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terça-feira, 18 de julho de 2017

José Feldman (O Trovador)


O Trovador

         Hoje é o Dia Nacional do Trovador. E, em homenagem a este dia, tantas e tantas trovas são colocadas. Mas, afinal quem é o trovador?
         Trovas são os nossos sonhos, nossos momentos de tristeza, de revolta, de solidão, de alegria, de amor, de fé.
         Os trovadores carregam dentro de si uma bagagem enorme de suas realizações, decepções, sonhos e principalmente, doação.
         O trovador doa-se, para poder compartilhar o momento com os outros. É como se recebesse um pão e deste fizesse brotar tantos e tantos pãezinhos para que pudesse saciar a nossa fome de esperança.
         O trovador é coração, é alma, é sangue, é lágrima, é riso.
         O trovador busca em cada cantinho escondido da vida um mínimo que seja de um grão de areia para poder mostrar ao mundo, e transformar este grão em uma praia enorme para que todos possam aproveita-la e se encantar com a maravilha que é um mero grão.
         O trovador é luz. É luz que ilumina o caminho de muitos que vivem nas trevas. É luz daqueles que a perderam nas encruzilhadas da vida.
         O trovador é sonho. Tantos sonhos são sonhados, e o trovador carrega nestes quatro versos sonhos que se perderam na névoa do tempo.
         Enfim, o trovador é amor. É o amor dos apaixonados, o amor dos casados e dos que ainda um dia irão amar. É o amor de amigos, o amor ao próximo, o amor aos animais.
         O trovador foi, é e sempre será VIDA!
         Meus parabéns a todos os trovadores, todos que batalharam e batalham para manter esta chama acesa.
         São tantos nomes, por isto deixo os meus parabéns a TODOS OS TROVADORES E AMANTES DA TROVA.
         E em especial o meu muito obrigado a Luiz Otávio, nosso mestre maior, o estopim do movimento trovadoresco.
(José Feldman)
 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A. A. de Assis (Os Cem Anos do Bom Luiz)

Há exatamente um século, num dia 18 de julho, nasceu na Vila Isabel, coração romântico do Rio de Janeiro, um menino que se chamou Gilson de Castro. Crescendo, fez-se dentista da Aeronáutica, porém logo se revelou sobretudo poeta, rebatizado como Luiz Otávio. Mais que poeta: sobretudo trovador. Mais que simples trovador: o mais brilhante, perseverante e fascinante apóstolo da trova. A partir dele a pequenina quadra milenar trazida de Portugal para o coração brasileiro ganhou dimensão nova, expandiu-se pelo país inteiro e em poucos anos se consolidou como a mais bonita, numerosa e apaixonante escola literária de todos os tempos. Luiz Otávio, o nosso querido e eterno Príncipe, formou a seu redor uma bela multidão de discípulos, reunidos na UBT – União Brasileira de Trovadores. Hoje estamos em todas as regiões do Brasil e em dezenas de países em todos os continentes. Somos uma grande família de irmãos de sonhos. Não somente escrevemos trovas, mas também semeamos fraternidade. Em nossas reuniões, em nossas festas, em nossos concursos, em nossos boletins, informativos, sites, blogues, em nossos muitos e variados encontros, dando prova de que mesmo num mundo tumultuado é possível viver em grau de excelência o dom da amizade. Foi o que mais aprendemos com o bom Luiz desde os anos 1950, quando, sob a sua carinhosa liderança, passamos a fazer da trova o nosso modo de colocar a arte literária a serviço de um mundo mais alegre e puro. Neste mês de julho todas as honras apontam para o centenário de Luiz Otávio. Também nós queremos partilhar o grande momento. Cheios de saudade e ao mesmo tempo cheios de orgulho pela convicção de que temos de sabido preservar, valorizar e difundir a trova em todos os lugares e em todas as ocasiões. Que lá onde hoje tiver o seu parnaso o bom Luiz continue a inspirar, iluminar e abençoar por todo o sempre os nossos versos.

Fonte:
Revista Trovamar - julho/2016. Editorial.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Luiz Otávio, Príncipe dos Trovadores (Centenário de Nascimento)



Não, Luiz Otávio não morreu. Vive em cada coração amigo e esclarecido que lhe sabe reconhecer o valor.

Luiz Otávio continua, entretanto, presente em sua obra monumental, através da sua ternura sem limites que abraçou o Brasil inteiro numa ciranda trovadoresca que encontrou eco nos países de língua irmã. Luiz Otávio continua presente nos frutos que semeou, colhido por quem os merece e por quem não os merece, também. Presente nas suas trovas, presente nos seus versos. Fundador da União Brasileira dos Trovadores, vários livros seus foram de trovas e poesias. 

Continua presente no elo de amor que aquece o coração de quantos souberam entender a sua luminosa passagem por este mundo.E que seguiram os seus conselhos, expressos nos seus atos desassombrados nem sempre compreendidos e aceitos com a mesma sinceridade. Presentes no seu idealismo puro e autêntico, desprendido e apaixonado, como difícil encontrar igual, e também no seu acervo de trabalho, repleto de vigor e energia de alma, ainda mesmo quando lhe fugiam as forças físicas. Sublimando os próprios sofrimentos e limitações gradativas, até o último momento dirigiu em prol e em defesa da sua “Rosa”, a “União Brasileira de Trovadores”, filha dileta do seu sonho de poeta. Seu “ex-libris”: 

“Quer ser feliz? Então siga 
a minha vida bizarra 
que tem muito de formiga
e ainda mais de cigarra…”

A formiga descansa. A cigarra continua cantando. Cantando indefinidamente, em ressonâncias de ternura espalhadas por todo este Brasil, Portugal, Angola, que choraram a parida do Príncipe da Trova. 

Em sua sepultura, em Santos, estas palavras lhe servem de epitáfio:

“O que mais me comove neste Príncipe adormecido é a sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa que brilha nele como a chama de uma lâmpada, mesmo quando dorme (Antoine Sant-Exupery, Pequeno Príncipe)

E nas palavras de J.B. Xavier,

O vitorioso sorri quando outros choram, avança quando outros param, persiste quando outro outros retornam, cria onde outros copiam, transpira quando outros descansam. E, se chora, será de alegria, se arrefece a caminhada será para admirar a paisagem que transformou, se retorna será para auxiliar os que não lhe acompanham o passo, se copia será para ratificar, com o devido crédito,  o que de bom se fez antes dele, e, se descansa, será para se preparar a retomada do caminho em direção ao sonho ainda não realizado.  Luiz Otávio esculpiu com primor, em pedra rara, o teu sonho ideal de puro artista!

Finalizando,

Luiz Otávio foi um construtor de sonhos, cujo encanto maior está pelo fato de que não quis só para si, mas sim, para que todos nós que hoje aqui estamos (e muitos outros que ainda virão) façam parte destes sonhos. Por isso, meus irmãos e irmãs, Luiz Otávio não morreu, continua vivo e firme no coração de cada um segurando o estandarte da Rosa!

De Luiz Otávio:

“Prossegue a cantar! Insiste!
Mesmo a sofrer e a chorar!
Pois, pior que um canto triste,
é uma vida sem cantar.”
______________________________________

Quanto poema extenso e mudo,
sem transmitir nada à gente,
e eu sei que te digo tudo
com quatro versos somente…

Fontes:
- Carolina Ramos. Jornal “A Tribuna”, de Santos em 1977.
- J B Xavier
- José Feldman



Carolina Ramos (Se ele não tivesse nascido...)

Poema do Centenário de Luiz Otávio (1916 - 2016 )

Se ele não tivesse nascido...

Nossos olhos não leriam estas palavras,
nem tu... nem eu seríamos o que somos,
se ele não tivesse nascido!...
A Trova, mera quadrinha... 
passaria por nós, despercebida, sem que nela sentíssemos
a magia que cativa e que aglutinaria
a imensa família, de Irmãos de sonhos e ideais... que somos!
Se ele não tivesse nascido... seríamos, por acaso, Trovadores?!
A desfrutar da Trova as glórias que nos dá,
vagaríamos (sem bússola) bagagem nas mãos,
pelos escaninhos deste Brasil, tão grande...
tão somente para ver nosso nome, entre outros nomes,
valorizado por gente que sente, que sonha e que canta como nós?!

Ah!...Se ele não tivesse nascido!
Nossas alegrias, por certo, seriam menores!...
Dias monótonos!... sonhos não sonoros... menos ricos ... e sem cor!
Nossas vidas, pobres de emoções... e tão menos felizes!
Fala, por nós, a voz deste poema: 
- Somos gratos! 

Gratos somos a ti, LUIZ OTÁVIO!
Sendo quem foste... e sendo o que ainda és... 
pudemos , também, ser o que hoje somos!
Um Templo abriste... E nos chamaste a entrar!
São tuas as saudades e os louvores,
daqueles que , feliz, tu abraçaste
e, na emoção do abraço, transformaste
em teus fiéis IRMÃOS... OS TROVADORES!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Ialmar Pio Schneider (Cântico para Porto Alegre)

Comemoração do 242. aniversário da cidade em 26 de março de 2014

Risonha Capital do meu Estado,
Eu me orgulho de ti,
Desta pujança
De arranha-céus;
Do solo conquistado
Do Guaíba
Que pra lagoa avança...

E quando a noite desce,
Reclinado em meu leito
De crença e de esperança,
Amores que ficaram
No passado
Surgem saudosos,
Vivos na lembrança...

Hoje bem sei
Que não deixaram mágoas
Nas páginas viradas
Desta vida,
E partiram levados
Pelas águas...

Canta, meu estro,
Um hino heróico e forte
À cidade que elejo
A preferida
Pra todo sempre,
Enfim... até na morte !…

Fonte:
O Autor
Imagem =Carlos Drummond de Andrade (em pé) e Mário Quintana (sentado), na Praça da Alfândega no centro de Porto Alegre, em escultura confeccionada pelo grande  artista Xico Stockinger que faleceu aos 89 anos em 12.4.2009.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Paulo Walbach Prestes (Lembrando Castro Alves... )

(no dia do aniversário de seu nascimento - 14 de março de 1847)

Oh! Bendito o que semeia
Livros… livros à mão cheia…
E manda o povo pensar!
O livro cainda n'alma
É germe - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar.

Bravo! a quem salva o futuro!
Fecundando a multidão!…
Num poema amortalhada
Nunca morre uma nação.

Uma trova para o dia da poesia:
Hoje é dia de alegria...
ao lembrar os imortais,
é o dia da poesia
que canta os nossos ais...

sábado, 8 de março de 2014

Carlos Lúcio Gontijo (Mulher Amada)

O poeta é de Santo Antonio do Monte/MG

Luiz Alberto Machado (É pra ela)


Regina Kreft (Mulher)


Anônimo (Uma Flor para a Mulher)


Cecília Meireles (Serenata)


Cora Coralina (Assim eu vejo a vida)


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Parabéns, Escritores

 
Congratulo todos os escritores, que com seus textos, sejam quais forem os gêneros, brasileiros ou não, fazem a diferença neste mundo de hoje tão conturbado. Um dia especial para mostrarmos ao mundo a nossa união e a importância que o escritor tem na evolução da humanidade. Hoje o estandarte das Letras tremula diante dos olhos de todos. 

“A verdade é que a pena, na mão de um excelente escritor, resulta por si só numa arma muito mais potente e terrível, e de efeito muito mais prolongado, do que jamais poderia ser qualquer outro cetro ou espada nas mãos de um príncipe.” (Vittorio Alfieri)
 
Paz, com Liberdade 


José Feldman
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Para este dia, deixo aos irmãos escritores este texto que Daniel Landim, nos presenteia para o Dia do Escritor;

É impossível descrever integralmente a importância e magnitude do trabalho do escritor em nossas vidas. Antes da criação da escrita silábica feita pelos Sumérios, e a escrita hieroglífica no Egito Antigo por volta de 3000 A.C, todo conhecimento humano era transmitido oralmente, e por conta disso sofria de grandes variações, mudanças, e erros naturais de interpretação.

São eles, os escritores, os grandes responsáveis pelo avanço no desenvolvimento da sociedade em todos os aspectos. A escrita é a forma mais pura e direta de se absorver conhecimento, e conhecimento é poder.

A escrita é tão corriqueira que acabamos por desperceber as pequenas utilizações diárias de extrema importância. Aprendemos a fazer aquela receita de lasanha através de um livro de culinária, descobrimos como utilizar o controle do “DVD player” através do manual de instruções, e tomamos corretamente um medicamento ao observar as orientações em sua bula. A escrita é um guia em meio às dúvidas e adversidades enfrentadas pela humanidade. Ela ensina e antecipa o conhecimento adquirido por milhares de vidas e bilhões de horas de aprendizado, informações que uma pessoa jamais obteria em apenas  uma única e ínfima vida.

Só esse aspecto isolado já seria o bastante para valorizar a figura do escritor como primordial na sociedade, mas o escritor vai adiante, além de transferir conhecimento, também compartilha emoção.

Através da leitura vivenciamos grandes romances e tragédias, viajamos por mundos e lugares desconhecidos, conhecemos personagens reais e imaginários, criamos vínculo com eles e sentimos suas dores e alegrias como se fossem nossas. Mudamos, evoluímos, somos transformados por essas aventuras. Quando é virada a última folha, o livro continua com o mesmo número de páginas, com a mesma capa, e com o mesmo conteúdo. Mas o leitor já não é o mesmo, ele ganhou algo a mais. E independente do que for, poderá mudar mínima ou vastamente toda a sua vida.

Por isso comemoramos o Dia do Escritor, por sua enorme importância em nossas vidas e na sociedade em geral. Parabéns a você escritor por permanecer nesse caminho. Por vezes é cansativo, sofrido, irritante e desvalorizado, mas sempre será gratificante. Afinal, és um dos pilares que sustentam a nossa sociedade.

Fonte:
Congratulo todos os escritores, que com seus textos, sejam quais forem os gêneros, brasileiros ou não, fazem a diferença neste mundo de hoje tão conturbado. Um dia especial para mostrarmos ao mundo a nossa união e a importância que o escritor tem na evolução da humanidade. Hoje o estandarte das Letras tremula diante dos olhos de todos. Paz, com Liberdade José Feldmancerveja artesanal

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ialmar Pio Schneider (Soneto de Finados)


Lembramos nossos mortos neste dia 
que consagramos tristes aos finados; 
passaram para o além e a lájea fria 
apenas guarda os corpos sepultados. 

Hoje tudo é perpétua nostalgia... 
Ouvem-se preces, prantos desolados, 
um porquê inexplicável excrucia 
até os corações mais resignados. 

Dos páramos celestes desce a luz 
iluminando a terra que se habita; 
e a verdade mais crua se traduz 

pela certeza natural e aflita 
que fatalmente a todos nos conduz 
à noite eterna... trágica... infinita…

Fonte:
O Autor

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Heloísa Crespo (Ciranda “Professor Versos”) Parte VI – Heloísa Crespo (Sapiência)


Aprendi a vida inteira,
desde o momento em que fui
concebida no planeta.
Aprendi com os meus pais,
meus avós, meus professores.
Aprendi com os meus alunos,
meus amigos, meus vizinhos.
Aprendi e aprendo sempre
com os meus filhos,
com o mundo
em qualquer ocasião,
a toda hora,
o tempo todo,
sem cessar...

Aprendi a vida inteira.
E continuo aprendendo.
Sou um eterno aprendiz
porque sei que o meu saber
é tão pouco, quase nada.
Sei muito perante a quem?
Nada, em relação a quê?
Sou múltiplo... e sou único.
Sou sábio... e não sei tudo.

Fonte: 
Organização e Programação Visual: Heloisa Crespo 
Campos dos Goytacazes/RJ.

Heloísa Crespo (Ciranda “Professor Versos”) Parte V – Trovas



Professor, ó professor!
Único: artista seleto!
Desobnubilador
dos saberes és completo!
Cristina Cacossi

Vejo os mestres, no passado,
e me enche a alma de dor
ver hoje, tão humilhado,
o antes... Senhor Professor!
Dorothy Jansson Moretti

Ser professor me engrandece
É minha doce missão;
E se o aluno reconhece,
Dá-me paz ao coração.
Eduardo Domingos Bitencourt


Triste destino bizarro
de um país na contramão:
alunos chegam de carro;
professor, de lotação.
Eliana Jimenez

O pó que emana do giz
e o salário sem valor,
tornam bem mais infeliz
a vida do professor!
Francisco José Pessoa

Quando há talento divino,
compromisso e bem- querer,
o professor faz do ensino
a razão do seu viver.
Glória Tabet Marson

Ser professor, que alegria:
plantar em todas lições
amor e sabedoria
no fundo dos corações...
Milton Souza

Ninguém pode se esquecer:
Professor tem seu valor;
boa conduta a manter,
ser de fato educador!
Nadir Giovanelli 

Ai que saudade me dá
do primeiro professor,
que ensinou-me o “b-a-bá”,
e me fez compositor!
Nei Garcez

Todo dia é da Criança
e também do Professor:
ela, aprende com confiança,
e ele, ensina com amor. 
Nei Garcez

Ao repensar minha história,
encontrei com emoção,
por trás de cada vitória,
um mestre no coração!
Renato Alves

Salve, salve o Professor
que na Vida se dedica
com ternura e muito amor,
sua lição sempre fica !...
Sônia Ditzel Martelo

Professora viga mestra,
que sustenta a educação,
regendo afinada orquestra
do saber e da instrução...
Vanda Alves da Silva

Desenvolvendo a pesquisa
para o ensino do saber
o professor realiza
evolução no aprender.
Vânia Ennes

Lembro-me de um professor,
em que jogava confete.
Eu lhe tinha tanto amor!
Doutor Milton Grandinete...
Zé de Uberaba

Fonte: 
Organização e Programação Visual: Heloisa Crespo 
Campos dos Goytacazes/RJ.