sexta-feira, 23 de novembro de 2018

VIII Jogos Florais da UBT Seção Campos dos Goytacazes/RJ (Prazo: 30 de Março de 2019)

Chafariz Belga (Campos dos Goytacazes)

CATEGORIAS:

1. Nacional/Internacional – trovadores de todo o Brasil (exceto os do estado do Rio de Janeiro), podendo também concorrer trovadores de outros países, com trovas em língua portuguesa.

2. Estadual/Municipal – trovadores residentes no estado do Rio de Janeiro, inclusive em Campos dos Goytacazes/RJ.

3. Novos trovadores – trovadores de todo o Brasil e do exterior (trovas em língua portuguesa) com menos de três classificações nos concursos de âmbito nacional da UBT.

4. Humorística – trovadores de todo o Brasil e de outros países (trovas em língua portuguesa).

TEMAS (expressos claramente nas trovas):

1. Nacional/internacional (L/F) - PROGRESSO

2. Estadual/Municipal (L/F) - PLANÍCIE

3. Novos Trovadores (L/F) - NATUREZA

4. Humorística (H) – CLIMA

ENDEREÇO PARA REMESSA PELO SISTEMA DE ENVELOPES:

VIII JOGOS FLORAIS DA UBT- SEÇÃO CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ – 2019
A/c da Trovadora Talita Batista
Rua Câmara Júnior, 35/403 - Centro
CEP 28035-135 - Campos dos Goytacazes/RJ

REMESSA PELO SISTEMA ELETRÔNICO:
E-mail: ra.renatoalves@gmail.com

Assunto: VIII Jogos Florais da UBT-Seção Campos dos Goytacazes/RJ -2019
Mencionar no corpo do e-mail: O tema e a categoria a que concorre, as trovas, o nome e o endereço completo do autor com o CEP, o telefone e o e-mail para contato.
(Obs: não serão aceitos anexos).

PRAZO PARA REMESSA: até 30/03/2019.

LIMITE: Duas trovas para cada tema.

PREMIAÇÃO:
Nac./Internacional 
10 vencedores (5 troféus e 5 medalhas - menções honrosas)

Estadual/Municipal 
10 vencedores (5 troféus e 5 medalhas - menções honrosas)

Humorística 
5 vencedores (3 troféus e 2 medalhas)

Novos Trovadores 
5 vencedores (3 troféus e 2 medalhas)

Total: 16 troféus e 14 medalhas (certificado para todos os premiados)

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- Remessa pelo sistema de envelope, de cor branca. Usar Luiz Otávio como remetente e repetir o endereço do destinatário. Escrever o tema e se é “novo trovador” em cima da trova, do lado de fora, na frente, do envelopinho lacrado, tendo no seu interior, as identificações completas do trovador (nome, endereço, telefone, e-mail, se tiver ou e-mail ou contato de uma pessoa de confiança, bem como assinatura obrigatória, se responsabilizando por todos os dados encaminhados).

- As decisões das comissões julgadoras serão soberanas e definitivas. A participação no concurso significa aceitação plena das normas relacionadas neste regulamento. O não cumprimento de quaisquer dos itens acima descritos implicará na desclassificação automática da trova.

- A divulgação oficial do resultado deste concurso será pelo Boletim Nacional da UBTN, por este blog, pelo site www.falandodetrovas.com.br, pelas redes sociais e e-mails fornecidos pelos premiados na identificação fornecida.

Fonte: Colaboração por email, de Talita Batista

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Paulo R. O. Caruso (Cordel ao Fantasma de Zé Mitôca)



(Vencedor da Modalidade Cordel, Âmbito Nacional/Internacional do X Concurso Literário Zé Mitôca da UBT-Ocara/2018)

Um ponto nobre de Ocara,
o nosso açude Batente,
estava calmo, tranquilo;
passava bastante gente
num luar o mais bonito
até que se deu agito 
nas suas águas, oxente!

Ao chegar da meia-noite,
não nalgum dia comum,
mas no dia vinte e nove
de fevereiro, nenhum 
cabra desconfiaria:
apareceu nesse dia 
Zé Mitôca, o poeta-um!

Entre todos os poetas,
o número um de Ocara
era mesmo Zé Mitôca,
que recebeu esta cara 
homenagem da cidade
por sua capacidade 
artística: joia rara!

Pois o cabra apareceu,
das águas do nosso açude
como pseudoassombração
e retornou amiúde 
a tecer os seus poemas 
sem problemas ou dilemas,
não sendo um fantasma rude!

Da população de Ocara,
quem o viu aparecer, 
por incrível que pareça,
nem se assustou a valer,
pois a saudade era imensa
desse cabra que compensa 
com a poesia o sofrer!

Todos sabem que ele é morto,
uma assombração à vista,
mas sabem que ele é do bem,
um tremendo de um artista
que surge de quando em vez
e que muita história fez,
sendo criatura benquista!

Na verdade o povo chega
e cada qual já procura
seu lugar horas mais cedo
às margens do açude e jura
que o vulto de Zé Mitôca 
solta cordel pela boca 
e diversos males cura!

Então, quando ele chegou
encontrou monte de gente
a esperá-lo fascinada,
o que o fez alegremente 
cumprimentar mui brejeiro
cada ouvinte brasileiro 
que o esperava calmamente.

Ao ver o povo aguçado,
Zé Mitôca então buscou,
por um estalar de dedos,
fazer convite e chamou
mais alguém ao repentismo,
sendo que por altruísmo
não somente ele brilhou.

O convidado da vez 
foi o grande violonista
dos pampas Arthur Bonilla,
que dedilhou, ante a vista
ocarense o seu querido 
instrumento e ouviu pedido
de bis da terrena pista.

Bonilla mais parecia
num teatro estar tocando 
junto com Yamandu Costa, 
como nos bons tempos quando
era vivo em carne e osso,
mas como sorria o moço
ao público venerando!

O repente do cordel 
que Zé Mitôca entoava 
unia-se com esmero 
aos dedilhares que dava 
o artista seu companheiro 
em harmonia e certeiro 
sincronismo que ele amava.

Até às seis da manhã, 
assim foi-se a madrugada,
quando os archotes do sol
pioneiros nesta jornada, 
como num espreguiçar,
do astro-mor vieram dar
bom dia à plateia amada!

Zé Mitôca e seu amigo 
Bonilla foram então
despedindo-se do povo
e prometendo um tostão 
novo do seu espetáculo,
e lhe disseram que o oráculo
ouviria um bom sermão!

Afinal, somente após 
mais quatro anos teriam
outro espetáculo desse 
em Ocara e sofreriam
demais numa espera intensa,
por felicidade imensa
à gente a quem tocariam!

Após consulta ao oráculo
Zé Mitôca enfim mandou
um memorando do além, 
o que a mim o bem levou,
pois o teor vou dizer 
em primeira mão, prazer
que a mim ele confiou.

Se só dia vinte e nove 
de fevereiro era pouco
para o povo ter cordel 
de Zé Mitôca, foi rouco 
de alegria que gritei 
o novo contato e dei 
com certeza uma de louco!

Muita gente veio ouvir 
o que Zé passara a mim,
pois seria um dia histórico
à cidade e logo enfim
exercitei a garganta,
já que a alegria era tanta
e pronunciei-me assim:

“Querido povo de Ocara,
eu, Poeta Zé Mitôca,
trago-lhe boas notícias
e vou falar pela boca
do colega à sua frente;
não estranhem, cara gente,
ele não é alma louca”. 

“Consultei o caro oráculo
sobre a possibilidade
de incrementar a frequência 
da aparição na cidade,
então trago uma resposta
que espero de costa a costa
chegar logo, de verdade!”

“Por bons serviços prestados,
fui ouvido com carinho,
sendo que foi deferido
eu seguir o meu caminho
sim no dia vinte e nove
de qualquer mês que se prove 
não haver rodamoinho”.

“Conhecendo o meu Brasil, 
sei que eu sigo calmamente,
pois haver rodamoinho
é chance que raramente 
se daria no país,
o que me deixa feliz 
quanto ao declamar à frente!”

E quando acabei de ler 
o memorando do Zé, 
o povo ficou eufórico,
cada qual com sua fé,
e agradeci a Jesus
por ser minha cara luz,
minha mente e cada pé!

Fonte: Cordel enviado pelo autor

Stanislaw Ponte Preta (A ignorância ao alcance de todos)


Todo dito popular funciona e ficaria o dito pelo não dito se os ditos ditos não funcionassem, dito o que, acrescento que há um dito que não funciona ou, melhor dito, é um dito que funciona em parte uma vez que, no setor da ignorância, o dito falha, talvez para confirmar outro velho dito: o do não-há-regra-sem-exceção. Digo melhor: o dito mal-de-muitos-consolo-é encerra muita verdade, mas falha quando notamos que ignorância é o que não falta pela aí e, no entanto, ninguém gosta de confessar sua ignorância. Logo, pelo menos aí, o dito dito falha.

Tenho experiência pessoal quanto à má-vontade do próximo para com a própria ignorância, má-vontade esta confirmada diversas vezes em poucos minutos, graças a uma historinha vivida ao lado do escritor Álvaro Moreira, num dia em que fomos almoçar juntos, na cidade.

Já não me lembro qual o motivo do almoço. Lembro-me, isto sim, que íamos caminhando, quando Alvinho disse, em voz alta:

- Leônio Xanás.

- O quê? - perguntei, e Alvinho explicou que Leônio Xanás era o nome do pintor que estava pintando seu apartamento. Até me mostrou um cartãozinho, escrito "Leônio Xanás - Pinturas em Geral - Peça Orçamento".

- Hoje acordei com o nome dele na cabeça. A toda hora digo Leônio Xanás - contava o escritor. - Ainda agorinha, ao entrar no lotação, disse alto "Leônio Xanás" e levei um susto, quando o motorista respondeu: "Passa perto". Ele pensou que eu estava perguntando por determinada rua e foi logo dizendo que passa perto, sem, ao menos, saber que rua era.

Foi aí que nos nasceu a vontade de experimentar a sinceridade do próximo e nos nasceu a certeza de que ninguém gosta de confessar-se ignorante mesmo em relação às coisas mais corriqueiras. Entramos numa farmácia para comprar Alka-Seltzer (pretendíamos tomar vinho no almoço) e Alvinho experimentou de novo, perguntando ao farmacêutico:

- Tem Leônio Xanás?

- Estamos em falta - foi a resposta.

Saímos da farmácia e fomos ao prédio onde tem escritório o editor do Alvinho. No elevador, nova experiência. Desta vez quem perguntou fui eu, dirigindo-me ao cabineiro do elevador:

- Em que andar é o consultório do Dr. Leônio Xanás?

- Ele é médico de quê?

- Das vias urinárias - apressou-se a mentir o amigo, ante a minha titubeada.

- Então é no sexto andar - garantiu o cara do elevador, sem o menor remorso. E se não tivéssemos saltado no quarto andar por conta própria, teria nos deixado no sexto a procurar um consultório que não existe.

E assim foi a coisa. Ninguém foi capaz de dizer que não conhecia nenhum Leônio Xanás ou que não sabia o que era Leônio Xanás. Nem mesmo a gerente de uma loja de roupas, que - geralmente - são senhoras de comprovada gentileza. Entramos num elegante magazine do centro da cidade para comprar um lenço de seda para presente. Vimos vários, todos bacanérrimos, mas - para continuar a pesquisa - indagamos da vendedora:

- Não tem nenhum da marca Leônio Xanás?

A mocinha pediu que esperássemos um momento, foi até lá dentro e voltou com a prestativa senhora gerente. Esta sorriu e quis saber qual era mesmo a marca:

- Leônio Xanás - repeti, com esta impressionante cara-de-pau que Deus me deu.

Madame voltou a sorrir e respondeu: - Tínhamos, sim, senhor. Mas acabou. Estamos esperando nova remessa.

Foi uma pena não ter. Compramos de outra marca qualquer e fomos almoçar. Foi um almoço simpático com o velho amigo. Lembro-me que, na hora do vinho, quando o garçom trouxe a carta, Alvinho deu uma olhadela e disse, em tom resoluto:

- Queremos uma garrafa de Leônio Xanás tinto.

O garçom fez uma mesura: - O senhor vai me perdoar, doutor. Mas eu não aconselho esse vinho.

Devia ser uma questão de safra, daí aconselhar outro:

- O Ferreirinha não serve?

Servia.

É, irmãos, mal de muitos consolo é, mas ignorante que existe às pampas, ninguém quer ser.

X Concurso Literário Zé Mitôca da UBT-Ocara (Resultado Final)




Modalidade: Poesia

Tema: Poesia em alusão a Ocara ou aos vultos de Ocara)

ÂMBITO: ESTADUAL – CEARÁ
(Inclusive de membros da UBT-Ocara)

VENCEDORES:

1º. Lugar:
Luiz Correia da Costa
(Aquiraz/CE)
“Ocara”

2º. Lugar:
Cirlene Setubal
(Fortaleza/CE)
“Banhada em pranto”

3º. Lugar:
Eliane Santos
(Fortaleza/CE)
“Beleza Rara”

MENÇÃO HONROSA:

4º. Lugar:
Clara Setúbal
(Fortaleza/CE)
“Descortinando o olhar”

ÂMBITO: Nacional/internacional

Modalidade: Poesia

Tema: Poesia em alusão a Ocara ou aos vultos de Ocara)

VENCEDORES:

1º. Lugar:
Plácido Ferreira do Amaral Júnior
(Caicó/RN)
“Jurema... Ocara”

2º. Lugar:
Mário Moura Marinho
(Sorriso/MT)
“Homenagem ao Bonequeiro Pedro Boca Rica”

3º. Lugar:
Robson Silva Alves
(Coaraci/BA)
 “Alma de Poeta”

MENÇÕES HONROSAS:

4º. Lugar:
Francisco Gabriel Ribeiro
(Natal/RN)
“A Filha das Juremas”

5º. Lugar:
Marcelo de Oliveira Souza
(Salvador/BA)
“Ocara”

6º. Lugar:
Roque Aloisio Weschenfelder
(Santa Rosa/RS)
“De cara com Ocara”

MENÇÕES ESPECIAIS:

7º. Lugar:
Elias Pescador
(São Paulo/SP)
“No centro da Taba (Pbiôak)”

8º. Lugar:
Plácido Ferreira do Amaral Júnior
(Caicó/RN)
“Ocara: Cultura e personagens”

9º. Lugar:
Leônidas de Souza
(Osasco/SP)
“ARTEmiza”

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL - CEARÁ

Moreira Lopes (Dedé Lopes)
ACLA e UBT-Maranguape/CE
“Homenagem a UBT-Ocara”

ÂMBITO: Nacional/internacional

Modalidade: Cordel

Tema: Poesia em alusão a Ocara ou aos vultos de Ocara)

VENCEDORES:

1º. Lugar:
Paulo Roberto de Oliveira Caruso
(Rio de Janeiro/RJ)
“Cordel ao fantasma de Zé Mitôca”

2º. Lugar:
Glória Tabet Marson
(São José dos Campos/SP)
“Conheça um pouco de Ocara”

3º. Lugar:
Paulo Roberto de Oliveira Caruso
(Rio de Janeiro/RJ)
“Cordel a Lavoisier e ao lobisomem de Ocara”

Modalidade: Microconto

Tema: Livre

ÂMBITO: Estadual – Ceará
(Inclusive de membros da UBT-Ocara)

VENCEDORES:

1º. Lugar:
Abelardo Nogueira
(UBT-Ocara/CE)
“O pescador”

2º. Lugar:
Ana Maria Nascimento
(Araçoiaba/CE)
“A despedida”

3º. Lugar:
Eliane Santos
(Fortaleza/CE)
“Segredo da Jurema”

MENÇÕES HONROSAS:

4º. Lugar:
Henrique Eduardo Alves Pereira
(UBT-Maranguape e UBT-Ocara/CE)
“Certeza”

5º. Lugar:
Cirlene Setúbal
(Fortaleza/CE)
“Cardápio”

6º. Lugar:
Clara Setúbal
(Fortaleza/CE)
“Gélido”

MENÇÕES ESPECIAIS:

7º. Lugar:
Manuel Casqueiro
(Fortaleza/CE)
“Eu efêmero opúsculo”

8º. Lugar:
Abelardo Nogueira
(Ocara/CE)
“O dia em que nasceu um gênio”

ÂMBITO: Nacional/internacional

Modalidade: Microconto

Tema: Livre

VENCEDORES:

1º. Lugar:
Cândida Maria de Lima Papini
(São Paulo/SP)
“Secura”

2º. Lugar:
Jaime Pina da Silveira
(São Paulo/SP)
“Nada a ver”

3º. Lugar:
Edweine Loureiro da Silva
(Saitama/Japão)
“Jornadas”

MENÇÔES HONROSAS:

4º. Lugar:
Geraldo Trombin
(Americana/SP)
“Amores”

5º. Lugar:
Marcos Antônio Campos
(Natal/RN)
“O Turíbulo”

6º. Lugar:
Paulo Roberto de Oliveira Caruso
(Rio de Janeiro/RJ)
“A cueca do sumiço”

MENÇÔES ESPECIAIS:

7º. Lugar:
Roque Aloisio Weschenfelder
(Santa Rosa/RS)
“O papa furos”

8º. Lugar:
Lóla Prata
(Bragança Paulista/SP)
“Esquecimento”

9º. Lugar:
Heder Rubens Silveira e Souza
(Chapecó/SC)
“A entrega”

DESTAQUES:

10º. Lugar:
Abilio Kac
(Rio de Janeiro/RJ)
“Best Seller”

11º. Lugar:
Elias Pescador
(São Paulo/SP)
“Diálogo surpreendente Pbiõak”

12º. Lugar:
Francisco Gabriel Ribeiro
(Natal/RN)
“O parto”

MAIS MICROCONTOS CLASSIFICADOS
(Ordem alfabética de autor)

– Cândida Maria de Lima Papini
(São Paulo/SP)
“Silêncio eterno”

– Cândida Maria de Lima Papini
(São Paulo/SP)
“Borboleta - Voo frágil”

– Edweine Loureiro da Silva
(Saitama/Japão)
“Por via das dúvidas”

– Jaqueline Machado
(Cachoeira do Sul/RS)
“Tudo é possível”

– Leônidas de Souza
(Osasco/SP)
“Ocara!!!”

– Lóla Prata
(Bragança Paulista/SP)
“Labirinto”

– Lóla Prata
(Bragança Paulista/SP)
“Leque”

– Paulo Roberto de Oliveira Caruso
(Rio de Janeiro/RJ)
“Pela Dinha”

Fonte: Colaboração de A. A. de Assis