sábado, 23 de junho de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 584)


 Uma Trova de Ademar 

Curitiba é provedora 
de mais um “Jogos Florais”, 
numa festa encantadora 
de Amor, Alegria e Paz! 
Ademar Macedo/RN– 

 Uma Trova Nacional  

A lua vive distante. 
Não chega perto porque 
não quer olhar seu semblante 
e a luz que vem de você. 
–Gilson Faustino Maia/RJ– 

 Uma Trova Potiguar  

A sombra das criaturas 
ao longo da caminhada 
passa por lamas escuras 
e sai limpa, imaculada. 
–José Anchieta (Juca)/RN– 

 Uma Trova Premiada  

2011  -  CTS-Caicó/RN 
Tema  -  PEGADA  -  3º Lugar 

Sigo as pegadas, cansado, 
transcendo tempo e distância: 
Vejo o tempo empoeirado 
dos sonhos da minha infância... 
–José Valdez C. Moura/SP– 

 ...E Suas Trovas Ficaram  

Quanto mais sofro, mais canto, 
sempre assim fui e hei de ser, 
que nestas águas de pranto 
ninguém afoga sofrer! 
–Júlio B. Maciel/CE– 

Uma Poesia 

MOTE : 
MORRE DE FOME OU DE SEDE, 
NO INVERNO MORRE AFOGADO. 

GLOSA : 
Um velho homem numa rede, 
sem comida e sem bebida, 
no Nordeste é esta a vida, 
morre de fome ou de sede, 
Enroscado na parede, 
de palha ou barro amassado, 
como que desesperado, 
molha os seus lábios com a língua; 
na seca ele morre à mingua, 
no inverno morre afogado. 
–Bob Mota/RN– 

 Soneto do Dia  

VAIDADE. 
–Antonio Juraci Siqueira/PA– 

Esta casa que habito não é minha,
tampouco os versos que te dou, são meus;
são como a chuva, o mar, a erva daninha:
frutos do mundo, dádivas de Deus. 

Quando o Sol rasga o céu, de manhãzinha,
iluminando réus, crente e ateus,
eu me sinto menor que uma andorinha
e a minha fé, maior que os Pirineus! 

Portanto, meus irmãos, a fama, o orgulho,
a arrogância, a vaidade, a ostentação
que turvam nosso humano entendimento, 

não passam de sandices, de ilusão,
essência de tambor, que faz barulho
mas nada tem por dentro além de vento.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ademar Macedo (Agradecimento)


Feldman é um vencedor 
um mestre da alegria, 
um Poeta Trovador, 
um fazedor de Poesia. 

Não há em todo universo 
melhor fazedor de verso 
pois é um dom que ele traz! 

Pra Feldmam, em nada eu ganho, 
ele é grande no tamanho 
e nas Poesias que Faz.

(Ademar Macedo 
Natal/RN - 21.junho.2012)

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 583)


Uma Trova de Ademar  

Entre sonos e cochilos, 
numa deslumbrante rota, 
meus sonhos voam tranquilos 
nas asas de uma gaivota... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Em sua gula de glória, 
de ter poder, força e nome , 
há gente que faz história 
com a própria história da fome. 
–Nilton Manoel/SP– 

Uma Trova Potiguar  

...E assim voltando ao passado 
revivi as alegrias... 
Transportei-me extasiado... 
“Velhos tempos, belos dias.” 
–Djalma Mota/RN– 

Uma Trova Premiada  

2005  -  ATRN-Natal/RN 
Tema  -  F É  -  8º Lugar 

Somente a Força Divina
promove graças tamanhas:
- O sol remove a neblina...
- A fé remove montanhas... 
–Ercy Maria M. de Faria/SP– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Nos meus olhos divagando, 
eu vejo um contraste infindo: 
meus olhos tristes chorando, 
minha alma alegre sorrindo! 
–Clarindo Batista/RN– 

Uma Poesia 

Depois que a velhice vem 
o corpo humano se estressa. 
No motor da existência 
todo defeito começa, 
o difícil dessa máquina 
é o dono encontrar a peça. 
–Geraldo Amâncio Pereira/CE– 

Soneto do Dia  

NAQUELA TARDE… 
–Carmo Vasconcelos/PRT– 

Naquela tarde rubra de calor, 
embebedados de sol, mentes loucas, 
tu sorveste e eu sorvi desse licor, 
a degelar os frios nas nossas bocas. 

Não foram vãos, nem sequer coisas poucas, 
esses arroubos tensos, em tremor, 
lava de amor parindo em vozes roucas, 
sôfregos beijos mitigando o ardor. 

Agora a noite cai… Na escuridão 
me alumiam os teus olhos na lembrança 
do sonho que aqueceu meu coração 

Só peço, amor, de novo essa emoção 
de olhar teus olhos verdes de bonança 
ardendo em tempestades de paixão!

Olivaldo Junior (Último Adeus)


Eu, que não custo a voltar atrás, volto atrás e digo agora meu último adeus. Mas antes, não minto, queria ter seus olhos frente a mim, suas horas ora sim, não adeus. Adeus não combina quando há Deus. Deus, que me pega e me bota no colo quando choro (e faz tempo que não verto nem muitas nem poucas lágrimas por nada). Nem nada que eu lhe digo, nem tudo que lhe conto o fazem vir. Escrevo, e me escavo ao saber.

Saber que me ignora é como ver que não fui visto, não de perto. Perto de mim, longe de mim, não há problema: surge sempre um verso, e nasce mais um tema. A vida é feita de versos, não de universos. Sonho com sua vinda, mas é longe, é tarde, é noite. Entre as músicas, nem sinal de “ocê”, um dia, regressar. Rua acima, rua abaixo, prendo-me a velhos sonhos, sonho alto e me esborracho; esmagando a “flor”, não sinto dor.

Dói-me quando escrevo essas mensagens. Ajo sem saber que me delato. Lato e nunca escuta meu ganido. Outra vez sucumbo à dor. Estrelas dormem. Eu não durmo: apenas sonho. Sonho com sua volta, com sua voz, com seu silêncio. Escreve. Adeus.

Fonte:
O Autor

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 582)


Uma Trova de Ademar  

Quem na mata acende a chama, 
suja o rio e a correnteza; 
joga um punhado de lama 
no rosto da natureza!... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Se amigo é quem ouve a queixa, 
seca o pranto e ajuda a rir, 
mais amigo é quem não deixa 
sequer o pranto cair! 
–Carolina Ramos/SP– 

Uma Trova Potiguar  

O outono da vida ingrata,
chega fazendo atropelos:
Joga tinta cor de prata,
na tinta dos meus cabelos!
–Prof. Garcia/RN– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Em meu livro de memórias,
que Maria ainda não leu,
quase todas as histórias
ela mesma é que escreveu…
–Waldir Neves/RJ– 

Uma Poesia 

Quando eu olho pro céu fico pensando 
se mereço ir pra lá quando morrer, 
Deus não gosta de abuso de poder 
e eu abuso do meu de vez em quando, 
quando os pobres me pedem soluçando 
mesmo tendo sobrando eu digo não; 
e nessa coisa de “ajuda teu irmão” 
eu ainda não quis acreditar; 
Jesus Cristo morreu pra me salvar, 
e eu nem sei se mereço a salvação! 
–RAIMUNDO CAETANO/PB– 

Soneto do Dia  

O CRISTO DE MARFIM. 
–Antero Bloem/SP–

Quando depões sobre o teu Cristo amado, 
- Esse Cristo que pende de teu peito,
ungido de ternura e de respeito –
um beijo de teu lábio imaculado,

Eu, sacrílego, sinto-me levado
- Ou seja por inveja, ou por despeito –
a arrebatar o Cristo do teu peito
e em teu peito morrer crucificado.

Mas quando vejo, do teu lábio crente,
cair sobre Jesus a prece ardente,
talvez por nosso amor, talvez por mim,

ardo na chama intensa dos desejos
de, arrependido, sufocar meus beijos
nesse teu alvo Cristo de Marfim.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 581)


Uma Trova de Ademar  

Do fogo no matagal, 
na fumaça que irradia, 
vejo um câncer terminal 
no pulmão da ecologia!... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Juventude, o procurar
permanente de viver,
enquanto a busca durar
ninguém vai envelhecer.
–Olympio Coutinho/MG– 

Uma Trova Potiguar  

É meu frágil coração 
um salão velho de estudo, 
um templo de confissão; 
um baú de guardar tudo. 
–Rodrigues Neto/RN– 

Uma Trova Premiada  

2003  -  Amparo/SP 
Tema  -  PEDRA  -  1º Lugar 

Deus reprova os arrogantes
pois, para o espanto de alguns,
sempre esconde os diamantes
entre as pedras mais comuns!
–Gerson Cesar Souza/PR– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Sempre que a vida me nega 
segurança nos meus passos, 
minha esperança me pega 
e me carrega nos braços! 
–Aloísio Alves da Costa/CE– 

Uma Poesia 

A certeza da morte não se nega, 
é tão clara que a vida até aceita; 
é tão lógica, certa e sem suspeita 
que a nossa consciência não renega; 
mas é dura e tirana se nos pega 
de surpresa sem dar nenhum aviso; 
simplesmente chegando de improviso. 
Só a crença que a gente tem em Deus 
faz vencer o momento desse adeus 
e seguir, pois viver ainda é preciso. 
–Tarcísio Fernandes/RN– 

Soneto do Dia  

V O L T E I.
–Divenei Boseli/SP– 

Rasguei o teu retrato em pedacinhos,
também as cartas, sem as ler de novo,
sem rumo, fiz das ruas meus caminhos
e caminhei, sem medo, junto ao povo.

Eu, que de um sonho nunca me demovo,
domei meus sentimentos mais mesquinhos:
ramada seca a espera de um renovo
que superasse a sanha dos espinhos.

Tudo ilusão! Ninguém secou meu pranto
enquanto andei por uma eternidade:
Voltei sem fé nenhuma, em nenhum Santo...

Voltei? Não era eu... Na realidade,
morri em cada rua, em cada canto...
Quem volta é só um fantoche da saudade. 

Irmãos Grimm (Os Músicos de Bremen)


“Um homem tinha um burro que, há muito tempo, carregava sacos de milho para o moinho. O burro, porém, já estava ficando velho e não podia mais trabalhar. Por isso, o dono tencionava vendê-lo. O pobre animal, sabendo disso, ficou muito preocupado, pois não podia imaginar como seria seu novo dono... e então, para evitar qualquer surpresa desagradável, pôs-se a caminho da cidade de Bremen. 

“Certamente, poderei ser músico na cidade”, pensava ele. 

Depois de andar um pouco, encontrou um cão deitado na estrada, arfando de cansaço. 

- Por que estás assim tão fatigado? perguntou o burro. 

- Amigo, já estou ficando velho e, a cada dia, vou ficando mais fraco. Não posso mais caçar; por isso meu dono queria me entregar à carrocinha. Então, fugi, mas não sei como ganhar a vida. 

- Pois bem, lhe disse o burro. Minha história é bem semelhante à sua. Vou tentar a vida como músico em Bremen. Venha comigo. Eu tocarei flauta e você poderá tocar tambor. 

O cão aceitou o convite e seguiu com o burro. Não tinham andado muito, quando encontraram um gato, muito triste, sentado no meio do caminho. 

- Que tristeza é essa, companheiro? lhe perguntaram os dois. 

- Como posso estar alegre, se minha vida está em perigo? respondeu o gato. Estou ficando velho e prefiro estar sentado junto ao fogo, em vez de caçar ratos. Por esse motivo, minha dona quer me afogar. 

- Ora, venha connosco a Bremen, propuseram os outros. Seremos músicos e ganharemos muito dinheiro. 

O gato, depois de pensar um pouco, aderiu e acompanhou-os. Foram andando até que encontraram um galo, cantando tristemente, trepado numa cerca. 

- Que foi que lhe aconteceu, amigo? perguntaram os três. 

- Imaginem, respondeu o galo, que amanhã a dona da casa vai ter visitas para o jantar. Então, sem dó nem piedade, ordenou ao cozinheiro que me matasse para fazer uma canja. 

Os outros, então, lhe propuseram: 

- Nós vamos a Bremen, onde nos tornaremos músicos. Você tem boa voz. Que tal se nos reuníssemos para formar um conjunto? 

O galo gostou da ideia e juntando-se aos outros seguiram caminho. 

A cidade de Bremen ficava muito distante e eles tiveram que parar numa floresta para passar a noite. O burro e o cão deitaram-se em baixo de uma árvore grande. O gato e o galo alojaram-se nos galhos da árvore. 

O galo, que se tinha colocado bem no alto, olhando ao redor, avistou uma luzinha ao longe, sinal de que deveria haver alguma casa por ali. Disse isso aos companheiros e todos acharam melhor andar até lá, pois o abrigo ali não estava muito confortável. 

Começaram a andar e, cada vez mais, a luz se aproximava. Afinal, chegaram à casa. O burro, como era o maior, foi até a janela e espiou por uma fresta. À volta de uma mesa, viu quatro ladrões que comiam e bebiam. Transmitiu aos amigos o que tinha visto e ficaram todos imaginando um plano para afastar dali os homens. Por fim, resolveram aproximar-se da janela. O burro colocou-se de maneira a alcançar a borda da janela com uma das patas. O cão subiu nas costas do burro. O gato trepou nas costas do cão e o galo voou até ficar em cima do gato. 

Depois, a um sinal combinado, começaram a fazer sua música juntos: o burro zurrava, o cão latia, o gato miava e o galo cacarejava. A seguir, quebrando os vidros da janela, entraram pela casa a dentro, fazendo uma barulhada medonha. 

Os ladrões, pensando que algum fantasma havia surgido ali, saíram correndo para a floresta. Os quatro animais sentaram-se à mesa, serviram-se de tudo e procuraram um lugar para dormir. O burro deitou-se num monte de palha, no quintal; o cão, junto da porta, como a vigiar a casa; o gato, junto ao fogão, e o galo encarrapitou-se numa viga do telhado. Como estavam muito cansados, logo adormeceram. 

Um pouco além da meia noite, os ladrões, verificando que a luz não brilhava mais dentro da casa, resolveram voltar. O chefe do bando disse aos demais: 

- Não devemos ter medo! 

E mandou que um entrasse primeiro para examinar a casa. Chegando à casa, o homem dirigiu-se à cozinha para acender um vela. Tomando os olhos do gato, que brilhavam no escuro, por brasas, tentou neles acender um fósforo. O gato, entretanto, não gostou da brincadeira e avançou para ele, cuspindo-o e arranhando-o. Ele tomou um grande susto e correu para a porta dos fundos, mas o cão, que lá estava deitado, mordeu-lhe a perna. O ladrão saiu correndo para o quintal, mas, ao passar pelo burro, levou um coice. O galo, que acordara com o barulho, cantou bem alto: - Có, có, ró, có!!!! 

Sempre a correr, o ladrão foi se reunir aos outros, a quem contou: 

- Lá dentro há uma horrível bruxa que me arranhou com suas unhas afiadas e me cuspiu no rosto. Perto da porta, há um homem mau que me passou um canivete na perna. No quintal, há um monstro escuro, que me bateu com um pedaço de pau. Além disso tudo, no telhado está sentado um juiz, que gritou bem alto: 

“- Traga aqui o patife!!!”... Acho que não devemos voltar lá... é muito perigoso!! 

Depois disso, nunca mais os ladrões voltaram à casa, e os quatro músicos de Bremen sentiam-se muito bem lá, onde faziam suas músicas e viviam despreocupados. De vez em quando alguém das redondezas os chamavam e lá iam eles, felizes e contentes, tocar a sua música....”

Fonte:

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 580)


Uma Trova de Ademar  

Nasce a aurora e, mansamente, 
mostra em cada amanhecer 
a realidade que a gente 
faz tudo para esquecer. 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Quando nosso amor espelha 
o que o desejo revela, 
a lua fica vermelha 
só de espiar na janela... 
–Milton Souza/RS– 

Uma Trova Potiguar  

Não me olhes com revés,
porque hoje, velho estou;
ontem eu fui o que tu és,
depois serás o que eu sou. 
–Prof. Maia/RN– 

Uma Trova Premiada  

2008  -  CTS – Caicó/RN 
Tema  -  ESTRADA  -  15º Lugar. 

São tantas encruzilhadas!...
Por isso eu me perco assim,
ao trafegar nas estradas
que existem...dentro de mim!...
–Newton Vieira/MG– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Pelo que eu busco e não tenho, 
pelo que eu tive e não quis, 
fecho os olhos e me empenho 
em sonhar que sou feliz... 
–Manita/RJ– 

Uma Poesia 

À MINHA JUDITE.
–José Acaci/RN– 

Já passei por duras penas
pela vida a caminhar,
viajei terras helenas,
fui guerreiro do além mar,
sei fugir dos pesadelos
que essa vida me trouxer,
só não sei fugir dos laços
dos braços dessa mulher. 

Soneto do Dia  

O PALHAÇO. 
–Pe. Antônio Tomás/CE– 

Ontem via-se-lhe em casa a esposa morta
e a filhinha mais nova tão doente!
Hoje, o empresário vai bater-lhe à porta,
que a plateia o reclama impaciente.

Ao palco em breve surge... Pouco importa
o seu pesar àquela estranha gente...
E ao som das ovações que os ares corta,
trejeita, e canta, e ri nervosamente.

Aos aplausos da turba ele trabalha
para esconder no manto em que se embuça
a cruciante angústia que o retalha...

No entanto, a dor cruel mais se lhe aguça
e enquanto o lábio trêmulo gargalha,
dentro do peito o coração soluça!

Wagner Marques Lopes (Trovas Rio + 20) - final


Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 579)

Praça em Santana do Matos/RN - Torrão Natal do Ademar
Uma Trova de Ademar  

Vivemos a realidade, 
tal e qual em “Sucupira”. 
Tudo parece verdade, 
mas, na verdade, é mentira!.. 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

A paz que é tão procurada 
ás vezes sem solução, 
é facilmente encontrada 
com fé no seu coração. 
–Neiva Fernandes/RJ– 

Uma Trova Potiguar  

Neste mundo, mar bravio, 
proceloso e traiçoeiro, 
feliz filho, qual navio 
tem bom pai por timoneiro... 
–Pedro Grilo/RN– 

Uma Trova Premiada  

1965  -  Bandeirantes/PR 
Tema  -  SOLIDÃO  -  10º Lugar

Na quietude costumeira
de muita vida vazia,
solidão é companheira
dos que não têm companhia...
–Luiz Otávio/RJ– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Sem ver distinção de raça, 
dá a todos tua mão! 
-Que eu sofra, meu Deus, mas faça, 
de cada amigo um irmão! 
–Helvécio Barros/RN– 

Uma Poesia

Eu procurava um motivo 
Para fazer um poema 
Que só tivesse seis versos, 
E nada de achar um tema; 
E a sextilha, mesmo assim, 
Ficou pronta, sem problema. 
–Raymundo Salles/BA– 

Soneto do Dia  

FINAL DE SERENATA. 
–Gilson Faustino Maia/RJ– 

Guarda, meu coração, o teu segredo. 
Para que revelá-lo se termina 
a canção que sufoca, que alucina, 
que me lançou, pra sempre, no degredo? 

Ao novo seresteiro, oculte o enredo. 
Não mostre essa verdade cristalina: 
é a lei da paixão quem determina 
o qual será feliz, contado aos dedos. 

Eu cansei de cantar pra minha amada. 
Eu cansei de penar na caminhada... 
A canção foi cruel, incrível, ingrata. 

A riqueza do mundo é um problema, 
a vida, uma canção, o amor o tema, 
o tempo em que vivemos, serenata.

Cuidado com os Concursos Caça-níqueis!


Republico esta nota porque há autores que ainda são iludidos por promessas enganosas de verdadeiros estelionatários editoriais:

Todo ano são lançados editais de concursos que, além de cobrar taxas de inscrição, cobram valores absurdos dos autores para ter um texto publicado em um livro sem qualquer cuidado com projeto gráfico, diagramação, revisão e, pasmem, na seleção dos textos.

Alguns concursos, inclusive, prometem prêmios em dinheiro para os primeiros colocados, mas sempre selecionam ilustres desconhecidos, com nomes exóticos, que não são encontrados nem mesmo pelo Google. Depois da divulgação do resultado, os autores são convidados a participar de uma publicação nos moldes já citados no parágrafo anterior.

Neste blog dos Concursos Literários, conforme citamos em nossa Política Editorial, não publicamos editais de concursos que cobram taxas de inscrição, seleções para publicações pagas disfarçadas de premiação ou certames que têm um histórico de suspeitas (ou de falcatruas explícitas).

Cabe ressaltar que nem todo concurso que cobra taxa de inscrição é necessariamente uma armadilha. Há alguns exemplos de trabalhos sérios, tradicionais e muito respeitados; no entanto, não os publicamos para não abrir precedentes e para não incentivar este modelo de concurso - que tende a gerar anomalias.

Caso vocês tenham alguma dúvida em relação ao histórico ou à seriedade de um concurso, vale a pena procurar pelo concurso ou pelo organizador no fórum da comunidade Concursos Literários no Orkut (http://www.orkut.com.br/Main#CommTopics?cmm=266647) - basta uma lida nos comentários para saber se vale a pena participar ou não.

Esperamos que aproveitem esta dica para não caírem nas armadilhas espalhadas por aí.

Boa sorte a todos!

Fonte:
http://concursos-literarios.blogspot.com 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Trova 221 - Mario A. J. Zamataro (Curitiba/PR)


Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 578)


 Uma Trova de Ademar

Hoje Dalva é o meu tesouro,
meu escudo e o meu troféu,
uma medalha de ouro
no peito do menestrel.
–Ademar Macedo/RN–

 Uma Trova Nacional

Brinquei. Brincaste. Brincamos.
Amamos tanto, em segredo,
que sem notar transformamos
o nosso amor num brinquedo.
–Antonio Juraci Siqueira/PA–

 Uma Trova Potiguar

Eu guardo minha paixão
na parte mais reservada
que bate em meu coração
pela eterna namorada!
Marcos Medeiro/RN–

 Uma Trova Premiada

1988 : São Paulo/SP
Tema : NAMORO : Venc.

Sentimos tanta alegria
quando estamos abraçados
que, para nós, qualquer dia
é "Dia dos Namorados"!
–Divenei Boseli/SP–

 ...E Suas Trovas Ficaram

O beijo de namorado,
mesmo escondido, é sublime:
- Um pequenino pecado
que mil pecados redime...
–Luiz Otávio/RJ–

 Uma Poesia

Eu peço a Deus neste dia
que me mande inspiração
pra eu fazer uma poesia
que fale ao seu coração.
Falo baixinho aos ouvidos
de todos nós, os maridos
eternos apaixonados...
Tenha a idade que tiver
dê um beijo na mulher
no dia dos namorados!
–Ademar Macedo/RN–

 Soneto do Dia

TEUS OLHOS.
–Delcy Canalles/RS–


Nos teus olhos, me afogo om doçura,
encontro um mundo lindo e diferente,
e busco , neles, emoção, ventura,
e um meio de viver sempre contente!

Vejo em teus olhos um céu de ternura,
uma chama de amor incandescente,
um desejo de amar que inda perdura,
que faz questão de se fazer presente!

Essa vida amorosa que mantemos,
esse amor grandioso que vivemos,
irá, conosco, por nossos caminhos!

E, juntos, seguiremos de mãos dadas,
com nossas almas ternas, abraçadas,
em passos lentos como dois velhinhos!