sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Guilherme de Azevedo (Alma Nova) XIV

foi mantida a grafia original.
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OS PALHAÇOS

Heróis da gargalhada, ó nobres saltimbancos,
Eu gosto de vocês,
Porque amo as expansões dos grandes risos francos
E os gestos de entremez,

E prezo, sobretudo, as grandes ironias
Das farsas joviais.
Que em visagens cruéis, imperturbáveis, frias.
À turba arremessais!

Alegres histriões dos circos e das praças,
Ah, sim, gosto de vos ver
Nas grandes contorções, a rir, a dizer graças
De o povo enlouquecer,

Ungidos pela luta heroica, descambada,
De giz e de carmim,
Nas mímicas sem par, heróis da bofetada,
Titãs do trampolim!

Correi, subi, voai num turbilhão fantástico
Por entre as saudações
Da turba que festeja o semideus elástico
Nas grandes ascensões,

E no curso veloz, vertiginoso, aéreo,
Fazei por disparar
Na face trivial do mundo egoísta e sério
A gargalhada alvar!

Depois, mais perto ainda, a voltear no espaço,
Pregai-lhe, se podeis,
Um pontapé furtivo, ó lívidos palhaços,
Luzentes como reis!

Eu rio sempre, ao ver aquela majestade,
Os trágicos desdéns
Com que nos divertis, cobertos de alvaiade,
A troco duns vinténs!

Mas rio ainda mais dos histriões burgueses,
Cobertos de ouropéis,
Que tomam neste mundo, em longos entremezes,
A sério os seus papéis.

São eles, almas vãs, consciências rebocadas,
Que enfim merecem mais
O comentário atroz das rijas gargalhadas
Que às vezes disparais!

Portanto, é rir, é rir, hirsutos, grandes, lestos,
Nas cómicas funções,
Até fazer morrer, em desmanchados gestos,
De riso as multidões!

E eu, que amo as expansões dos grandes risos francos
E os gestos de entremez,
Deixai-me dizer isto, ó nobres saltimbancos:
Eu gosto de vocês!

A HIDRA

Há muito que desceu das orientais montanhas
A hidra singular que espalha nas ardências
Duma luta febril cintilações estranhas!

Ela galga, rugindo, às grandes eminências,
E enquanto vai soltando o silvo pelo espaço
Engrossa à luz do sol na seiva das consciências.

Tem rijezas sem par, como de roscas de aço
E corre descrevendo em giros caprichosos
Na leiva popular um indefinido traço.

Prefere aos antros vis os focos luminosos
E em mil voltas cruéis aperta dia a dia,
Numa longa espiral, os tronos carunchosos.

Passou pelo país da cândida Utopia:
Nos míticos rosais viveu dum vago aroma
Ao pálido fulgor da aurora que rompia.

Mas hoje com valor em toda a parte assoma,
E sem temer sequer a lúgubre viseira
Há muito que transpôs os pórticos de Roma.

E os Papas mais os reis sentindo-a na carreira
Do seu longo triunfo, um tanto apavorados,
Trataram de acender a lívida fogueira.

E ao galope lançando os esquadrões cerrados
Começaram depois, na terra, a persegui-la,
A cúmplice fatal dos lívidos Pecados!

Mas ela sem temor, nos cérberos tranquila,
Derrama cada vez mais belos e fecundos
Os intensos clarões da lúcida pupila,

E enquanto a imprecação de tantos moribundos,
Os déspotas cruéis, acolhem com desdém,
A hidra imensa — a Ideia — a farejar nos mundos
Ainda a garra adunca afia contra alguém!

Marciano Lopes (A Poética do Solarium, de Rodrigo Garcia Lopes)

Solarium, primeiro livro individual de Rodrigo García Lopes, reúne o fruto de mais de dez anos de caminhada poética, o que explica a variedade de influências e identidades literárias muitas vezes contraditórias – entre as quais se encontram poetas ingleses e americanos, incluindo a geração beatnik e autores mais contemporâneos, como Sylvia Plath (de quem é tradutor); os poetas fundadores da modernidade, tais como Baudelaire, Mallarmé e Rimbaud (de quem também é tradutor); o concretismo brasileiro e a poesia oriental, representada principalmente pela poética do haicai. E na alquimia resultante de todas estas leituras, duas grandes vertentes temáticas se sobressaem em seu livro de estréia: por um lado, uma poesia que tematiza o caos da modernidade, trazendo à tona os conflitos e a barbárie do mundo urbano, massificado pela tecnologia e pelo mercado; por outro, uma poesia que recusa a massificação e o narcisismo comuns ao homem moderno, buscando na filosofia do zen-budismo o caminho reto para a iluminação e a ascese. Nas próprias palavras de Rodrigo Garcia Lopes (1996, p. 139-140), é possível afirmarmos que a tensão dominante em sua poética resulta, em parte, do “diálogo entre o impulso apolínio à forma-objeto de Mallarmé e o impulso dionisíaco à imagem-música de Rimbaud”, nos quais se encontram dois dos principais procedimentos (não antagônicos, em sua opinião) da poética contemporânea.
  
Dioramas e Polaróides

Nas duas primeiras partes de Solarium – intituladas “Dioramas” e “Polaróides” – predomina uma poesia sintética e racionalmente elaborada que busca uma linguagem poética autônoma, pois regida por uma sintaxe própria que valoriza principalmente o espaço em branco da página – conforme a lição pioneira que Mallarmé nos deu com seu poema Un coup de dés jamais n’abolira le hasard.

Em vários poemas, como Phanums, Outro outono, Zen Breakfast Club, Morning Glory e Tempestade invisível, encontramos a eleição de uma sintaxe espacial resultante de diferentes direções, sentidos e configurações da composição tipográfica no branco da página; e associado a esse primeiro passo rumo à desintegração do verso e da sintaxe linear através de uma “subdivisão prismática das idéias”, também encontramos o recurso da desintegração e do recorte das palavras, que e. e. cummings utilizava de maneira a ampliar-lhes o potencial significativo – conforme se vê no poema Não minto.

O predomínio da visualidade que estamos apontando na utilização de diversos recursos gráficos e espaciais em substituição à linearidade discursiva também nos remete ao concretismo, presença marcante nestas duas primeiras partes que compõem Solarium e que encontra uma bela realização artística no poema snow here. Nele, as letras da palavra neve (snows) são dispostas na página de maneira a representar visualmente o movimento de queda dos flocos de neve. À medida que se aproximam do solo/pé da página, os flocos maiores, que são as palavras, vão se desintegrando e assumindo novas formas-flocos que geram novas palavras e significados, pois as letras, soltas no branco da página, dançam um balé, ora se separando, ora se juntando, de modo a produzir novas e conflitantes palavras e significações. Paradoxalmente, a neve (snows) que cai agora (now), cai aqui e em algum/nenhum lugar (nowhere).
  
Seguindo a trilha que privilegia a significação através da imagem em detrimento da lógica linear, também é recorrente na poesia de Rodrigo G. Lopes o recurso ao ideograma. Um bom exemplo é o poema peônias negras, formado por sete haicais que, seguindo a  tradição oriental, desenvolvem seus temas a partir de imagens da natureza. Imagens que, nesse caso, constituem metáforas da transitoriedade da vida e das coisas:

peônias negras
serenas
quase secas

(...)

o inverno
furta a flor
a cor da fruta

(...)

a tarde passa
arrasta e deixa
um rastro prata.
                 (peônias negras)


É importante ressaltar que a importância dada à imagem e à utilização dos recursos espaciais e gráficos não ocorre em detrimento da sonoridade, pois a preocupação com a melopéia encontra-se presente em todo o livro. Dois exemplos são os poemas Cet obscur objet du désir e Montanhas:

no café del prado
em barcelona
um bando de pombas
rebolam pelas ramblas
                (Cet obscur objet du désir)

não são nuvens
mas tão brancas

solitárias
(mas são tantas)
                  (Montanhas)


Ainda considerando a melopéia, são dignos de nota o leminskiano tudo tem sentido, onde o poeta joga com os diferentes sentidos da palavra “sentido”; e os poemas você me toca e somos, nos quais reencontramos o tema da ausência do Eu e a conseqüente solidão que permanece existindo, mesmo quando estamos lado a lado com alguém que desejamos ou no meio da multidão, conforme se vê no poema você me toca. Nele, parodiando Baudelaire, o poeta deseja uma passante que se perde na multidão, inacessível ao seu desejo. A diferença com o poema de Baudelaire fica por conta da mudança de tom. No poema dele, esse é marcado pelo tormento resultante da efemeridade das relações e pela insatisfação do desejo; no poema de Rodrigo, é marcado pela aceitação da efemeridade e do caos da vida moderna que, ao invés de atormentar o flaneur/vouyer, docemente o entretém nas horas vagas. O desejo que antes expressava a angústia da solidão e do vazio em meio ao caos e à multidão do mundo moderno torna-se um sentimento tão passageiro e supérfluo quanto a sedutora passante:

você me toca

você me toca
como quem troca
de roupa

você me provoca
e troça
dessa minha doce
distração

pra que tanta pressa
você
mulher na multidão?


Solarium


Na terceira parte, intitulada “Solarium”, a busca de uma nova linguagem se faz principalmente através da vertente dionisíaca. Diversamente do que vimos nas duas primeiras partes, o autor deixa de privilegiar o planejamento racional e objetivo, que caracteriza o concretismo e a poesia de Mallarmé, em favor dos impulsos e divagações, nem sempre conscientes, que caracterizam uma dicção muito próxima daquela que marcou a poesia de Rimbaud e da geração beatnik. Nela, predominam longos poemas de versos livres, em que o texto, aparentemente linear, se desenrola de modo fragmentário como em um fluxo de consciência, sem que haja um único fio condutor do discurso e, portanto, sem maior coesão e coerência.

A menção ao uso de drogas, como acontece no poema Phanopium, cujo título pode ser interpretado como a aglutinação de phanus e/ou phanopéia mais opium = ópio, constitui um outro índice de afinidade com a poesia de Rimbaud e dos Beatniks. Na busca de uma nova linguagem, Rodrigo Garcia Lopes procura despersonalizar a linguagem através da negação de qualquer centro discursivo, de modo que a representação ocorra através de uma sintaxe descontínua e fragmentada – o que resulta em um processo esquizofrênico de captação alegórica, sinestésica e ideogrâmica do que costumeiramente chamamos de mundo real (o que é claramente tematizado no metapoema Processo). Com tais procedimentos, perde-se a noção de tempo e espaço, os sentidos se misturam e se espera que a personalidade desapareça.

Em vários poemas desta parte do livro, também encontramos a tematização da cidade como caos e a negação do consumismo, da mecanização, da violência e da exploração presentes na sociedade burguesa. A América urbana e tecnológica, massificada e violenta, é comparada à cidade de “Roma em chamas” (América # 2). Nas megalópolis – representadas no poema New York – não há mais espaço para a reflexão, o sentimento e a utopia. Nelas, “a serpente das ruas arrasta seus ruídos, raps & neons / devora um real que acumula seus pós / sobre nós, camadas / de civilização sem fim e sem saída”.
 
Caos urbano digno do cenário de filmes como Blade Runner, a cidade de New York representa a demência e a desumanização de uma sociedade regida pela racionalidade pragmática, pela idéia do progresso material e técnico que leva o homem à escravidão dos relógios. Nesse mundo fragmentado e sem sentido, que também encontramos no poema “M”, os seres humanos são reduzidos ao estado de mercadoria, cujas relações são medidas pelo moderno desing do corpo e pela produtividade do prazer tecnológico.

Em busca de phanus

 A constância dos temas da dissolução da realidade e do Eu não deve ser vista apenas como uma crítica ao padrão de vida moderno que, regido pela incessante produção de novas mercadorias e valores, dissolve e pluraliza as identidades em um caleidoscópio de máscaras. Outro importante aspecto que envolve o motivo da despersonalização  também se encontra na afirmação da primeira das quatro grandes verdades da mundividência budista, que perpassa todo o conjunto da obra.

Segundo a filosofia do budismo tudo é sofrimento, pois “não há coisa alguma que não esteja submetida a incessantes mudanças. E quanto mais o homem se esfalfa, procurando alguma coisa permanente a qual se possa apegar neste mundo efêmero, tanto mais sofre” (Gira, 1992:53). A verdade está no karma, que leva o homem ao infinito ciclo de renascimentos e mortes neste plano cósmico marcado pela imperfeição e pelo sofrimento. E outra não parece ser a lição que encontramos em tantos poemas de Rodrigo Garcia Lopes. A transitoriedade que marca a existência dos seres também se estende ao Eu do indivíduo, pois para o budismo esse não possui unidade e permanência, o que nega a idéia de uma essência humana. Para Buda, a busca de um Eu permanente, ou seja, da realidade interior e do Absoluto, “não era diferente da procura da Fonte da Eterna Juventude. (...) E na mesma proporção em que um homem gasta suas energias em uma busca dessa espécie, se afasta da possibilidade real que teria de se libertar do samsãra” (Gira, 1994:55). Daí resulta a constância dos temas da busca infrutífera do Eu e da sua ausência, assim como da solidão e da estranheza entre os seres, mesmo quando eles estão lado a lado, numa cama ou na multidão.

(...) O que
carregamos são espelhos que refletem sempre
o diferente, enquanto nós, eu e você
mudamos juntos. Nuvens
                                               (Outras praias).


Na caminhada em busca da libertação, de acordo com as outras três nobres verdades, deve o homem abrir mão dos seus desejos e ouvir o que o “(...) outono / tem pra nos dizer: / tempo de se desfolhar / – cores, peles, percepções”, conforme lemos em Um poema para o deserto.

Na busca da iluminação, deve-se renunciar ao desejo de possuir um Eu permanente através de um comportamento reto, de uma disciplina mental em que a concentração constitui o caminho para a “eliminação de tudo aquilo que alimenta a ignorância do homem” (Gira, 1994:91). Daí a necessidade de se eliminar os “cinco agregados” que constituem aquilo que percebemos como um indivíduo: a matéria, as sensações, as percepções, os desejos e a consciência, em suma, todos os vínculos que ligam o homem ao mundo material. Somente assim, por esse processo de ascese e meditação, em que “(...) é preferível / eliminar este pensamento e deixá-lo livre” (Improvisos), é possível o encontro com a sabedoria, com a iluminação que caracteriza o nirvãna.

É devido ao diálogo com a filosofia do zen-budismo que encontramos constantemente, nas três partes da obra, a presença das imagens do outono e das folhas secas que o vento leva e que sempre se renovam, revelando em sua alegoria o eterno movimento cíclico da vida – conforme vemos em O eterno renovo do mesmo (poema concreto e metalingüístico pertencente a Dioramas). Desta forma também se explica a obsessão pelo deserto “com seus rios secos desde o começo / com sua sede sonora / com o sal que não pergunta / do sentido / deste paraíso perfeito” (Um poema para o deserto) em que não há “nenhum milagre a não ser / as coisas como são” (Sedona), onde “tudo é phanus” (O fotógrafo), ou seja: templo, iluminação – conforme o significado grego.

 Como vemos, o orientalismo e especialmente o zen-budismo atravessam o livro inteiro, convivendo com a racionalidade ocidental – tão bem representada por Mallarmé e pelo concretismo –, com a contracultura do movimento beatnik, e com a fragmentação alegórica de um mundo moderno (ou pós-moderno?) em ruínas. Em meio a este caos e à esquizofrenia geral, fica, no fim, a sensação de que o poeta luta entre ser um zen-fotógrafo – procurando congelar em suas iluminuras o tempo eternamente cíclico da existência – ou então ser um câmera-zen, almejando registrar o fluxo ininterrupto e fragmentário da existência.
_________________________
Referências Bibliográficas
GIRA, Dennis. Budismo: história e doutrina. São Paulo: Vozes, 1992.
LOPES, Rodrigo Garcia; MENDONÇA, Maurício Arruda. Iluminuras: poesia em transe. In: Rimbaud, Arthur.  Iluminuras: Gravuras Coloridas (Tradução de Rodrigo Garcia Lopes & Maurício Arruda Mendonça). São Paulo: Iluminuras, 1996.


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 Nota:  
Texto escrito originalmente para a saudosa revista eletrônica No Meio do Caminho, em Maio/2004.


Fonte:
MetAArte http://marcianolopes.blogspot.com.br/

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Trovas (Dia do Professor)

A. A. DE ASSIS
Maringá/PR

-
Professor, amigo e mestre,
quanta luz você irradia,
desde a escolinha campestre
à mais douta academia!
======================

ALBA HELENA CORRÊA
Niterói/RJ

-
Honra e glória ao professor
com seu trabalho fecundo,
é, da pátria, o construtor,
em qualquer nação do mundo!
=====================

ALBERTINA MOREIRA PEDRO
Rio de Janeiro/RJ

-
Professor, tu és a tocha
que tira da escuridão
a mente que desabrocha
à procura da instrução!
===================

ALDA CORRÊA MENDES MOREIRA
Niterói/RJ
-
Agora que envelhecemos,
percebemos a jazida:
cada mestre que tivemos
pelos caminhos da vida!
-
Na agenda da minha vida
o nome Mestre é sagrado;
eu sempre lhe dou guarida,
pois o quero respeitado.
-
Professor, tua riqueza
não são as aulas que dás
mas é a tua nobreza
quando conosco tu estás.
======================

ALFREDO DE CASTRO
Pouso Alegre/MG


Por seu labor missionário,
Deus concedeu um troféu
ao professor do primário:
entrada livre no céu!
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ALOÍSIO BEZERRA
Fortaleza/CE

-
Deus, que me fez trovador,
aos meus ais nunca foi mudo:
fez-me, também, professor.
Que sorte! Deus me deu tudo!

Se as ofensas tu perdoas,
se rejeitas as vaidades,
se ao mundo o bem apregoas,
és professor das verdades!
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CÉLIA G. SANTANA
Sete Lagoas/MG

-
Professor é simplesmente
a mão amiga estendida
de gente ensinando a gente
a ser mais gente na vida!
======================

CIDINHA FRIGERI
Maringá/PR

-
A professora, oferenda,
por deuses santificada,
professor, guarda-a na tenda
para não ser imolada.
==========================

DARLY BARROS
São Paulo/SP

-
Foi meu guia e conselheiro,
e hoje eu venho agradecer
àquele mestre – o primeiro -,
que, um dia, ensinou-me a ler...
======================

DJALDA WINTER SANTOS
Rio de Janeiro/RJ

-
É mister que uma nação
fundamente a sociedade,
dando ao povo... educação
e ao professor... dignidade!
======================

DULCÍDIO DE BARROS MOREIRA SOBRINHO
Juiz de Fora/MG

-
Repartindo o amor profundo
na missão de tantos brilhos,
ser professora no mundo
é ser mãe de muitos filhos.
==========================

EDMAR JAPIASSÚ MAIA
Rio de Janeiro/RJ

-
Professor, pelo profundo
amor que o saber enverga,
abriste os olhos do mundo,
e, enfim, o mundo te enxerga!
-
Ser professor compreende
ser exemplo ao aprendiz,
que educação não se aprende
apenas com quadro e giz...
====================

ELIANA RUIZ JIMENEZ
Balneário Camboriú/SC

-
Todos têm um professor
na memória bem guardado,
que ensinava com amor,
mesmo mal remunerado.
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ERNESTO TAVARES DE SOUZA
Pindamonhangaba/SP
-

Professor, eu te bendigo
por tanta benfeitoria;
és a semente de trigo
do pão da sabedoria.
-
Quando o povo, com certeza,
do saber perde a noção,
professor é vela acesa
nas trevas da escuridão!
==========================

FERNANDO LOPES DE ALMEIDA
Belo Horizonte/MG

-
A vela queima e ilumina
em holocausto de amor;
tal como faz quem ensina,
desperta botões de flor.
=====================

GIOVANELLI 
Nova Friburgo/RJ

-
Dedicação, é uma crença
que, regida com amor,
é o que faz a diferença
em todo bom professor...
======================

GLÓRIA TABET MARSON
São José dos Campos/SP

-
Quando há talento divino,
compromisso e bem querer,
o professor faz do ensino
a razão do seu viver!
=====================

JOÃO PAULO OUVERNEY
Pindamonhangaba/SP

-
Muitas palavras busquei
que rimassem com “amor”,
e a mais bonita que achei
foi uma só... “Professor”!
-
Professores são abelhas
distribuindo, em seu afã,
os polens que são centelhas
das flores de um amanhã!
==============

MARIA MADALENA FERREIRA
Magé/RJ

-
Levada pela saudade,
volto à infância e, com amor,
lembro os gestos de bondade
do meu velho professor!
===================

NEI GARCEZ
Curitiba/PR

-
Todo dia é da criança,
e também do professor:
ela aprende com confiança,
e ele ensina com amor.
=====================

OLIVALDO JUNIOR
Moji-Guaçu/SP

-
Professor das criancinhas,
professor dos “cavalões”,
ambos viram “figurinhas”
num “albinho” de ilusões.
-
Um menino, desde cedo,
“teve peito” de ensinar,
sem jamais ter tido medo
da missão de lecionar.
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PAULO DE TARSO
Fortaleza/CE

-
Professor, o grande mestre
Desse nosso conhecer
Pro praciano ou campestre
Ele transmite saber!
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RELVA DO EGIPTO REZENDE SILVEIRA
Belo Horizonte/MG

-
Luzeiro da humanidade,
o professor, em missão,
é pilar da sociedade,
promovendo a educação.
-
Professor em sua trilha,
iluminando outro ser,
cultiva o dom da partilha
na partilha do saber.
===============

ROSA SILVA
Portugal

-
Professor nos dá ensino
e nos tira da cegueira,
começa de pequenino
pra servir a vida inteira.
==============================

SANTOS TEODÓSIO
Brumadinho/SC

-
De imensurável valor
por seu trabalho fecundo,
o incansável professor
eleva o nível do mundo.
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SELMA PATTI SPINELLI
São Paulo/SP

-
A Professora parece
um lavrador a colher
ouro puro em sua messe
no garimpo do Saber!
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SIMÃO ELANE MARQUES RANGEL
Rio de Janeiro/RJ

-
Professor, por vocação,
tem prazer em ensinar;
repete sempre a lição,
não se cansa de explicar.
========================

SÔNIA DITZEL MARTELO
Ponta Grossa/PR

-
Põe na voz o coração
e saúde o Professor
que cumpre sua missão
com carinho e muito amor !…
==========================
TARCÍSIO FERNANDES
Brasília/DF

-
Dentre as muitas profissões,
eu destaco o PROFESSOR
que fez, com suas lições,
alguém ser, hoje, um doutor.
===========================

THEREZINHA ZANONI FERREIRA
Rio de Janeiro/RJ

-
Dando apoio e segurança...
Apontando os erros meus...
Aos meus olhos de criança,
professor, eras um Deus!
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WAGNER MARQUES LOPES
Pedro Leopoldo/MG

-
Ao levar o barco à frente,
embora o peso do remo,
o educador paciente
recebe o laurel supremo.

Fontes:
http://falandodetrova.com.br/XVencontropetropolis
http://poesiaemtrovas.blogspot.com.br/p/tema-deus-trovas-liricas-ou-filosoficas.html
E-mails recebidos de trovadores

Oldney Lopes (Homenagem ao Professor)

Se os livros alimentam o saber
O mestre proporciona-lhes sabor
Se são enigmas a resolver
O educador é o codificador.

Que seria do livro e do leitor
Sem orientador a despertar
Ideias e sentidos, corpo e cor,
Na relevante ação de mediar?

Se há na escola uma qualquer contenda
O docente é o reconciliador
Se há conflito que obstrua a senda
O mestre mostra-se apaziguador.

Que seria de uma escola sem docentes?
Salas vazias e paredes nuas
Prédio deserto, árido e silente
Portal do nada, a esmaecer nas ruas.

É que a jornada, sem apoio e guia
É trilha escura, sem norte e sem destino,
Pois falta o rumo da sabedoria,
Facho de luz, clarão para o ensino.

Sendo os alunos pássaros que tentam
Os seus primeiros voos do saber
É pelas mãos dos mestres que alimentam
A fome insaciável de aprender.

Se, entretanto, as agruras são gaiolas
Que encarceram o aluno em estupor,
A porta que liberta é a escola
E a chave que a destranca é o professor!

Jussára C Godinho (Homenagem aos Professores)

Educador por opção, por vocação
És  mola propulsora da descoberta do saber
Deixa em cada um pedacinhos do coração
Divide todos os dias grande parte do teu ser

Aprender e ensinar
Ensinar e aprender...
Mestre!
Ensina e aprende a amar
Aprende e ensina a viver
Descortina sombras
Ilumina mentes
Descobre caminhos
Mostra horizontes

Emociona e se emociona
Ajuda a crescer
Sofre, ri, lamenta, se alegra
Mas sempre se entrega
Ao prazer e a dor de ensinar
De aprender, de viver, de Amar!

Lilian (Ser Professor)

É despertar a magia do saber
é abrir caminhos de esperança
desvendar o mistério do cálculo
da fala e da escrita.
É criar o real desejo de ser.

É promover o saber universal
especializar políticos,
médicos, cientistas,
técnicos, administradores, artistas...
É participar profundamente do crescimento social...

É trabalhar em grande mutirão
lançando as primeiras bases
que transformarão ideias em projetos
executados em terra firme ou em imensidão.

É não se dar conta da amplitude
de um trabalho que é missão
mover o mundo através
do operário ou presidente
que um dia passou por sua mão.

Feliz Dia do Professor!

Fonte:
http://www.lilianpoesias.net/dia_do_professor.htm

Autor Desconhecido (Dia do Professor)

Não sei o que combina mais contigo,
Uma poesia, um livro, uma pintura,
Sinceramente fico pensando
No que deve dar alegria
A alguém que é objeto da alegria de tantos.

Na verdade, o professor de verdade,
É aquele que prefere dividir o que possui,
Do que ter somente para si.

O verdadeiro mestre, sente-se feliz
Quando percebe que o caminho que
Ele abriu tem sido trilhado por muitos.

O mestre tem a sua realização no aprendizado
Do pupilo, da passagem da experiência.
É por isso que meras palavras
Não podem recompensar
A alguém que optou por esta carreira
Que muitas vezes é dolorosa e cheia de espinhos.

Chamo-te somente mestre, abnegado coração
Que se sensibiliza com os olhos sedentos
Por uma vida menos escura, mas cheia de luz.
E essa luz, está em suas mãos,
Em seu coração, em seu olhar.

Que bom que existe um dia
Reservado só para você!
Obrigado por sua obstinação incontida,
Pois graças a ela, você nunca desiste.

Você é muito importante,
Espero que você seja sempre assim.

Ringo Star (Professor, amigo e educador)

Ringo é de Agua Nova/RN

Você é de toda a nação
Sabedoria e essência,
Você tem sido amigo
E uma grande excelência,
Parabenizo você,
"O símbolo da inteligência".

O valor que a escola tem,
É graças a sua bravura
Você! Amigo tem demonstrado
Sabedoria e ternura,
Por isso você é um exemplo
De educação e cultura.

O professor não é visto
Nos rádios, nem na tv,
Mas devemos a ele,
Herança de receber,
Com amor e esperança,
A maior de todas as heranças
Que nos leva a crescer.

Sim! é a inteligência
Que ele tem nos dedicado,
Desde os primeiros passos
Que o mundo foi civilizado
E passou a ser escola,
E um eterno aprendizado.

Você sempre será para todos,
A maior satisfação,
Sempre contribuindo,
Para crescer a educação,
Trazendo nova Ciência
Mostrando Experiência,
E conquistando a nação.

"Este 15 de outubro,
Será com muita alegria
De realizar um sonho,
E buscar no dia-a-dia
Ser um grande professor,
E demonstrar meu valor,
Graças a sabedoria.

domingo, 13 de outubro de 2013

Francisco Miguel de Moura (Chico Miguel) (Sonetos Escolhidos 2)

Libreria Fogola Pisa
A CASA E O POETA

A casa do poeta tem por via
a fala dos irmãos com outro irmão;
de uma vida coberta de paixão,
as confissões: tristeza ou alegria.

É um menino pequeno (como não?)
no que quis e jamais pôde alcançar,
que sofre tantas vezes por amar,
quantas vezes num choro sem razão.

De medo, treme à vista do vizinho,
pois no quintal dos fundos grita e freme
um diabo nu, barrando o seu caminho.

Diante de Deus e de Nossa Senhora,
pede conformação para quem geme...
E não terá sua casa onde não mora.
-
AMOR, SEMPRE AMOR (1)
-
Eras tu a mais linda da cidade.
E eu cheguei, um matuto impertinente,
apelidado até de inteligente
por colegas, amigos na verdade.

Teus sorrisos me enchiam de vaidade
e àqueles que te tinham de inocente,
e a mim me enfeitiçaram de repente,
como ninguém calcula. Ninguém há de

saber o que lutei para ganhar-te,
para querer-me ali, e em qualquer parte,
e, enfim, nos enlaçarmos com ardor.

Fogo em que conservamos, te asseguro,
a minha felicidade e o teu futuro
para viver tão puro e santo amor.
-
AMOR, SEMPRE AMOR (2)
-
Mudam-se tempos, vidas e pesares,
mas, como outrora, a amar continuaremos.
Amo-te mais, não queiras nem saber,
amas-me mais agora e como sempre.

Se outrora caminhamos de mãos dadas,
era o medo do mundo e suas garras.
Já hoje nos soltamos pra andar juntos,
pra mais amar, que o nossa amor se aclara.

Teu corpo de menina e de mulher
Que tanto outrora já me deu ciúmes,
Hoje é prazer e graça como nunca.

Sendo eu feio, invulgar, e tu, tão bela
formamos lindo par por toda a vida
e abraçaremos outras se inda houver.
-
DEUSA
-
Era uma deusa humanamente bela,
de olhos molhados a deitarem luz,
sobre perdidos corações sem cores.
Desprendia paixões nos seus encantos.

Da carne, o cheiro, a tepidez, o orvalho
eram pingos da tarde... E a noite vinha.
Mas o brilho dos olhos tão intenso
iluminava todos os caminhos.

E eu disse - “tolo”! - à blusa desdobrada
à brisa, que assanhava as mentes frias,
cheia da graça dos recantos da alma.

De repente, nas asas dos seus braços
levado vi-me e, pelos céus abertos,
caírem penas pelos meus pecados.
-
DESCIDA
-
Quantos anos que gente sobe a vida
pensando que subiu, cresceu, mudou,
a enganar-se na festa e na bebida,
pra ignorar o mundo – este robô!

Vive-se o tempo. E as horas consumidas
em vãos gozos e gulas, sem fronteiras,
desconhecem as dores pressentidas,
e o fumo das batalhas derradeiras.

Ninguém espreita a onda dos mistérios,
da velhice, da doença e o conteúdo
de mascarados e sutis impérios.

A lei da morte apaga amor, carinhos,
porque o tempo de Deus ficou desnudo
na cruel desesperança dos caminhos.
-
A DEUSA NUA
-
Vi uma deusa solitária e nua,
a correr pelas praias. Seu segredo
era o silêncio. Eu quase senti medo
daquela cor de prata, cor de lua.

Corri para apanhá-la, ainda era cedo!
Com vergonha de mim, vindo da rua
tão faminto e cansado. E ela recua...
“Se deusa for”, gritei, “vou ficar quedo”.

E ela correu de novo... E, atrás, perdido,
desesperado, eu, louco e comovido,
queria o mel dos lábios cor de beijos.

Cego e surdo, ante aquela formosura,
seio pulsante, o’ estranha criatura!...
Caí morrendo a morte dos desejos.
-
A PARTIDA
-
Na partida os adeuses, gume e corte
dos prazeres do amor, quanto tormento!
Cada qual que demonstre quanto é forte,
lábios secos mordendo o sentimento.

Do ser brotam soluços a toda hora,
as faces no calor do perdimento,
olhos no chão, no ar, por dentro e fora,
pedem aos céus a força e o alimento.

Ninguém vai, ninguém fica. Oh! se reparte
no transporte que liga e que desliga!
Confusão de saber quem fica ou parte.

Não se explica tamanha intensidade
Amarga, e doce, e errante, que interliga
os corações perdidos de saudade.

EX-ANIMAL

Impossível falar à alma de um
dos viventes de Deus sobre esta lida,
sobretudo o que vai na alma ferida,
ou na lembrança que não é comum.

Somos ilhas cercadas por nenhum
outro ser dito irmão. Nada o convida
a um mínimo de esforço que dê vida
ou assunção de problemas, seja algum

conselho, bate-papo ou sofrimento
sobre ações, pensamentos e palavras,
salvo se se tratar do testamento.

O desumano egoísmo é sem limite,
do prazer de si só faz suas lavras,
e o mundo inteiro que se dinamite.
-
AS COISAS QUE...
-
Passo a limpo os guardados, vejo a capa
de um livro de poemas que me roeu
por ter nele o meu rosto!... Olho-o, à socapa,
tentando deslembrar quem era eu.

O mundo é diferente em cada etapa,
e a gente nem percebe que sofreu.
Já não quero sequer buscar, no mapa,
a alma, o sonho onde ela se perdeu.

Como senti-me mal naquele dia!
Mas me guardei daquela coisa fria
pra me esquecer, enfim, que fui um jovem.

Por que perder meu tempo em desmazelo?
Se o passado morreu já não é belo,
quero o presente e as coisas que nos movem.
-
CAMINHANTE
-
No início, para trás eram meus passos,
mesmo assim alcancei quem se atrasou
mais do que eu, quem nada me escutou.
Meus pés doíam presos a alguns laços...

De rosto, a olhar em volta do ocidente,
jamais ouvi um som de voz alheia,
sem ver minhas pegadas pela areia,
a curtir um passado inconseqüente.

Fiz pecados tão poucos, rezei tudo.
Cansado de falar me tornei mudo,
de tanto acreditar fiquei descrente.

Atrasei-me de amor pelo vizinho,
mas descobri, agora, que sozinho
ainda posso dar passos para frente.
-
DA VIDA E DA MORTE
-
Há quem busque esta vida noutra vida,
e são felizes recriação da morte.
E quem encontre a vida na antemorte,
e são felizes plenamente em vida.

Por que preocupar-se com a tal morte,
se ela vem no seu tempo como a vida,
ou depois. E se o ente está sem vida,
logo o engana e faz dele vida e morte?

Há quem, afadigado pela vida,
transforme a vida-vida em vida-morte
e passe uma existência sem ter vida.

E os que só vivem dissecando a morte
pra saber se depois da vida há vida,
ou se depois da morte tudo é morte.

Fonte:
O Autor

Francisco Miguel de Moura (1933)

Chico Miguel nasceu na cidade de Francisco Santos-PI (outrora povoado “Jenipapeiro”, município de Picos), aos 16/06/1933. Estudos primários com seu pai; ginasial e contabilidade, em Picos, onde casou e residiu alguns anos. Formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e pós-graduado na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, onde residiu cerca de 3 anos. Funcionário aposentado do Banco do Brasil. Mestre-escola como seu pai, funcionário público municipal (escrivão de Polícia), radialista, professor de língua e literatura, cujas atividades não mais exerce. Dedica-se exclusivamente a ler, escrever, fazer palestras e brincar com os netos. Já ganhou prêmios em todos os gêneros que pratica, até em trovas no Ano do Sesquicentenário.

Colabora nos diversos jornais de seu Estado, entre os quais “O Dia”, “Diário do Povo” e “Meio Norte”; nas revistas “Literatura”, de Brasília (hoje editada em Fortaleza), “Poesia para todos”, do Rio; “LB - revista da literatura brasileira”, São Paulo; “Almanaque da Parnaíba”, “Cirandinha”, “De Repente”, “Revista da Academia Piauiense de Letras”, “Cadernos de Teresina” e “Presença”, de Teresina. É também colaborador permanente dos jornais “Correio do Sul”, Varginha, MG; “Diário dos Açores”, das Ilhas dos Açores e “O Primeiro de Janeiro” (Suplemento Cultural “das Artes das Letras”), de Porto, Portugal. Ultimamente, vem sendo editado pelas revistas “Lea” e “Clarín”, editadas na Espanha; “Pomezia-Notizie”, Itália; e “Jalons”, na França.

É sócio efetivo da União Brasileira dos Escritores e da Academia Piauiense de Letras, e membro-correspondente da Academia Mineira de Letras e da Academia Catarinense de Letras.

Por força de sua atividade como funcionário do Banco do Brasil, além de na cidade de Picos, morou na Bahia (Capital e interior) e no Rio, e por último em Teresina, onde concebeu e publicou a maioria de suas obras.

A obra de Francisco Miguel de Moura recebeu enorme manifestação da crítica, vinda de escritores de todo o país, inclusive críticos literários como João Felício dos Santos, Fábio Lucas, Nelly Novaes Coelho, Rejane Machado, Olga Savary, cujo material quase todo foi reunido em dois volumes já publicados: “Um Canto de Amor à Terra e ao Homem” (Editora da Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2007) e “Fortuna Crítica de Francisco Miguel de Moura” (Edições Cirandinha, Teresina-PI, 2008).

Chico Miguel ama as artes, a poesia (literatura) especialmente – pelo trabalho que realiza com a palavra; ama o ser humano (o “eu” e o “outro”) e a natureza, quase como se fosse uma religião sem dogmas. Enquanto as religiões e a ciência são, de certa forma, indiscutíveis, incontestáveis, despóticas, portanto, a arte é humilde e trabalha em torno da humanização do homem, que ainda está bem longe. Talvez essas sejam as razões do seu agnosticismo.

POESIA:

“Areias”, editora Correio de Timon Ltda. Timon - MA, 1966. “Pedra em Sobressalto”, Pongetti, Rio, 1972;
“Universo das Águas”, Grupo Cirandinha,Teresina, 1979;
“Bar Carnaúba”, Universidade Federal do Piauí,Teresina, 1983;
“Quinteto em mi(m)”, Editora do Escritor, Rio, 1986;
“Sonetos da Paixão”, Ed. Ciradinha,Teresina, 1988;
“Poemas Ou/tonais”, Ed. e Gráfica Júnior Ltda.,Teresina, 1991; “Poemas Traduzidos”,Gráfica e Ed. Júnior Ltda., Teresina, 1993; “Poesia in Completa”, Ed. Fundação “Mons. Chaves”,Teresina, 1998 (comemorando os 30 anos de poesia);
“Vir@gens”, Editora Galo Branco, Rio, 2001:
“Sonetos Escolhidos”, Editora Galo Branco, Rio Rio, 2003;
“Porta Folio: 40 Sonetos”, Editora Guararapes, Recife-PE, 2003;
“Antologia”, Edições Cirandinha, Teresina, 2006;
“Tempo contra Tempo”, Edições Cirandinha, Teresina, 2007 (este em co-autoria com Hardi Filho);
“A®fogo – Romance da Revolução”, Paco Editorial, São Paulo, 2010;
“Cinquenta Sonetos” – Editora Guararapes – EGM, Recife - PE
Inéditos:
“Itinerário de Passar a Tarde”, “O Coração do Instante”, “A Casa do Poeta”, “Lindes do Caminho”, “As Cores a Cor”, “A Sombra do Silêncio, “A Jóia Rara” , “50 Poemas Escolhidos pelo Autor”, “Testemunho” e “Novos Poemas”.

ROMANCES:

“Os Estigmas” Ed. do Escritor, SP, (1984), reeditado em 2004, Ed. Cirandinha);
“Laços de Poder”, Projeto Petrônio Portela, Teresina (1991); premiado, 1º lugar (prêmio Fontes Ibiapina, da Fundação Cultural do Piauí;
“Ternura”, Ed Univ. Federal do Piauí, 1993 - reeditado em 2011-Ed. Livro Pronto – SP),
“D. Xicote”, Ed. do Governo do Estado do Piauí, 2005, em conj.com outros. Com este ganhou 2º lugar do prêmio Fontes Ibiapina em 2003;

Inédito:
“O Crime Perfeito”- terminado de escrever em julho de 1991, na praia da Atalaia,Luís Correia – PI.

CONTOS:

“Eu e meu Amigo Charles Brown”, Fundação Petrônio Portela, 1986,
“Por que Petrônio não Ganhou o Céu”, Companhia Editora do Piauí, 1999;
“Rebelião das Almas”, Academia Piauiense de Letras/Banco do Nordeste, Teresina, 2001.

CRÔNICAS:

“Eu e meu Amigo Charles Brown”, Projeto Petrônio Portela, Gráfica e Editora Júnior, Teresina, 1996;
“A Graça de cada Dia”, Edições do Autor/SIEC, Teresina, 2009;
“O Menino quase Perdido” - que não se enquadra bem na categoria de crônicas, assim chamei-o de “memorial” – Projeto A. Tito Filho/Fundação Culural Mons. Chaves, Teresina, 2009.

CRÍTICA LITERÁRIA:

“Linguagem e Comunicação em O. G. Rego de Carvalho”, 1972/1997, 1ª e 2ª edições, respectivamente, a primeira pela Editora Artenova, Rio; a segunda pela Universidade Federal do Piauí;
“A Poesia Social de Castro Alves”, Editora do Escritor, São Paulo, 1979;
“Um Depoimento Pós-Moderno” , Ed. Cirandinha, Teresina, PI, 1989; (este depoimento teve ma 2ª ed. em Goiânia – GO);
“Assis Brasil” (em conjunto com Edmilson Caminha), Projeto Petrônio Portela, Teresina, PI, 1989;
“Castro Aves e a Poesia Dramática”, Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1998;
“Moura Lima: Do Romance ao Conto”, Ed. da Universidade de Tocantis, Araguaina-TO, 2002.

NOTA: - Além disto, devem ser considerados na mesma área:
“Piauí: Terra, História e Literatura” (cr[itica e antologia), Ed.do Escritor, São Paulo, 1980;
“Literatura do Piauí”, Academia Piauiense de Letras, Teresina, 2001;
“Miguel Guarani, Mestre e Violeiro”(biografia), Edições Cirandinha/FUNCOR, Teresina, 2005.
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Fonte:
O Autor