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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Capitão Assis (1908 - 2008)

Capitão Assis recebendo diploma de cidadão taubateano

Capitão Benedicto Nunes de Assis, Capitão Assis, como é conhecido, nasceu em São José dos Campos no dia 22 de fevereiro de 1908.

Poeta, trovador, o capitão Assis dizia que de tanto rezar, Deus o ouviu, e lhe deu uma velhice sossegada. “Deus não me deixou sem amparo. Aí estão os meus filhos, com suas famílias, mas não esquecem o velho pai. Tenho o carinho e a solícita assistência deles a qualquer momento. Filhos abençoados!”

Taubaté linda terra onde as igrejas
Se multiplicam espalhando a luz
Da fé que leva os homens a Jesus,
Que pelo teu labor bendita sejas
Labor fecundo pois que tu vicejas
Entre palmeiras, chaminés e a cruz.

Benedicto Assis foi empregado em vários estabelecimentos comerciais de São José. Com 18 anos, foi incorporado às fileiras do Exército Brasileiro, onde serviu por mais de 25 anos. “Ele ajudou, desta forma, a escrever páginas brilhantes e heróicas da nossa história militar”, disse a vereadora Pollyana Whinter em sua saudação ao cidadão taubateano.

Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, Assis prestou serviços no 6° Regimento de Infantaria em Caçapava.

Com a formação da Força Expedicionária Brasileira, o então sargento Assis é selecionado para lutar na 2ª Grande Guerra Mundial, indo para a Europa em junho de 1944. “O sargento Assis viveu intensamente as agruras de um frio hostil desconhecido dos brasileiros, tudo agravado pelo soar das bombas e do matracar das famosas e terríveis ‘lurdinhas'”, disse a vereadora.

De volta ao Brasil, e depois de passar por São Gonçalo (RJ) e Caçapava, veio para Taubaté em 1948 como delegado do serviço militar.

Com a ida para a reserva, Assis participa ativamente da Associação dos Ex-combatentes do Brasil - seção de Taubaté, onde exerceu todos os cargos de diretoria.

Certa vez, num discurso, quando era Presidente da Associação dos ex-combatentes do Brasil, declarou: "que esta Associação seja extinta"... seus colegas de Associação se assombraram com as palavras, indagando se ele queria dissolver o grupo, quando, receberam como resposta: "Desejo que nunca mais hajam conflitos no mundo, e assim sendo não haverá novos membros para nossa Associação, pois ela não terá mais razão de existir"...

Foi, em Taubaté, Presidente da Federação das Congregações Marianas, do Círculo Operário, da Associação dos ex-combatentes do Brasil e da União Brasileira de Trovadores (alcançando, nesta última, a presidência estadual). Foi Escritor, poeta, sonetista, hacaísta, e trovador, tendo lançado três livros. Membro efetivo da Academia Taubateana de Letras. Destacamos ainda, sua dedicação às obras vicentinas, tendo participado de conferências e de diretorias das Casas Pias de Taubaté. Estava sempre alegre, sorrindo, e pronto para declamar inúmeras poesias de autoria própria, de poetas taubateanos e de outras terras... Possuía uma excelente memória, sendo raro encontrar alguém com a mesma capacidade de memorização.

“Exímio articulador de palavras”, no dizer da vereadora Pollyana, Assis começa a participar de concursos de trovas, conseguindo inúmeros prêmios por todo o país. Foi presidente da União Brasileira de Trovadores, seção de Taubaté e da seção paulista. Ele ocupa a cadeira nº 38 da Academia Taubateana de Letras.

Padre Frederico Meirelles (que reside na Inglaterra) disse que um detalhe que o encanta no capitão Assis é que, mesmo militar e educado à severidade das normas e das regras da hierarquia e do dever de servir, “este homem que conheceu até a guerra de perto, nunca perdeu a ternura e a delicadeza de poeta, e em seus versos melodiosos, de leveza e graça quase maternais deu vazão ao seu coração apaixonado nos ensinando a amar a família, a pátria e a Deus”.

Capitão Assis faleceu na madrugada de 30 de abril de 2008. O cortejo fúnebre dirigiu-se ao Mausoléu dos ex-combatentes da FEB, no Cemitério Municipal de Taubaté.

Nas palavras de Adelmar Tavares:

No momento derradeiro,
Antes do sono feliz,
Compus em gotas de pranto
A trova que nunca fiz.

Morte!... No termo das provas,
Senhor, agradeço a luz
Com que adornaste de trovas
As trevas de minha cruz!

Fontes:
http://www.camarataubate.sp.gov.br/
http://www.universoespirita.org.br/
Colaboração de Luiz Antonio Cardoso

sexta-feira, 28 de março de 2008

Paraná em Luto

Morre presidente da Academia Paranaense
de Letras, Odilon Túlio Vargas.

O ex-deputado federal, ex-secretário de Justiça do Paraná, procurador aposentado do Estado e presidente da Academia Paranaense de Letras, Túlio Vargas, de 78 anos, morreu nesta madrugada vítima de fibrose pulmonar, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, onde estava internado desde sábado.

Lauro Grein Filho, presidente em exercício da Academia Paranaense de Letras, e amigo pessoal de Túlio Vargas disse que só tem elogios à fazer. "Ele era uma pessoa muito autêntica, muito correta, muito fiel. Como político teve um comportamento educado, além de ser um amigo dileto por muitos anos", salientou Grein.

Luto oficial

O governador Roberto Requião decretou luto oficial de três dias pela morte do presidente da Academia Paranaense de Letras, Túlio Vargas. “Perco um bom amigo e o Paraná perde um paranaense ilustre, um intelectual competente, um homem sério e correto que deu grande contribuição ao Paraná contemporâneo”, disse Requião, pela assessoria de imprensa.

Vargas deixa a mulher Lílian e dois filhos. O corpo será sepultado hoje no Cemitério Parque Iguaçu.

Fontes:
http://www.atarde.com.br/
Gazeta do Povo - 27 de março de 2008.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Literatura em Luto (Falecimento de Arthur C. Clarke)


ARTHUR CHARLES

CLARKE

( 1917 - 2008)




O escritor e inventor britânico Arthur C. Clarke morreu aos 90 anos, em sua casa em Colombo, capital do Sri Lanka, em 19 de março de 2008, onde será enterrado, sem rito religioso, a seu pedido.

"Ele teve um ataque cardiorrespiratório", disse Rohan de Silva, secretário pessoal de Clarke, segundo a Reuters.

Sir Arthur Charles Clarke morreu à 1h30 de quarta-feira (18h de Brasília desta terça-feira, 19 de março de 2008) de insuficiência respiratória.

Entre suas obras, "A Sentinela" é um grande destaque. O texto serviu de inspiração para o roteiro do filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço" (1968), dirigido por Stanley Kubrick (1928-1999). O roteiro do filme é assinado por Kubrick e Clarke.

Clarke escreveu mais de 80 livros e centenas de contos e artigos durante sua carreira. O escritor mencionou nos anos 40 que o homem chegaria à Lua por volta do ano 2000, algo que especialistas afirmaram ser um absurdo na época.

Quando Neil Armstrong pisou no satélite em 1969, os Estados Unidos divulgaram que Clarke providenciou a direção intelectual que levou o país à Lua.

No último dezembro, Clarke afirmou que gostaria de ver sinais de extraterrestres ainda enquanto estivesse vivo. O escritor nasceu em 16 de dezembro de 1917.

Últimos desejos

Em dezembro de 2007, o escritor listou três desejos para o seu aniversário de 90 anos: que o mundo adotasse fontes de energia limpas, que a paz fosse estabelecida no lugar onde ele vivia, o Sri Lanka, e que fossem apresentadas evidências de seres extraterrestres.

"Eu sempre acreditei que nós não estamos sozinhos no universo", disse ele na época, em um discurso para um pequeno grupo de cientistas, astronautas e oficiais, na cidade de Colombo, no Sri Lanka. Os humanos estão à espera de que seres extraterrestres "nos chamem ou nos dêem um sinal", disse o escritor. "Não temos como adivinhar quando isso vai acontecer. Espero que aconteça antes que seja tarde demais."
Clarke também é creditado como um dos pioneiros no uso do conceito de satélites de comunicação, falando deles em 1945, anos antes de a tecnologia ter sido inventada. Ele se juntou ao jornalista Walter Cronkite como comentarista da expedição lunar da Apollo no final dos anos 60.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

EM TEMPO (Nota de Falecimento de Altimar de Alencar Pimentel)

Faleceu ALTIMAR DE ALENCAR PIMENTEL, presidente da Comissão Paraibana de Folclore, dia 21 de fevereiro de 2008, às 18h30, em João Pessoa.

O corpo foi velado na Academia Paraibana de Letras.


Se guardará de ALTIMAR PIMENTEL a lembrança do notável administrador público que dirigiu o Theatro Santa Roza, fez aparecer os projetos de conservação e segurança dos edifícios públicos da Paraíba, engrandeceu a cultura popular ao dirigir o Departamento de Extensão Cultural do Estado e a rádio Correio da Paraíba.

A Universidade Federal da Paraíba, da qual foi professor do Departamento de Artes, sempre lhe será reconhecida pela atuação na criação e coordenação do Núcleo de Pesquisa e Documentação da Cultura Popular e na introdução dos estudos de Comunicação Social.


Sua dimensão nacional se afirmou quando secretariou o conselho consultivo de alto nível do Instituto Nacional do Livro e, ao mesmo tempo, prestou assessoria ao Congresso Nacional. Os folcloristas que o conheciam, dele guardam a lembrança do reconhecido e extraordinário mestre da arte de fazer amigos.


A profa. Paula Ribeiro, presidente da Comissão Nacional de Folclore, recomendou que dissesse do seu pesar e que apresentasse condolências à família de ALTIMAR, que o perde e também, à Comissão Paraibana de Folclore e ao Estado da Paraíba que estão de luto.


Dona Cleide Rocha Pimentel, sua viúva, recebe correspondência eletrônica pelo endereço altimarpimentel@hotmail.com


O sepultamento de ALTIMAR DE ALENCAR PIMENTEL se deu em João Pessoa, dia 22 de fevereiro, às 10:00 horas da manhã, no cemitério de Santa Catarina, no bairro Treze de Maio.
Fonte:
comunicação enviada por Douglas Lara (Sorocaba/SP)
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Em nome da União Brasileila dos Trovadores - UBT/PR, partilho dos pêsames por esta perda, pela sua obra realizada para as novas gerações que estão engatinhando e que ainda virão. A saudade que deixa, gostaria de estende-la por meio de versos de nossos colegas trovadores.
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Saudade, ponte encantada
entre o passado e o presente,
por onde a vida passada
volta a passar novamente!
Archimimo Lapagesse

Quando a saudade me embala,
o teu nome a repetir,
o silêncio tanto fala,
que não me deixa dormir!
Carolina Ramos

Não há palavra nenhuma
tão grande quanto "saudade",
que em sete letras resuma
a dor e a felicidade!
Diamantino Ferreira

Saudade, momento onírico;
saudade, momento trágico;
saudade, momento lírico;
saudade, momento mágico!
J. J. Germano

A saudade às vezes fala
e até grita – quem diria! –
quando a rede, a sós, se embala
numa varanda vazia...
Miguel Russowsky

Lembra a saudade uma estrela
nas águas de um ribeirão
que fica sempre a retê-la,
enquanto as águas se vão...
Luiz Antônio Pimentel
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Assim será sempre Altimar, uma estrela a brilhar nas águas de nossas vidas, elas correrão, mas ele sempre estará presente em nossos corações.
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José Feldman
Ubiratã/PR