terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Andréa Motta (Poetas do Paraná)



Sublimação

Sem medos
abraça-me a alma arrepiada
solta os meus cabelos e toca-me
intensamente
intimamente

Deixa esta onda de calor percorrer-te a pele
não permitas que este momento de sublimação
se perca no tempo

Olha-me a alma por dentro das minhas entranhas
enxerga o invisível dos meus olhos
sente o meu corpo e ouve esta música

Deixa-te desvendar a cada toque sentido
desagua no meu prazer
Faze-me acreditar que o céu me sorri

Deita-te em chamas entre as minhas mãos
deixa-me explodir num orgasmo sagrado
de onde brotem lágrimas de felicidade
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[in]quietude

Na linha do destino
sorrisos e pranto
escuridão e luz.

A noite calada registra
as marcas inexoráveis do tempo.
No rastro da estrela-guia : a Paz.
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Toccata

Não importa o decibel do riso,
Se o guizo do silêncio
No olhar do artista
Reinventa a luz

Pouco importa que o corpo,
Dos toques não traga as marcas
Ou que desperte o desejo
Agreste de amanhecer

Feito implosão de lábios
Pernas e braços.
Importa, que o tempo,
seduzido pelos poetas,

estanca, do amor
os desencontros
P'ra não ficar saudade
Ou romance pela metade.

Importa sim a ousadia
De enfrentar as tempestades
E a abundância de violinos
Enfeitiçando as asas dos colibris.
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Fonte:
Poetas del Mundo

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