quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mário Quintana (A Voz)


Lino Mendes (Primavera da Vida)

Primavera em Portugal

O autor é de Montargil/Portugal

Diz o poeta que a Primavera vai e volta sempre, mas a Juventude  já não volta mais...

Mas a Primavera da Vida pode ser uma constante. Constrói-se no dia-a-dia

Esteja atento aos ensinamentos que nos chegam .Certamente também lhe disseram que “se distribuir compreensão e tolerância , colhe harmonia e bem estar”. e “ se na sua horta plantar canteiros de carinho, de alegria e de generosidade, verá nascer e crescer a felicidade, a gratidão e o amor.”

Será respeitado.

Seja humilde ! Diga não à arrogância.

Li isto algures, e fui-o confirmando no meu percurso de vida.

Diz o povo na sua sabedoria “que se colhe o que se planta”. Claro que não deve deixar crescer as ervas daninhas, como o povo fazia , “mondando” as culturas para que as mesmas florescessem  livres das “forças negativas”

Verá  que todos estes “valores” são as flores da “Primavera da Vida”

Fonte:
O Autor

Olivaldo Junior (Para Um Pássaro à Beira da Estrada que me Leva ao Trabalho)


Sim, foi um pássaro.
Teve ninho, céus e pousada
nos galhos das árvores
que o mundo 
lhe dava.

Sim, foi um pássaro.
Teve bico, pena e pousada
nos braços das almas
que o mundo
levava.

Sim, foi um pássaro.
Teve cisco, seiva e pousada
nos sábados mártires
que o mundo 
nos dá.

Fonte:
O Autor

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 679)



Uma Trova de Ademar  

Minha mente é qual jazida 
onde o verso prolifera.. 
De poesia eu pinto a vida 
com cores da primavera! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Ouço no vento, clamores... 
-ah! mais vida, quem me dera! 
Súplica vinda das flores, 
quando finda a primavera. 
–Francisco José Pessoa/RJ– 

Uma Trova Potiguar  

Primavera é foto linda, 
de uma infância toda em flor, 
parece que nunca finda 
a primavera do amor! 
–Prof. Garcia/RN– 

Uma Trova Premiada  

2008  -  TrovaUneVersos/RN 
Tema  -  SONHO (s)  -  1º Lugar 

A primavera, suponho, 
que tendo sonhos de amor, 
faz, sim, com que cada sonho 
nasça em forma de uma flor. 
–Vanda Fagundes Queiroz/PR– 

...E Suas Trovas Ficaram  

A primavera opulenta,
rica de cantos e cores,
palpita, anseia, rebenta,
em cataclismo de flores.
–Guerra Junqueiro/PRT– 

U m a P o e s i a  

Deus pincela os seus sinais 
e tudo se regenera... 
As belas cores da vida 
repercutem a nova era, 
e em cada canto do mundo 
Ele pinta a primavera. 
–Hélio Alexandre/RN– 

Soneto do Dia  

FRÊMITO. 
–José Ouverney/SP– 

Se tu não existisses, meu amor, 
meu despertar seria diferente; 
talvez um abrir de olhos tão somente: 
cena comum de um quadro sem valor... 

Talvez sonhar perdesse o seu sabor 
e, nos primórdios de uma tarde quente, 
a vida se esvaísse lentamente 
se tu não existisses, meu amor! 

Poetas versariam sem paixão; 
não se daria crédito à emoção; 
não haveria o frêmito da espera. 

E como iria eu falar de flor 
se tu não existisses, meu amor? 
Sem ti... nem haveria primavera!

Ialmar Pio Schneider (Soneto Aflito)


Quisera aqui deixar escrito de passagem
aquele enlevo que nos uniu num momento;
depois tomaste um rumo e seguiste viagem
como quem parte, assim levada pelo vento...

Hoje procuro ouvir na tênue voz da aragem
um suspiro talvez; ou quem sabe um lamento
emitido por ti, tal qual uma mensagem
que me permita, enfim, lograr o meu intento...

Mas vão-se as estações: inverno, primavera,
verão e outono; e ainda estou sozinho e triste,
na aflição infernal de quem sofrendo espera...

Se ouvires, por acaso, um pássaro canoro
entoar uma canção que tu jamais ouviste,
recorda-te que ao te lembrar ainda imploro !

Fonte:
O Autor

Câmara Brasileira do Livro ( Finalistas do 54ª Prêmio Jabuti) – Parte I


Em virtude de ser uma lista extensa, dividi em duas partes.

Já são conhecidos os finalistas do 54º Prêmio Jabuti. Em apuração aberta ao público nesta quinta-feira, 20, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) apresentou as notas atribuídas pelos jurados às dez melhores obras de cada uma das 29 categorias do prêmio. 

Esta foi apenas a primeira etapa do processo que irá apontar os melhores livros de 2011, e que culminará com a entrega dos prêmios de Livro do Ano Ficção e Livro do Ano Não Ficção, no dia 28 de novembro. 

A fase que se encerra foi resultado da análise de um total de 2.203 inscritos. Para chegar aos finalistas, três jurados especialistas em cada categoria atribuíram notas de 0 a 10 às dez melhores obras inscritas. Classificaram-se as que obtiveram as melhores médias. A avaliação teve como base os critérios estabelecidos para cada categoria no regulamento, disponível em: www.premiojabuti.com.br/content/regulamento.

Todos os resultados foram auditados pela Parker Randall. O curador do Prêmio Jabuti, José Luiz Goldfarb, e o Conselho de Curadores, formado por especialistas do setor editorial, ficaram responsáveis por checar se todas as obras classificadas cumpririam com os critérios estabelecidos pelo regulamento. Integram o Conselho de Curadores a escritora e membro da Academia Paulista de Letras Ana Maria Martins, o diretor científico da Fapesp, Carlos Brito, o vice-reitor de Extensão da Universidade Estácio de Sá, Deonísio da Silva, e o poeta Frederico Barbosa.

Na segunda fase do prêmio, os escolhidos serão submetidos a uma nova análise, cuja apuração está marcada para o dia 18 de outubro. Na ocasião, serão conhecidas as três melhores obras de cada categoria, que serão laureadas com o Jabuti. Além disso, os primeiros colocados receberão o prêmio em dinheiro de R$ 3,5 mil.

Os Livros do Ano, categorias Ficção e Não Ficção, serão escolhidos apenas entre os primeiros lugares das categorias. Além dos jurados, participam da escolha os associados das quatro entidades representativas do setor: CBL, SNEL, ANL e ABDL. 

Concorrem ao Livro do Ano Ficção os primeiros colocados nas categorias: “Romance”, “Contos e Crônicas”, “Poesia”, “Infantil” e “Juvenil”. 

Já para o Livro do Ano Não Ficção, participam as categorias: “Teoria/Crítica Literária”, “Reportagem”, “Ciências Exatas”, “Tecnologia e Informática”, “Economia, Administração e Negócios”, “Direito”, “Biografia”, “Ciências Naturais”, “Ciências da Saúde”, “Ciências Humanas”, “Didático e Paradidático”, “Educação”, “Psicologia e Psicanálise”, “Arquitetura e Urbanismo”, “Fotografia”, “Comunicação”, “Artes”, “Turismo e Hotelaria” e “Gastronomia”.

RELAÇÃO DOS FINALISTAS

1. Capa

1º - A anatomia de John Gray - Leonardo Iaccarino - Editora Record
2º - A máquina de fazer espanhóis - Lourenço Mutarelli - Cosac & Naify
3º - História do cabelo - Gabriela Castro - Cosac & Naify
4º - O circo do Dr. Lao - Retina78 - Leya
5º - Ratos - Laboratório Secreto - Editora Intrínseca
6º - Formação (bildung), educação e experimentação em Nietzsche - Marcos da Mata - Editora Eduel
7º - Dresden - Elmo Rosa - Editora Record
8º - Eu vi o mundo - Gabriela Castro - Cosac & Naify
9º - Primeiro Tempo - Marcelo Aflalo - Editora Magma cultural
10º - Bonita Maria do Capitão - Germana Gonçalves de Araujo - EdUNEB

2. Ilustração

1º - Bananas podres - Ferreira Gullar - Casa da palavra
2º - O ovo ou a galinha? - Gustavo Rosa - Editora Rideel
3º - Água sim - Andrés Sandoval - Companhia das letras
4º - Apolinário - O homem-dicionário - Daniel Bueno - Editora Original
5º - Disse me disse - Elma - Editora Paulinas
6º - Um dia de chuva - Guazzeli - Cosac & Naify
7º - Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente - Lourenço Mutarelli - Companhia das letras
8º - Animais - Grupo Xiloceasa - Editora 34
9º - Poemas de pé quebrado - Maria Tania Carneiro Leão - Editora Carpe diem
10º - Diário de navegação - Pero Lopes e a expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1532) - Vallandro Keating - Editora Terceiro nome

3. Ilustração de Livro Infantil e Juvenil

1º - Mil e uma estrelas - Marilda Castanha - Editora SM
2º - A visita - Lúcia Hiratsuka - Editora DCL
3º - Tati é especial - Jean-Claude R. Alphen - Editora Scipione
4º - Madiba - O menino africano - Renato Alarcão - Cortez Editora
5º - Carmela vai à escola - Elisabeth Teixeira - Editora Record
6º - Contradança - Roger Mello - Companhia das letras
7º - A Compoteira - Bebel Callage - Editora Prumo
8º - O esconderijo das vontades - Laura Michel - Callis Editora
9º - Marina e Mariana - Salmo Dansa - Editora Lafonte
10º - A Dona da Festa - Graça Lima - Editora Record

4. Arquitetura e Urbanismo 

1º - A arquitetura de Croce, Aflalo e Gasperini - Fernando Serapião - Editora Paralaxe
2º - Warchavchik fraturas da vanguarda - José Lira - Cosac & Naify
3º - Chai-Na - Otília Arantes - EDUSP
4º - Desenho e desígnio: O Brasil dos Engenheiros Militares (1500-1822) - Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno - EDUSP
5º - Paulo Casé 80 anos: vida, obra e pensamento - Alfredo Britto, Regina Zappa e Roberto Segre - Casa da palavra
6º - Galo cantou: A conquista da propriedade pelos moradores do Cantagalo - Paulo Rabello de Castro - Editora Record
7º - Glaziou e as raizes do paisagismo no brasil - Bia Hetzel E Silvia Negreiros - Editora Manati
8º - Neocolonial, modernismo e preservação do patrimônio no debate cultural dos anos 1920 no Brasil - Maria Lúcia Bressan Pinheiro - EDUSP
9º - São paulo uma interpretação - Jorge Wilheim - Editora SENAC
10º - Belle Époque dos Jardins - Guilherme Mazza Dourado - Editora SENAC

5. Artes

1º - Samico - Weydson Barros Leal - Editora Bem-te-vi
2º - Brecheret e a Escola de Paris - Daisy Peccinini - FM Editorial
3º - Antunes Filho, Poeta da cena - Sebastião Miralé - Edições SESC-SP
4º - Emanoel Araujo ? Escultor - Paulo Herkenhoff - Editora Via impressa
5º - Fayga Ostrower Ilustradora - Fayga Ostrower - Instituto Moreira Sales
6º - No mar = At sea - Luise Weiss - Imprensa oficial do estado
7º - Teatro Municipal de São Paulo 100 anos Palco e Platéia da Sociedade Paulistana - Organização: Carlos Eduardo Martins Macedo/Texto: Marcia Camargos/Ensaio Fotográfico:Cristiano Mascaro - Editora Dado Macedo
8º - Memória da Arte Franciscana na Cidade do Rio de Janeiro - Anna Maria Fausto Monteiro de Carvalho - Rosa Maria Costa Ribeiro - Cesar Augusto Tovar Silva - Editora Arteway
9º - Vai que nós levamos as partes que te faltam: Daniel Senise = Go we'll bring the parts you leave behind: Daniel Senise - Maria Iovino - Imprensa oficial do estado
10º - Artesãos da Sapucaí - Carlos Feijó e André Nazareth - Editores olhares

6. Biografia

1º - Fernando Pessoa: uma quase autobiografia - José Paulo Cavalcanti Filho - Editora Record
2º - Eu vi o mundo - Gabriela Castro - Cosac & Naify
3º - João Goulart: uma biografia - Jorge Ferreira - Editora Civilização brasileira
4º - Cláudio Manuel da Costa - Laura de Mello e Souza - Companhia das letras
5º - Antônio Vieira - Ronaldo Vainfas - Companhia das letras
6º - Solo - Cesar Camargo Mariano - Editora Leya
7º - Justa - Aracy de Carvalho e o resgate de judeus: trocando a Alemanha nazista pelo Brasil - Mônica Raisa Schpun - Editora Civilização brasileira
8º - A Bossa do Lobo - Ronaldo Bôscoli - João Baptista da Costa Aguiar - Editora Leya
9º - Angelo Agostini: A Imprensa Ilustrada da Corte à Capital Federal, 1864-1910 - Gilberto Maringoni - Editora Devir
10º - Roland Barthes -uma biografia intelectual - Leda Tenório da Motta - Editora Iluminuras

7. Ciências Exatas

1º - Eletrodinâmica de Ampére - André Koch Torres Assis e João Paulo Martins De Castro Chaib - Editora UNICAMP
2º - Química medicinal: Métodos e Fundamentos em Planejamento de Fármacos - Carlos A. Montanari (organizador) - EDUSP
3º - Substâncias orgânicas: Estrutura e Propriedades - Nídia Franca Roque - EDUSP
4º - O telescópio na magia natural de Giambattista della Porta - Fumikazu Saito - Editora da PUC-SP
5º - O observatório no telhado - Oscar T. Matsuura - Companhia editora de Pernambuco
6º - Processos Biológicos Avançados para Tratamento de Efluentes e Técnicas de Biologia Molecular para o Estudo da Diversidade Microbiana - Márcia Dezotti, Geraldo Lippel Sant'Anna Jr, João Paulo Bassin - Editora Interciência
7º - Mecânica Quântica - José Roberto Mahon - Grupo Gen
8º - Simulação computacional de circuitos elétricos - Luiz de Queiroz Orsini e Flávio Cipparrone - EDUSP
9º - Controle Linear de Sistemas Dinâmicos - Teoria, Ensaios Práticos e Exercícios - José C. Geromel e Rubens H. Korogui - Editora Edgard Blucher
10º - Tópicos de mecânica clássica - Marcus A. M. de Aguiar - Editora Livraria da física

8. Ciências Humanas

1º - ritmo espontaneo: organicismo em raizes do Brasil de Sergio Buarque de Holanda - João Kennedy Eugenio - Editora da Universidade federal do Piauí
2º - Um estilo de história - Fernando Nicolazzi - Editora da UNESP
3º - A política da escravidão no Império do Brasil - Tâmis Parron - Editora Civilização Brasileira
4º - Mutações: A invenção das crenças - Adalto Novaes (org.) - Edições SESC-SP
5º - Entre a luxúria e o pudor: a história do sexo no Brasil - Paulo Sérgio do Carmo - Editora Octavo
6º - A sociologia e o mundo moderno - Octavio Ianni - Editora Civilização brasileira
6º - Dicionário da Antiguidade Africana - Nei Lopes - Editora Civilização brasileira
7º - Oniska: poética do xamanismo na amazônia - Pedro de Niemeyer Cesarino - Editora Perspectiva
8º - Lições de filosofia primeira - José Arthur Giannotti - Companhia das letras
9º - Para uma história da belle époque: a coleção de cardápios de Olavo Bilac - Lúcia Garcia - Imprensa oficial do estado
10º - In difesa della razza: Os Judeus Italianos Refugiados do Fascismo e o Antissemitismo do Governo Vargas, 1938-1945 - Anna Rosa Campagnano - EDUSP

9. Ciências Naturais

1º - Gestão do Saneamento Básico - Abastecimento de água e esgotamento sanitário - Coleção Ambiental - Arlindo Philippi Jr., Alceu de Castro Galvão - Editora Manole
2º - Fundamentos da Paleoparasitologia - Luiz Fernando Ferreira, Karl Jan Reinhard e Adauto Araújo (orgs.) - Editora Fiocruz
3º - Frutas da Amazônia Brasileira - Silvestre Silva - Metalivros
4º - Direito ambiental - do global ao local - Angela Barbarulo - Editora Global
5º - O futuro da Terra - H. Moysés Nussenzveig - Editora FGV
6º - Geografia- Práticas de Campo, Laboratório e Sala de Aula - Luis Antonio Bittar Venturi (organizador) - Editora Sarandi
7º - Educação Ambiental na Formação do Administrador - José Carlos Barbieri e Dirceu da Silva - Editora Cengage Learning
8º - O Desafio da Sustentabilidade na Construção Civil - Série Sustentabilidade - Vol. 5 - Vahan Agopyan e Vanderley M. John - Editora Edgard Blucher
9º - Energia Eólica - Série Sustentabilidade - Eliane A. Faria Amaral Fadigas - Editora Manole
10º - Irrigação e Fertirrigação em fruteiras tropicais e hortaliças. - Valdemício Ferreira de Sousa, Waldir Aparecido Marouelli, Eugênio Ferreira Coelho, José Maria Pinto/ Maurício Antonio Coelho Filho - Editora EMBRAPA

10. Ciências da Saúde

1º - Clínica Psiquiátrica - A visão do Depto. e do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP - Eurípedes Constantino Miguel, Valentim Gentil, Wagner Farid Gattaz - Editora Manole
2º - Tratado de Gastroenterologia - Federação Brasileira de Gastroenterologia - Editores: Schlioma Zaterka e Jaime Natan Eisig - Editora Atheneu
3º - Coluna vertebral - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem - João Luiz Fernandes e Francisco Maciel Júnior - Editora Elsevier
4º - Estatística na área da saúde: conceitos aplicações e prática computacional - Arminda Lucia Siqueira, Jacqueline Domingues Tibúrcio - Editora CoopMed
5º - Artigos Científicos - Como Redigir, Publicar e Avaliar - Maurício Gomes Pereira - Grupo Gen
6º - Tratado de Fisioterapia Hospitalar - Assistência Integral ao Paciente - Joaquim Minuzzo Vega, Alexandre Luque, George Jerre V. Sarmento e Luiz Fernando de Oliveira Moderno - Editora Atheneu
7º - Epidemiologia e Saúde - Fundamentos, métodos e aplicações - Naomar de Almeida Filho - Grupo Gen
8º - clínica e laboratório "Prof. Celso Carlos de Campos Guerra" - João Carlos de Campos Guerra/Carlos Eduardo dos Santos Ferreira - Sarvier Editora
9º - PET e PET/CT em Oncologia - SBB Medicina Nuclear - Editores: Celso Darío Ramos e José Soares Junior - Editora Atheneu
10º - Farmácia Clínica - Segurança na Prática Hospitalar - Fábio Teixeira Ferracini e Wladmir Mendes Borges Filho - Editora Atheneu

11. Comunicação

1º - O império dos livros: Instituições e Práticas de Leitura na São Paulo Oitocentista - Marisa Midori Deaecto - EDUSP
2º - Linha do tempo do design gráfico no Brasil - Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra - Cosaf & Naify
3º - Repressão e Resistência: Censura a Livros na Ditadura Militar - Sandra Reimão - EDUSP
4º - 70 anos de Radiojornalismo no Brasil, 1941-2011 - Sonia Virgínia Moreira - EDUERJ
5º - Olho de vidro: a televisão e o estado de exceção da imagem - Marcia Tiburi - Editora Record
6º - As Capas desta História - Ricardo Carvalho, Vladimir Sacchetta e Jose Luiz Del Roio - Instituto Vladmir Herzog
7º - Revistas de invenção - 100 revistas de cultura do modernismo ao século XXI - Sergio Cohn (organizador) - Azougue Editorial
8º - Lanterna Mágica: infância e cinema infantil - João Batista Melo - Editora Civilização Brasileira
9º - O negro nos espaços publicitários brasileiros: perspectivas contemporâneas em diálogo - Leandro Leonardo Batista e Francisco Leite (Orgs.) - Escola de comunicação e artes (USP) e Coordenadoria dos Assuntos da População Negra – CONE/ PMSP
10º - Música e Propaganda - Paulo Cezar Alves Goulart - Editora A9

12. Contos e Crônicas

1º - O livro de Praga - Sérgio Sant'Anna - Companhia das letras
2º - Vento sul - ficções - Vilma Arêas - Companhia das letras
3º - O anão e a ninfeta - Dalton Trevisan - Editora Record
4º - O Destino das metáforas - Sidney Rocha - Editora Iluminuras
5º - Nós passaremos em branco - Luís Henrique Pellanda - Editora Arquipélago
6º - Axilas e outras histórias Indecorosas - Rubem Fonseca - Nova Fronteira
7º - Enquanto água - Altair Martins - Editora Record
8º - Onde terminam os dias - Francisco de Morais Mendes - Editora 7 letras
9º - Contos de mentira - Luisa Geisler - Editora Record
10º - Passaporte para a China - crônicas de viagem - Lygia Fagundes Telles - Companhia das letras

Continua…

Fonte:
Câmara Brasileira do Livro

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mário Quintana (A Coisa)


Antonio Brás Constante (Zero a Esquerda ou Fora de Série?)


“Ninguém cometeu maior erro, do que aquele que errou ao fazer tudo errado”.
Antonio Brás Constante

Números. Números. Números. Não passamos de um conjunto numérico, perdido em uma equação qualquer. Uma equação ainda não totalmente resolvida, conhecida como vida. O ser humano na sua essência é feito de números. Somos compostos orgânicos com bilhões de células disto, sei lá mais quantos bilhões de outras células formando aquilo, etc.

Os números determinam padrões na sociedade. Somos classificados por um número variável chamado: “idade”, e nos dizem que devemos agir conforme esta idade. Ou seja, em alguns casos somos muito velhos, em outros nos acham muito novos e ainda em outros temos a idade certa, mesmo que seja para algo que naquele momento não nos interessa.

Apesar de não nos darmos conta, nós somos geralmente atraídos pelos números que compõe as outras pessoas. Por exemplo, na busca por relacionamentos amorosos, muitos procuram saber sobre a altura, peso, quadril, busto, idade e até conta bancária de seus pretendentes.

Ainda na parte dos relacionamentos, podemos imaginar a seguinte situação: você sai para passear com sua amada. Resolve levá-la a um lugar especial, onde possam namorar, trocando beijos e carícias. Então você, aproveitando aquele momento lindo, totalmente enlouquecido de amor, dá uma, duas, três, até quatro idéias de como o futuro seria maravilhoso se vocês ficassem juntos para sempre. É a matemática do amor, agindo nos pensamentos do enamorados.

Também no trabalho somos um mero número, conhecidos no sistema como o funcionário de matricula tal, que tem o RG tal e o CPF etecétera e tal. Em qualquer novo plano diretor, onde haja necessidade de cortes para maximizar custos, o fator humano é logo substituído por algum índice matemático, e de um instante para outro passamos de nove para seis, ou seja, nossa vida vira de cabeça para baixo.

A própria empresa é um emaranhado de números, que aparentemente parece ser feita de tijolos e movida através de carne e sangue, mas que no fim de cada semestre passa a ser um relatório contábil repleto de números e indicações positivas ou negativas, traçando geralmente perfis pouco amistosos sobre ações futuras.

Um assunto como este pode até causar insônia, algo que tentamos amenizar contando carneirinhos lanosos, que para desespero de qualquer fazendeiro, conseguem pular cercas com extrema facilidade. Em outros casos apenas contamos com algum tipo de calmante. Então percebemos que nossa saúde também é vista através de números, que medem pressão, batimentos cardíacos, taxa de glicose, entre outros tantos pontos que flutuam em nossos exames. Se notarmos, a própria política começa com a escolha de números, onde muitos se elegem apenas para fazer número e, principalmente, desviar números.

Sua classe social, sua localização em sua rua ou mesmo no universo (latitude e longitude), ou o máximo de caracteres que devo digitar neste texto, tudo é formado por números. Podemos dizer que Deus é um número. Talvez o número mais básico que exista e por isso tão complexo. Algo similar ao computador, que é capaz de efetuar maravilhas, feitas a partir da combinação de dois únicos dígitos (0s e 1s) que formam o código binário.

Enfim, na matemática da vida, não devemos ser apenas mais um número. Devemos somar esforços, dividir os problemas na busca de soluções, subtrair pensamentos negativos, e elevar a enésima potência às energias e ações positivas, passando a ser multiplicadores de algo melhor, deixando de ser um zero a esquerda para nos tornamos pessoas fora de série.

Fonte:
www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

Haicai 12 - A. A. de Assis (PR)


Artur Azevedo (O Telefone)


Isto passou-se nos últimos tempos do Segundo Império:

O Chagas, moço de vinte e cinco anos, amanuense numa secretaria de estado, era tímido, o que, aliás, não o impediu de corresponder prontamente aos olhares libidinosos que certa noite - por sinal que era domingo - lhe atirou de um camarote, no Recreio Dramático, uma bonita mulher, um pouco mais velha que ele, acompanhada pelo marido, muito mais velho que ambos.

Este parecia interessado pelo espetáculo: tinha os olhos pregados no palco, sem desconfiar nem de leve que a sua cara-metade namorava escandalosamente às suas barbas, um jovem espectador da platéia.

Depois de castigado o vício e premiada a virtude, o Chagas acompanhou, a certa distância, o casal, até o Largo de São Francisco e, apesar de tímido, teve a coragem de sentar ao lado da senhora.

Dali até São Cristóvão, como não se pudessem falar, entenderam-se ambos, a principio com os cotovelos e os joelhos, depois com os pés e afinal com as próprias mãos, que se apertaram furtivamente, quando, nas alturas do canal do Mangue, o marido deixou de fazer considerações críticas sobre o dramalhão que ouvira, e começou a cochilar, como todos os maridos confiantes.

Alguns metros antes de chegar ao domicílio conjugal, ela preveniu o Chagas com uma joelhada mais enérgica e, voltando-se para o sonolento, disse-lhe:

- Acorda, Barroso, que estamos quase!

Apearam-se, e o Chagas tomou nota do número da casa.
***
No dia seguinte, o ditoso mancebo colheu todas as informações desejáveis. O Barroso era um honrado negociante, estabelecido perto do Mercado; saía de casa às seis da manhã e só voltava à noitinha - o que facilitou ao Chagas os meios de escrever a Clorinda, que assim se chamava a bela.

Pediu-se uma entrevista, e escusado é dizer que ela não opôs a esse pedido a menor resistência; exigiu apenas, depois do primeiro encontro, que os outros se efetuassem longe do bairro, e que o Chagas a esperasse no campo de São Cristóvão dentro de um carro fechado. Este os transportaria para um retiro longínquo e discreto.

O venturoso amante em pouco tempo se convenceu de que as mulheres mais caras são justamente as que se dão de graça. Os seus magros cobres de amanuense não chegavam 
para aquele carro escandalosamente misterioso e para o hotel com duas entradas, onde se escondiam aqueles amores ignóbeis. O pobre rapaz recorreu ao prego e ao usurário: encalacrou-se deveras.

Demais, o namoro estragou o funcionário. Como estivesse profundamente impressionado por Clorinda, e não pensasse noutra coisa que não fosse ela, e só ela, amanuense começou a meter os pés pelas mãos, errando os trabalhos mais insignificantes que lhe confiavam, tornando-se incapaz até de extrair uma simples cópia.

Junte-se a isto a circunstância de faltar pelo menos uma vez por semana repartição - nos dias em que, metido no carro, suando por todos os poros, trêmulo de impaciência e com o coração aos saltos, esperava que ela entrasse também, para voarem ambos ao miserável ninho das suas poucas-vergonhas.

Algumas vezes Clorinda faltava à entrevista, porque uma circunstância qualquer a impedia de sair de casa. Nessas ocasiões o Chagas passava por tormentos incríveis.

- Ainda nada, ó Maciel? - perguntava de vez em quando ao cocheiro, sempre o mesmo, que o servia naquelas arriscadas aventuras, homem já maduro, pai de filhos, e tão discreto que não encarava Clorinda quando esta apontava ao longe e vinha na direção do carro, protegida pela sombrinha e pelo véu, arregaçando a saia com muita elegância, e apressando os passinhos miúdos, lépida, saltitante como se houvesse saído de casa para boa coisa.

- Nada!

Mas, desde que a via, o cocheiro voltava-se para o Chagas e o avisava:

- Agora!

E o Chagas esperava-a com a portinhola entreaberta.

Um dia Clorinda deu-lhe uma notícia desagradável: o marido tinha mandado colocar em casa um aparelho telefônico.

- É um perigo - observou ela - mas por outro lado é bom, porque posso falar-te quando estiveres na secretaria. Vocês têm lá telefone?

- Naturalmente.
***

Poucos dias depois, estava o Chagas, sentado à sua mesa de amanuense, copiando pela terceira vez um aviso, quando se aproximou dele um contínuo e lhe disse:

- O sr. ministro chama-o.

- A mim?!

- Sim, senhor.

- Ora essa! Você não está enganado?...

- Não, senhor. S. Exª me perguntou: - Há aqui na casa algum empregado chamado Chagas? - Respondi-lhe que sim, ele disse-me: - Pois vá chamá-lo. 

- Que diabo será? - perguntou o amanuense aos seus botões. 

E foi para o gabinete do ministro.

Tremia que nem varas verdes.

O conselheiro, homem enfatuado e rebarbativo, estava sentado à secretária, com as barbas metidas numa papelada que o absorvia.

- Estou às ordens de V. Exª - gaguejou o Chagas.

Não teve resposta.

Dois minutos depois, repetiu:

- Estou às ordens de V. Exª.

S. Exª, sem se dignar erguer os olhos, perguntou em tom áspero: 

- É o sr. Chagas?

- Sim, senhor.

- Estão o chamando no telefone.

E, sempre de olhos baixos, e carrancudo, apontou para o telefone, que ficava a alguns passos de distância, e fazia ouvir o seu impertinente e desrespeitoso tiin-tiin-tiin.

O Chagas sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés; entretanto, conseguiu aproximar-se do aparelho, e dizer engasgado pela comoção:

- Alô! Alô!

- Quem fala?

- É o amanuense Chagas.

- Ah! Bom! Sou eu, a tua Clorinda. Quem foi o sujeito que falou antes de ti? É um malcriado! Então? Não respondes?

- Não sei.

- Ele disse que era o ministro.

- Era. Que deseja a senhora?

- Por que me tratas por senhora?

- Não posso dizer neste momento!

- Por quê?

- Por... por nada... estou muito ocupado... a ocasião é imprópria.

- Já não me amas?

- Sim!

- Como sim? Já não me amas?

- Não... isto é, não posso... Diga o que deseja.

- Estás zangado comigo?

- Não.

- Então dize: não estou zangado e amo-te!

- Isso não posso. Depois explicarei por quê.

- Não vás amanhã: o Barroso faz anos e janta em casa... eu não me lembrava... mas dize ao menos que ainda me amas!

- Não posso agora.

- Por quê?

- Depois saberá.

O ministro, sem levantar os olhos da papelada:

- Veja se acaba com isso, meu caro senhor; quero trabalhar!

O Chagas estremeceu, largou das mãos o telefone, que ficou pendurado, e saiu do gabinete fazendo muitas mesuras.

O conselheiro ergueu-se para desligar o aparelho, mas levou o fone ao ouvido e ainda ouviu:

- Que modos são esses? Nunca me trataste assim! Já não me amas! E eu que por tua causa enganei o meu pobre marido! Está tudo acabado entre nós!...

- Tenha juízo, senhora! - bradou o ministro com a sua bela voz parlamentar.

E desligou o aparelho, sem suspeitar que ao mesmo tempo desligava dois amantes.

Fonte:
Flávio Moreira da Costa (org.). Os 100 Melhores Contos de Humor da Literatura Universal. 5.ed. RJ: Ediouro, 2001.