sexta-feira, 4 de junho de 2021

Aprenda a usar a vírgula com 4 regras simples

A vírgula é um dos elementos que causam mais confusão na língua portuguesa. Pouca gente sabe ao certo onde deve e onde não deve usá-la.

O motivo disso é simples: sempre nos ensinaram de forma errada!

Você já deve ter ouvido dizer coisas como "a vírgula é usada para indicar pausa", ou "prestem atenção em como vocês falam, quando tiver pausa, usem vírgula". Isto é asneira, pois cada um de nós fala de maneira diferente, usa pausas diferentes e, basicamente, decide como quer falar.

Mas não podemos, simplesmente, decidir onde tem e onde não tem vírgula.

Ela tem poder demais para ser arbitrária. Quer ver o enorme poder da Vírgula? Pois bem, existem algumas regras para o uso da vírgula, e elas são baseadas na gramática. Calma, não se assuste! O meu objetivo aqui é "mastigar" a gramática para que não estrague os seus dentes:

1. USE A VÍRGULA PARA SEPARAR ELEMENTOS QUE VOCÊ PODERIA LISTAR

Veja esta frase:

João Maria Ricardo Pedro e Augusto foram almoçar.

Note que os nomes das pessoas poderiam ser separados numa lista:

Foram almoçar:
• João
• Maria
• Ricardo
• Pedro
• Augusto

Isso significa que devem ser separados por vírgula na frase original:
João, Maria, Ricardo, Pedro e Augusto foram almoçar.

Note que antes de “e Augusto” não tem vírgula.

Regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Há um caso específico que explico mais à frente.

Um outro exemplo:

A sua fronte, a sua boca, o seu riso, as suas lágrimas, enchem-lhe a voz de formas e de cores… (Teixeira de Pascoaes)

2. USE A VÍRGULA PARA SEPARAR EXPLICAÇÕES QUE ESTÃO NO MEIO DA FRASE

Explicações que interrompem a frase são mudanças de pensamento e devem ser separadas por vírgula. Exemplos:

Mário, o jovem que traz o pão, não veio hoje.

Dá-se uma explicação sobre quem é Mário.

Eu e tu, que somos amigos, não devemos guerrear.

O trecho destacado explica algo sobre "eu e tu", portanto deve estar entre vírgulas. A classificação do trecho seria oração adjetiva explicativa.

3. USE A VÍRGULA PARA SEPARAR O LUGAR, O TEMPO OU O MODO QUE VIER NO INÍCIO DA FRASE

Quando um tipo específico de expressão — aquela que indica tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase, usa-se vírgula. Noutras palavras, separa-se o adjunto adverbial antecipado. Exemplos:

Lá fora, o sol está de rachar!

“Lá fora” é uma expressão que indica “lugar”. Um adjunto adverbial de lugar.

Na semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.

“Na semana passada” indica tempo. Adjunto adverbial de tempo.

De um modo geral, não gostamos de pessoas estranhas.


“De um modo geral” é sinônimo de “geralmente”, adjunto adverbial de modo, por isso tem vírgula.

4. USE A VÍRGULA PARA SEPARAR ORAÇÕES INDEPENDENTES

Orações independentes são aquelas que têm sentido, mesmo estando fora do texto. Já vimos um tipo dessas, que são as orações coordenadas assindéticas, mas também há outros casos. Vamos ver os exemplos:

Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas, demorou o olhar em Mana Maria.

Neste exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são coordenadas assindéticas.

Eu gosto muito de chocolate, mas não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, porém não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, contudo não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, no entanto não posso comer para não engordar.

Eu gosto muito de chocolate, entretanto não posso comer para não engordar.


Eu gosto muito de chocolate, todavia não posso comer para não engordar.

Entendeu? Antes de todas essas palavras, chamadas de conjunções adversativas, têm vírgula.

Agora só faltam mais duas coisinhas:

Quando se usa vírgula antes de “e”?


Vimos em cima que, regra geral, não se usa vírgula antes de “e”. Há só um caso em que se usa vírgula, que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele. Assim:

O sol já ia fraco, e a tarde era amena.

Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto, usamos vírgula.

Outro exemplo:

A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino.

O mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.

Existem casos em que a vírgula é opcional?

Existe um caso. Lembra-se do item 3, em cima? Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão, mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para a frase.

Exemplos:

Depois vamos sair para jantar.

Depois, vamos sair para jantar.

Geralmente gosto de almoçar no 'shopping'.

Geralmente, gosto de almoçar no 'shopping'.

Na semana passada, todos vieram jantar aqui em casa.

Na semana passada todos vieram jantar aqui em casa.

Note que este último é o mesmo exemplo do item 3. Vê como sem a vírgula a frase também fica correta? Mesmo não sendo apenas uma palavra, dificilmente algum professor dará errado se você omitir a vírgula.

Não se usa a vírgula!

Com as regras acima, pode ter a certeza de que vai acertar 99% dos casos em que precisará da vírgula. Um erro muito comum que vejo é gente separando sujeito e predicado com vírgula. Isso é errado!

Forma errada:

João, gosta de comer batatas.

Alice, Maria e Luísa, querem ir para a escola amanhã.

Forma certa:

João gosta de comer batatas.

Alice, Maria e Luísa querem ir para a escola amanhã.

Exercício sobre vírgula e pontuação

O sr. Alfredo estava já no fim da vida e escreveu o seu testamento.

Infelizmente, esqueceu-se da pontuação, e o texto ficou assim:

Deixo minha fortuna ao meu sobrinho não à minha irmã jamais pagarei a conta do alfaiate nada aos pobres.

Reescreva o testamento 4 vezes. Em cada uma delas você deve dar a herança para alguém diferente. Pode usar qualquer sinal de pontuação, mas não pode mudar as palavras.

É um exercício interessante e tem várias formas de ser resolvido.

Fonte:
Artigo de Prof. André Gazola, disponível em Lino Mendes (coordenador). Boletim em linha Montargil Acção Cultural. N. 95. Abril de 2021.
Boletim enviado por Lino Mendes.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

VI Concurso de Trovas de Cachoeira do Sul/RS – Prêmio Carolina Ramos (Prazo: 30 de setembro)


1
. O  VI CONCURSO DE TROVAS DE CACHOEIRA DO SUL, promovido e realizado pela UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES, Seção de Cachoeira do Sul, obedecerá a regulamentação abaixo.

2
. Para efeito deste concurso, entende-se por TROVA a composição poética (poema) de quatros versos (linhas) setissilábicos, rimando o 1° com o 3° e o 2° com o 4°, expressando um sentido completo.

3
. Prazo: 
 
30 de Setembro de 2021

4. Tema para todas as categorias: 
 
JORGE AMADO (Líricas/Filosóficas)
 
5. Categorias
 
Categoria A - Nacional/internacional

Categoria B - Novos Trovadores

Categoria C – Estadual (RS)

6
. Acima da trova o autor deve colocar a categoria na qual está concorrendo.

7.
Não é obrigatório constar o nome do homenageado na composição da trova.

8
. Máximo de 2 trovas por autor.

Remessa exclusivamente por e-mail:    

tudoepossivelw7@gmail.com

9
. A festa de entrega de prêmios ocorrerá em data e local a ser designada pela entidade.

Haverão 3 trovas vencedoras, 3 menções honrosas e 3 menções especiais em cada categoria.

10.
O corpo de jurados será formado por trovadores de reconhecido valor literário, já premiados em diversos concursos, indicados pela entidade promotora do evento.

11
. Os casos omissos serão resolvidos pela diretoria da entidade promotora do evento.

Jaqueline Machado
Presidente da UBT – Seção de Cachoeira do Sul

10 Concursos de Trovas com Inscrições Abertas

 I Concurso de Trovas de Itaperuna-RJ

Prazo: 30 de junho de 2021

O concurso tem por finalidades a promoção e a divulgação da trova, a descoberta de talentos e o incentivo à escrita.

Regulamento Geral

DOS TEMAS: Trovas líricas ou filosóficas.

Para todos os âmbitos e categorias, as trovas devem ser escritas em língua portuguesa e devem ser inéditas. Cada autor poderá concorrer com até 2 (duas) trovas por tema,

ÂMBITO: NACIONAL/ INTERNACIONAL - Brasil e demais países de língua portuguesa

Categoria Veterano: “Brisa”.

Categoria Novo Trovador: “Centelha”

Enviar para Catarina Alves dos Santos
E-mail: catarina.ifcs@gmail.com

ÂMBITO ESTADUAL (apenas o Estado do Rio de Janeiro):

Categoria Veterano: “Orvalho”

Enviar para Regina Rinaldi
E-mail: reginarinalditrovadora@gmail.com

ÂMBITO MUNICIPAL ESTUDANTIL: (apenas Itaperuna).

Categoria 2º Ciclo do Ensino Fundamental: “Água”

Categoria Ensino Médio: “Terra”

Enviar para Marina Caraline Almeida Carvalhal
E-mail: mcacarvalhal@yahoo.com.br

Os temas do Âmbito Municipal Estudantil propõem o fortalecimento da discussão ambiental sobre a vida na água e na terra e sobre a devida importância da preservação desses ecossistemas.

Haverá oferta de oficinas para professores e alunos através do Projeto Juventrova da Seção da UBT de Itaperuna.

COMO ENVIAR POR EMAIL:

Assunto: CONCURSO DE TROVAS DA UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES (UBT) / SEÇÃO ITAPERUNA-RJ / 2021

Escrever as trovas no corpo do e-mail, seguidas da categoria (Novo Trovador/ Trovador Veterano/ Estudantil), do nome e endereço completo (Rua, nº, bairro, cidade e estado) do autor. Informar número de telefone e o e-mail. Não serão aceitos anexos de e-mails.

Prazo limite para envio - Até 30 de junho de 2021, às 23h59.

CLASSIFICAÇÕES E PREMIAÇÕES:

Serão classificados 15 (quinze) trabalhos por tema.

Serão conferidos diplomas para cada um dos quinze classificados. Os resultados serão anunciados em setembro, em data a ser confirmada. Todos os diplomas serão enviados por e-mail.

DA COMISSÃO ORGANIZADORA:

A Comissão Organizadora resolverá os casos omissos e suas decisões serão definitivas e irrecorríveis.

As decisões das comissões julgadoras e apuradoras serão irrevogáveis e irrecorríveis.

A simples remessa e participação no concurso, autoriza automaticamente a publicação e a divulgação pela UBTItaperuna dos trabalhos não eliminados pelas comissões julgadora e apuradora, em livros, jornais, rádios, internet (site Falando de Trovas), redes sociais, informativos, nas escolas/faculdades, com indicação do autor. Os trabalhos não serão devolvidos.

A simples remessa das trovas significa total conhecimento e completa aceitação deste Regulamento.

DISPOSIÇÕES FINAIS:

Para efeito deste concurso, entende-se por TROVA a composição poética (poema) de quatros versos (linhas) setissilábicos, rimando o primeiro com o terceiro e o segundo com o quarto, expressando um sentido completo.

As palavras-tema (ou suas flexões, variações e derivadas) deverão constar nas trovas;

As trovas remetidas em desacordo com quaisquer itens deste regulamento serão eliminadas automaticamente do concurso.

- As trovas em que todos os versos começarem por letras maiúsculas, sem que haja ponto ou reticências, serão desclassificadas.

Nos âmbitos Nacional/internacional serão contemplados trovadores das categorias Novo Trovador e Veterano. No caso dos Veteranos, excetuando os residentes no Estado do Rio de Janeiro.

No âmbito Estadual serão contemplados somente trovadores na categoria Veterano (do Estado do Rio de Janeiro).

Trovador Veterano é aquele que tem mais de 03 ( três) premiações em nível nacional.

Novo Trovador é quem não obteve, até a divulgação deste regulamento, 03 (três) classificações em nível nacional nos concursos de trova oficiais da UBT.

Municipal Estudantil – Exclusivamente para estudantes das Redes de Ensino do município de ItaperunaRJ, a saber, do 2º Ciclo do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio.
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XXVI Jogos Florais de Porto Alegre

Prazo prorrogado para: 31 de julho

Os temas, âmbitos e gêneros serão os seguintes:

Cada autor poderá enviar um máximo de 02 (DUAS) trovas (inéditas) por tema

NACIONAL/INTERNACIONAL
Floresta - para trovas líricas e/ou filosóficas
(Para trovadores veteranos e novos – sendo que estes deverão colocar, abaixo da trova, a categoria a que concorrem)

Galho – para trovas humorísticas.

Enviar para:
verlainet2010@hotmail.com

ESTADUAL (RS)

Aplauso – para trovas líricas e/ou filosóficas.

Vaia – para trovas humorísticas.

Enviar para:
tadeuhagen@hotmail.com

ESTUDANTIL, para estudantes da Rede Municipal de Porto Alegre

Futuro - para trovas líricas e/ou filosóficas

As trovas devem remetidas via correio para o seguinte endereço: Rua Otto Niemeyer, 2460 – CEP 9190-001 – Porto Alegre –RS.

ENVIO POR EMAIL

Cada autor poderá enviar um máximo de 02 (DUAS) trovas (inéditas) por tema

Escreva a trova no corpo do e-mail. Acima da trova, coloque o tema, abaixo, coloque a categoria a que concorre, nome, telefone e email.

Prazo para remessa: 31.07.21. Carimbo do correio.

Serão constituídas comissões julgadoras compostas por trovadores de reconhecido mérito literário, para todos os concursos, sendo que, para os concursos nacionais/internacionais, os julgadores serão de Porto Alegre, e para os concursos estaduais, serão de outros Estados.

A premiação, composta de troféus e diplomas, será outorgada quando das festividades, a se realizarem nos dias 03, 04 e 05 de dezembro/21. Haverá um número básico de 5 Vencedores, 5 Menções Honrosas e 5 Menções Especiais, a critério da Comissão Julgadora, em cada categoria. Não haverá repetição de troféu, na mesma categoria.

Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria da entidade promotora do evento.

Mais informações:
E-mail: flaviorstefani@gmail.com
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49º JOGOS FLORAIS DE NITERÓI – 2021

Prazo: 30 de junho de 2021

Coordenação Geral – Alba Helena Corrêa

Temas :
Âmbito Nacional /Internacional


– “Luz”;

Âmbito Estadual (Só Estado do Rio)

– “Milagre”;

Novos Trovadores (trovadores que não tenham 3 classificações em concursos promovidos pela UBT)

– “Prece”.

Síntese do Regulamento:

Cada concorrente poderá enviar uma única trova, inédita, lírica ou filosófica, rimando o 1º com o 3º verso e o 2º com o 4º. Sentido completo. Versos setissílabos e rimas perfeitas.

A palavra-tema deve constar na trova. Valem palavras cognatas.

Prazo: 30 de junho de 2021 (chegadas)

ENVIO POR E-MAIL –
para a Fiel Depositária Andrea Motta,
paredesandreamotta@gmail.com.

A trova deverá constar do corpo da mensagem; logo abaixo, colocar a identificação do autor (nome completo, endereço, telefone). Não serão aceitos anexos.

Para cada âmbito haverá 3 julgadores (total de 9).

PREMIAÇÃO
Serão classificados, nos temas Luz e Milagre, 15 trovadores:
5 Vencedores, 5 Menções Honrosas e 5 Menções Especiais.

Para os Novos Trovadores serão 10 classificados como Vencedores. Devido às dificuldades resultantes da Pandemia, não haverá premiação presencial (troféus e medalhas); uma solenidade telepresencial está prevista para o dia 27/11/2021.

Os certificados e os livretos serão enviados para os classificados por via eletrônica.
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 XIII CONCURSO LITERÁRIO POETA ZÉ MITÔCA

Prazo: 30 de julho de 2020

REGULAMENTO

MODALIDADE E TEMAS – Trovas em português. O tema deve constar claramente na trova – Trova inédita.

NACIONAL/INTERNACIONAL
Crepúsculo (l/f) – 01 trova (veteranos)
Sedução (l/f) – 01 trova (Novos trovadores).

ESTADUAL (inclusive para trovadores de Ocara)
Pranto (l/f)
02 trovas (veteranos e Novos Trovadores);

MUNICIPAL (exclusivo para trovadores de Ocara, estudantes e membros da UBT- Ocara)
Papel (l/f)- 02 trovas inéditas.

JUVENTROVA OCARA
Beijo (l/f) duas trovas inéditas.

ENVIO POR EMAIL

Enviar para a fiel depositária Ana Maria Nascimento,

e-mail: anascimento2001@yahoo.com.br

CLASSIFICAÇÕES:
3 vencedores, 3 menções honrosas, 3 menções especiais.

PRÊMIOS:
Diplomas aos 09 classificados de cada tema/categoria.

Os diplomas serão enviados por e-mail.
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II Concurso de Trovas de Itaocara – RJ

Prazo: 31/07/2021

TEMÁTICA: Uma trova por tema em todos os âmbitos.

NACIONAL/INTERNACIONAL (Veteranos e Novos Trovadores):

DEFICIÊNCIA/DEFICIENTE (Focar os direitos da pessoa com deficiência, avanços na legislação, participação e integração na sociedade) (L/F)

(Registrar Novo Trovador, abaixo da trova, que é aquele que não obteve mais de 3 premiações em concursos de âmbito da UBT).

ESTADUAL:
LIBERDADE (L/F)

MUNICIPAL:

SAÚDE (L/F)

HUMORÍSTICA
para todos os âmbitos, sem a distinção de Novo Trovador:
COVID

As trovas e demais trabalhos recebidos por e-mail serão copiados para o coordenador, sem o nome e o endereço do concorrente, que encaminhará à Comissão Julgadora.

Apurado o resultado, o Depositário apresentará a identificação dos autores das trovas premiadas.

MODO DE ENVIO:


Encaminhar ao Fiel Depositário Jerson Lima de Brito,

para o email: jersonbrito.pvh@gmail.com

CLASSIFICAÇÕES:
Serão premiados até o 5º colocado de cada categoria/âmbito/tema, podendo ser estendidas menções especiais.

PRÊMIOS:

Diplomas para cada um dos classificados e medalhas poderão ser confeccionadas. Os resultados e a entrega de prêmios serão anunciados posteriormente, e, a cerimônia a depender dos protocolos de saúde e de liberações governamentais em data a ser confirmada. Todos os diplomas serão enviados por e-mail.

As decisões das comissões julgadoras e apuradoras serão irrevogáveis e irrecorríveis.

Poderá haver publicação das trovas em azulejos para a Praça em Itaocara.

A simples remessa e participação no concurso autoriza automaticamente a publicação e divulgação dos trabalhos não eliminados pelas comissões julgadora e apuradora em livros, e-book, rádios, jornais, sites, redes sociais e informativos. Os trabalhos não serão devolvidos.
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CONCURSO DE TROVAS DE NATAL/RN

Prazo máximo: 31/07/2021.

 

Tema Nacional/Internacional (L/F):
TAPERA(S)

Tema Nacional/Internacional (Humor):
ESPANTO(S)

Fiel Depositário: Magnus Kelly

magnuskelly@yahoo.com.br

Tema Estadual (L/F):
ANDARILHO(S)

Tema Estadual (Humor):
ESPANTO(S)

Fiel Depositário: Edy Soares

edysoares45@gmail.com

Apenas UMA TROVA por participante;

A palavra tema deverá constar na Trova;

No âmbito nacional/internacional língua portuguesa, deverá haver menção à categoria (veterano ou novo trovador);

Enviar a identificação com nome, endereço, telefone e email (se possuir);

Prazo máximo para recebimento das trovas: 31/07/2021.
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XX Concurso de Trovas do do Seridó/RN


Prazo máximo: 31/07/2021.

 

Tema Nacional / Internacional

(L/F): CONSELHO (S)

Enviar para: franciscoribeiro.natal@gmail.com

Tema Estadual
(L/F): TRAVESSIA (S)

Enviar para jersonbrito.pvh@gmail.com

Apenas UMA TROVA por participante;

A palavra tema deverá constar na Trova;

No âmbito nacional/internacional língua portuguesa, deverá haver menção à categoria (veterano ou novo trovador);

Enviar a identificação com nome, endereço, telefone e email (se possuir).

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III CONCURSO DE TROVAS DE RECIFE

PRAZO: 31 de julho de 2021


Até 02 (duas) Trovas inéditas por tema para todos os âmbitos e modalidades.

Não há temas diferentes para as categorias Veteranos ou Novos Trovadores. A palavra-tema do Concurso deve constar no corpo da Trova.

Modalidades: Lírica / filosófica (L/F) e Humorística (H)

TEMAS:
NACIONAL / INTERNACIONAL

(L/F) = PAIXÃO
(H) – FOFOCA

Enviar para Adilson Costa. E-mail –


adilsonmcostas@hotmail.com

ESTADUAL
(L/F) = AMOR
(H) = FOFOCA

Enviar para Madalena Ferrante Pizzatto.

madalenaferrantepizzatto@gmail.com

Assunto do e-mail - Colocar "III Concurso de Trovas da UBT Recife"

O tema, a trova, categoria, âmbito, nome, endereço completo, e-mail e telefone, deverão constar no corpo do email. NÃO ANEXAR ARQUIVO.

Caso vá concorrer com mais de uma trova, NÃO ENVIAR uma trova em cada email. Enviar todas as trovas de cada modalidade no mesmo email. Todas as trovas líricas ou filosóficas, em um e-mail e todas as trovas humorísticas, em outro.

Acima das trovas colocar o âmbito, o tema e a categoria

Abaixo das trovas colocar NOME, ENDEREÇO COMPLETO, E-MAIL e TELEFONE COM O DDD.

Prazo = só valerão as trovas que chegarem até às 23h 59 do dia 31.07.2021

OBSERVAÇÕES:

As trovas recebidas por e-mail serão copiadas para o coordenador da Comissão Julgadora, sem o nome nem o endereço do concorrente.

O simples envio dos trabalhos autoriza a publicação das trovas que não tenham sido eliminadas pela Comissão Julgadora.

Trabalhos com palavras de baixo calão, pejorativas, preconceituosas, ofensivas, em qualquer contexto, serão automaticamente desclassificadas.

Não serão aceitas trovas escritas em caixa alta nem iniciando os versos com letra maiúscula, exceto o verso inicial ou em algum caso que justifique a maiúscula.

Só se aceitam rimas perfeitas.

O não cumprimento de quaisquer dos itens acima descritos implicará na desclassificação automática da trova.

Moradores de Pernambuco NÃO PODEM CONCORRER no concurso nacional (L/F). Só no estadual.

Prazo: Até 31 de julho de 2021

CLASSIFICAÇÕES:

Concurso Nacional:
5 vencedores e 5 menções honrosas para cada um dos temas, e categorias (Veteranos e Novos Trovadores). É possível que se estendam ainda 5 destaques.

Concurso Estadual:
5 vencedores (Não haverá distinção entre Novos Trovadores e Veteranos). É possível que se estendam ainda 5 menções honrosas.

Também não haverá distinção entre Novos Trovadores e Veteranos no concurso de trovas humorísticas.

PRÊMIOS:

Diplomas aos classificados de cada tema/categoria. Os diplomas serão enviados por e-mail. Não haverá solenidade de entrega.
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II CONCURSO DE TROVAS DE IRATI/PR – MAFALDA DE SOTTI LOPES

Prazo: 31/08/2021

Homenagem a trovadora Mafalda de Sotti Lopes (1919 – 1986), nascida em Ponta Grossa (PR). Residiu por muitos anos em Irati (PR), atuou como professora, jornalista, redatora do jornal Tribuna do Município de Irati, onde possuía uma coluna de trovas (anos 50 a 70). Pertenceu à Academia de Letras José do Alencar, de Curitiba, tendo tomado posse em 1967. É autora do livro de trovas: Sol no Horizonte (1969).

Temas: Trova líricas ou filosóficas

Nacional /Internacional
Veterano/Novo trovador: CONSTELAÇÃO
NUVEM (Humorística)

Enviar para Olga Agulhon
olgaagulhon@hotmail.com

Estadual
Veterano/Novo trovador: ESTRELA
NUVEM (Humorística)

Enviar para Maria Luiza Walendowsky .
inhawalen@hotmail.com


Todos os temas ou palavras cognatas devem constar no corpo da trova. Entende-se por novo trovador, aquele que não obteve três (03) classificações em concursos da UBT, em âmbito nacional.

Em cada categoria, poderá ser enviada apenas (01) uma trova inédita.

Por e-mail, enviar conforme segue: ASSUNTO: II CONCURSO DE TROVAS DE IRATI/PR - 2021.  
No corpo do e-mail colocar o âmbito (nacional/internacional ou estadual) categoria (novo ou veterano), em seguida a trova e endereço. Sem anexos.

Prazo de envio: Serão consideradas as trovas recebidas até 31/08/2021.

Os vencedores em cada modalidade receberão diplomas.

Será editado o e-book referente a esse concurso, como também enviado para todos os participantes.

Importante: A Sessão de Entrega de Diplomas dar-se-á em 06/11/2021, às 09 horas da manhã. Poderá ser presencial ou virtual, dependendo dos protocolos oficiais do Brasil.

Os casos omissos serão resolvidos pela comissão julgadora.
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CONCURSO INTERSEDES 2021

Prazo final: 30/09/2021.

Tema: Família (L-F), devendo a palavra tema constar no corpo da trova.

Poderão participar exclusivamente trovadores filiados às seções e/ou delegacias da UBT, exceto Seção de Campinas.

Enviar apenas uma trova.

Na identificação o concorrente deverá indicar a delegacia ou seção a que pertence.

Na remessa via Internet escrever a trova, nome e endereço completos do concorrente no corpo de e-mail.

E-mail: para a fiel depositária: Catarina Santos
catarina.ifcs@gmail.com

Prazo final: 30/09/2021.

Serão premiadas 04 (quatro) trovas, sendo 01 (uma) VENCEDORA e 03 (três) MENÇÕES HONROSAS. Troféu e medalha para a trova vencedora e diplomas para as demais. A Seção ou Delegacia a que pertencer o vencedor ou vencedora receberá um troféu da Seção de Campinas - SP.

10. A Seção ou Delegacia a que pertencer o vencedor ficará obrigada a promover o Concurso subsequente.

11. Caberá à Comissão Organizadora resolver os casos omissos e suas decisões serão definitivas e irrecorríveis.

12. A remessa das trovas significa total conhecimento e completa aceitação deste Regulamento.

Fonte: Os Trovadores, Boletim de Curitiba, maio de 2021.

Projeto Apparere: Coletânea Preconceito - Julgamentos e Generalizações (Prazo: 14 de Junho)


Temática sugerida por: Cláudio Carvalho Fernandes, Nuno Lima, Tarique Layon e Thiago Leal Lemes

Para esta Coletânea buscamos textos que abordem e reflitam sobre todo e qualquer tipo de preconceito, sejam eles por raça, cor, deficiências, gênero, personalidade, tudo que é “fora do padrão”. A vida dessas pessoas, vítimas do preconceito, muitas vezes acabam estando em risco, por terceiros e até mesmo por elas próprias. Precisamos falar cada vez mais sobre isso...

Os textos poderão ser de qualquer gênero (Poesia, Cordel, Trova, Haikai, Conto, Crônica, Roteiro, etc.), pois o objetivo é termos uma obra “monotemática e multiestilo”.

Objetivo:
Estimular a produção literária brasileira, valorizar novos talentos e dar visibilidade aos Escritores, Poetas, Contistas, Cronistas e etc.

Considerando que a participação é Gratuita, objetivamos ter uma grande quantidade de inscrições de modo a podermos fazer uma seleção de obras com altíssima qualidade.

Inscrições:

- As inscrições deverão ser feitas única e exclusivamente através do preenchimento do formulário, no link http://www.apparere.com.br/regulamento-coletanea-preconceito.php
 
- Veja no Cronograma abaixo a data limite para as inscrições.

Regulamento de Participação (quem e como participar):

- Poderão participar Escritores, Poetas, Contistas e Cronistas maiores de 18 anos de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil ou no exterior com documentação brasileira, e seus trabalhos deverão ser obrigatoriamente escritos em língua portuguesa (o que não impede o uso de termos estrangeiros no texto).

- Os participantes farão seus cadastrados no formulário de inscrição no link http://www.apparere.com.br/regulamento-coletanea-preconceito.php

- O Autor deverá usar seu nome legítimo (verdadeiro) no cadastro, entretanto, se desejar, poderá utilizar seu nome artístico ou pseudônimo na publicação da Coletânea, para isso deverá colocá-lo junto ao texto enviado.

- Cada participante poderá inscrever uma única Obra por Coletânea, podendo participar de outras Coletâneas.

- A temática da Obras deverá estar em linha com o tema da Coletânea com o objetivo acima definido, sendo que a criatividade e imaginação do escritor darão o toque e estilo ao trabalho.

- Não há exigência de que a Obra (poesia, conto, crônica, etc.) seja inédita, podendo já ter sido publicada, exceto em outra Coletânea do Projeto Apparere.

- É de inteira responsabilidade do Autor a correção ortográfica/revisão do texto ou textos enviados para esta Coletânea, sendo este inclusive um dos critérios de seleção. Desta forma não será feita nova revisão do texto.

- As Obras (poesia, conto, crônica, etc.) deverão conter título, sendo que a não observância dessa exigência excluirá a Obra da avaliação.

- As obras inscritas serão analisadas e selecionadas mediante avaliação de profissionais nomeados pelo Projeto Apparere, cujas decisões serão soberanas e irrecorríveis.

- O envio do texto será feito única e exclusivamente através desta página, através do formulário abaixo.

- A obra deverá estar em arquivo Word(.doc ou .docx) fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, com espaçamento simples e ter no máximo 5 (cinco) páginas padrão do Word (A4).

Custos de Participação:

- A participação nesta Coletânea não ensejará em nenhum custo aos participantes, portanto será Gratuita.

- Também não há nenhuma obrigatoriedade de aquisição nem de exemplares e nem de serviços oferecidos pela Apparere e/ou pela PerSe.

Divulgação e Lançamento da Coletânea:

- O Lançamento da Coletânea será Online, com uma data para início das vendas dos livros.

- Antes do Lançamento será feita campanha de divulgação, contendo:
 
   . E-mail Marketing para a Base de clientes da Apparere e da PerSe.
    . Banners e nosso site.
    . Divulgação através de nossas Redes Sociais.
    . Assessoria de Imprensa.
    . Envio de Material de Divulgação aos Participantes para que esses divulguem em suas Redes Sociais e através de e-mail aos conhecidos.

Direitos Autorais:

- Não haverá cessão de Direitos Autorais, ou seja, os trabalhos continuarão pertencendo a seus autores, entretanto os Escritores/Autores/Poetas autorizam a comercialização de sua obra através da Coletânea, abdicando de qualquer remuneração sobre sua obra.

- Os Escritores/Autores/Poetas participantes responderão legalmente e individualmente sobre plágio, publicação não autorizada, calúnia, difamação e não autoria, isentando a PerSe e o Projeto Apparere de qualquer responsabilidade sobre o conteúdo enviado para a Coletânea.

- É de total responsabilidade dos participantes a veracidade dos dados fornecidos à organização.

- Todos os participantes de antemão ficam cientes e dão permissão e autorização para a publicação e comercialização de sua Obra (poesia, conto, crônica, etc.), e a veiculação na mídia de seus nomes, imagens e textos, em sites, pela PerSe e pela Apparere, desde que dentro do contexto das Coletâneas do Projeto Apparere e para benefício da maior visibilidade da obra e seu alcance junto ao leitor.

Sobre as Características e as Vendas dos Livros:

- A Coletânea será composta dos textos selecionados e de minibiografia dos participantes.

- Para a Capa da Coletânea faremos um concurso com designers que desejarem participar, e quem escolherá a capa da Coletânea serão os Autores que estiverem participando.

- Esta será impressa em Livro com as seguintes características: Brochura Formato 14x21; Miolo em Papel Polen 80g, impresso em uma cor; Capa Cartão 250g com orelhas impressa a 4 cores e laminação brilho/fosco.

- A Comercialização do livro impresso da Coletânea se dará através da Loja Online da Perse.

- Os participantes poderão adquirir os livros impressos por valor sempre inferior ao Preço de Venda da Loja Online, desde que em volume mínimo de 10 exemplares. Para isso deverá solicitar orçamento, através do e-mail do Projeto.

- Os participantes poderão adquirir os livros impressos por valor sempre inferior ao Preço de Venda da Loja Online, desde que em volume mínimo de 10 exemplares. Para isso deverá solicitar orçamento, através do e-mail do Projeto.

- Os participantes poderão adquirir os livros impressos por valor sempre inferior ao Preço de Venda da Loja Online posteriormente divulgado.

- A Comercialização da Coletânea também será feita no formato eBook (PDF e ePub) através da Loja OnLine da PerSe e também através da Plataforma de Terceiros parceiros da PerSe

- O livro impresso da Coletânea poderá ser colocado em comercialização nas Feiras e Bienais, em estande da própria PerSe, quando esta vier a participar.

- O livro terá registro no ISBN.

Cronograma Geral da Coletânea:

- Final das inscrições: 14/06/2021
- Divulgação aos selecionados: 01/07/2021
- Data de Lançamento e Início das Vendas: 16/07/2021

Observações Gerais:


- Dúvidas relacionadas a esta Coletânea e seu regulamento poderão ser enviados para o e-mail: apparere@perse.com.br

- Todos os contatos entre o Projeto Apparere e os Participantes serão realizados através de e-mail. Portanto os participantes devem ficar atentos.

- Todas as dúvidas e casos omissos neste regulamento serão analisados por uma equipe da PerSe e do Projeto Apparere, e sua decisão será irrecorrível.

- O Projeto Apparere, reserva-se o direito de alterar qualquer item desta Coletânea, bem como interrompê-la, se necessário for, fazendo a comunicação expressa para os participantes.

- Não é permitida a participação nas Coletâneas de funcionários da PerSe e do Projeto Apparere.

- A participação nesta Coletânea implica na aceitação total e irrestrita de todos os itens deste regulamento.

- As obras não selecionadas para a Coletânea serão destruídas e apagadas das bases de dados do Projeto Apparere, para fins de segurança.

Fonte:
Email enviado pela editora

Editora Alternativa: LITERATURA Sentimentos & Razões volume 5 (Prazo: 25 de Julho)



A Editora Alternativa, após o sucesso e reconhecimento das quatro primeiras edições, vislumbra a edificação de uma obra literária histórica. A trajetória de um modelo cooperativo de expressão da literatura independente, como se caracteriza os volumes da LITERATURA: Sentimentos & Razões, conquista seu ápice ao homenagear uma escritora de texto poético marcante, amplamente reconhecida, e que coorganizou as primeiras quatro edições das coletâneas: Adélia Einsfeldt.

Adélia, poeta de Porto Alegre / RS por nascimento e moradia, é admirada no universo literário brasileiro pela sua qualidade lírica, tendo publicado os livros Impacto, Animais se divertem, Pétalas e Asas da madrugada, além de ter coorganizado as quatro edições das coletâneas LITERATURA: Sentimentos & Razões, volumes 1, 2, 3 e 4. Já está no prelo, pela Editora Alternativa, a mais recente publicação da escritora: sua autobiografia.

Adélia, no esteio de seu prestígio, participa de 16 academias literárias e associações culturais, sendo a vice-presidente da seccional gaúcha da Academia de Letras do Brasil – ALB/RS. Em 2017, foi a Patrona da 6a. Feira do Livro de Faxinal do Soturno / RS.

Adélia é festejada pelas suas deliciosas performances poéticas presenciais junto ao público. Esta poeta é uma força viva da literatura brasileira.


Edição especial:

As edições da coletânea LITERATURA: Sentimentos & Razões já ocupam um lugar entre as maiores coletâneas já lançadas no Brasil. Na quinta jornada, publicará poemas, contos, crônicas, ensaios científicos, artigos e trabalhos visuais, como pinturas ou imagens, revelando e ampliando a pujança e diversidade de nosso caleidoscópio literário.

Como característica já consagrada na LITERATURA, cada texto terá uma ilustração personalizada. É com muito orgulho que os escritores de todo o Brasil que participarão da LITERATURA: Sentimentos & Razões | Volume 5, através de poesia, contos, crônicas e artigos, vão homenagear Adélia Einsfeldt e por conseguinte a literatura nacional.

PARTICIPE ∞ ESCREVA ∞ PUBLIQUE

Para participar, encaminhe seus textos (poesias, crônicas, contos, artigos, ensaios científicos ou demais manifestações artísticas) para o e-mail

contato@editoralternativa.com

juntamente com uma biografia resumida e uma fotografia em boa resolução.

Para garantir a qualidade característica da coletânea LITERATURA, cada página publicada possibilitará o recebimento de dois exemplares da obra, por um investimento de R$ 90,00, sem limite de páginas por escritor.

A temática da coletânea é livre, podendo conter textos originais ou já publicados anteriormente.

Também será possível encomendar exemplares extras antes da impressão, por R$ 25,00 a unidade.

O prazo para o envio dos textos é até 25/07/2021.

As opções de pagamento são pela emissão de boleto (com o acréscimo de R$ 3,00 por parcela) ou depósito bancário com comprovante enviado para a Editora. Pode ser pago à vista, ou em até 3 vezes.

Milton José Pantaleão Junior
ORGANIZADOR

Fonte:
Email enviado pela editora

Assis Editora - Primeiro Volume: Prosa (Prazo: 25 de Junho)


OBJETIVO

COLCHA DE RETALHOS: A MULHER BRASILEIRA DE 1920 A 2020, promovida pela Revista Letrilha / Assis Editora, é uma chamada para publicação de uma trilogia digital e/ou impressa, sendo os três volumes:

1) Prosa;
2) Poesia;
3) Tirinha, com chamadas em diferentes períodos.

Volume 1 (PROSA) chamada de 25/05/2021 a 25/06/2021, com foco na mulher de 1920 a 2020, em que os autores poderão abordar o universo feminino durante esse centenário.

As obras inscritas visarão explanar em suas personagens / eu-lírico as batalhas enfrentadas pela mulher, e suas conquistas, durante sua jornada longa ou curta, podendo elucidar o herói e o anti-herói e até mesmo o vilão, em narrativas que descrevam a coragem e o medo, a empatia e o estranhamento, a vida e a morte... que levaram estas mulheres a fazer história, merecendo protagonizar sua escrita.

Cada autor poderá escrever sobre mulheres que se destacaram em algum campo de atuação, ou mulheres invisíveis, cujo maior destaque foi existir.

O objetivo é promover a arte e a literatura. Não se trata de concurso, mas, sim, chamada para publicação de uma trilogia, mesmo assim, haverá sorteios e premiações entre os participantes. É um modo de incentivar e fortalecer os gêneros prosa, poesia e tirinha, de modo criativo e estimulante. A arte e a literatura são a voz de muitas pessoas emudecidas.

REGULAMENTO

INSCRIÇÕES


Inscrição gratuita
Todo participante está condicionado à compra antecipada de pelo menos um exemplar digital dos trabalhos publicados, no ato da inscrição, obrigatória para qualquer categoria: Sendo: e-Book (digital): R$ 10,00 cada. 
 
 Textos somente em Língua Portuguesa. Qualquer pessoa fluente em língua portuguesa, independentemente da nacionalidade ou residência, pode participar.

O texto deve ser inédito.

Período: 25/05/2021 a 25/06/2021

Envio exclusivamente pelo e-mail: revistaletrilha@gmail.com.

No corpo do email, informar dados cadastrais do autor, para correspondência física: Nome, endereço (rua, casa, apartamento, bairro, cep, cidade, estado...)

No email, enviar a seguinte declaração, nome conforme CPF: 
EU “_______________________”, NASCIDO EM ___/___/______, CPF ________________ COM ENDEREÇO NA “_____________________”, DECLARO QUE LI ATENTAMENTE O EDITAL E ESTOU DE PLENO ACORDO COM OS PRÉ-REQUISITOS.

ESTOU PARTICIPANDO, NA CONDIÇÃO DE AUTOR, NO GÊNERO PROSA, COM O TRABALHO/TÍTULO __________________________________.

CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO PROSA:

Um conto de, no máximo, 4000 caracteres, incluindo espaços. Não há mínimo. Fonte: Arial, tamanho 12. Margens: 3 cm (superior, inferior, esquerda e direita). Espaçamento entrelinhas: 1,5. Título centralizado no alto da primeira página. Abaixo do título, também centralizado, o nome do autor (como será publicado, não poderá mudar depois).

CERTIFICAÇÃO: 
Todo participante receberá o certificado de participação em .PDF, via email.

SORTEIO 1:
– Ao final das inscrições será sorteado um belíssimo objeto decorativo, totalmente em madeira, entre todos os participantes inscritos, confeccionado por um artesão mato-grossense.

SORTEIO 2:
– Ao final das inscrições, 3 (três) participantes serão contemplados, por sorteio, com um livro (à escolha da equipe organizadora) autografado.

PRÊMIO:
– Os 45 primeiros inscritos serão convidados a participar da Maratona CR – A MULHER BRASILEIRA DE 1920 A 2020.

A programação da Maratona será passada à época aos convidados, e será em 3 módulos de 15 participantes, cada. Durante as lives o público participante será decisivo para que um dos convidados seja contemplado com o Prêmio Colcha de Retalhos, o qual consiste em uma matéria exclusiva para a Revista Letrilha (haverá 3 pessoas contempladas) e destes 3, um será escolhido para participar do grande prêmio final (uma linda colcha de retalhos, confeccionada por uma artesã goiana), que será na conclusão do projeto, composto pela trilogia e pelo prêmio Frase Premiada (última etapa).

COMPRA OBRIGATÓRIA

Todo participante está condicionado à compra antecipada de pelo menos um exemplar digital dos trabalhos publicados, no ato da inscrição, obrigatória para qualquer categoria: Sendo: e-Book (digital): R$ 10,00 cada.

NOTA: As obras participantes poderão ser utilizadas, a critério da organização do concurso, para publicação em meio eletrônico e/ou físico, sem que isso incida em pagamento de royalties ao autor. A publicação poderá ser em meio gratuito ou comercial.

RESULTADO

Data provável: 30/07/2021

Onde: Em nossas redes sociais
Instagram: @assiseditora @ivoneescritorabr
Página Facebook: /editoraassis
Linkedin: Assis Editora
No site: www.assiseditora.com.br
Via email.

VETOS

1: Conteúdo que apresente qualquer tipo de preconceito e/ou insulto a terceiros, incitação à violência e/ou desabafo político-partidário, será desclassificado.

2: É de responsabilidade exclusiva do autor a observância e a regularização de toda e qualquer questão relativa a direitos autorais sobre a obra inscrita.

3: Ao se inscrever no presente evento, o autor deixa explícita a sua concordância com este regulamento e autoriza a publicação da obra conforme edital, mantendo ao projeto o direito de utilizar o texto enviado, premiado ou não, em publicação, posterior ao resultado da chamada. Eventuais casos não previstos no Edital serão inapelavelmente dirimidos pelos organizadores do Concurso.

Uberlândia-MG, maio de 2021.
Ivone Gomes de Assis
Revista Letrilha / Assis Editora.
(34) 3222-6033
Instagram: @ivoneescritorabr @assiseditora
Página Facebook: /editoraassis
Linkedin: Assis Editora

Fonte:
Email enviado pela editora
https://assiseditora.blogspot.com/2021/05/colcha-de-retalhos-mulher-brasileira-de.htm
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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Varal de Trovas 505

 


Cecy Barbosa Campos (O Telefonema)

Talita chegou em casa muito cansada, após um dia de trabalho exaustivo. Só desejava tirar seus elegantes sapatos de bico fino e salto alto que realçavam suas bem torneadas pernas, mas exigiam muito sacrifício. Depois, uma boa chuveirada. Em êxtase, já imaginava a água escorrendo, sensualmente, pelo seu corpo, da cabeça aos pés, num afago apaixonado.

Rapidamente despiu-se. Pronta para entrar debaixo da água recuperadora, ouviu o telefone tocar.

— Logo agora! — pensou. — Não vou atender.

A campainha insistente a inquietou. Não teria o sossego desejado se continuasse com aquele som irritante em seus ouvidos. Com o corpo úmido, deu meia volta e correu ao telefone, marcando o sinteco com seus pés molhados.

Foi a conta de pegar o aparelho e ouvir desligarem.

— Que droga, demorei demais para vir!

Decidiu-se a esperar um pouco para ver se ligavam novamente. Nada. Desistiu de ficar ali parada, nua, no meio da sala. Observou os pingos d'água que tinham marcado o assoalho e foi correndo buscar um pano para secá-los. Afinal, não fora fácil sintecar o apartamento, embora ele fosse pequeno. Sabia bem as horas de trabalho que o sinteco lhe custara.

Voltou ao banheiro, ansiando pelo chuveiro. Tepidamente, a água acariciou seu corpo e o perfume do sabonete inebriou-a.

Entregou-se àquele prazer de forma plena e absoluta, a ponto de assustar-se ao ouvir o telefone.

— Outra vez? Não é possível. Não vou atender.

Entretanto, lembrou-se de Maurício. Podia ser ele, arrependido da ausência nos últimos encontros, sentindo saudades, buscando a reaproximação.

Pulou para fora do chuveiro instantaneamente. Pegou o pano de chão que ficara no banheiro e correu para atender o aparelho. Que decepção! Nenhuma palavra.

— Provavelmente, ele achou que eu ainda não havia chegado. Demorei para atender, pensou.

Resolveu terminar o banho rapidamente. Não queria ser interrompida outra vez. Ou, por outro lado, agora queria que o telefone tocasse.

Envolta na toalha, deitou-se no tapete da sala. Desta vez, não perderia a ligação. Ali, estava o Graham Bell, bem ao alcance de sua mão.

Enquanto esperava, observava as bolinhas de água que rodopiavam pelo seu corpo bronzeado e devidamente nutrido pelos óleos aromáticos que faziam parte da composição do seu sabonete.

— Como o Maurício gosta desse cheiro e da suavidade da minha pele!

Permaneceu ali deitada, à espera, como se ele estivesse ao seu lado. pronto para abraçá-la.

O telefone não chamou outra vez. Nada mais lhe restava senão vestir uma roupa leve e confortável, preparar uma refeição frugal e refugiar-se na solidão dos lençóis para uma noite de merecido descanso.

Ultrapassados todos esses trâmites, seus oIhos já se fechavam gostosamente quando aquele som estridente que, frustrada, desistira de aguardar, desperta-a da sonolência em que mergulhara.

De um salto, levanta-se, mais rapidamente do que se poderia esperar naquelas circunstâncias. Em segundos, chega á sala e coloca o telefone no ouvido.

Ressentida, escuta uma voz grave e quente vinda do outro lado da linha.

— Marilda, até que enfim você atendeu. Já tentei várias vezes...

Ela quer explicar que é ligação errada e que aquele nome não é o seu. Ele não escuta o que ela fala, no afã de justificar-se pelos dias em que estivera afastado e declarar-se confiante na renovação do amor compartilhado.

Talita para de insistir e aceita as juras arrebatadoras como sendo, verdadeiramente, dirigidas a ela.

Refeita, por uma noite de sono recheada de sonhos eróticos, apronta-se pela manhã com cuidado especial. Sente que precisa estar bem, embora não saiba exatamente por quê.

Ao voltar para casa, após um dia de trabalho igual a muitos outros, encontra-se com disposição invejável. Poderia até fazer uma caminhada pelo calçadão absorvendo o crepúsculo ou mesmo ir pela beira da praia sentindo o mar a lamber-lhe os pés. Lembrou que essa havia sido a sua rotina de fim de tarde por alguns anos. Rotina que abandonou, apesar de sempre tê-la achado prazerosa.

Entretanto, ao entrar em seu apartamento, muda de ideia. Lembra-se da voz grave e quente do amante de Marilda. Desiste da caminhada e resolve esperar que ele "lhe" telefone. Nem entra no banho, temerosa de não chegar a tempo de atender ao chamado.

Impaciente, prepara uma bandeja com o lanche que saboreia ali mesmo, na sala, ao lado do telefone que permanece mudo. Aflita, Talita procura imaginar o que teria acontecido para que ele a deixasse na angustiante espera. Finalmente, mais tarde do que na noite anterior, quase madrugada, o aparelho toca.

— Marilda, desculpe a hora, mas não poderia ficar sem falar com você... Foi como ele começou a conversa que se estendeu por longo tempo.

Após ouvir inúmeras declarações de amor eterno, Talita passou a noite nos braços de Morfeu, feliz como se fosse a Marilda e estivesse dormindo nos braços do homem que tanto a amava.

Os telefonemas foram se sucedendo, todas as noites, por mais de um mês. O casal mostrava-se cada vez mais apaixonado em suas ardentes conversas.

Os amigos e colegas de trabalho de Talita não compreendiam o que se passava com ela. Aparentava uma alegria tranquila e seu olhar luminoso anunciava a existência de um grande amor. Entretanto, vivia reclusa e não participava das reuniões festivas na firma nem dos passeios e celebrações, organizados pelos companheiros mais próximos.

Quando tentavam descobrir a existência de um namorado novo ou "amante secreto", apenas sorria, enigmaticamente.

Maurício também não entendeu. Procurou-a, tentando reatar um relacionamento que, afinal, não havia acabado, mas nada conseguiu. Quando, tornando-se mais enfático, quis convencê-la de que "haviam nascido um para o outro", a rejeição de Talita foi definitiva:

— Por favor, entenda. Eu não suporto a sua voz.

Começaram a perceber que havia algo fundamentalmente errado, quando Talita deixou de responder ao ser chamada pelo seu próprio nome.

Depois, verificou-se que assinara cheques e documentos com nome falso. A firma teve vários problemas, e a moça foi, obviamente, demitida, tendo também que se explicar na justiça pelo mesmo motivo.

Quanto ao amante de Marilda, não se soube nada, exceto que os vizinhos de Talita se sentiam inquietos de tanto ouvir o telefone tocar logo após o seu desaparecimento.

Um rapaz, que morava no décimo andar, soube por duas senhoras que, como ele, esperavam o elevador, da partida de Talita a fim de passar uns tempos na casa dos pais, no interior.

— É, muitas pessoas vêm para a cidade grande e têm problemas de solidão, comentou com um sorriso significativo.

Fonte:
Cecy Barbosa Campos. Recortes de Vida. Varginha/MG: Ed. Alba, 2009.
Livro enviado pela autora.

Gislaine Canales (Glosas Diversas) XXV

ALMAS GÊMEAS


MOTE:
Almas gêmeas, enlaçadas,
vivendo um amor profundo,
lá vamos nós de mãos dadas
pelos caminhos do mundo.
Djalda Winter Santos


GLOSA:
Almas gêmeas, enlaçadas,
unidas no mesmo amor!
Mesmas ilusões sonhadas,
com sonhos da mesma cor!

Seguem juntas, vida afora
vivendo um amor profundo,
pois o grande amor de agora,
é, de outras vidas, oriundo!

Somos almas irmanadas
com afeição e amizade;
lá vamos nós de mãos dadas
dizendo adeus à saudade!

Nós nunca nos separamos,
nem mesmo por um segundo...
Segredo? Nós nos amamos
pelos caminhos do mundo.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

MÃE, MEU REFÚGIO

MOTE:
Minha mãe, foram teus braços,
refúgio dos meus segredos,
onde deitei meus cansaços
e adormeceram meus medos!...

Ercy Maria Marques de Faria

GLOSA:
Minha mãe, foram teus braços,
que guiaram minha vida,
foram teus doces abraços
que me aqueceram, querida!

Minha Mãe, tu foste luz,
refúgio dos meus segredos,
abrandaste a minha cruz
com o calor dos teus dedos!

Minha Mãe, os teus regaços,
foram sempre de carinho
onde deitei meus cansaços
e enfrentei o meu caminho!

Minha Mãe, com emoção,
entre beijos e folguedos,
entrei em teu coração
e adormeceram meus medos!…
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

TÉDIO

MOTE:
Tédio é o vazio das horas
que parecem nem passar,
no compasso das demoras
de quem nunca vai chegar...

Maria Lua

GLOSA:
Tédio é o vazio das horas,
de uma vida sem amor!
Dias negros, sem auroras
e um sol triste, sem calor!

Essas horas tão vazias
que parecem nem passar...
são cheias de nostalgias,
fazem minha alma chorar!

Descoloridos agoras,
são o tudo que restou,
no compasso das demoras,
que de esperar, se cansou!

Chega a noite e a solidão!
Noite escura, sem luar,
numa espera, com paixão,
de quem nunca vai chegar…
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

NOSSAS ALMAS...

MOTE:
No curso de nossas vidas,
por diferentes estradas,
nossas almas distraídas
continuam de mãos dadas!

Sérgio Ferreira da Silva

GLOSA:
No curso de nossas vidas,
trilhamos muitos caminhos,
com chegadas e partidas,
com saudades e carinhos!

Andamos muito, é verdade,
por diferentes estradas,
curtindo o amor e a amizade
em noites enluaradas!

Com nosso amor, sem medidas
enchendo os nossos espaços...
Nossas almas distraídas
trocavam ternos abraços!

Felizes, assim, nós vamos,
como num conto de fadas;
nossas almas – nem notamos,
continuam de mãos dadas!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

BOM HUMOR

MOTE:
Fazer da vida uma festa,
é atitude que fascina,
vamos rir! A hora é esta!
O bom humor contamina!

Vânia Ennes

GLOSA:
Fazer da vida uma festa,
ser feliz a cada instante,
amar o mar e a floresta,
a lua e o sol tão brilhante!

Ter sempre um sorriso aberto
é atitude que fascina,
que conquistará, por certo,
tudo, quebrando a rotina!

Vamos cantar em seresta,
unindo a nossa alegria!
Vamos rir! A hora é esta!
Vamos dar bom-dia, ao dia!

Vivendo, assim, bem contente,
toda a tristeza termina,
pois sabemos, certamente:
o bom humor contamina!

Fonte:
Gislaine Canales. Glosas. Glosas Virtuais de Trovas XIX. In Carlos Leite Ribeiro (produtor) Biblioteca Virtual Cá Estamos Nós. http://www.portalcen.org. 2004.

A. A. de Assis (Maringá Gota a Gota) Seu Silvino

Faz tempo isso. Numa calçada da Avenida Getúlio Vargas encontrei por acaso o amigo Orlando Fernandes Dias, em companhia de um senhor bastante parecido com ele. Apresentou-me: “Este é o meu pai, Seu Silvino”. Que legal, eu disse, de nome já o conhecia. Seu Silvino, o poeta. Orlando sorriu, surpreso. Estava acostumado a ver o pai ser saudado como um dos nossos mais valorosos pioneiros. Mas de repente aparecia um que se manifestava admirador de Seu Silvino como poeta. Que aliás ele de fato era, nas raras horas vagas em que podia distrair-se um pouco da labuta na terra.

Imagine você como foi que um homem de tão líricos sentimentos, portador de um coração cheio de poesia, pôde ter tido peito, disposição e coragem para vir aqui em 1938, se embrenhar na mata e iniciar a roçada na qual iria construir a história de sua linda família.

Não havia nada nesta verde e imensa gleba a não ser a cheirosa floresta. Ele, paulista de Taquaritinga, crescido em Quatá, ouviu maravilhas sobre o eldorado que começava a ser descortinado no norte/noroeste do Paraná. Decidiu vir conferir de perto. De Londrina a Mandaguari veio a cavalo. Entrou no escritório da Companhia Melhoramentos, olhou o mapa, pôs o dedo num lugar pertinho de onde viria a nascer a cidade de Maringá. Sem pestanejar, abriu a bolsa, tirou o talão de cheques, disse ao funcionário que o atendeu: “Pode preparar os papéis”. Comprou um pedação de terras: “Vou formar aqui um belíssimo cafezal”, anunciou. Na volta, mandou de Londrina um telegrama para Dona Helena dando a grande notícia.

Seu Silvino tinha apenas 27 e já era pai. A família cresceu rápido: nove filhos homens, todos nascidos em Quatá. Em Maringá nasceu a caçula, a única menina, Terezinha. Todos gente muito querida. Dois se tornaram políticos importantes, nacionalmente conhecidos e admirados, Álvaro e Osmar Dias.

Homem de fé, Seu Silvino pediu as bênçãos de Deus e mandou ver. Abriu espaço na mata, preparou o terreno, deu início à formação da fazenda. Enquanto o café crescia, plantava roças de milho e feijão e criava porcos e galinhas. De noite olhava a lua, cantava e escrevia versos.

Penso que a história de todos os nossos outros pioneiros foi também mais ou menos assim. Uma geração de bravos. Homens e mulheres sem medo. Saíram de algum lugar antigo em busca de uma nova Canaã. Só Deus sabe quantos perigos enfrentaram, quantas dificuldades passaram, quantos desafios tiveram que vencer. Porém venceram.

A eles devemos a poderosa Maringá que hoje nos enche de alegria. Que bom que eles tiveram peito e valentia para vir e ficar. Seu Silvino, o poeta. Seu Silvino, “antes de tudo um forte”. Despediu-se da gente em 2006, com 95 anos.

Aí no céu, Seu Silvino, receba o nosso abraço de gratidão, carinho e respeito.
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(Crônica publicada no Jornal do Povo – Maringá – 15-4-2021)

Fonte:
Texto enviado pelo autor

terça-feira, 1 de junho de 2021

Fernando Sabino (Dona Custódia)

De empregada ela não tinha nada: era uma velha mirrada, muito bem arranjadinha, mangas compridas, cabelos em bandó num vago ar de camafeu - e usava mesmo um, fechando-lhe o vestido ao pescoço. Mas via-se que era humilde -  atendera ao anúncio publicado no jornal porque satisfazia às especificações, conforme ela própria fez questão de dizer: sabia cozinhar, arrumar a casa e servir com eficiência a senhor só.

O senhor só fê-la entrar, meio ressabiado. Não era propriamente o que esperava, mas tanto melhor: a velhinha podia muito bem dar conta do recado, por que não? E além do mais impunha dentro de casa certo ar de discrição e respeito, propício ao seu trabalho de escritor. Chamava-se Custódia.

Dona Custódia foi logo botando ordem na casa: varreu a sala, arrumou o quarto, limpou a cozinha, preparou o jantar. Deslizava como uma sombra para lá, para cá – em pouco sobejavam provas de sua eficiência doméstica. Ao fim de alguns dias ele se acostumou à sua silenciosa iniciativa (fazia  de vez em quando uns quitutes) e se deu por satisfeito: chegou mesmo a pensar em aumentar-lhe o ordenado, sob a feliz impressão de que se tratava de uma empregada de categoria.

De tanta categoria que no dia do aniversário do pai, em que almoçaria fora, ele aproveitou-se para dispensar também o jantar, só para lhe proporcionar o dia inteiro de folga. Dona Custódia ficou muito satisfeitinha, disse que assim sendo iria  também passar o dia com uns parentes lá no Rio Comprido.

Mas às quatro horas da tarde ele precisou de dar um pulo no apartamento para apanhar qualquer coisa que não  vem à história. A história se restringe à impressão estranha  que teve, então, ao abrir a porta e entrar na sala: julgou mesmo ter errado de andar e invadido casa alheia. Porque aconteceu que deu com os móveis da sala dispostos de maneira  diferente, tudo muito arranjadinho e limpo, mas cheio de  enfeites mimosos: paninho de renda no consolo, toalha bordada na mesa, dois bibelôs sobre a cristaleira - e em lugar da gravura impressionista na parede, que se via? Um velho  de bigodes o espiava para além do tempo, dentro da moldura oval.

Nem pôde examinar direito tudo isso, porque, espalhadas pela sala, muito formalizadas e de chapéu, oito ou dez  senhoras tomavam chá! Só então reconheceu entre elas dona Custódia, que antes proseava muito à vontade mas ao vê-lo se calou, estatelada. Estupefato, ele ficou parado sem saber o que fazer e já ia dando o fora quando sua empregada se  recompôs do susto e acorreu, pressurosa:

- Entre, não faça cerimônia! - puxou-o pelo braço, voltando-se para as demais velhinhas: - Este é o moço que eu falava, a quem alugo um quarto.

Foi apresentado a uma por uma: viúva do desembargador Fulano de Tal; senhora Assim-Assim; senhora Assim-Assado; viúva de Beltrano, aquele escritor da Academia! Depois de estender a mão a todas elas, sentou-se na ponta de uma cadeira, sem saber o que dizer. Dona Custódia veio em  sua salvação.

- Aceita um chazinho?  

- Não, muito obrigado. Eu...  

- Deixa de cerimônia. Olha aqui, experimenta uma  brevidade, que o senhor gosta tanto. Eu mesma fiz.

Que ela mesma fizera ele sabia - não haveria também  de pretender que ele é que cozinhava. Que diabo ela fizera de seu quadro? E os livros, seus cachimbos, o nude Modigliani junto à porta substituído por uma aquarelinha...

- A senhora vai me dar licença, dona Custódia.

Foi ao quarto - tudo sobre a cama, nas cadeiras, na cômoda. Apanhou o tal objeto que buscava e voltou à sala:

- Muito prazer, muito prazer - despediu-se, balançando a cabeça e caminhando de costas como um chinês.  Ganhou a porta e saiu.

Quando regressou, tarde da noite, encontrou como por encanto o apartamento restituído à arrumação original, que o fazia seu. O velho bigodudo desaparecera, o paninho de renda, tudo - e os objetos familiares haviam retornado ao lugar.

- A senhora... Dona Custódia o aguardava, ereta como uma estátua, plantada no meio da sala. Ao vê-lo, abriu os braços dramaticamente, falou apenas:

- Eu sou a pobreza envergonhada!  

Não precisou dizer mais nada: ao olhá-la, ele reconheceu logo que era ela: a própria Pobreza Envergonhada. E a  tal certeza nem seria preciso acrescentar-se as explicações, a  aflição, as lágrimas com que a pobre se desculpava, envergonhadíssima: perdera o marido, passava necessidade, não tinha outro remédio - escondida das amigas se fizera empregada doméstica! E aquela tinha sido a sua oportunidade de  reaparecer para elas, justificar o sumiço...

Ele balançava a cabeça, concordando: não se afligisse, estava tudo bem. Concordava mesmo que de vez em quando, ele não estando em  casa, evidentemente, voltasse a recebê-las como na véspera,  para um chazinho.

O que passou a acontecer dali por diante, sem mais incidentes. E às vezes se acaso regressava mais cedo detinha-se  na sala para bater um papo com as velhinhas, a quem já se ia afeiçoando.

Não tão velhinhas que um dia não surgisse uma viúva bem mais conservada, a quem acabou também se afeiçoando, mas de maneira especial. Até que dona Custódia soube, descobriu tudo, ficou escandalizada! Não admitia que uma  amiga fizesse aquilo com seu hóspede. E despediu-se, foi-se  embora para nunca mais.

Fonte:
Os melhores contos de Fernando Sabino. RJ: Record, 1986.

Luiz Poeta (Poemas Escolhidos) 6

À DERIVA


Quem me deixa à deriva, desconhece
Que meu barco é movido a sentimentos
Pois meus sonhos, toda vez que a maré cresce,
Agradecem ao poder feliz dos  ventos.

Mesmo que a dor me exponha ao relento,
Movimento o meu amor com a  fantasia
E é assim que sobrevivo : eu me alimento
Do momento que alimenta a poesia.

A magia de quem sofre e faz sua parte
Vem da arte que se despe da moldura,
Pois nem mesmo um folhetim é um  encarte
Para a arte que se esculpe com ternura.

Só quem sabe repintar-se com nobreza,
Vê beleza em cada riso que se doa
E se um riso é feliz por natureza,
Num sorriso, a alegria empluma... e voa.

Num rabisco  inusitado,  a parceria
Que há com Deus, mais espontânea se revela...
É  assim que Ele desenha a fantasia
Da poesia a que harmoniza a cor da tela.

Só quem tem dom de amar e transcrevê-lo
Faz quem lê-lo, transportar-se e compreender
Que a linha solitária de um novelo
Só termina, quando quem sabe tecer
Abençoa o terno olhar embevecido
De quem vê, num simples  risco de um bordado,
A ternura que repousa num tecido
Construído  com amor, luz e cuidado.

Quem me deixa à  deriva, não me deixa,
Alimenta minha eterna inspiração,
Porque, quando minha emoção  se queixa,
Ela deixa tão triste meu coração...
Que até mesmo a invenção  de alguma gueixa,
Complementa minha dor de solidão.

Quem me deixa, nunca foi meu par perfeito,
Não me deito com olhares insensíveis...
Conteúdos sempre têm algum defeito
E os defeitos  também são  imprevisíveis...

Meu navio só  precisa de um motor:
É o amor que ainda tens para me dar
E se amar é  recriar um sonhador,
Deixa ao menos, pelo menos, eu te amar.
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QUANDO A NOSSA DOR FAZ POESIAS
 
O amor é  o nosso ponto de partida
em tudo que façamos... a razão
não sabe controlar um coração,
quando nossa emoção  comanda a vida.

Não penses que só tu tens incertezas,
mágoas, medos, raivas...  melancolias,
pois quando a nossa dor faz poesias,
copia simplesmente das tristezas.

Nem sempre o que te dói é o que perfura,
há  pobres sem saber o que é  pobreza
e quem é  infeliz por natureza,
nem sempre compreende a alma pura.

A agua não desgasta a pedra dura...
apenas acomoda-a em seu leito,
assim é o coração: só dói  no peito,
quando não  tem mais jeito, a amargura.

Doutor nenhum conserta a criatura,
poeta, sim, engana até a dor,
e engana-se a si mesmo...ele é doutor
em  conversar com a dor com mais ternura.

Quem diz que é grão-mestre em autoajuda,
mas não pratica nada do que ensina,
semeia um amor que não germina,
retira a  proteína que o acuda.

A vida tem um tempo, o destino
não  manda nos desígnios de Deus,
por isto, aprimora os gestos teus
e ensina-te com cada desatino.

Nós  somos seres únicos, porém
somente somos dignos de nós,
quando passamos ter a mesma voz
daqueles que só querem nosso bem.
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SOMOS BARCOS QUE NAVEGAM SEM PARTIRMOS

A distância nos separa, mas sonhamos...
E nos sonhos, somos muito mais felizes,
Pois nas cores mais sensíveis que criamos,
Inventamos flores de novos matizes.

Nossas rosas são azuis sem as tingirmos,
Nossos mares são tranquilos ou selvagens,
Somos barcos que navegam sem partirmos,
Ninguém pode impedir nossas viagens.

Somos seres que transcendem sentimentos,
Nosso voo vai muito além da eternidade,
Recriamos nossos próprios pensamentos,
Nosso amor só sobrevive em liberdade.

Colorimos  as imagens que queremos,
Encurtamos o espaço que separa
Quem nos ama, com o melhor amor que temos
E é assim que a  solidão nos vira a cara.

Mesmo quando alguma dor nos surpreende,
Porque somos seres frágeis e mortais,
Só a nossa fantasia compreende
Esses nossos sofrimentos tão iguais.

Construímos nossas naus e viajamos
Para onde os sonhos possam nos levar
Pois em cada sonho bom que recriamos
Nós soltamos nossa solidão... no mar.

Sílvio Romero (Maria Borralheira)


(conto do estado do Sergipe)
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Havia um homem viúvo que tinha uma filha chamada Maria. A menina quando ia para a escola, passava pela casa de uma viúva, que tinha duas filhas. A viúva costumava sempre chamar a pequena e agrada-la muito. Depois de algum tempo começou a lhe dizer que falasse e rogasse a seu pai para casar com ela.

A menina pegou e falou ao pai para casar com a viúva, porque “ela era muito boa e agradável.”

O pai respondeu: “Minha filha, ela hoje te dá papinhas, amanhã te dará de fel."

Mas a menina sempre vinha com os mesmos pedidos, até que o pai contraiu o casamento com a viúva. Nos primeiros tempos ainda ela agradava a pequena, e, depois, começou a maltrata-la.

Tudo o que havia de mais aborrecido e trabalhoso no trato da casa era ela que fazia. Depois de mocinha era ela que ia à fonte buscar água, e ao mato buscar lenha. Era quem acendia o fogo, e vivia muito suja no borralho. Daí lhe veio o nome de Maria Borralheira.

Uma vez, para judia-la a madrasta lhe deu uma tarefa muito grande de algodão para fiar e lhe disse que naquele dia devia ficar pronta. Maria tinha uma vaquinha, que sua mãe lhe tinha deixado. Vendo-se assim tão atarefada, correu e foi ter com a vaquinha e lhe contou, chorando, os seus trabalhos.

A vaquinha lhe disse: “Não tem nada; traga o algodão que eu engulo, e quando botar fora é fiado e pronto em novelos.” Assim foi. Enquanto a vaquinha engolia o algodão, Maria estava brincando. Quando foi de tarde, a vaquinha deitou para fora aquela porção de novelos tão alvos e bonitos!... Maria, muito contente, botou-os no cesto e levou-os para casa.

A madrasta ficou muito admirada, e no dia seguinte lhe deu uma tarefa ainda maior. Maria foi ter com a sua vaquinha, e ela fez o mesmo que da outra vez. No outro dia a madrasta deu à mocinha uma grande tarefa de renda para fazer. A vaquinha, como sempre, foi que a salvou, engolindo as linhas e botando para fora a renda pronta e muito alva e bonita. A madrasta ainda mais admirada ficou.

De outra vez mandou ela buscar um cesto cheio de água. Maria Borralheira saiu muito triste para a fonte, e foi ter com a vaquinha que lhe encheu o cesto, que ela levou para casa. Daí por diante a madrasta de Maria começou a desconfiar, e mandou as suas duas filhas espiarem a moça. Elas descobriram que era a vaquinha que fazia tudo para a Borralheira.

Daí a tempos a mulher se fingiu pejada e com antojos e desejou comer a vaquinha de Maria. O marido não quis consentir, mas por fim teve de ceder á vontade da mulher que era uma tarasca desesperada.

Maria Borralheira foi e contou à vaca o que ia acontecer. Ela disse que não tivesse medo, que, quando fosse o dia de a matarem, Maria se oferecesse para ir lavar o fato*, que dentro dele havia de encontrar uma varinha, que lhe havia de dar tudo o que ela pedisse, e que depois de lavado o fato, largasse a gamela pela corrente abaixo e a fosse acompanhando, que mais adiante havia de encontrar um velhinho muito chagado e com fome, lavasse-lhe as feridas e a roupa, e lhe desse de comer, e que mais adiante havia de encontrar uma casinha com uns gatos e cachorrinhos muito magros e com fome, e a casinha muito suja, varresse o cisco e desse de comer aos bichos, e depois de tudo isso voltasse para casa.

Assim mesmo foi.

No dia que a madrasta de Maria quis que se matasse a vaquinha, a moça se ofereceu para ir lavar o fato no rio. A madrasta lhe disse com desprezo: “Oxente! Quem havia de ir se não tu, porca?”

Morta a vaca, a Borralheira seguiu com o fato para o rio. Lá achou nas tripas a varinha de condão, e guardou-a. Depois de lavado o fato botou-o na gamela e largou-a pela correnteza abaixo, e a foi acompanhando. Adiante encontrou um velhinho muito chagado e morto de fome e sujo. Lavou-lhe as feridas, e a roupa, e deu-lhe de comer.

Este velhinho era Nosso Senhor. Seguiu com a gamela. Mais adiante encontrou uma casinha muito suja e desarrumada, e com os cachorros e gatos e galinhas muito magros e mortos de fome. Maria Borralheira deu de comer aos bichos, varreu a casa, arrumou todos os trastes e escondeu-se atrás da porta. Daí a pouco chegaram as donas da casa, que eram três velhas irmãs.

Quando viram aquele benefício, a mais moça disse: “Manas, desejemos; desejemos, manas: permita a Deus que quem tanto bem nos fez lhe apareçam uns chapins (*) de ouro nos pés." A do meio disse: «Manas, desejemos, manas; permita a Deus que quem tanto bem nos fez lhe nasça uma estrela de ouro na testa.". A mais velha disse: «desejemos, manas: permita a Deus que quem tanto bem nos fez, quando falar lhe saiam faíscas de ouro da boca."

Maria, que estava atrás da porta, apareceu já toda formosa com os chapins de ouro nos pés, e estrela de ouro na testa, e quando falava saiam-lhe da boca faíscas de ouro. Amarrou um lenço na cabeça, fingindo doença, para esconder a estrela, e tirou os chapins dos pés, e foi-se embora para casa.

Quando lá chegou, entregou o fato e foi para o seu borralho. Passados alguns dias, as filhas da madrasta lhe viram a estrela e perceberam as faíscas de ouro que lhe saiam da boca, e foram contar à mãe. Ela ficou com muita inveja, e disse às filhas que indagassem da Borralheira o que é que se devia fazer para se ficar assim.

Elas perguntaram e Maria disse: “É muito fácil; vocês peçam para irem também uma vez lavar o fato de uma vaca no rio; depois de lavado botem a gamela com ele pela correnteza abaixo e vão acompanhando; quando encontrarem um velhinho muito ferido, metam-lhe o pão, e deem muito; mais adiante, quando encontrarem uma casa com uns cachorros e gatos muito magros, emporcalhem a casa, desarrumem tudo, deem nos bichos todos, e escondam-se atrás da porta, e deixem estar que, quando vocês saírem, hão de vir com chapins e estrelas de ouro."

Assim foi.

As moças contaram à mãe, e ela lhes deu um fato para irem lavar no rio. As moças fizeram tudo como Maria Borralheira lhes tinha ensinado. Deram muito no velhinho, emporcalharam a casa e deram muito nos bichos das velhas, e se esconderam atrás da porta.

Quando as donas da casa chegaram e viram aquele destroço, a mais moça disse: «Manas, desejemos, manas: permita a Deus que quem tanto mal nos fez lhe apareçam cascos de cavalo nos pés." A do meio disse: «Permita Deus que quem tanto mal nos fez lhe nasça um rabo de cavalo na testa." A terceira disse: «Permita Deus que quem tanto mal nos fez, quando falar lhe saia porqueira de cavalo pela boca."

As duas moças, quando saíram de detrás da porta já vinham preparadas com seus enfeites. Quando falaram ainda mais sujaram a casa das velhinhas.

Largaram-se para casa, e quando a mãe as viu ficou muito triste.
-–

Passou-se. Quando foi depois, houve três dias de festa na cidade, e todos de casa iam à igreja, menos a Borralheira que ficava na casa. Mas, depois de todos saírem, ela logo no primeiro dia pegou na sua varinha de condão e disse: “Minha varinha de condão, pelo condão que Deus vos deu, dai-me um vestido da cor do campo com todas as suas flores.”

De repente apareceu o vestido. Maria pediu também uma linda carruagem. Aprontou-se e seguiu. Quando entrou na igreja, todos ficaram pasmados, e sem saber quem seria aquela moça tão bonita e tão rica. Aí uma das filhas da madrasta disse à mãe: “Olhe, minha mãe, parece a Maria.”

A mãe botou-lhe o lenço na boca por causa da sujidade que estava saindo, mandando que ela se calasse, que as vizinhas já estavam percebendo.

Acabada a festa, quando chegaram em casa, Maria já estava lá, metida no borralho. A mãe lhes disse: “Olhem, minhas filhas, aquela porca ali está, não era ela, não; onde ia ela achar uma roupa tão rica?"

No outro dia foram todas para a festa e Maria ficou; mas quando todas se ausentaram, ela pegou na varinha de condão e disse: “Minha varinha de condão, pelo condão que Deus vos deu, dai-me um vestido de cor do mar com todos os seus peixes, e uma carruagem ainda mais rica e bella, que a primeira.”

Apareceu logo tudo, e ela se aprontou e seguiu. Quando lá chegou, o povo ficou embasbacado por tão linda e rica moça, e o filho do rei ficou doido por ela. Botou-se cerco para a pegar na volta, e nada de a poderem pegar. Quando as outras pessoas chegaram em casa, Maria já lá estava metida no seu borralho.

Aí uma das moças lhe disse: «Hoje vi uma moça na igreja que se parecia comtigo, Maria!"

Ela respondeu : «Eu!... quem sou eu para ir á festa?... Uma pobre cozinheira!"

No terceiro dia, a mesma coisa. Maria então pediu um vestido da cor do céu com todas as suas estrelas, e uma carruagem ainda mais rica. Assim foi, e apresentou-se na festa.

Na volta o rei tinha mandado por um cerco muito apertado para agarra-la; porém ela escapuliu, e na carreira lhe caiu um chapim do pé, que o príncipe apanhou. Depois o rei mandou correr toda a cidade para ver se achava a dona daquele chapim, e o outro seu companheiro. Experimentou-se o chapim nos pés de todas as moças e nada.

Afinal só faltavam ir á casa de Maria Borralheira. Lá foram. A dona da casa apresentou as filhas que tinha. Elas, com seus cascos de cavalo, quase machucaram o chapim todo, e os guardas gritaram: «Virgem Nossa Senhora! Deixem, deixem!..." Perguntaram se não havia ali mais ninguém.

A dona da casa respondeu: «Não, aí tem somente uma pobre cozinheira, porca, que não vale a pena mandar chamar."

Os encarregados da ordem do rei respondem que a ordem era para todas as moças sem exceção e chamaram pela Borralheira. Ela veio lá de dentro toda pronta como no último dia da festa. Vinha encantando tudo. Foi metendo o pezinho no chapim e mostrando o outro. Houve muita alegria e festas. A madrasta teve um ataque e caiu para trás, e Maria foi para palácio e casou com o filho do rei.
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* Chapim – Antigo calçado de sola alta para mulheres.
* Fato – vísceras de animais; miúdos.


Fonte:
Sílvio Romero. Contos Populares do Brasil. Publicado em 1885.