quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Arthur Thomaz (Devaneios) – 2 -

 

Mensagem na garrafa = 100 =

Odenir Follador
Palmeira/PR, 1948 – 2021, Ponta Grossa/PR

CRIANÇAS DE HOJE

Vivemos hoje um momento, em que a tecnologia se faz presente, através de seus infinitos aparelhos eletrônicos, novidades essas que se alterna quase que diuturnamente, levando ao desejo premente de conquista, de tão sonhados frutos, da atual era da explosão digital; e com isso, prendendo a atenção de crianças e adolescentes, principalmente das crianças, que hoje, muitas vezes ociosas, já não brincam da mesma forma como as crianças do passado: Se perguntarmos às crianças de hoje, sobre suas brincadeiras preferidas... Com certeza a maioria responderia que seriam os celulares e computadores. Sem sequer imaginarem do perigo existente nas redes sociais, formado por pessoas malévolas e sem escrúpulos, exigindo por parte dos pais maior atenção e vigilância.

Em pleno século atual, a maioria das crianças desconhece o real significado de “brincar”. Palavra pequena e ao mesmo tempo grandiosa e prazerosa. Podemos afirmar que as brincadeiras sofreram evoluções, mas a essência “criança” permanece. Voltando um pouco no tempo, vejamos como eram as brincadeiras tão inocentes, que faziam parte do dia a dia das crianças àquela época: brincadeiras de roda, cirandinha, pular amarelinha, pular elástico, pular corda, pião, bolinhas-de-gude, carrinho de rolimã, perna-de-pau, bete ombro, etc. 

Brincar é acima de tudo, produzir prazer, vivenciar momentos e lugares aprazíveis com seus amigos, onde se busca nas brincadeiras uma forma de extravasarem suas energias; unindo-as numa forma de criatividade, integração, companheirismo, socialização e autoestima. É também através das brincadeiras que eles aprendem a seguir, respeitar e criar regras, se conscientizando que todos são iguais em cor, raça e religião. O ato de brincar é indispensável à saúde física, mental e ao aprendizado em geral.
(Texto enviado pelo autor)

Cantiga Infantil de Roda (Os escravos de Jó)

 “Os escravos de Jó” é uma cantilena cuja origem, significado e letra é motivo de controvérsia. Presume-se que fazem alusão aos escravos que em África juntavam caxangá (uma espécie de crustáceo). É usada num jogo infantil que remota ao século XVIII. Para se jogar, forma-se uma roda de jogadores e, ao ritmo da lenga-lenga*, inicia-se o jogo passando um objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, ao mesmo tempo que recebem com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda, trocando-o rapidamente de mão. O que se enganar e deixar cair o objeto, perde e sai da roda.
 
 Os escravos de Jó,
 Jogam cachangá.
 Tira, põe, deixa ficar.
 Guerreiros com guerreiros,
 Fazem zigui, zigui, zag. (repete)
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 
Lenga-lenga = Ao entrar em contato com as lenga-lengas dentro da narrativa, a criança brinca utilizando-se da repetição e da memorização, atitudes essas que já fazem parte do seu dia a dia e que geralmente ela já aprecia, pois combinam o lúdico, a musicalidade, as rimas e até mesmo ritmos variados. Assim, a possibilidade de repetir sons, palavras e expressões de forma musicalizada ou com rimas, faz com que as crianças se interessem mais ainda pela história proposta. (fonte: https://www.bombombooks.com.br/blogs/news/lenga-lengas)

Eduardo Affonso (Margens Plácidxs)

– “Ouviram do Ipiranga as mar…

– Não, Joaquim Osório. Definitivamente, não. Com esse “ouviram”, você exclui as pessoas com deficiência auditiva. Vamos mudar para “Aconteceu às do Ipiranga plácidas margens…”

– Acho que a métrica e o ritmo perdem um pouco, Francisco Manoel.

– Cuide da letra, que da música cuido eu. Continue.

– “De um povo heroico o brado retumbante”.

– Você e essa sua obsessão auditiva!

– Mas é que houve um grito do Ipiranga, não um perfume do Ipiranga, um toque do Ipiranga, um gostinho do Ipiranga…

– Não importa. O hino tem que ser inclusivo. Não é só dos que têm ouvido absoluto.

– Mas depois eu falo que “O sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátr… “

– Aí você exclui, de uma tacada só, as pessoas com deficiência visual e aquelas com transtorno de fluência, que terão dificuldade com tanta proparoxítona.

– Quer dizer que não dá pra usar fúlgido, vívido, límpido, esplêndido, símbolo, flâmula?

– Sem chance. Proparoxítona é instrumento de opressão, é preconceito linguístico e elitismo no úrtimo.

– Mas o Chico Buarque…

– O Chico Buarque nem nasceu, e quando ele escrever uma música cheia de proparoxítonas, os seguidores dele criam uma narrativa e justificam tudo. Tira as proparoxítonas.

– Tá bom. Aí vem “Conseguimos conquistar com braço forte…”

– Que #$%@* é essa, Joaquim Osório? “Braço forte”. Eu, hein!

– Calma, que depois eu compenso com “Em teu seio, ó liberdade…”

– Aí deixa de ser homoafetivo pra ser bissexual. Braço forte também pode soar ofensivo a quem tem distrofia muscular ou não frequenta academia. E o lance do seio vai pegar super mal com quem teve que se submeter a mastectomia ou botou um implante de silicone industrial.

– Não menciono nenhum sentido, nenhuma parte do corpo, então?

– Melhor não. Sem contar que falar em bíceps e seios pode dar uma conotação sexual, e temos que pensar nos atletas de Cristo, nos que escolheram esperar, nas pessoas com disfunção erétil ou do desejo sexual, e nos que não conseguem pegar ninguém.

– Aí vem um trecho bonito, ó: “Em teu formoso céu, risonho e límpido, a imagem do cruzeiro resplandece”.

– Por que valorizar o formoso, depreciando o esteticamente desfavorecido? Para quê enaltecer o risonho, em detrimento dos odontologicamente deficitários? E que bairrismo futebolístico é esse de falar só do Cruzeiro?

– Mais adiante eu falo do “florão d’América”.

– Mas continua discriminando os torcedores do Atlético Mineiro. Tínhamos combinado que não era para misturar hino e futebol, Joaquim. Corta. Essa parte do “Gigante pela própria natureza” discrimina as pessoas verticalmente prejudicadas (ou os não muito bem dotados). Corta. O “és belo” reforça a ditadura da beleza. Corta. Esse “és forte”… Putz, isso aqui é o hino nacional, não uma competição de halterofilismo ou o show dos leopardos! C-o-r-t-a.  

– Bom, Francisco Manuel, se as alterações são só essas…

– E a segunda parte?

– Mas Chico…

– Me dá essa letra aqui. Hmmm… “Berço esplêndido” é elitista, e marginaliza os que têm que colocar o filho para dormir na cama do casal por não dispor de verba para adquirir nem um bebê conforto. Corta. Voltou a falar em “Ao som do mar e à luz do céu profundo”, sem consideração pelas pessoas privadas da audição e da visão. Corta. Esse adjetivo “límpido”, não bastasse ser proparoxítona, segrega os de hábitos higiênicos diferenciados. Corta.

– Chico…

– “Amor eterno” é bullying com os que levaram um chute. Corta.

– Deixa pelo menos o refrão, ou vou ter que refazer tudo. Esse não tem nada pra corrigir: “Dos filhos…

– … e filhas.

– “… deste solo…”

– … e desta terra.

– “…és mãe…”

– … biológica ou adotiva.

– “… gentil…”

– … mas podendo expressar democraticamente sua agressividade.

– “…pátria amada…”

– … pátria e mátria, amada, amado e amadx.

– “…Brasil!”

– Ótimo. O “Brasil” ficou bom. Essa parte pode deixar. Mas o resto você conserta, por favor. A gente nunca sabe que revertério pode dar neste país, no futuro, e não quero ninguém criticando o nosso trabalho.

Fonte: Blog do Autor. 26 de abril de 2018

Maria Nascimento Santos Carvalho (O Riso na Trova)


A sogra mandava em tudo,
e o tadinho do Tadeu
só pôde andar cabeludo
depois que a dita morreu.
= = = = = = = = = 

Ele paquera na encolha
embora sendo casado,
pois quem tem sogra caolha
tem que ter faro dobrado.
= = = = = = = = = 

Esconde, quando se pinta,
a idade, mas nem se manca
que, enchendo a cara de tinta,
não faz sumir a pelanca!
= = = = = = = = = 

É tão bagulho a Sofia
que, ao vê-Ia, a turma diz: - Puxa!
Parece que todo dia
se fantasia... de bruxa!
= = = = = = = = = 

É um compromisso de morte
que à liberdade põe fim:
Aceita-a como consorte?
E o sem-sorte diz que sim!
= = = = = = = = = 

Fica enfezada a coroa,
se a chamam Senhora, e, aflita, 
reclama logo: - Essa é boa!
Senhora não! Se-nho-ri-ta !
= = = = = = = = = 

Homem casado, quando ama
outras mulheres na rua,
levanta aquelas da lama
e põe defeitos na sua !
= = = = = = = = = 

Incurso em poligamia,
depois que foi condenado,
disse: - Credo! eu nem sabia
que já tinham me casado !
= = = = = = = = = 

Mentes com tanta meiguice
e com tanta ingenuidade
que esses teus disse-me-disse
até parecem verdade ...
= = = = = = = = = 

Minha sogra, a mascarada
que finge ser inibida,
já foi muito mais testada
do que pista de corrida ...
= = = = = = = = = 

O Colares não se amola,
pois quando não estudou,
na hora da prova cola,
porque se colar ... colou!
= = = = = = = = = 

Perto de oitenta e donzela,
ainda pede a Santo Antônio
para interceder por ela
nas tentações do Demônio.
= = = = = = = = = 

Por ser conservada a Alice
e ter a pinta que tem,
se aposentou por velhice
e ainda espera neném...
= = = = = = = = = 

Por ser direito, na escola
não se vinga com besteiras:
tira zero, mas não cola
nem chicletes nas carteiras.
= = = = = = = = = 

Quando a isca está perfeita,
pesco ate peixe cozido,
mas não consigo a receita
para "pescar" um marido!
= = = = = = = = = 

Quando a Sara viu o custo
do tratamento que fez,
tomou um tamanho susto
que adoeceu outra vez.
= = = = = = = = = 

Se a galinha vai no embalo
cantando o mesmo estribilho
ou quer conquistar um galo,
ou, então, um grão de milho.
= = = = = = = = = 

Sempre contando lorota,
diz que fala até chinês,
e, ao dizer-se "poligrota",
assassina o português.
= = = = = = = = = 

Sou nordestina valente,
minha coragem não falha,
mas, quando eu vou mesmo em frente,
vem o medo... e me atrapalha!
= = = = = = = = = 

Tão avarenta é a Marcela,
apesar de ser ricaça
que nem um sorriso dela
ninguém consegue de graça ...
= = = = = = = = =

Tem rugas que mete medo,
banca o broto e não repara
que é inútil fazer segredo
de um troço que está na cara!
= = = = = = = = = 

Tem tanto segredo, tanto,
que, em seu diário, a Inocência
escreve pouco... no entanto,
fala tudo a reticência.
= = = = = = = = = 

Vai sempre ao banho de mar,
mas não enfrenta as marés,
porque quer mesmo é "pescar"
um "barbudo"... de dois pés.
= = = = = = = = = 

Velando o bom companheiro,
como era boa, a viuvinha
arranjou logo um parceiro
para não chorar sozinha!
= = = = = = = = = 

Viuvinha bem decente,
sofreu tanto a Florisbela,
que um seu vizinho clemente
resolveu morar com ela.
= = = = = = = = = 

Xingou o genro de tudo,
a bomba velha porque
ele botou cola-tudo
noutra bomba: a de laquê!

Everton Sobral (Qual a importância de datas como o dia do folclore nacional na educação infantil conectada de hoje?)

Datas como o Dia do Folclore Nacional são muito importantes na educação infantil, principalmente no atual momento, de grande transformação digital.

Com crianças cada vez mais conectadas, abordar temas dos nossos ancestrais, já nos primeiros anos escolares, permitem que as crianças explorem e valorizem a cultura e tradições locais, ao mesmo tempo, promovendo a diversidade e o respeito às diferentes manifestações culturais.

Além disso, essas datas podem servir como pontos de partida para atividades interdisciplinares, envolvendo história, geografia, arte e literatura, enriquecendo, de maneira lúdica, a experiência educativa das crianças.

O PAPEL DO FOLCLORE NACIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

No mundo onde a tecnologia está presente em quase todos os aspectos de nossas vidas, é essencial refletir sobre o papel das tradições culturais e datas comemorativas, como o Dia do Folclore Nacional, na educação infantil.

Essas datas especiais não só celebram a riqueza cultural de um país, passada de geração para geração, mas também desempenham um papel fundamental na formação das crianças, tanto no passado quanto no presente.

A CULTURA ANTES DA ERA DIGITAL

Antigamente, as crianças curtiam o tempo livre e desconectado da tecnologia. Passavam seus dias explorando a natureza, ouvindo histórias contadas pelos mais velhos e participando de brincadeiras tradicionais passadas de pais para filhos.

“Pique-pega”, “pique-lateiro”, “pique-esconde”, “ciranda cirandinha”, “cabra-cega”, entre outras são brincadeiras de momentos presentes apenas na lembrança de quem viveu o período anterior à Era da tecnologia.

O contato direto com as tradições culturais era parte de suas vidas, e datas como o Dia do Folclore Nacional serviam como oportunidades para aprofundar esse contato, através de festividades locais, apresentações teatrais e atividades educativas.

FOLCLORE NACIONAL NA ERA DIGITAL

No entanto, na era digital em que vivemos hoje, as crianças estão frequentemente presas aos estímulos eletrônicos, o que pode fazer com que fiquem desconectadas de suas raízes culturais e tradições.

Por isso, datas como o Dia do Folclore Nacional ganham uma importância ainda maior na educação infantil.

A presença das antigas comemorações na educação infantil oferece uma oportunidade valiosa para as crianças se reconectarem com suas heranças culturais, explorarem sua identidade e desenvolverem um senso de pertencimento à comunidade.

Além disso, colabora para a formação de um cidadão dotado de empatia e respeito pela diversidade.

COMO APROVEITAR O FOLCLORE NACIONAL NA ATUAL EDUCAÇÃO INFANTIL?

Uma das maneiras de aproveitar ao máximo essa data na educação infantil de hoje é integrar a tecnologia de forma criativa e significativa.

Em vez de substituir as tradições culturais, a tecnologia pode ser usada para enriquecer e ampliar a experiência das crianças.

Por exemplo, os educadores podem utilizar recursos digitais, como vídeos, aplicativos e jogos educativos, para apresentar às crianças histórias, músicas e danças folclóricas de diferentes regiões do país.

Isso não só torna o aprendizado mais envolvente e acessível, mas também ajuda as crianças a desenvolverem habilidades digitais, essenciais para o mundo atual.

INTEGRANDO SABERES

O Dia do Folclore Nacional oferece a oportunidade de interdisciplinaridade na educação infantil.

Os educadores podem integrar atividades relacionadas em diferentes áreas do saber, como história, geografia, arte e literatura.

Por exemplo, os alunos podem estudar a história e origem das tradições, explorar as diferentes regiões do país onde essas tradições são praticadas, criar obras de arte inspiradas no folclore local e ler contos e lendas folclóricas.

Além disso, as crianças podem ser incentivadas a compartilhar suas próprias experiências e conhecimentos sobre o folclore com seus colegas, acrescentando no aprendizado e valorizando a diversidade cultural.

CONCLUSÃO 

Em um mundo cada vez mais globalizado, é extremamente necessário que as crianças aprendam a respeitar e valorizar as diferentes culturas e tradições, e o Folclore Nacional oferece uma oportunidade valiosa para isso.

Portanto, o Dia do Folclore Nacional, permite que as crianças, da conectada educação infantil, se reconectem com suas raízes culturais, explorem sua identidade e desenvolvam um senso de pertencimento à comunidade.

Integrando a tecnologia de forma criativa e significativa, e promovendo a interdisciplinaridade, os educadores podem aproveitar ao máximo esse momento, enquanto enriquece a experiência educativa das crianças e as prepara para se tornarem cidadãos globais conscientes e respeitosos.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 
Everton de Oliveira Sobral é de São Paulo, capital, apaixonado por Marketing digital, SEO e jornalismo. Possui o Blog Agosto Urbano https://agostourbano.com.br/, que produz conteúdos atraentes sobre os mais variados temas, desde arquitetura e construção até cotidiano e bem-estar.
Fonte> Texto enviado pelo autor 

Hinos de Cidades Brasileiras (Angra dos Reis/RJ)


Letra: Carmem Dolores

Vou cantar tua beleza
Angra dos Reis
Quem te conhece quer te ver
Mais uma vez

Teu cenário de grandeza
Joia rara de beleza
O teu nome é tradição
Tens dos teus filhos amor e carinho
No coração

O verde do teu mar
Angra dos Reis
A luz do teu luar
Angra dos Reis
O brilho do teu sol
Angra dos Reis

Nós queremos cantar
E se o destino daqui me levar
Hei de voltar

No teu céu estrelas mil
Sempre a brilhar
Pedacinho do Brasil
Glória sem par

No teu solo hospitaleiro
Nossas crenças nossos sonhos
E a fé no teu porvir
Sempre serás dos teus filhos a luz
Que nos conduz

O verde do teu mar
Angra dos Reis
A luz do teu luar
Angra dos Reis
O brilho do teu sol
Angra dos Reis

Nós queremos cantar
E se o destino daqui me levar
Hei de voltar

XXXVIII Concurso de Poesia Brasil dos Reis (Prazo: 2 de março)


R E G U L A M E N T O • 2 0 2 4

INSCRIÇÃO

1) Aberta em 01/07/2023 e encerrada em 02/03/2024.

2) Poderá participar do concurso qualquer pessoa residente em território nacional ou em país em que a Língua Portuguesa seja oficial.

3) O trabalho, em envelope fechado, sem identificação externa, poderá ser enviado pelo correio ou entregue diretamente na sede do Ateneu ou encaminhado por e-mail.

ATENEU ANGRENSE DE LETRAS E ARTES
XXXVII Concurso de Poesia “Brasil do Reis”
Rua Arcebispo Santos, n° 135 • (Praça Zumbi dos Palmares) – Centro
CEP. 23900-160 Angra dos Reis-RJ

E-mail: ateneuangrense@gmail.com

4) Cada participante poderá concorrer com um único trabalho, inédito, tanto na modalidade Soneto, quanto na modalidade Verso Livre, sendo que, para Verso Livre será observado o máximo de 30 versos.

4.1) É facultado, excepcionalmente, aos residentes em Angra dos Reis, Mangaratiba, Paraty, Itaguaí e Rio Claro participar tanto no âmbito regional, quanto no nacional.

5) Pelo Correio: O trabalho deverá ser apresentado em 6 (seis) cópias, digitado em tamanho 12, fonte: Times New Roman, contendo apenas o título e o pseudônimo do autor, acompanhado de sobrecarta identificadora, fechada, com o tema e o pseudônimo do autor na parte externa bem como a identificação, se é regional ou nacional, e, em seu interior, o pseudônimo, o nome do autor, o endereço, correspondente, inclusive e-mail e telefone. 

6) Pelo E-mail: Quanto aos trabalhos encaminhados por e-mail, os concorrentes enviarão o trabalho e as informações necessárias descritas no Item 5 para o e-mail do ateneuangrense@gmail.com, que o encaminhará à Comissão Julgadora, sem a identificação do autor.

TEMA E MODALIDADE

REGIONAL:
Para os concorrentes residentes em Angra dos Reis, Mangaratiba, Paraty e Rio Claro, os temas são:

Soneto: GENTILEZA

Verso Livre: SEGREDO

Para os demais concorrentes, os temas são:

NACIONAL:

Soneto: SERENIDADE

Verso Livre: CRIAÇÃO

7) Para todos os efeitos legais o participante do presente concurso declara ser o legítimo autor do poema/Soneto inscrito e garante o ineditismo do mesmo, nunca ter participado com a poesia/Soneto concorrente em outros concursos ou publicado em mídia eletrônica ou impressa, responsabilizando-se e isentando o Ateneu Angrense de Letras e Artes de qualquer reclamação ou demanda que, porventura, venha a ser apresentada em juízo ou fora dele

8) A Comissão Julgadora das poesias, indicada pela coordenação do concurso, selecionará os 10 (dez) melhores trabalhos em cada modalidade, classificando-os com pontuação de 01 (um) a 10 (dez)

9) Os participantes cujos trabalhos forem classificados terão ciência do resultado, através de correspondência, telefone ou e-mail e outras mídias eletrônicas.

10) Cada participante só poderá ser classificado uma única vez, valendo a melhor classificação. 

11) Os 3 (três) primeiros participantes, cujos trabalhos foram classificados, deverão indicar previamente os intérpretes de sua poesia para a na noite de premiação.

PREMIAÇÃO

12) Receberão troféu e certificado de classificação os autores dos 3 (três) melhores trabalhos, no dia da Solenidade de premiação do concurso, e certificado de Menção Honrosa os autores com trabalhos classificados do 4° ao 10° lugar.

13) Os 3 (três) primeiros trabalhos classificados, participarão do Concurso de Interpretação.

14) O intérprete primeiro classificado, em cada MODALIDADE, será premiado com troféu e certificado.

15) A entrega dos prêmios e a interpretação dos melhores trabalhos acontecerá, em sessão solene, no dia 18/05/2024, em local e horário a serem divulgados oportunamente.

16) As poesias classificadas não poderão ser divulgadas antes da premiação.

17) Os 10 (dez) melhores trabalhos de cada modalidade serão publicados pelo Ateneu Angrense de Letras e Artes, serão enviados digitalmente para os participantes e Comissão Julgadora. 

DIREITOS

18) O ATENEU ANGRENSE DE LETRAS E ARTES reservará para si o direito de publicar as poesias classificadas.

19) Os trabalhos inscritos não serão devolvidos.

20) Ao fazer sua inscrição, o concorrente aceitará os termos deste regulamento, ficando sujeito à desclassificação pelo não cumprimento do mesmo.

21) Os casos omissos serão resolvidos pela comissão organizadora.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Edy Soares (Oceano de Trovas) – 4 –

 
Quadro com a trova obtida no facebook do trovador

Mensagem na Garrafa = 99 =

 
Mara Melinni Garcia
Caicó/RN

FOTOGRAFIA

Não busco da vida o intento
senão de ser, todo dia,
feliz a cada momento
no meu ninho de poesia!
Mara Melinni Garcia

Quero a delicadeza do nascer do sol que, raio a raio, ilumina nossos dias com seu brilho, para que eu seja luz na vida dos que me cercam.

Quero a beleza simples e formosa da flor mais comum, que se sustenta no solo árido, para que nenhuma tristeza ou dificuldade ofusque a beleza da minha alma.

Quero todas as cores dando vida aos meus sentimentos, para que não padeçam meus sonhos no frio passar do relógio.

Quero a inspiração dos momentos mais puros e humanos - o sorrir de uma criança, o abraço caloroso dos meus pais, uma mão amiga quando eu precisar de ajuda e não pedir... - preenchendo meus espaços vazios.

Quero a paz do voo livre de um pássaro... Para que meus braços permaneçam firmes diante do grandioso céu chamado vida.

Quero o amor em sua forma mais serena e branda, com a leveza que protege, acalenta e cura.

Quero o sustento da oração que me ampara, para que eu não sinta medo e nem me perca da esperança.

Quero ser respeitada e admirada...

NÃO POR AQUILO QUE TENHO,
MAS POR AQUILO QUE SOU.

Cantiga Infantil de Roda (Bela pastora)


É uma roda de meninas, com uma do lado de fora. Cantam as da roda:

Lá em cima daquela montanha
Avistei uma bela pastora
Que dizia em sua linguagem
Que queria se casar

Quando as da roda cantam o quarteto seguinte, a pastora vem para o meio, a fim de aprender a brincar:

Bela pastora entra na roda
Para ver como se brinca
Uma roda, roda e meia
Abraçais quem vós quereis

A garota que for abraçada, será então a pastora seguinte.

Fonte: Veríssimo de Melo. Rondas infantis brasileiras. São Paulo: Departamento de Cultura, 1953.

Milton Souza (Bilhetinho de Dia dos Avós)

“Sabe vovó, eu tô escrevendo este bilhetinho porque a profe da minha escolinha me disse duas coisas: que hoje é o Dia dos Avós. E que as vovós e vovôs são as únicas pessoas que conseguem ler e entender as cartinhas de quem ainda não sabe escrever direito.

Eu sei que já sei escrever direito. Sempre que pego num lápis ou numa caneta, encho de letras e desenhos qualquer folha de papel. Mas até agora eu não entendia porque quando mostrava para os adultos os meus escritos eles só diziam: “Que riscalhada”. E eu ficava triste. Porém, quando mostrava para a senhora estes mesmos papéis, a senhora conseguia ler o que eu tinha escrito. Minha lua, meu sol, minha nuvenzinha, minhas casas e até o cachorro que eu sempre escrevia, a senhora lia, entendia e ainda misturava tudo e transformava em gostosas historinhas. Ainda bem que a minha profe me avisou que somente as vovós e os vovôs entendem e sabem ler o que os netinhos escrevem...

Eu quero aproveitar este bilhetinho, vovó, para te pedir desculpas por ter quebrado a santinha que estava na mesinha ao lado da tua cama. Eu sei que tu ficou braba comigo e com o vovô. Mas foi sem querer. A gente tava brincando de cavalinho e eu caia do cavalo em cima da cama. Eu ouvi tu dizer muitas vezes: - “Esta menina vai cair no chão e vai se machucar”. Terminei caindo mesmo, mas foi sobre a tua santinha. Mas não me machuquei. Sei que tu não achou graça nenhuma. Mas foi tri-divertido Eu e o vovô nos escondemos debaixo do lençol para poder rir. Não fica braba com a gente...

Outra coisa, vovó. Quero te dizer que gosto muito de trocar segredinhos contigo. Eu te conto coisas que nem a mamãe pode saber por que sei que tu não contas para ninguém. São segredinhos só nossos, viu. Eu sei que a mamãe ficaria brada se soubesse que tu me dá um monte de balas, que faz coisas gostosas para eu comer quando te digo que estou com fome, que deixas de ver a novela para que eu possa ver os meus desenhos na TV e que me deixas brincar de dar banho na minha boneca com água de verdade. Mas sei que tu não contas e, por isso, gosto ainda mais de ti. Eu até queria fazer um pedido para o meu anjinho da guarda neste Dia dos Avós: que ele pedisse para Jesus mandar para cada criança, principalmente para os meus coleguinhas da escolinha, uma vovó e um vovô parecidos com vocês. Peço isso porque eu conto para eles as coisas boas que a gente faz junto e eles não acreditam. Ele até ficam parecidos com estes adultos que não conseguem entender os bilhetinhos que eu escrevo... Beijos da tua netinha preferida.”

Professor Garcia (Pantuns) VII


PANTUN DA DOCE QUIMERA

Trova tema:
Quem se agarra a uma quimera
quem persegue uma utopia,
age como se soubera
que sem sonhos...morreria!
Carolina Ramos (SP)

Quem persegue uma utopia,
nunca se engana ao pensar,
que sem sonhos...morreria
um sonhador, sem sonhar.

Nunca se engana ao pensar,
que sem sonho, a vida é um tédio;
um sonhador, sem sonhar,
requer um santo remédio.

Que sem sonho, a vida é um tédio;
a ausência dessa ternura,
requer, um santo remédio,
para um mal quase sem cura.

A ausência dessa ternura,
desfaz tudo que se espera,
para um mal quase sem cura,
quem se agarra a uma quimera!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 

PANTUN DA SORTE INGRATA

Trova tema:
Festeiro de alma iludida,
disfarçando a sorte ingrata,
faço uma festa da vida
mesmo que a vida me bata!...
José Tavares de Lima (MG)

Disfarçando a sorte ingrata,
eu me entrego ao desafio;
mesmo que a sorte me bata,
não bate em peito vazio.

Eu me entrego ao desafio
e em tudo mantendo a calma;
não bate em peito vazio,
pois ninguém bate em minha alma.

E em tudo mantendo a calma,
sigo em minha caminhada
pois ninguém bate em minha alma
que é mais feliz sem ter nada.

Sigo em minha caminhada
alma de cabeça erguida,
que é mais feliz sem ter nada,
festeiro de alma iludida!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 

PANTUN DO DESTEMOR

Trova tema:
Sem temor, meu barco avança,
seja qual for a maré,
pois, no mastro da esperança,
iço a bandeira da fé.
Wanda  de Paula Mourthé (MG)

Seja qual for a maré,
maré baixa, maré cheia,
iço a bandeira da fé,
enfrento o mar, que se alteia.

Maré baixa, maré cheia,
seja do jeito que for,
enfrento o mar, que se alteia,
como eterno viajor.

Seja do jeito que for,
mar aberto, mundo afora,
como eterno viajor
remo em busca de outra aurora,

Mar aberto, mundo afora,
braços cheios de esperança,
remo em busca de outra aurora,
sem temor, meu barco avança,
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 

PANTUN DO LENÇO DO CAIS

Trova tema:
Mar adentro, mundo afora,
a distância aumenta mais...
e enquanto a saudade chora,
"um lenço acena no cais"
Mara Melinni (RN)

A distância aumenta mais...
lamentando essa distância,
"um lenço acena no cais"
despedindo-se da infância.

Lamentando essa distância,
vê-se a saudade tristonha,
despedindo-se da infância,
num cenário de quem sonha.

Vê-se a saudade tristonha,
e essa tristeza é medida,
num cenário de quem sonha
no instante da despedida.

E essa tristeza é medida,
nos acenos de quem chora,
no instante da despedida,
mar adentro, mundo afora!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 

PANTUN DO VELHO SEGREDO

Trova tema:
Já sofri muito, em segredo,
e agora que me refiz,
sou feliz, mas tenho medo
de dizer que sou feliz!
Maria Nascimento Santos Carvalho (RJ)

E agora que me refiz,
não tenho mais o receio
de dizer que sou feliz,
na vida, por qualquer meio.

Não tenho mais o receio
do que tive no passado,
na vida, por qualquer meio
carrego a paz ao meu lado.

Do que tive no passado,
nada tenho no presente,
carrego a paz ao meu lado
e em nada mais sou descrente.

Nada tenho no presente,
para esconder por ter medo,
e em nada mais sou descrente,
já sofri muito, em segredo!

Fonte: Professor Garcia. Poemas do meu cantar. Natal/RN: Trairy, 2020. Enviado pelo autor.

Carolina Ramos (Histórias da Bisa)

Certo dia… a Bisa espiou pela janela e viu um bando de passarinhos a revoar ali por perto e pensou. Esses pássaros são parte de uma grande família que se espalhou por aí.

- Papai, mamãe, filhos, netos e até bisnetos...

Será que aquele casal de pássaros que gerou todo esse belo clâ alado, teria chegado mesmo até os bisnetos?!... Difícil saber!

O espaço é imenso!... E também imenso é o mistério que envolve esse espaço, não permitindo imaginar qual o parentesco existente entre aqueles pássaros e aquela outra avezinha pousada num galho, que de longe observava, quase que indiferente, o voo daquelas asas ligeiras a se afastarem dela cada vez mais, sem sequer imaginar se voltariam ou não, algum dia.

E, então, Bisa olhou os bisnetos que brincavam alegremente à sua volta.

Lembrou-se de que: - Logo, logo... ela mesma é que estaria de partida, deixando para trás, um total sempre crescente de algumas criaturínhas que dividiam com ela as alegrias de viver!

Alegrias que não conseguiam ficar caladas dentro deles. E, por isso mesmo, enchiam a casa toda de uma algazarra que não deixava dormirem em paz nem o gato preguiçoso e muito menos aquele cãozinho estabanado que tudo fazia para participar das brincadeiras infantis.

Continuava a pensar: - Quando chegasse a sua vez, ao contrário do que acontecia agora com aqueles pássaros vistos da janela, era ela que, em definitivo, iria embora! E logo seria esquecida por aqueles pequeninos travessos, que desde já, mal tinham tempo para lembrar-se de que ela existia. A não ser quando lhe entregavam, de surpresa, um ligeiro abraço. Um abraço tão rápido, que nem dava tempo para ser retribuído com a mesma espontaneidade e com o dobro de amor.

Seria esquecida, sim! E, com certeza, bem depressa! Já que a vida é assim mesmo, tem pressa para chegar ao Além. 

E foi justamente aí que o plano começou a brotar na cabeça daquela Bisa, que, só não era branca, porque ela era vaidosa e não deixava que assim ficasse.

Contudo, não era nada agradável àquela bisa saber que logo mais seria esquecida. - Mas... Como alguém poderia ser lembrado, depois do derradeiro adeus?!

Retirou, ao acaso, um livro da estante. E, por acaso, o livro era de sua autoria. Folheou-o sem ler. Sabia o que lá estava escrito. Seu pensamento estava longe, porém... Voava junto àqueles pássaros vistos lá da sua janela.

E foi quando, de repente, aquela ideia surgiu tomando posse dela, e acendendo uma luz faroleira no horizonte!

- Sim... Por que não escrever um livro especialmente para aquelas cinco criaturinhas – três bisnetas e dois bisnetos? Os cinco teriam tempo de ter acesso ao que esse livro lhes pudesse contar - dois daqueles pequeninos ainda sequer sabiam ler!

A Bisa já tentara fazer isso, certa vez, escrevendo para os filhos… e depois, para os netos... Não dera certo! O livro que pretendera ser para crianças, falava sobre bichinhos, mas... a linguagem evoluíra sem querer, indo além do pretendido.

Mais autobiográfico do que infantil, o texto fugira praticamente à finalidade. A linguagem não era adequada às crianças, tal como acontecera naquela aventura extraterrestre narrada em seu livro "Um Amigo Especial" - que agradara a tantos leitores, porém... Leitores adultos, não propriamente juvenis, como objetivara.

Desta vez, haveria de ser diferente. Tinha o respaldo das palavras do poeta luso, Fernando Pessoa, uma vez que ele assim se manifestara: 

“Nenhum livro para crianças deve ser escrito para crianças."

-Êpa!... Um caso para pensar!

E a decisão acabou por chegar, sem muita espera:

– Aquela bisa resolveu que: - Contaria uma série de histórias edificantes, perfeitamente acessíveis às crianças, mas... teriam que ser histórias verdadeiras! Completamente isentas de fantasia ou ficção! Histórias vividas por alguém bastante importante e que pudessem ser úteis pela vida inteira, contribuindo, positivamente, para a formação do caráter dos seus bisnetinhos, não apenas na infância propriamente dita, mas principalmente, na adolescência, fase perigosa e de capital importância.

Bisa suspirou fundo para ganhar fôlego. Estava pronto o canteiro, ou seja, a decisão fora tomada.

Faltava ainda o ingrediente principal, ou seja, aquela semente viva, a alma do livro. Tão somente aquele enredo a ser carinhosamente escolhido, plantado e cultivado até virar uma história concreta, com base na verdade e digna do mais absoluto crédito.

Tudo bem... Mas, que história deveria ser essa, dentre tantas dignas de serem escolhidas?

Importante que fosse uma história bonita! Bastante bonita! E não somente bonita... edificante, também!

Uma História real! E, melhor ainda, se vivenciada em nossos dias. Uma história que comprovadamente merecesse ser contada! Não uma historinha inventada ou simplesmente uma verdade desvirtuada e enfeitada para agradar.

A decisão não tardou: - O assunto precisava ter fôlego transcendental. E méritos comprovados que justificassem a sua passagem à posteridade!

Foi o que decidiu aquela Bisa ao conversar consigo mesma, ternamente disposta a plantar a semente do bem no coraçãozinho daqueles seus cinco bisnetos: - Ângela e Sara - quase duas mocinhas. E seus três priminhos, os irmãos – Hosni, Lina e Tarik. Este último, ainda bem novinho. Conhecido pela bisa apenas por fotos, já que residiam em São Paulo e aquele ano, 2021, em que viera à luz, dificultava contatos, com suas restrições e pandemias.

A ideia literalmente caiu do céu, naquela tarde em que a Bisa leu na internet que Carlo Acutis, jovem adolescente de origem italiana, falecido há alguns anos, seria beatificado. O resumo da História de sua edificante vida foi aprovado no ato, pelo coração alvoroçado daquela bisa.

Carlo Acutis!... Perfeito! Personagem ideal para iniciar uma conversinha amena, e a um tempo séria.

Mas, afinal... Quem seria mesmo Carlo Acutis?! Quem?!...

Precisava informar-se melhor, antes de apresenta-lo às suas crianças!

Bisa colocou os óculos sobre o nariz e saiu apressada, em busca dos pormenores indispensáveis àquele caso que tanto a encantara e que pretendia repassar aos seus pequeninos, com precisão e carinho muito especiais.

- Bem... É aqui e agora, que esta história realmente começa.

E que siga adiante, contada pela voz emocionada desta Bisa aos seus cinco netinhos quando, de ouvidos prontos, desejassem ouvi-la.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 
continua…

Fonte: Carolina Ramos. As histórias que a Bisa conta. Santos: Ed. da autora, 2022.