domingo, 1 de julho de 2012

Ademar Macedo (O Trovadoresco n. 85 - julho de 2012)


APOIO:  GRÁFICA PADRE JOÃO MARIA - Tel: 3207-5862
EMAIL:  aleixograficapejoaomaria@gmail.com



Desponta sereno o dia,
e o meu sonho, sem demora,
enche o mundo de poesia
ao romper da linda aurora!
–Eva Garcia–

A palavra mais ardente
não é o fogo, é a paixão;
queimando o corpo da gente
deixa em brasa o coração.
–Gilda Moura– 

Com ambição desmedida
por coisas materiais,
o homem não tem medida,
nem liberdade, nem paz...
–Gonzaga da Silva–

O sol, eterno andarilho,
Nas rotas do movimento,
Abre as cortinas com brilho
No escuro do firmamento.
–Hélio Alexandre–

Nunca temerei fracassos
chegarei mesmo sozinho.
Quem segue do pai, os passos,
sabe as curvas do caminho...
–Manoel Cavalcante–

Altruísta, de verdade,
do benfazer! É sequaz,
age, com serenidade,
sem ostentar, o que faz...
–Pedro Grilo– 

Minha renúncia...Quem sabe...
não seja a chave secreta,
de tudo quanto só cabe
na inspiração de um poeta!
–Prof. Garcia–

Amor nefasto e perverso,
fui de ti um defensor;
agora eu sou réu confesso,
deste teu minguado amor.
–Prof. Maia/RN–

Destilando hipocrisia
segue a tola humanidade
queimando a vã fantasia
nas fogueiras da vaidade!
–Ubiratan Queiroz– 

É sempre ameno, suave,  
é um ápice da emoção,
quando a gente encontra a chave
que destranca um coração!...
–Zé de Sousa–



Quero, por tudo e por nada,
Esquecer-te a qualquer preço
Mas a distância danada
Já sabe o meu endereço!
-Antônio Colavite Filho/SP-

Uma luz quase apagada...
Um sonho chegado ao fim...
Eis um pedaço do nada
que tu fizeste de mim!
–Conceição de Assis/MG–

Aquela ponte que unia
nossas vilas ribeirinhas
une ainda, por magia,
tuas saudades e as minhas.
–Gislaine Canales/SC–

Não lastime as tristes horas
da viagem que angustia...
Viver é criar auroras
no ocaso de cada dia!
–José Valdez de C. Moura/SP–

De todo “não” que me deste,
o que mais triste me fez
foi aquele que disseste
disfarçado num “talvez”...
–Luiz Carlos Abritta/MG–

Vão ficando tão distantes
os carinhos do passado,
que eu nem sei se o que era antes
foi vivido... ou foi sonhado...
–Marina Bruna/SP–

Se navegar é preciso,
se é necessário sonhar,
eu sonho no teu sorriso,
navegando em teu olhar!
–Marisa Olivaes/RS–

Quando a nuvem da má sorte
Cobre de sombras teu mar,
A esperança é o vento forte
Que faz o tempo mudar.
–Milton de Souza/RS–

Não há fronteira na vida
que separe um grande amor,
quando a ponte foi erguida
pelas mãos do Criador.
–Olga Agulhon/PR–

Do poeta, o maior sofrer
assim pode ser descrito:
É a luta para escrever
o que nunca foi escrito.
–Olympio Coutinho/MG–


He-heee... pimenta boa!
Tanto assanha o maridão,
Que, emocionada, a patroa
Dobra a ardência do pirão...
–A. A. de Assis/PR–

No jogo da vida é assim:
tem encrenca e desacato,
e, quando ele chega ao fim,
a mãe de alguém paga o pato...
–Ercy Marques de Faria/SP–

Goteira outra vez? Não brinca!
Sobre o quarto.. e ele nem nota
que toda telha que trinca
tem marcas da mesma bota!
–José Ouverney/SP–

“Escolha a pessoa certa
para entregar-se, querida.”
Mamãe, quando a fome aperta,
não dá pra escolher comida!
–José Tavares de Lima/MG–

O terapeuta sugere:
- “Apimente” a relação!
Mas a mulher interfere:
- “Tô” fora! Pimenta, não!
-Lucília Decarli/PR-

Meu sogro nem “manda brasa”,
mas, quando está de veneta,
deixa a “mala velha” em casa
e sai com qualquer “maleta”..
–Maria Nascimento/RJ–

Se nas revistas reparas,
verás que é questão de gosto:
alguns preferem ver Caras,
outros preferem o oposto...
–Rodolpho Abbud/RJ–

Quando a vida se distrai,
ou dá tudo, ou tudo nega:
Rico... pega o carro e sai;
pobre sai... e o carro pega!
–Therezinha Brisolla/SP–

Que lua-de-mel aquela!
Faltou luz, foi um sufoco:
a noiva queria vela,
o noivo só tinha um toco...
–Wanda de Paula Mourthé/MG–


Sou feliz! Não vivo ao lado
das estrelas na amplidão,
mas posso ter um punhado
de vaga-lumes na mão.
–Antônio R. Fernandes/RJ–

“Limpou” o supermercado
e desculpou-se ao ser presa:
- Não é roubo, delegado,
é mania de limpeza!
–Maria Dolores Paixão/MG–

Loucuras... quantas já fiz
nos tempos da mocidade...
“Morri de amor” – fui feliz!...
Hoje vivo de saudade...
–Nádia Huguenin/RJ–

Coração, velha gaiola...
A saudade, no poleiro,
com seu canto me consola
noite e dia, o tempo inteiro!
–Reinaldo Aguiar/RN–



Quem faz do nome de Deus
Objeto de leilão,
Vendendo e enganando aos tolos
Sem a menor precisão;
Quem vende o nome de cristo
Inda vai pagar por isto
Com juros e correção.
(Geraldo Amâncio/CE)

A Lua, barco risonho,
no seu posto ingênuo e belo,
era o mimoso castelo
da poesia e do sonho,
mas o astronauta medonho
lá chegou bastante cedo,
e, como no seu degredo
esperava um trovador,
ao ver um explorador
a Lua tremeu de medo.
(José Lucas de Barros/RN)

AMOR ESTRANHO.
                                   – Benedicta de Mello/PE –

É um amor difícil de entender,
Este amor que hoje tenho e sempre tive.
Nem causa tem, nem tem razão de ser.
Não acha quem procure, ou quem se esquive.

Mora em quem vive e mora em quem não vive.
Ninguém o faz minguar nem faz crescer.
Ninguém há que o liberte, que o cative,
E não quer ser querido, quer querer.

Este amor esquisito que é só meu,
É um bem de raiz que DEUS me deu...
E nem eu sei porque me dá prazer.

É curta e eterna a sua triste história!
Só teve uma derrota, que foi glória.
Só uma vez sorriu: para morrer.

Fonte:
Ademar Macedo

Nenhum comentário: