de cem...
- Me empresta mais vinte! Espero
devolver no mês que vem!
(Renato Alves/RJ)

- Ó, Maria, eu vim cobrar
uma dívida! É o padeiro!
- Você vai ter que esperar,
estou pagando ao leiteiro!
(Marina Bruna/SP)
"Limpou" o supermercado
e desculpou-se ao ser presa:
- Não é roubo, delegado,
é mania de limpeza!
(Maria Dolores Lopes/MG)

Regeu a banda o Divino
mas agora, aposentado,
seu famoso bombardino
já se encontra enferrujado !
(Elen de Novais Felix/RJ)

Ao perder a direção,
quis o instrutor da Roberta
fugir de uma contramão
e entrou numa curva aberta.
(Doralice Gomes da Rosa/RS)

Simplesmente Trovas…

Ficou mais lento o meu passo?
Caminharei mesmo assim.
Só temeria o cansaço
se me cansasse de mim...
–(Newton Vieira /MG )

Sob a mesma nostalgia,
a saudade, sem pudor,
sobrevive, todo dia,
à ausência do teu amor!
–(Mara Melinni/RN )

Ela tem carisma e o porte
que uma rainha revela;
e eu tenho mais: tenho a sorte
de reinar ao lado dela!
(José Ouverney/SP)

Em festa que se renova
– plena de Fraternidade –
a verdade se comprova:
a trova não tem idade.
(Almira Guaracy Rebêlo/MG)

Ah! Jesus, que maravilha
se em Ti se inspirasse o rei!
e a paz, o amor, a partilha
enfim se tornassem lei!
(A. A. de Assis/PR)
Torno-lhe a cruz mais pesada,
mais espinhosa a coroa,
e, sem reclamar de nada,
tudo Jesus me perdoa...
(Darly O. Barros /SP)

O prêmio que eu mais queria
- e pelo qual peço a Deus –
é viver a fantasia
de unir teus sonhos aos meus!
(João Freire Filho/RJ)

A caridade amplifica
o sentimento Cristão
que tão bem se multiplica
quando é feita a divisão.
(Eliana Ruiz Jimenez/SC)

Quando pela vida passas,
displicente e linda assim,
o mundo, sem tuas graças,
perde a graça para mim.
(Gabriel Bicalho/MG)

Antes que nada mais sobre,
deixa-me ser, por favor,
ao menos a rima pobre
num de teus versos de amor!
(Vanda Fagundes Queiroz/PR)

A Saudade em Quatro Versos

Disse Deus à humanidade:
“Crescei e multiplicai”,
é nesta cumplicidade
que o homem se torna pai.
(Francisco Macedo/RN)

Herdei de ti, pai querido,
essa força de condor
que te fez, sendo um vencido,
ter ares de vencedor.
(Lilinha Fernandes/RJ)

A cadeira que, na sala,
num balanço vem e vai...
acorda a saudade e fala
das lembranças de meu Pai..
–Lucy Sother Rocha/MG–
Com a luz, pai, que me deste,
do teu meigo olhar profundo,
eu vejo - no mundo agreste,
toda a beleza do mundo.
(Anis Murad/RJ)

O Cantinho da Poesia

A bíblia explica com classe
a quem lê de vez em quando,
mesmo na face apanhando
deve dar a outra face,
toda pessoa que nasce
Deus quer que pratique o bem,
disse o pastor de Belém
o messias prometido:
eu mesmo sendo ferido
não devo ferir ninguém.
(Nonato Costa/CE)

Casinha à beira da estrada
com chão de terra batida,
fiz do teu portão de entrada
o meu portão de saída,
parti morto de saudade
tangendo os sonhos da idade
pelas estradas da vida!
(Prof. Garcia/RN)

COMPADECIDO...
–Oscar Macedo/RN–


Não tendo a quem contar as minhas dores,
ao velho mar me dirigi um dia.
Para aumentar porém meus dissabores,
reconheci que ele também sofria.

Confidente dos homens sofredores,
cobriu-se, ao ver-me, de uma espuma fria
e num gesto de quem confidencia
pôs-se a escutar tranquilo os meus clamores.

Contei-lhe tudo , confessei as mágoas,
mais profundas, talvez, que suas águas,
mostrei-lhe enfim meu coração dorido.

E o mar que até então ficara mudo,
ouvindo a triste narração de tudo,
pôs-se a chorar de mim compadecido.
–––––––––
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EMAIL: aleixograficapejoaomaria@gmail.com

domingo, 1 de julho de 2012

Ademar Macedo (O Trovadoresco n. 85 - julho de 2012)


APOIO:  GRÁFICA PADRE JOÃO MARIA - Tel: 3207-5862
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Desponta sereno o dia,
e o meu sonho, sem demora,
enche o mundo de poesia
ao romper da linda aurora!
–Eva Garcia–

A palavra mais ardente
não é o fogo, é a paixão;
queimando o corpo da gente
deixa em brasa o coração.
–Gilda Moura– 

Com ambição desmedida
por coisas materiais,
o homem não tem medida,
nem liberdade, nem paz...
–Gonzaga da Silva–

O sol, eterno andarilho,
Nas rotas do movimento,
Abre as cortinas com brilho
No escuro do firmamento.
–Hélio Alexandre–

Nunca temerei fracassos
chegarei mesmo sozinho.
Quem segue do pai, os passos,
sabe as curvas do caminho...
–Manoel Cavalcante–

Altruísta, de verdade,
do benfazer! É sequaz,
age, com serenidade,
sem ostentar, o que faz...
–Pedro Grilo– 

Minha renúncia...Quem sabe...
não seja a chave secreta,
de tudo quanto só cabe
na inspiração de um poeta!
–Prof. Garcia–

Amor nefasto e perverso,
fui de ti um defensor;
agora eu sou réu confesso,
deste teu minguado amor.
–Prof. Maia/RN–

Destilando hipocrisia
segue a tola humanidade
queimando a vã fantasia
nas fogueiras da vaidade!
–Ubiratan Queiroz– 

É sempre ameno, suave,  
é um ápice da emoção,
quando a gente encontra a chave
que destranca um coração!...
–Zé de Sousa–



Quero, por tudo e por nada,
Esquecer-te a qualquer preço
Mas a distância danada
Já sabe o meu endereço!
-Antônio Colavite Filho/SP-

Uma luz quase apagada...
Um sonho chegado ao fim...
Eis um pedaço do nada
que tu fizeste de mim!
–Conceição de Assis/MG–

Aquela ponte que unia
nossas vilas ribeirinhas
une ainda, por magia,
tuas saudades e as minhas.
–Gislaine Canales/SC–

Não lastime as tristes horas
da viagem que angustia...
Viver é criar auroras
no ocaso de cada dia!
–José Valdez de C. Moura/SP–

De todo “não” que me deste,
o que mais triste me fez
foi aquele que disseste
disfarçado num “talvez”...
–Luiz Carlos Abritta/MG–

Vão ficando tão distantes
os carinhos do passado,
que eu nem sei se o que era antes
foi vivido... ou foi sonhado...
–Marina Bruna/SP–

Se navegar é preciso,
se é necessário sonhar,
eu sonho no teu sorriso,
navegando em teu olhar!
–Marisa Olivaes/RS–

Quando a nuvem da má sorte
Cobre de sombras teu mar,
A esperança é o vento forte
Que faz o tempo mudar.
–Milton de Souza/RS–

Não há fronteira na vida
que separe um grande amor,
quando a ponte foi erguida
pelas mãos do Criador.
–Olga Agulhon/PR–

Do poeta, o maior sofrer
assim pode ser descrito:
É a luta para escrever
o que nunca foi escrito.
–Olympio Coutinho/MG–


He-heee... pimenta boa!
Tanto assanha o maridão,
Que, emocionada, a patroa
Dobra a ardência do pirão...
–A. A. de Assis/PR–

No jogo da vida é assim:
tem encrenca e desacato,
e, quando ele chega ao fim,
a mãe de alguém paga o pato...
–Ercy Marques de Faria/SP–

Goteira outra vez? Não brinca!
Sobre o quarto.. e ele nem nota
que toda telha que trinca
tem marcas da mesma bota!
–José Ouverney/SP–

“Escolha a pessoa certa
para entregar-se, querida.”
Mamãe, quando a fome aperta,
não dá pra escolher comida!
–José Tavares de Lima/MG–

O terapeuta sugere:
- “Apimente” a relação!
Mas a mulher interfere:
- “Tô” fora! Pimenta, não!
-Lucília Decarli/PR-

Meu sogro nem “manda brasa”,
mas, quando está de veneta,
deixa a “mala velha” em casa
e sai com qualquer “maleta”..
–Maria Nascimento/RJ–

Se nas revistas reparas,
verás que é questão de gosto:
alguns preferem ver Caras,
outros preferem o oposto...
–Rodolpho Abbud/RJ–

Quando a vida se distrai,
ou dá tudo, ou tudo nega:
Rico... pega o carro e sai;
pobre sai... e o carro pega!
–Therezinha Brisolla/SP–

Que lua-de-mel aquela!
Faltou luz, foi um sufoco:
a noiva queria vela,
o noivo só tinha um toco...
–Wanda de Paula Mourthé/MG–


Sou feliz! Não vivo ao lado
das estrelas na amplidão,
mas posso ter um punhado
de vaga-lumes na mão.
–Antônio R. Fernandes/RJ–

“Limpou” o supermercado
e desculpou-se ao ser presa:
- Não é roubo, delegado,
é mania de limpeza!
–Maria Dolores Paixão/MG–

Loucuras... quantas já fiz
nos tempos da mocidade...
“Morri de amor” – fui feliz!...
Hoje vivo de saudade...
–Nádia Huguenin/RJ–

Coração, velha gaiola...
A saudade, no poleiro,
com seu canto me consola
noite e dia, o tempo inteiro!
–Reinaldo Aguiar/RN–



Quem faz do nome de Deus
Objeto de leilão,
Vendendo e enganando aos tolos
Sem a menor precisão;
Quem vende o nome de cristo
Inda vai pagar por isto
Com juros e correção.
(Geraldo Amâncio/CE)

A Lua, barco risonho,
no seu posto ingênuo e belo,
era o mimoso castelo
da poesia e do sonho,
mas o astronauta medonho
lá chegou bastante cedo,
e, como no seu degredo
esperava um trovador,
ao ver um explorador
a Lua tremeu de medo.
(José Lucas de Barros/RN)

AMOR ESTRANHO.
                                   – Benedicta de Mello/PE –

É um amor difícil de entender,
Este amor que hoje tenho e sempre tive.
Nem causa tem, nem tem razão de ser.
Não acha quem procure, ou quem se esquive.

Mora em quem vive e mora em quem não vive.
Ninguém o faz minguar nem faz crescer.
Ninguém há que o liberte, que o cative,
E não quer ser querido, quer querer.

Este amor esquisito que é só meu,
É um bem de raiz que DEUS me deu...
E nem eu sei porque me dá prazer.

É curta e eterna a sua triste história!
Só teve uma derrota, que foi glória.
Só uma vez sorriu: para morrer.

Fonte:
Ademar Macedo