segunda-feira, 6 de abril de 2009

Falecimento de Flávio Rubens

O pai (Ary Barroso) e Flávio
Flávio Rubens faleceu nesta manhã de seis de abril de 2009.
O poeta está foi velado na capela nº 7, do Cemitério São João Batista, Botafogo, Rio de Janeiro; com o sepultamento às 16h.

Flávio Rubens - jornalista, romancista, contista, poeta co-fundador da APPERJ. Filho do compositor Ary Barroso. Prêmios nacionais e internacionais. Membro da UBE. Publicou em inúmeras coletâneas, vários livros solos. Seu mais recente sucesso, o livro de romance: O Perneta, (OFICINA Editores, 2007) lançado na XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.

Fonte:
APPERJ Oficina Editores

José Feldman (Homenagem a Flávio Rubens)



Flávio Rubens possuía dentro dele uma águia, e assim como ela, tem uma história que nunca deve ser esquecida.

Uma águia é livre, e não pode ficar presa, pois precisa de grandes espaços para seus vôos rasantes.

Presa, canta, mas seu canto é o desejo de liberdade.

De que valem as asas, se não há céu para voar e paisagens para sobrevoar.

E assim como a Águia, Flávio, fez seu ninho em um horizonte de estrelas e alimentou-se de suas luzes.

Hoje, ele é esta Águia que voa cada vez mais alto, altiva, imponente, em direção a um novo horizonte desaparecendo na escuridão da madrugada, ressurgindo a cada nova aurora, aquecendo as nossas almas.

Fonte:
Imagem = http://www.xamanismo.com.br

Flávio Rubens e a Feijoada Poética

A Feijoada Poética promovida anualmente por Flávio Rubens em sua residência era um encontro com amigos, com boas poesias e som da autêntica MPB. Em agosto, durante uma agradável tarde, reuniu amigos de infância – da época em que morava no Leme – e membros da Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro (Apperj). Histórias de meninice, de seu saudoso pai, Ary Barroso, e recital de poesias foram o acompanhamento do delicioso encontro. Para Flávio, a reunião Encontro de Poetas e Amigos Antigos do Leme é uma oportunidade de rever aqueles que sempre fizeram parte de sua vida.

A cultura e os fiéis amigos devem ser sempre lembrados. Aqui estão amizades que já duram cerca de 80 anos – diz o poeta.

Jovens senhores que viveram na época do Rio Antigo relembraram saudosamente o tempo em que viveram no bairro do Leme: – Futebol na praia, piquenique, cinema e festas faziam parte do nosso cotidiano, em uma época em que podíamos andar tranqüilamente na cidade – lembra Paulo Duarte Martins, chamado carinhosamente de “vovô da turma”.

Hugo Fernandes de Oliveira conta sobre os festejos promovidos na casa de Flávio e Mariusa, como os que aconteceram para Carmem Miranda, na última vez em que ela veio ao Brasil: – Aquilo era uma festa open door. As festas de Ary Barroso não eram dele e sim do Leme, já que o bairro inteiro marcava presença – lembra.

Mas na vida dessa turma também havia responsabilidade e estudo. A irônica história lembrada por Antonio Carlos Telles, ex-ministro do Superior Tribunal Militar (1981 a 1998), conta como Flávio Rubens tirou zero em uma prova: – A genialidade de Flávio para a poesia já existia desde quando ele era menino; pena que no colégio não perceberam esse dom. Lembro que, em uma prova de história, ele narrou a Batalha do Riachuelo toda em gíria. Resultado: tirou dez em história e zero em português – recorda.

Para todos os que ali estavam reunidos, é uma eterna gratidão poder participar das reuniões promovidas por Flávio Rubens:

Todo ano nos reunimos e vemos que até hoje a verdadeira amizade prevalece em um mundo que atualmente domina outros tipos de valores – observa Renato Novall, diretor do Flamengo na época em que o time foi campeão mundial.

O recital Apperj Abre a Boca foi o ponto alto do evento. A performance poética dos membros da Apperj alegrou a tarde. As poesias citadas eram todas ligadas ao tema alimentação e os autores mostraram a genialidade ao escreveram com humor, com ironia, com melancolia e até em duplo sentido, incentivando a imaginação daqueles que estavam presentes.

Em determinado momento, Fátima Parente fez um tributo a Flávio Rubens, recitando um lindo fado. Em resposta à homenagem, nosso poeta, acompanhado por violão e piano, cantou Pra machucar meu coração, de autoria de seu pai, Ary Barroso. Ao término, foi aplaudidíssimo pelos presentes.

Fonte:
http://www.tipocarioca.com.br/flavio-rubens-9-06.html

Flávio Rubens – Dez Poemas Escolhidos

A poesia, ao contrário do que pensam muitos desavisados, e outros tantos que acreditam poder ostentar impunemente o título de poeta, a poesia não é fácil, nem admite facilidades. E, como diz Kaváfis, cidadão da Cidade dos Poetas não constitui pouca nem pequena glória, mas muito poucos são admitidos em sua ágora. E nem lhe importam a fama adjetiva, a premiação bajuladora, ou a constituição de bandos literários, que visam, o mais das vezes, a mera promoção pessoal. Com esses, a Arte Poética é implacável . Com o tempo, percebem que quanto mais caminharam mais se distanciaram do tanto que desejavam. E Vênus sequer se digna conceder-lhes saber de suas presenças.

Este, e é bom que se diga, não é absolutamente o caso de Flávio Rubens. Sua poesia é feita do mesmo aço nobre que forjou as espadas dos guerreiros romanescos, sua palavra possui a exatidão dos dardos de Diana, seus temas alcançam profundidades inexploradas. E que prazer, então, na sua leitura!

O poeta é substantivo e viril, sem deixar perder os sons da lira órfica, sem descuidar a dupla face apolínea e dionisíaca. Enganam-se os maniqueistas apressados quando opõem Apolo a Dionísio, o que é tão comum hoje em dia, que se renega o pensamento em prol de uma ação cada vez mais particularizada e tecnicista. Os gregos nunca levaram tal distinção a sério. Pois há o prazer solar , tanto quanto o sol do prazer, sem contar as noites de hécate, outra face apolínea. E isto é Flávio Rubens. Em A carne e o Aval, por exemplo. Poema corajoso no tema. preciso no verso, implacável na definição do tipo, sensível e humano, até solidário, perante a grandeza poética de sua personagem. Assim é Flávio Rubens.

A quem muito ainda se poderia louvar.

Fonte:
Artigo de Paulo Bauler. In http://www.geocities.com/livronline/flaviorubens/

Flávio Rubens (Poesias Avulsas)


ESPANTO

O gato não estava em cima da mesa
na lã que a senhora, em sonho, enrolava.
sonho não estava em cima da mesa
na lã que a senhora o gato embalava.
A lã não estava em cima da mesa
no sonho de gato que a senhora sonhava.
Em cima da mesa a toalha bordada.
Velha senhora de rugas marcadas
que a lã desfibrada
em gato tornou.
Um gato de malha
de sonho moldado
tão novo
que o velho
da velha senhora
ressuscitou.
¨¨¨¨¨¨¨¨
PEREGRINO

Desperta! Desperta e vem ouvir
o hálito da manhã que se anuncia
Desperta! Desperta e vem receber, o sol
ombreando as matas, tingindo de dourado as esperanças
Desperta! Desperta e vem acalentar, a fuga da insentida noite
e observar a testemunha nua, calando abrigo no manto matinal
Desperta! Desperta e vem musicar, o teclado das alvíssaras do dia
onde a pauta das nuvens braços estendidos são, ao teu redor

Arruma tuas tralhas, e olha a vida que começa hoje

Sim. É por ali que nós vamos
Deixa estar aí nosso passado
ainda que tarde a fonte prateada

Não. Não pede nada
mataremos nossa sede
pela estrada

Coloca aqui e ali tuas lembranças
e escuta em tempo novo a prata do teu pranto
Vem!

Dá-me as mãos surgidas do descanso
e ergue o olhar à fria claridade

Vem! Ignora os fatos do passado
Pois passo a passo, ontem para hoje
em busca da Amanhã

Ao longe, a borboleta arpeja um ritmo gostoso
São sílabas, sinônimos, palavras
da natureza infinda
que ao compasso da aurora
delineiam serenatas
de uma noite linda

Bem perto, o colibri desvenda o mistério morto
inerente à tessitura simples do néctar das flores
derramando a madrugada em líquidos de amores

E ambos, em missões esquivas, apresentam a Deus
a terra promissora

Sim.
É por ali que nós vamos

É cinza a caminhada
e azul o nosso rumo

Apaga a voz do tempo
e ouve a eternidade

Pirilampos, lampejos
lantejoulas
Cálidos cálices de argamassas toscas nos esperam
na linha do horizonte

São presságios
de mormaços certos
São colóquios de venturas, redescobertos
Preciosismos tolo, de sonoridade múltipla
Que tornam a caminhada insinuante e crua

Desperta, então!
Sim, É por ali que nós vamos
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
QUEM SABE?

Quero terminar a ronda do destino sem fazer rodeios
sem construir frases

Quero terminar a ronda do destino sem mostrar protestos
sem deixar saudades

Quero terminar a ronda do destino entre coisas sem piedade

No mar

Onde o silêncio medita e há profundidade
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

SONETO PARA JOGAR FORA

Quando souberes que em tempo algum te amei
dirás, a quantos perguntarem, o impossível
sem saberes que satisfaço os meus desejos
além, muito além do que é possível

Não me importa saber se tenho ou curto
por alguém, alguma espécie de sentimento,
pois não consigo dominar, e nem quero,
deixar de completar o que sinto no momento

Uso teses, invoco Deus, e o Diabo em paralelo
nas palavras antropofágicas e, sem fracos argumentos,
prendo o corpo de forma mais abjeta, amando

O amor que uso são figuras falsas e bonitas
que me saem à mente promíscua e talentosa
como se fosse rosa o que falei babando
¨¨¨¨¨¨¨¨
UMA CANÇÃO DO OUTRO MUNDO

Quando a noite descer sobre teu leito, estarei
no parapeito, humilde
da janela

Quando a estrela aprender, dirá, sobre teu leito
o despeito orgulhoso que tem
da tua janela

Quando a tua janela se fechar, a noite e a estrela se confundirão
na mediocridade, álacre, da mediunidade

Estou, também, como os astros
e a passagem do sol, debruçado
em tua janela
para vê-la nua
Como se fosse lua, como se fosse espaço

domingo, 5 de abril de 2009

Maria Antônia Canavezi Scarpa (Insatisfeita)


É assim que me sinto...faminta
verdadeiramente ávida de você,
como se sua pele me cobrisse,
seu suor me alimentasse em conta-gotas,
e a cada contração do seu coração,
bombeasse sua seiva, para dentro do meu.

Morro aos poucos sem a sua verve,
nada mais interessa, se o som
dos seus sussurros foram levados,
ao sabor dos ventos, para onde... não sei,
nem como posso buscá-lo
sem a sua voz, fico ao relento.

Perdi o rumo, quando desfolhei
a rosa-dos-ventos, que me guiava
para o leito dos rios fecundos,
onde debruçam os chorões frondosos
aqueles que nos cobriam quando
fazíamos amor.

Esta saudade arde e me faz delirar
ao gritar perdão, por te magoar
e o ferir tanto; um buquê de desculpas
se desfolham ao longo do caminho,
na esperança de que venham
guiar seus passos... em minha direção.

Aires da Mata Machado Filho (Vissungos)


Vissungo, em etnografia, se refere a música de caráter responsorial praticada por escravos africanos utilizados nas lavras de diamantes e ouro na região compreendida, entre outras, pelas periferias das cidades brasileiras de Diamantina, São João da Chapada e Serro, no estado de Minas Gerais.

Tal música era entoada raramente em português, prevalecendo línguas africanas, principalmente o kimbundo e o Nbundo (chamadas de língua benguela pela população local) e relacionadas a idiomas até hoje falados na atual República Popular de Angola.

Em férias, em 1929, o filólogo viajou para São João da Chapada, onde lhe chamaram a atenção "umas cantigas em língua africana ouvidas outrora nos serviços de mineração", conforme descreveu no livro O Negro e o Garimpo em Minas Gerais, obra publicada em 1943 pela editora José Olympio.

Mata Machado sustenta a importância dos vissungos, sua influência nos começos daquele arraial e mais "os vestígios da língua das cantigas na linguagem corrente, na onomástica e na toponímia" - os vestígios de um um dialeto banto num tempo em que se pensava que a língua dos negros trazidos como escravos para o Brasil resumia-se ao nagô.

Em 1982, a Gravadora Eldorado ousou seu lance mais arriscado, animada pelo sucesso (de crítica) das séries de Marcus Pereira. Editou o disco O Canto dos Escravos, reunindo canções recolhidas e anotadas pelo historiador mineiro Aires da Mata Machado Filho.


Canto da Tarde

Solo:
Oenda, auê, a a!
Ucumbi oenda, auê, a...
Oenda auê, a a!
Ucumbi oenda, auê, no calunga

Coro 1º:
Ucumbi oenda, ondoró onjó
Ucumbi oenda, ondoró onjó (bis)

Coro 2º:
Iô vou oendá, pu curima auê
Iô vou oendá, pu curima auê (bis)

— O sol está entrando, vamo-nos embora para o rancho.
— O sol entrou, vamos para o rancho — Eu vou entrar é para minha faisqueira.

É admirável a permanência da idéia de mar. Perguntados, todos os informantes traduziram por mar a palavra calunga.
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Ao Nascer do Dia

Purru! Acoêto? — Caveia?

Galo já cantou, rê rê
Cristo nasceu
Dia 'manheceu
Galo já cantou

Galo já cantou, rê rê
Cacariacô
Cristo no céu
Galo já cantou

O cantador mestre, chamando: Purru acoêto? (Olá, companheiros!)

A turma responde: Caveia? (Que é lá?)

Galo já cantou, rê rê
Cristo nasceu
Dia amanheceu
Galo já cantou

Galo já cantou, rê rê
Cacariacô
Cristo no céu
Galo já cantou
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A Jangada Secando Água

Solo:
Aua cu aua cangirê
Aua cu aua cangira auê
Aua cu aua cangirê, aua

Coro:
Ê aua
Tanto aua para que, aua
Tanto aua pra bebê, aua

(Refere-se à "jangada", aparelho de secar água nas catas e que é movido a água. A cantiga diz do processo interessante, de uma água trabalhando para extinguir outra água)

Fontes:
Machado Filho, Aires da Mata. O negro e o garimpo em Minas Gerais. 2. ed. RJ: Civilização Brasileira, 1964).
http://www.jangadabrasil.com.br/
http://afinadiamantina.blogspot.com/

Aires da Mata Machado Filho (Crenças e crendices sobre as almas)



Durante o mês de novembro, que afinal é mesmo delas, vagueiam as almas por toda a parte, pedindo orações, assombrando a gente. O que Pereira da Costa divulgou no seu Folclore pernambucano (Rio de Janeiro, Livraria J. Leite, 1908), encontra réplica nos mais diversos lugares, aqui no Brasil e por este mundo afora.

Quando morremos, o espírito se evola imediatamente, mas não vai para o seu destino, o céu ou o inferno, segundo suas obras praticadas neste mundo; e, enquanto o cadáver não baixa à sepultura, permanece junto ao mesmo. Os nossos, índios, porém, acreditavam que o espírito só se apartava do corpo depois de seu completo estado de decomposição; e enquanto não ia para a lua, lugar destinado à sua morada e descanso eterno, percorria as florestas, assistia as suas conversas, as suas danças, e era testemunha, enfim, de todas as suas ações.

Para outras tribos, apesar de originárias todas de um mesmo tronco, o tupi — a vida remuneradora dos justos era passada em localidades encantadoras, que se afiguravam no reverso das "Montanhas Azuis", a serra geral que percorre a vasta extensão da costa austral do Brasil, e cujas montanhas viam a uma certa distância; mas os espíritos infiéis e pusilânimes eram proscritos dessa mansão, como anatematizados e votados a miséria e privações, erravam por desertos estéreis e se acolhiam aos covis das feras.

Segundo a crendice popular para verificar-se o destino final dos espíritos, é preciso um julgamento prévio.

O espírito, apenas desprendido da matéria, comparece perante o arcanjo São Miguel, e tomando ele a sua balança, coloca em uma concha as obras boas e na outra as obras más, e profere o seu julgamento em face da superioridade do peso de umas sobre as outras.

Quando absolutamente não se nota o concurso de obras más, o espírito vai imediatamente para o céu; quando são elas insignificantes, vai purificar-se no purgatório; e quando não tem em seu favor uma obra sequer, vai irremissivelmente para o inferno, donde só sairá quando se der o julgamento final, no "dia do juízo", seguindo-se então a ressurreição da carne.

A morte dos justos e bons que atravessam a sua passagem por este mundo, sem pecado, assiste um anjo, invisivelmente, empunhando uma espada flamejante para os defender de satanás, que ainda mesmo nesse extremo momento da vida, comparece junto ao leito para arrebatar-lhes a alma: e São Pedro, na sua qualidade de porteiro do céu, espera-os nos seus umbrais para dar-lhe ingresso no Paraíso.

Fontes
Machado Filho, Aires da Mata. Crenças e crendices sobre as almas. Diário de Minas. Belo Horizonte, 10 de novembro de 1964.
Figura = http:// www.espada.eti.br

Aires da Mata Machado Filho (1909 – 1985)



Eminente professor, de estirpe intelectual e moral admirável, sábio representante da nossa nacionalidade na filologia, no jornalismo, no folclore e na escrita. Quem teve o privilégio de privar alguns anos da sua intimidade sabe que, pela altitude cultural, pureza de espírito e pelo caráter sem jaça, Mestre Aires honraria qualquer país do mundo.

Nasceu a 24 de fevereiro de 1909, em São João da Chapada, município de Diamantina, onde fez as primeira letras, tendo realizado o curso secundário no Rio de Janeiro. Na capital mineira, fez cursos especializados no Instituto São Rafael e Direito na Universidade de Minas Gerais, onde posteriormente doutorou-se em Filologia Românica. Não recuava diante de dificuldade ou polêmica e nem tinha medo de viver. Superou a deficiência visual, levando com afinco os estudos lingüísticos, e se fez um dos maiores mestres no terreno da Filologia. Catedrático na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade Católica de Minas Gerais, ambas em Belo Horizonte, lecionando filologia românica, língua e literaturas portuguesa e brasileira, italiana, espanhola, francesa, inglesa e disciplinas afins. Foi também professor em outros famosos centros de ensino, em todos eles educando gerações e fazendo jus à notória autoridade que lhe é reconhecida quanto à Lingüística e ao ensino de Português. Embora defensor dos altos padrões da linguagem, acatava as inovações sadias, ciente de que a língua é mais um fenômeno psicológico que lógico.

A pujante riqueza do folclore mineiro tornou-se conhecida graças a suas perseverantes pesquisas de nossos usos, costumes e tradições, contribuição poderosa para que se fizesse criar a Comissão Mineira de Folclore, da qual foi presidente. Participou da fundação do Instituto de Cegos São Rafael e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria, que se incorporou à Universidade Católica de Minas Gerais. Chefiou os serviços de Orientação Técnica de Ensino da Língua Portuguesa, da Secretaria da Educação; e o de Redação do Conselho Administrativo do Estado. Participou de movimentos do apostolado católico, em fidelidade a sua formação religiosa, e, como membro, de bancas examinadoras para concursos de professor catedrático e de livre docente, em várias entidades de outros estados da Federação. Colaborou no jornal O Diário e no Estado de Minas.

Aposentou-se como redator do Minas Gerais, órgão da Imprensa Oficial do Estado, da qual foi também Chefe de Gabinete, cujo prédio em que funciona passou a chamar-se Aires da Mata Machado Filho, de acordo com o Projeto Lei nº 1.754/93, de autoria do Deputado Tarcísio Henriques, aprovado em 12 de setembro de 1994.

Pertenceu às entidades culturais:
Academia Mineira de Letras,
Academia Brasileira de Filologia,
Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais,
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais,
Comissão Nacional de Folclore,
Academia Carioca de Letras,
Sociedade Brasileira de Antropologia,
Comissão Mineira de Folclore,
Sociedade Brasileira de Folclore,
Conselho Estadual de Cultura
Academia de Letras de Viçosa, como patrono da cadeira nº 8 , ocupada por Edgard de Vasconcelos Barros.

Possui mais de cinqüenta títulos, traduziu obras de referência na área de Educação, História e Lingüística e publicou aproximadamente 25 destes.

Aires da Mata Machado teve sua vida ceifada no mesmo dia em que também o tiveram a esposa Maria Solange e a filha Cecília, vítimas de acidente ocorrido na BR-040, a 23 de agosto de 1985, nas proximidades de Ribeirão das Neves, sendo poupada a neta Joana Mata Machado. Seu corpo foi levado à sepultura, no dia seguinte, no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.

Obra
Linguística, gramática e filologia
Em Busca do Termo Próprio (1947)
A Correção na Frase (1953)
Português Fora das Gramáticas (1964)
Aventuras de um Caçador de Palavras (1965)
Português & Literatura (1950)
Crítica de Estilos (1956)
Pequena História da Lìngua Portuguesa (1961)
Dicionário Didático e Popular da Língua Portuguesa (1965)
Lingüística e Humanismo (1974)
Coleção Escrever Certo, em 6 volumes
História
Arraial do Tijuco, Cidade Diamantina (1945).
Tiradentes, Herói Humano (1948).
Folclore
Curso de Folclore (1951).
Etnografia
O Negro e o Garimpo em Minas Gerais (1943).

Fontes:
Academia de Letras de Viçosa. http://www.alv.org.br/
http://pt.wikipedia.org/

Academia Mineira de Letras


Fundada na cidade de Juiz de Fora, em 25/12/1909, por um grupo de pioneiros ligados à literatura e a cultura, onde pontificavam jornalistas, escritores, profissionais liberais, homens públicos e conceituados militantes da cátedra e dos tribunais.

Juiz de Fora, à época denominada Manchester Mineira, respirava um ar de progresso e de vanguarda na indústria e na inovação tecnológica, convivendo com fervilhante atividade literária, em que se misturavam empreendedores pioneiros, poetas e contistas de formação diversa, com a presença na cidade de tradicionais educandários e austeros educadores.

A imprensa rivalizava com a do Rio de Janeiro e articulistas de renome nacional assinavam artigos e colunas nos diários e periódicos de Juiz de Fora. A primeira indústria têxtil de Minas Gerais e a primeira hidrelétrica do País se instalaram na progressista cidade.
O grupo fundador da Academia Mineira Letras, de imediato incorporando o adjetivo mineiro, ao invés da denominação municipalista, dava a dimensão ambiciosa e ao mesmo tempo magnânima dos seus altos objetivos: o culto, a defesa e a sustentação da pureza da língua e a produção intelectual na sua plenitude e variedade.

Inicialmente, os doze idealizadores capitaneados por Machado Sobrinho e integrados por intelectuais do naipe de Belmiro Braga, Dilermando Cruz, Amanajós de Araújo e outros expoentes das letras, elegeram mais dezoito intelectuais espalhados por todo o Estado e representativos do que de melhor existia entre a elite acadêmica de Minas Gerais.

Dentre os dezoito, destacavam-se Nelson de Senna, Alphonsus de Guimaraens e Carlos Goes, além de outras influentes personalidades.

Em 1915, acordaram os membros da Academia Mineira de Letras a transferência da sede da Academia para a Capital do Estado, em gesto de despreendimento e de visão, descortinando maior dimensão e "status" à mesma, próxima dos centros do Poder e de convergência de atividades e interesses de toda natureza.

Em 1943, com o apoio do então Prefeito de Belo Horizonte, Otacílio Negrão de Lima, viria a Academia receber sua sede própria, instalada no sexto andar do edifício sito à rua dos Carijós, aonde permaneceria até 1987, quando Vivaldi Moreira, após 12 anos de determinada articulação junto aos poderes públicos, conseguiria o comodato do palacete Borges da Costa, atual sede da Academia e cogominado Casa de Alphonsus de Guimaraens, com o apoio de sucessivos homens públicos como os Presidentes José Sarney e Itamar Franco, e os Governadores Hélio Garcia e Newton Cardoso, cada qual emprestando parcela de apoio visando a doação do imóvel e a restauração do Palacete e construindo-se em seguida o Auditório ao lado, conforme notável projeto do arquiteto Gustavo Penna.

O contraste do clássico - verdadeiro relicário - e o moderno arrojado e funcional - Palacete e Auditório - deu à Academia o realce e a beleza externa que o seu rico conteúdo interno - homens e livros - abriga doravante.

A casa passou a ser integrada por 40 membros a exemplo da Academia Brasileira e a Francesa, eleitos por um colégio eleitoral inter paris em processo aberto a todo cidadão brasileiro, com qualificações para postular o acesso ao sodalício.

Assim caminha a Academia, no suceder das gerações e na voragem dos tempos, cumprindo o lema que acalenta sua existência: Scribendi Nullus Fines e alçando seus Confrades e suas obrasà glória que fica, eleva, honra e consola, nos magistrais dizeres de Machado de Assis.

CADEIRAS

CADEIRA 01
Patrono: Visconde de Araxá (1812-1881)
Fundador: Albino Esteves ( 1884-1943)
1° Sucessor: Cyro dos Anjos (1906-1994)
2° Sucessor: Danilo Gomes (1932)

Cadeira 02
Patrono: Arthur França ( 1881-1902)
Fundador: Aldo Delphino ( 1872-1945)
1° Sucessor: José Oswaldo (1887- 1975)
2° Sucessor: Oswaldo Soares Da Cunha ( 1921)

Cadeira 03
Patrono: Aureliano Lessa ( 1828-1861)
Fundador: Alphonsus de Guimaraens (1870-1921)
1° Sucessor: Moacyr Chagas (Renunciou Antes Da Posse)
2° Sucessor: Agripa Vaasconcelos (1896-1969)
3° Sucessor: Oscar Corrêa (1921)
4° Sucessor: Angelo Oswaldo de Araújo Santos

Cadeira 04
Patrono: Frei Velloso ( 1742-1811)
Fundador: Alvaro da Silveira (1867-1945)
1° Sucessor: Alphonsus de Guimaraens Filho (1918)
2° Sucessor: Vaga

Cadeira 05
Patrono: Azevedo Junior (1865-1909)
Fundador: Amanajós de Araujo (1880-1938)
1° Sucessor: Zoroastro Passos (1887-1945)
2° Sucessor: Christiano Martins (1912-1981)
3° Sucessor: Francisco Magalhães Gomes (1906-1990)
4° Sucessor: Miguel Augusto Gonçalves de Souza (1926)

Cadeira 06
Patrono: Bernardo de Vasconcellos ( 1795-1850)
Fundador: Arduino Bolivar (1873-1952)
1° Sucessor: Salomão de Vasconcelos (1877-1965)
2° Sucessor: Mello Cançado (1912-1981)
3° Sucessor: José Caarlos Lisboa ( 1902-1994)
4° Sucessor: Alaide Lisboa
5° Sucessor: Yeda Prates Bernis

Cadeira 07
Patrono: Luiz Cassiano ( 1868-1903)
Fundador: Avelino Foscolo ( 1864-1944)
1° Sucessor: Eduardo Frieiro ( 1889-1982)
2° Sucessor: Austen Amaro (1901-1991)
3° Sucessor: Wilson Bastos (1915)
4° Sucessor: João Bosco Murta Lages
5° Sucessor: Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza

Cadeira 08
Patrono: Baptista Martins (1868-1906)
Fundador: Belmiro Braga (1872-1937)
1° Sucessor: Wellington Brandão (1894-1965)
2° Sucessor: Edison Moreira ( 1919-1989)
3° Sucessor: Milton Reis (1929)

Cadeira 09
Patrono: Josaphat Bello (1870- 1907)
Fundador: Bento Ernesto ( 1866-1943)
1° Sucessor: João Alphonsus (1901 -1944)
2° Sucessor: Djalma Andrade (1891-1975)
3° Sucessor: Ildeu Brandão (1913-1994)
4° Sucessor: Márcio Garcia Vilela (1939)

Cadeira 10
Patrono: Claudio Manoel da Costa (1729-1789)
Fundador: Brant Horta (1876-1959)
1° Sucessor: João Etienne Filho (1918-1997)
2° Sucessor: Fábio Proença Doyle

Cadeira 11
Patrono: Santa Rita Durão ( 1722-1784)
Fundador: Carlos Góes (1881-1934)
1° Sucessor: Lúcio dos Santos (1875-1944)
2° Sucessor: Bueno de Sequeira (1895-1979)
3° Sucessor: D. João Resende Costa (1910)
4° Sucessor: D. Walmor Oliveira de Azevedo

Cadeira 12
Patrono: Alvarenga Peixoto (1744-1793)
Fundador: Carlindo Lellis (1879-1945)
1° Sucessor: João Dornas Filho (1902-1962)
2° Sucessor: Alberto Deodato (1896-1978)
3° Sucessor: Tancredo Neves (1910-1985)
4° Sucessor: Olavo Drumond (1925)
5° Sucessor: Cônego José Geraldo Vidigal De Carvalho

Cadeira 13
Patrono: Xavier da Veiga (1846-1900)
Fundador: Carmo Gama (1860-1937)
1° Sucessor: Godofredo Rangel (1884-1951)
2° Sucessor: Antõnio Moraes (1904-1984)
3° Sucessor: João Franzen de Lima (1897-1994)
4° Sucessor: Paulo Tarso Flecha de Lima ( 1933)

Cadeira 14
Patrono: José Senna (1847-1901)
Fundador: Costa Senna (1852- 1919)
1° Sucessor: Almeida Magalhães (1893-1982)
2° Sucessor: João Valle Maurício ( 1922)
3° Sucessor: Antenor Pimenta Madeira

Cadeira 15
Patrono: Bernardo Guimarães (1827-1884)
Fundador: Dilermando Cruz (1879-1935)
1° Sucessor: Moacyr Andrade (1897-1935)
2° Sucessor: Odair de Oliveira (1917-1982)
3° Sucessor: Armond Werneck ( 1916-1991)
4° Sucessor: Bonifácio José Tamm Andrada (1930)

Cadeira 16
Patrono: Paula Cândido (1805-1864)
Fundador: Diogo Vasconcellos ( 1843-1927)
1° Sucessor: Mário Mattos (1899-1966)
2° Sucessor: Waldemar dos Anjos (1901-1980)
3° Sucessor: Flávio Neves (1908-1984)
4° Sucessor: Wilson Castello Branco (1918-1986)
5° Sucessor: José Afrânio Moreira Duarte (1931)
6° Sucessor: Ronaldo Costa Couto

Cadeira 17
Patrono: Conde De Prados ( Dr.Camilo Armond) (1815-1882)
Fundador: Eduardo de Menezes (1857-1923)
1° Sucessor: José Antônio Nogueira (1892-1947)
2° Sucessor: Abgar Renault (1901-1995)
3° Sucessor: Aluísio Pimenta (1923)

Cadeira 18
Patrono: Silva Alvarenga (1749-1814)
Fundador: Estevam Oliveira (1853-1926)
1° Sucessor: Abílio Barreto (1883-1959)
2° Sucessor: Arthur Versiani Velloso (1906-1986)
3° Sucessor: José Henrique Santos (1934)

Cadeira 19
Patrono: Corrêa de Almeida (1820-1905)
Fundador: Francisco Lins (1866-1933)
1° Sucessor: Mário Mendes Campos (1894-1989)
2° Sucessor: Pe. José Carlos Brandi Aleixo (1932)

Cadeira 20
Patrono: Arthur Lobo (1879-1901)
Fundador: Franklin de Almeida Magalhães (1902-1971)
1° Sucessor: Emílio Guimarães de Moura (1902-1971)
2° Sucessor: Wilson De Mello da Silva (1911-1994)
3° Sucessor: Ariosvaldo de Campos Pires (1934-2004)
4° Sucessor: Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz (1932)

Cadeira 21
Patrono: Fernando De Alencar (1857-1910)
Fundador: Gilberto De Alencar (1887-1961)
1° Sucessor: Nelson De Faria (1902-1968)
2° Sucessor: Oscar Negrão de Lima (1895-1971)
3° Sucessor: Hilton Rocha (1911-1993)
4° Sucessor: Caio Mário (1913)
5° Sucessor: Elizabeth Fernandes Rennó de Castro

Cadeira 22
Patrono: Júlio Ribeiro (1845-1890)
Fundador: Heitor Guimarães (1868-1937)
1° Sucessor: Paulo Rehfeld (1902-1960)
2° Sucessor: Fábio Lucas (1931)

Cadeira 23
Patrono: Joaquim Felício ( 1828-1895)
Fundador: Joaquim Silverio (1859-1933)
1° Sucessor: Martins de Oliveira (1896-1975)
2° Sucessor: Victor Nunes Leal (1914-1985)
3° Sucessor: Raul Horta (1923)
4° Sucessor: Monoel Hygino dos Santos

Cadeira 24
Patrono: Bárbara Eliodora ( 1758-1819)
Fundador: João Lúcio (1875- 1948)
1° Sucessor: Cláudio Brandão ( 1894-1965)
2° Sucessor: Henrique de Resende ( 1899-1973)
3° Sucessor: Sylvio Miraglia (1900-1994)
4° Sucessor: Eduardo Almeida Reis (1937)

Cadeira 25
Patrono: Augusta Franco (1877-1909)
Fundador: João Massena (1865-1957)
1° Sucessor: Paulo Pinheiro Chagas ( 1906-1983)
2° Sucessor: Aureliano Chaves (1929)
3° Sucessor: Francelino Pereira dos Santos

Cadeira 26
Patrono: Evaristo da Veiga (1799-1837)
Fundador: José Eduardo da Fonseca (1883-1934)
1° Sucessor: Mário Casasanta (1898-1963)
2° Sucessor: Henriqueta Lisboa ( 1904-1986)
3° Sucessor: Lacyr Annaziata Schettino
4° Sucessor: Pe. João Batista Megale
5° Sucessor: Vaga

Cadeira 27
Patrono: Corrêa de Azevedo (1856-1904)
Fundador: José Paixão (1868-1949)
1° Sucessor: Augusto de Lima Junior (1889-1970)
2° Sucessor: Cardeal Vasconcelos Motta (1890-1982)
3° Sucessor: Dom Oscar de Oliveira (1912-1997)
4° Sucessor: Pe. Paschoal Rangel (1922)

Cadeira 28
Patrono: Américo Lobo (1893-1903)
Fundador: José Rangel (1868-1940)
1° Sucessor: Guilhermino César (1908-1993)
2° Sucessor: José Bento Teixeira de Salles (1922)

Cadeira 29
Patrono: Aureliano Pimentel (1830-1908)
Fundador: Lindolpho Gomes (1875-1953)
1° Sucessor: Milton Campos (1900-1972)
2° Sucessor: Pedro Aleixo (1901-1975)
3° Sucessor: Gustavo Capanema (1900-1985)
4° Sucessor: Murilo Paulino Badaró (1931)

Cadeira 30
Patrono: Oscar da Gama (1870-1900)
Fundador: Luiz de Oliveira (1874-1960)
1° Sucessor: Oiliam José (1921)

Cadeira 31
Patrono: Lucindo Filho (1847-1896)
Fundador: Machado Sobrinho (1872-1938)
1° Sucessor: Salles Oliveira (1900-1968)
2° Sucessor: Manoel Casasanta (1902-1973)
3° Sucessor: Waldemar Pequeno (1892-1988)
4° Sucessor: Luís Carlos de Portilho (1910)

Cadeira 32
Patrono: Marquês de Sapucaí (1793-1875)
Fundador: Mário Lima (1886-1936)
1° Sucessor: Heli Menegale (1903-1893)
2° Sucessor: Almir de Oliveira (1916)

Cadeira 33
Patrono: Edgar Matta (1878-1907)
Fundador: Mário Magalhães (1885-1937)
1° Sucessor: Aires da Mata Machado Filho (1909-1985)
2° Sucessor: Nansen Araújo ( 1901-1996)
3° Sucessor: José Crux Rodrigues Vieira (1920)

Cadeira 34
Patrono: Thomaz Gonzaga (1744-1810)
Fundador: Mendes de Oliveira (1879-1918)
1° Sucessor: Noraldino Lima ( 1885-1951)
2° Sucessor: Nilo Aparecida (1914-1974)
3° Sucessor: Juselino Kubistschek (1902-1976)
4° Sucessor: Affonso Arinos (1905-1990)
5° Sucessor: Orlando Vaz Filho

Cadeira 35
Patrono: João Pinheiro (1860-1908)
Fundador: Navantino Santos (1885-1946)
1° Sucessor: Eugênio Rubião (1884-1949)
2° Sucessor: Silva Guimarães (1876-1955)
3° Sucessor: Orlando Carvalho (1910)
4° Sucessor: Carlos Mário da Silva Velloso

Cadeira 36
Patrono: Eloy Ottoni (1764-1851)
Fundador: Nelson Senna (1876-1952)
1° Sucessor: Oscar Mendes (1902-1983)
2° Sucessor: Wilton Cardoso (1916)
3° Sucessor: Aloísio Teixeira Garcia

Cadeira 37
Patrono: Manoel Basílio da Gama (1826-1903)
Fundador: Olympio Rodrigues de Araújo (1860-1923)
1° Sucessor: Aníbal Mattos (1886-1969)
2° Sucessor: Edgard de Vasconcellos Barros (1914-2004)
3° Sucessor: Olavo Celso Romano (1938)

Cadeira 38
Patrono: Beatriz Brandão (1779-1868)
Fundador: Paulo Brandão (1883-1928)
1° Sucessor: Honório Aarmando (1891-1958)
2° Sucessor: Vivaldi Moreira (1912-2001)
3° Sucessor: Pedro Rogério Couto Moreira

Cadeira 39
Patrono: Basílio da Gama (1740-1795)
Fundador: Plínio Motta (1876-1953)
1° Sucessor: João Camillo (1915-1973)
2° Sucessor: Edgar Mata Machado (1914-1995)
3° Sucessor: Patrus Ananias de Souza (1952)

Cadeira 40
Patrono: Visconde de Caeté (1766-1838)
Fundador: Pinto de Moura ( 1865-1924)
1° Sucessor: Affonso Penna Junior (1879-1968)
2° Sucessor: Maria José de Queiroz (1936)
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