terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Gerson Cesar Souza (1972)

Gerson Cesar Souza, escritor de textos teatrais, conhecido também como astrônomo, compositor de musicas entre todas essas facetas, permeadas pela paixão pela poesia, nasceu em Porto Alegre em 1972, filho de Leda e do grande trovador gaúcho Milton Souza. Casado, se radicou em São Mateus do Sul no Paraná, onde trabalha como Administrador na Petrobras. Uma de suas composições foi escolhida como o Hino da Campanha da Fraternidade de 2013, em Concurso Nacional da CNBB.        
 Publicou Mochila de Versos, 2001 e Dons Diversos, 2012, e O livro “A Estrela de Jacó”, que resgata a memória histórica dos imigrantes poloneses e a fantástica vida do padre polonês Jakub Wróbel, que atuou na Água Branca entre 1896 e 1914.

Silvana da Rosa (A mulher escritora e personagem nos contos de fadas) Parte XI

2.5 No universo literário masculino, a figura da mulher contadora e tradutora de histórias

O fellow, come, the song we had last night,
Mark it, Cesario, it is old and plain;
The spinsters and the knitters in the sun,
And the free maids that weave their thread with bones,
Do use to chaunt it : it is silly sooth,
And dallies with the innocence of love,
Like the old age.


Amigo, a canção que ouvimos ontem,/ Note bem, Cesário, é antiga e simples;/ As fiandeiras e tecelãs ao sol,/ E as donzelas livres que fiam com ossos,/ Costumam cantá-la: é tolo alívio,/ E brinca com a inocência do amor,/ Como a velhice. (Noite de Reis, II, iv).
                                                                                    
Muitas mulheres participaram indireta ou diretamente do mundo literário, quer seja como contadoras de histórias para os próprios escritores ou através da participação feminina no conto das mesmas. Franz sustenta que “pelos escritos de Platão sabemos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças histórias simbólicas “mythoi”. Desde então, os contos de fadas estão vinculados à educação de crianças” (1981, p. 17).

No universo de homens-escritores-medievais surge Marie de France que, em 1180 divulga o mais famoso Isopet (estória de animais, narrada em versos e em língua “romance”), pertencente também à célula-mater, Calila e Dimna.

Marie de France seguiu o exemplo de sua mãe e de seu bisavô, pois era filha de Alienor D’Aquitânia, conhecida como protetora de poetas e artistas. Por sua vez, o bisavô era o mais antigo dos trovadores provençais. Dessa forma, Marie de France, com o sangue literário fluindo em suas veias, tornou-se a primeira poetisa francesa da história, sendo de sua autoria os Lais de Marie de France.

Segundo Novaes Coelho, a poetisa estava “encantada com os primitivos e líricos lais bretões, impregnados desse novo ideal, entrega-se aos trabalhos de traduzi-los para o francês: narrativas maravilhosas, conhecidas como os Lais de Marie France” (1987, p. 49, grifos da autora). Evidentemente, foram apenas traduções, mas, a partir destas, homens e, principalmente, mulheres francesas tiveram acesso às obras, possibilitando que o público feminino se inserisse no cenário intelectual e, posteriormente, passasse a escrever seus próprios livros.

Os Lais traduzidos por France somam dez: Lai d’Yonec; Lai de Bisclavaret; Lai de Lanval; Lai de Iwenec; Lai de Fresno; Lai de Tidorel; Lai de Eliduc; Lai de Guingamor; Lai de Tiolet e Lai de Madressilva.

Faz-se pertinente ressaltar que o novo ideal citado anteriormente, que encantou France, prenuncia o período vindouro, o surgimento do período medieval que, para ela, corresponderia a novas perspectivas, principalmente no campo literário.

Assim, no período medieval correspondente ao período que vai do século V ao século XV, mais especificamente em seu final, a crueldade, a brutalidade primitiva da sociedade, retratada nas narrativas, vai se apagando nas linhas e entrelinhas dos contos, à medida que os costumes burgueses proliferam, refinando os hábitos do povo. Um exemplo disso foi a transição de homens guerreiros para cortesãos. Essa pacificação interna da sociedade iniciou-se e prosseguiu com grande lentidão nos séculos XI e XII, chegando a completar-se entre os séculos XVII e XVIII, sendo que a nobreza cortesã da França ocupou uma posição específica nessa mudança de padrões de conduta, pois os costumes franceses refinados disseminaram-se além-fronteiras.

Essa modificação social, ou melhor, esse refinamento cultural, se fez propício para a entrada de mulheres na literatura e,    enquanto ainda não apareciam mulheres-escritoras, as contadoras de histórias iam surgindo. Novaes Coelho cita que “Katherina Wieckmann, camponesa de extraordinária memória, teria sido para os Irmãos Grimm a grande fonte transmissora” (1991, p.140) das histórias cultuadas e transmitidas oralmente pelos povos.

Câmara Cascudo também observa, em sua obra, que o conto O fiel Dom José foi contribuição de Luísa Freire, uma cearense contadora de histórias:

Luísa Freire, branca, analfabeta, residiu em nossa casa de 9 de junho de 1915 até 23 de julho de 1953, quando faleceu. Nascera em junho de 1870. Foi colaboradora preciosa em literatura oral. Com maiores anotações publiquei no Porto, Portugal, um volume inteiro contendo “Trinta Estórias de Bibi”. Bibi era seu apelido dado por mim quando menino e conservado a vida inteira. (CASCUDO, 2004, p.30)
                     
Referindo-se ainda a contadores de histórias, Cecília Meireles cita que os que contavam histórias no passado são os antepassados dos escritores atuais.

O gosto de contar é idêntico ao de escrever – e os primeiros narradores são os antepassados anônimos de todos os escritores. O gosto de ouvir é como o gosto de ler.

Assim, as bibliotecas, antes de serem estas infinitas estantes, com as vozes presas dentro dos livros, foram vivas e humanas, rumorosas, com gestos, canções, danças entremeadas às narrativas. (MEIRELES, 1979, p. 42)

Salienta-se que, no convívio social, é comum ouvir-se histórias narradas por avós que contam a respeito de seu tempo pretérito e também de outros tempos que não lhes pertenceram, mais longínquos ainda, e os fatos desses tempos foram ouvidos, vividos ou criados por seus ancestrais. Marina Warner observa que a mais antiga referência ao conto que senhoras idosas narravam aos seus familiares e, principalmente, a crianças, encontra-se no Górgias, de Platão:

Platão, no Górgias, referiu-se depreciativamente ao tipo de conto – mythos  graós, o conto das velhas – narrado pelas amas para divertir ou assustar as  crianças. Possivelmente, trata-se da mais remota referência ao gênero. Segundo relatos, quando os meninos e meninas de Atenas estavam prestes a embarcar para Creta, para serem sacrificados ao Minotauro, velhas senhoras desciam até o porto para lhes contar histórias e distraí-los de seu sofrimento. (WARNER, 1999, p.39)
                     
Realmente, milagres essas velhas senhoras faziam ao entreter crianças condenadas à morte, uma vez que a temática dessas narrativas abordava magicidade, fantasia, fadas e a vitória de sentimentos nobres, por mais que esses custassem as suas vidas.

É sabido que Giambattista Basile, Perrault, os Irmãos Grimm e Sílvio Romero, entre outros, registraram a cultura oral de seu povo, visando entretenimento, ou com fundo moralista ou, até mesmo, como oferecimento a parentes de um rei da época, porém o que deve ser ressaltado é que o contar histórias era uma característica comum às mulheres fiandeiras desses tempos.

Antigamente, era comum entre mulheres fiandeiras o ouvir, o contar e o recontar de histórias. De acordo com Novaes Coelho, “Perrault [...] conhecedor como era, da mitologia pagã, teria associado a tarefa das Parcas (tecer a vida dos homens) com o tecer estórias que formam a rede humana” (1987, p. 69).

Lílian de Lacerda (2003)33 descreve a dificuldade que as mulheres contadoras de histórias - que viveram antes do século XX - enfrentaram para, ao menos, serem alfabetizadas. E, quanto a serem escritoras, nesse período, considerava-se um sonho inatingível.

Entretanto, Lacerda enfatiza que, por mais que as mulheres estivessem inseridas em um meio de censuras quanto ao ingresso ao mundo letrado e literário, algo as faz lembrar, com prazer e saudades, as avós contadoras de histórias. Segundo Lacerda, referindo-se às avós do passado:

[...] Elas são portadoras da ancestralidade do grupo, carregam os segredos da família, guardam na memória os fatos, os acontecimentos e as histórias – imaginárias ou sabidas de cor – aprendidas oralmente ou por meio de diferentes impressos a que tiveram acesso. (LACERDA, 2003, p. 193)
                     
Conforme o exposto, Maria Helena Cardoso (1973) afirma a importância do ato de ouvir histórias para o desencadeamento do imaginário infantil e salienta que, quando ouvia histórias, narradas por sua avó, sentia que o processo interativo ampliava-se e adquiria formas inimagináveis:

Bem pequena ainda, adorava estórias: às noites, assentada nos degraus de tijolos da escada da cozinha da casa de vovó, ou deitada na caixa-frasqueira da sala de costura, à luz bruxuleante da lamparina de querosene, que deixava nos cantos um enorme espaço de sombra, ou à chama clara fixa do lampião, ouvia da cozinheira, ou de vovó, estórias maravilhosas, que me enchiam a cabeça, me fazendo arregalar os olhos de admiração ou estremecer de pavor. Quando o medo era muito, me achegava a um dos meus irmãos, assentados próximos a mim. [...] De tal modo gostava dos personagens das estórias que ouvia, que costumava conversar baixinho com eles, quando não cantava seus nomes em estribilho [...] (CARDOSO, Maria Helena. 1973, p.97) 34
                     
É bem verdade que a fama de as avós serem contadoras de histórias não surgiu neste século e muito menos por acaso. Na aurora dos tempos, de todos os tempos, as Sibilas eram mulheres que possuíam extremada sabedoria, tanto que a elas era atribuído o dom de inventar histórias; o presente informar e o futuro prever.

Cecília Meireles (1979) cita que Selma Lagerlöf, ao receber o prêmio Nobel em 1909, enfatizou o seu fascínio pelas senhoras que vivem isoladas em florestas ou lugares quase inacessíveis ao simples mortal (como se feiticeiras ou Sibilas fossem), pois a ensinaram a ver e entender naturalmente as histórias do mundo.

O interessante é que na história de vida do ser humano sempre havia ou há uma mulher contadora de histórias e também por trás de um homem escritor: com Perrault, a babá de seus filhos ou a sobrinha Mll. L’Héritier; com os Irmãos Grimm, Katherina Wieckmann e Jeannette Hassenpflug; com Câmara Cascudo, Luísa Freire, já vistos anteriormente.

Dessa forma, torna-se indiscutível que a transmissão oral dos contos seja quase que prevalentemente de autoria de mulheres. Situação essa já lembrada por Marina Warner:

[...] embora os escritores e colecionadores do sexo masculino tenham dominado a produção e a disseminação de contos maravilhosos populares, estes freqüentemente eram transmitidos por mulheres no ambiente íntimo ou doméstico. (1999, p. 43)
      
A esse respeito, Marina Warner cita Italo Calvino, uma vez que ele, analisando diversos suportes folclóricos do século XIX, verificou também que as fontes desses contos eram femininas, o que pode significar uma tradição cultural própria desse gênero: “Italo Calvino, em sua coleção de Fiabe ou Fábulas italianas de 1956 – a resposta italiana aos irmãos Grimm – chamou atenção para esse aspecto da tradição, observando que várias antologias de folclore do século XIX, que ele consultou e adaptou, citavam fontes femininas [...]” (WARNER, 1999, p. 41).

Embora os contos sejam compostos por personagens masculinos e femininos, é nas mulheres que este trabalho de pesquisa procura se ater, uma vez que, no processo evolutivo da mulher, enquanto personagem e escritora, a literatura é a comprovação fiel do que os tempos mais remotos da humanidade revelam a respeito de seu papel social. Entretanto, o que se percebeu é que em um universo de homens escritores, havia sempre mulheres contadoras e tradutoras de histórias e, muito depois, é que surgiram as escritoras. Evidentemente que foi bastante tardia a participação da mulher escritora comparada à dos homens, visto que é somente no século XVII, em 1608, com Mme. de Rambouillet, que os pensamentos, desejos e ideais femininos passaram a ser conhecidos em obras escritas, através do Preciosismo, movimento literário que recebeu adeptos da literatura, sendo que esses trabalhos eram expostos em salões para o entretenimento de variado público e, posteriormente, disseminaram intelectuais em todo o mundo.

continua…

Fontes:
Silvana da Rosa. Do tempo medieval ao contemporâneo: o caminho percorrido pela figura feminina, enquanto escritora e personagem, nos contos de fadas. Dissertação de Mestrado em Letras. Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), 2009
Imagem = http://tulipa-cat.blogspot.com

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Concurso de Trovas de Taubaté/SP – 2015 (Resultado Final)



Nacional/Internacional
Categoria Novos Trovadores

Tema: Vitória 
VENCEDORES

Vitória não são medalhas,
mas, sim, gotas de suor:
– é saber que, nas batalhas,
dei de mim sempre o melhor.
Edweine Loureiro da Silva
(Saitama/Japão)
-
Toda vitória comprada
não pode muito durar,
pois é glória fabricada
a quem não sabe lutar.
Edweine Loureiro da Silva
(Saitama/Japão)
-
Subjugar seu inimigo,
não é a maior vitória,
mas fazer dele um amigo…
esta é a verdadeira glória!!!
José Feldman
(Maringá/PR)
-
Quem luta constantemente
nunca pensa em desistir,
a vitória, juntamente
com sucesso vai surgir.
Reovaldo Paulichi
(Atibaia/SP)
-
Se a vitória depender
de trapaça ou falcatrua,
nada poderá se erguer
que este tempo não destrua.
Talita Batista
(Campo dos Goytacazes/RJ)

MENÇÕES HONROSAS

 No caminho desta vida,
a vitória conquistada
deixa a pessoa iludida
que não será derrotada…
Elisa Alderani
(Ribeirão Preto/SP)
-
Ao buscar novos caminhos
se quer mudar sua história,
proteja-se dos espinhos
para alcançar a vitória.
Eulinda Barreto Fernandes
(Bauru/SP)
-
Não se sinta superior
por suas duras vitórias…
Quem lhe parece inferior
já teve dias de glórias.
José Feldman
(Maringá/PR)
-
A chuva bate à janela…
Numa expressão de vitória,
a natureza singela
mostra Deus na minha história.
Plácido Ferreira do Amaral Jr.
(Caicó/RN)
-
Vitória da solidão…
Eu amargo até agora,
confesso fiquei sem chão
quando você foi embora.
Rosa Maria Gomes Mendes
(Rio de Janeiro/RJ)

MENÇÕES ESPECIAIS

Se ela contém a riqueza
que queremos possuir,
é vitória com certeza,
a sensatez atingir.
Eulinda Barreto Fernandes
(Bauru/SP)
A chave do coração
ornada com esplendor
abre a porta da razão:
– Eis a vitória do amor!
José Roberto Canoas
(Barretos/SP)

A vitória é passageira
só dura um raio de luz,
não é para a vida inteira
como um dia, então supus!
Nair Lopes Rodrigues
(Santos/SP)
-
Nas asas de uma ilusão
vislumbrei minha vitória,
e senti meu coração
cheio de esperança e glória…
Nair Lopes Rodrigues
(Santos/SP)
-
A sua grande vitória
foi vencer uma doença
que roubava-lhe a memória
e causava-lhe a descrença.
Plácido Ferreira do Amaral Jr.
(Caicó/RN)

MELHOR TROVA – EDUCAÇÃO FORMATIVA
Prêmio Dr. Paulo Affonso de Negreiros Sayão Lobato

Luto com garra e fervor,
porém mantendo a decência.
Vitória só tem valor
quando a honra é a sua essência.
Agostinho Rodrigues
(Campo dos Goytacazes/RJ)
  
Nacional/Internacional
Categoria: Veteranos
Tema: Vitória
VENCEDORES

 Se há vitória das marés,
desmanchando meus castelos,
vencerei esse revés,
construindo outros mais belos!
Dodora Galinari
(Belo Horizonte/MG)
-
Nos transtornos enfrentados,
a vitória sempre alcança,
quem possui os aliados
a Fé, o Amor e a Esperança!!!
Ercy Maria Marques de Faria
(Bauru/SP)
-
Quem direciona seus passos,
construindo sua história,
não se abate ante os fracassos
– seu foco está na vitória.
João Costa
(Saquarema/RJ)
-
Embora, às vezes, ferida,
não fujo à luta por nada!
– Cada batalha vencida
é uma vitória alcançada.
Maria Madalena Ferreira
(Magé/RJ)
-
Nem honrarias nem glórias
me trazem mais alegria
do que as pequenas vitórias
alcançadas dia a dia!!!
Maria Madalena Ferreira
(Magé/RJ)

MENÇÕES HONROSAS

Apelo ao Senhor da História:
– Tu, que a esperança nos dás,
apressa, ó Deus, a vitória
dos que acreditam na paz!
Antonio Augusto de Assis
(Maringá/PR)
-
Não há vitória maior
que o sentimento de alguém,
ao dar um pouco de amor
àquele que amor não tem.
Antonio José Barradas Barroso
(Parede/ Portugal)
-
A vitória é muito linda,
se a luta, embora renhida,
foi limpa e se ateve ainda
aos bons valores da vida!
Giva da Rocha
(São Paulo/ SP)
-
Nem sempre o atalho escolhido
nos leva ao pódio da glória…
O caminho mais sofrido
dá mais sabor à vitória!
Hélio Pedro Souza
(Caicó/RN)
-
Nas mãos do velho senhor
sulcos de calos marcados,
são vitórias que o labor
concede aos homens honrados.
Gilvan Carneiro da Silva
(São Gonçalo / RJ)

MENÇÕES ESPECIAIS

Bendita seja a vitória
quando o lado vencedor
ao festejar sua glória
não humilha o perdedor.
Alba Helena Corrêa
(Niterói/RJ)
-

Na minha visão modesta,
de um modesto trovador,
a nossa vida é uma festa
quando a vitória é do amor.
Dari Pereira
(Maringá/PR)
-
Acredito na vitória
de quem somente o bem faz.
O mal nunca leva à glória
e sempre destrói a paz.
Jaqueline Machado
(Cachoeira do Sul/RS)
-
 Nas lutas, enfraquecida,
por vitórias eu persisto -
se o sonho mantém a vida,
do sonho, jamais, desisto.
Relva do Egypto Resende Silveira
(Belo Horizonte/MG)
-
Por novo tempo na Terra,
que a luta seja tenaz,
não por vitórias na guerra,
mas por vitória da Paz!
Wanda de Paula Mourthé
(Belo Horizonte/MG)

Regional (Vale do Paraíba)
Tema: Família

VENCEDORES

Vivo feliz minha vida
num lar pobre, mas decente.
Em minha família unida
sinto Deus sempre presente.
Argemira Fernandes Marcondes
(Taubaté/SP)
-
Deus em amor se desvela
e, num momento inspirado,
cria a família e faz dela
um território sagrado.
Elbea Priscila de Souza e Silva
(Caçapava/SP)
-
Se a família rompe os laços
e cada qual segue em frente,
só o Amor junta os pedaços
para atá-los novamente.
Elbea Priscila de Souza e Silva
(Caçapava/SP)
Família, que coisa bela.
Pena que já estou no fim,
ontem eu cuidava dela,
hoje ela cuida de mim.
Maria Therezinha Marcondes de Andrade
(Taubaté/SP)
Na família que se aprende
amor, honradez, verdade;
e desse tripé depende
todo o bem da humanidade!…
Myrthes Mazza Masiero
(São José dos Campos/SP)

MENÇÕES HONROSAS

A família não é ilha
afastada… em mar aberto:
– mas um conjunto que brilha
feito oásis no deserto.
Adamo Pasquarelli
(São José dos Campos/SP)
-
A família é o fundamento
de toda sociedade,
dela vem o ensinamento
que sustenta a humanidade.
Alfredo Barbieri
(Taubaté/SP)
-
O meu lar é um ambiente
repleto de amor fecundo,
família é o maior presente
que Deus nos deu neste mundo.
Argemira Fernandes Marcondes
(Taubaté/SP)
A família verdadeira
com pais, as mães e os irmãos,
forma a nação brasileira
reduto de bons cristãos.
Cláudio de Morais
(Taubaté/SP)
-
A grande felicidade
que uma família irradia
é fruto da afinidade
gerando paz e harmonia!
Glória Tabet Marson
(São José dos Campos/SP)
-
A tarde cai. Anoitece!
No sertão a calmaria;
reza a família uma prece
à santa Virgem Maria
Joel Hirenaldo Barbieri
(Taubaté/SP)
Família grande na fé,
caminhando sempre unida,
parece a de Nazaré:
– no amor é fortalecida!
Nadir Nogueira Giovanelli
(São José dos Campos/SP)

MENÇÕES ESPECIAIS

Família só faz crescer
gente pra todos os lados,
ainda sem esquecer
os animais e agregados.
Adilson Roberto Gonçalves
(Lorena/SP)
-
Uma família moderna
vive da paz e harmonia,
não poderá ser eterna,
mas terá sempre alegria.
Adilson Roberto Gonçalves
(Lorena/SP)
-
O destino traiçoeiro
minha família roubou.
Sou agora um prisioneiro
da saudade que ficou.
Alda Lopes de Oliveira Rezende
(Taubaté/SP)
-
Sem família e sem abrigo
pelas ruas vou vivendo.
Sem um lar e um “ombro amigo”
sinto estar quase morrendo.
Alda Lopes de Oliveira Rezende
(Taubaté/SP)
-
O presente mais bonito
que de Deus fui merecer,
é o meu lar, Santo e Bendito
e a família que fui ter.
Martinho Monteiro
(Taubaté/SP)

Categoria: Professores
Tema: Computador
VENCEDORES

 Ganhei um computador
de presente do meu neto,
mesmo sendo um professor
sinto-me um analfabeto.
Alfredo Barbieri
(Taubaté/SP)
-
Um toque ilumina a tela
e olhar o relógio evito…
computador é janela
que me oferece o infinito!
Carolina Ramos
(Santos/SP)
-
Na escola, o computador
é a tela da leitura.
Para todo educador,
o teclado da cultura.
Isabel Cristina Nogarotto
(Tremembé/SP)
-
Para o mundo transformar
por via computador,
basta o bem multiplicar,
usando-o a seu favor.
Talita Batista
(Campos dos Goytacazes/RJ)
-
Seu mundo é o computador…
E o rapaz, já sem infância,
escreve versos de amor,
só… em seu quarto… à distância!
Therezinha Dieguez Brisolla
(São Paulo/SP)

MENÇÕES HONROSAS

Quantos tesouros guardados
em cada computador:
– desde secretos tratados
recadinhos de amor!
Antonio Augusto de Assis
(Maringá/PR)
Escrevam isso o que digo:
– pode ser caso de amor,
pois eu já não mais consigo
viver sem computador.
Adilson Roberto Gonçalves
(Lorena/SP)
-
Computador na pesquisa
é um recurso auxiliar,
mas o educando precisa
do mestre para ensinar!
Alba Helena Corrêa
(Niterói/RJ)
-
Por mais que um computador
mostre saber em seus atos,
sabedoria, senhor,
só vem dos homens sensatos.
Dodora Galinari
(Belo Horizonte/MG)
-
Poucos têm compreensão
da luta do professor
que ensina a ganhar o pão
num velho computador!
Roberto Resende de Vilela
(Pouso Alegre/MG)

MENÇÕES ESPECIAIS

Nesse vaivém da mensagem,
trocada no dia-a-dia,
computador é “viagem”
que num clique principia!…
Carolina Ramos
(Santos/SP)
-
Sem computador em casa,
não conseguimos ficar…
É como cortar a asa,
não podendo mais voar!
Celinha Marques
(Taubaté/SP)
-
E surge o computador!
Tudo ficou mais veloz.
Até as cartinhas de amor,
com música, verso e voz!
Dalva Maria de Araújo Sales
(Santos/SP)
-
 Nenhum empenho é ruim
quando se quer educar.
Computador é assim:
– “Vai sempre nos ajudar”.
Marialice Araújo Velloso
(São Gonçalo/RJ)
-
Aluno, computador
é útil, bom companheiro,
ajuda-o, mas professor
é o seu melhor conselheiro!
Mercedes Lisbôa Sutilo
(Santos/SP)

Categoria Estudantil – Juventrova
Tema: Esportes
VENCEDORES

 Toda cultura do esporte
valoriza uma nação.
Seja do Sul ou do Norte,
toca em qualquer coração.
Gabriela do Nascimento Almeida
IDESA – 6o B
-
Os esportes são bem mais
do que apenas diversão.
Eles são essenciais
para nossa formação.
Maisa de Oliveira Miranda
IDESA – 6o C
-
 Um corpinho assim enxuto
não é só questão de sorte…
Ninguém sabe o quanto eu luto,
praticando muito esporte.
Matheus Lopes Maruyama
IDESA – 6o C
-
O esporte é uma atitude
que em toda e qualquer idade,
traz ao corpo mais saúde,
à vida mais qualidade.
Milena Dias
IDESA – 2o C
-
Meu esporte favorito
pratico ao me levantar,
com um sorriso bonito
saio cedo a caminhar.
Raffaela Nicoliello Biondi
IDESA – 2o A

MENÇÕES HONROSAS

Esporte é bom para a vida.
É bom se movimentar.
Aquecer para corrida
e o troféu talvez ganhar.
Maria Eduarda Ribeiro dos Santos
E. E. Monteiro Lobato – 1o A
-
Pois é no esporte da vida,]
que todos querem ganhar.
Qualquer que seja a partida,
vale muito se empenhar.
Raquel Bispo Garcia
IDESA – 9o C

MENÇÕES ESPECIAIS

Uma verdade do esporte!
Não se precisa ter fogo,
nem se precisa de sorte
para termos um bom jogo.
Ednalva Braga da Silva Santos
E. E. Prof. Newton Câmara Leal Barros – 3o B
-
No calor da juventude
é que se encontra energia.
Também bastante saúde
com esporte todo dia.
Lívia Oliveira de Almeida
IDESA – 8o B

Categoria: Vicentino
Tema: Conferência
Vencedores

É na minha Conferência
em estado de oração,
que me vem à consciência:
– Devo acolher meu irmão.
Alfredo Barbieri
Conferência Nossa Senhora do Rosário
Conselho Central de Taubaté/SP
-
Eu frequento a Conferência
para aprender muito mais.
É o ponto de referência
que eu não deixarei jamais.
Antonina Cardoso Machado
Conferência São Roque (Lorena/SP)
Conselho Central de São José dos Campos/SP
-
Quem é de uma Conferência,
tem um nobre coração,
trata todos com clemência
e aos pobres reparte o pão.
Edson Ananias Nóbrega
Conferência São Maximiliano Kolbe (Gama/DF)
Conselho Central Santo Antonio do Gama/DF
-
A primeira Conferência
Ozanam foi quem fundou
e com muita persistência
a grande rede criou.
Eunice Regina de Oliveira Silva
Conferência São Sebastião (Matão/SP)
Conselho Central de Araraquara/SP
-
Muitos jovens e crianças,
indo para a Conferência,
são as nossas esperanças
de suprir tanta carência.
Jane Márcia Gomes de Sousa
Conferência Jesus Cristo Rei (Gama/DF)
Conselho Central Santo Antonio do Gama/DF
-
Quando a família se “aperta”,
pede ajuda com urgência;
a caridade desperta
e entra em campo a Conferência.
Luiz Florivaldo Brigato
Conferência Santa Clara
Conselho Central de Indaiatuba/SP
Italiano de nascença
e Francês por adoção,
fundador da Conferência,
Ozanam é nosso irmão.
Lupércio Ferraz de Pontes
Conferência São João Batista
Conselho Central de Sete Lagoas/MG
-
Conferência, para o pobre,
é ajuda sempre presente:
– combate, de forma nobre,
os pesares que ele sente.
Maria da Conceição do Altíssimo França
Conferência Imaculada Conceição
Conselho Central de Sete Lagoas/MG
-
A Conferência é o lugar
em que todos são irmãos;
vão aos pobres, ajudar,
na alegria, dando as mãos.
Pedro José Guimarães
Conferência Jesus Cristo Rei (Gama/DF)
Conselho Central Santo Antonio do Gama/DF