terça-feira, 10 de maio de 2011

Jandeilson Bezerra (Por que Você Escreve?)


“Da minha decepção só nasce dureza
Do meu Amor Só nasce Tristeza
Não sei o que quero
Mas sei o que não posso ter”
Flor Bela

A Dinâmica do Pensamento

Diariamente quando acordo e quando vou dormir me faço a mesma pergunta - Por que você escreve "cara"? - Procuro não responder a pergunta mas só analisa-la sempre sob um ponto de vista diferente do dia anterior quando me questionei.

Ando lendo muito ultimamente, minha profissão exige e meu gostar de literatura já transformou a leitura em um hábito normal, leio muita coisa boa mas também leio coisas ruins, é imprevisível, às vezes você começa lendo algo bom e no meio da história tudo se perde, a continuidade é péssima ou se perde no meio de detalhes fúteis desnecessários ao bom andamento da história. O mais incrível é, me deparar com a diversidade daquilo que está sendo produzido ultimamente, isso sim é algo esplendoroso, porém até na literatura há uma via de mão dupla, o lado direito te leva a qualquer lugar e o lado esquerdo onde o coração fica te leva a caminhos onde a seleção é natural e só fica aquilo que realmente é bom.

Existem diversos tipos de escritores e literaturas, desde os mais comerciais aos mais técnicos, porém o que observo é que uma grande parcela de escritores desejam tanto serem publicados que se submetem as mais vis e ridículas torturas de seus estilos literários, vejo escritores se aventurando em mundos que não pertencem e outros esquecendo aquilo que são, se preocupam mais em serem publicados que até medo de criticarem suas editoras eles têm e ficam calados, silenciam diante da adversidade, prova disso é que a maioria escreve poesia mas abandonam-na na primeira oportunidade de publicarem algo, como eu disse é uma via de mão dupla, enquanto correm para publicarem sobre qualquer coisa menos poesia a internet dá um banho em tudo, nunca se viu tanta poesia sendo publicada como agora, basta navegar nos blogs e sites. Desde quando poesia não vende? Essa pergunta hoje não é mais pertinente, é necessário voltar as origens para se descobrir o que acontece hoje, não é possível haver renovação se a essência da escrita permanecer sob o véu do incrédulo.

Recentemente o mundo literário foi bombardeado com a critica da Crítica, há uma crise pois a critica está limitada áquilo que só é publicado pelos grandes meios, o mundo é confortável e eles não querem avançar para águas desconhecidas, sair do conforto e se deparar com o novo é esmiuçar o que há de melhor mesmo que dentro do cesto haja muita coisa ruim, de lá é possível tirar algo bom e que valha ser comentado, se a Critica se limita a seu mundo de conveniências permanecerá na crise, e se ela se limitar será impossível descobrir algo novo, porém enquanto a essência do escrito "poesia" permanecer a mesma, os demais caminhos tendem a permanecerem no mesmo. O concreto começou pela renovação da poesia, depois passou para o conto e atingiu os diversos meios de cultura, não que esse seja preferido, foi mais fácil citar pois é o mais atual, ainda se vê autores escrevendo poesia “concreta”.

O foco aqui não é a Critica, mas não poderia deixar de comentar isso já que o assunto é aquela pergunta inicial - por que você escreve "cara"? - E voltemos! Tenho visto muita coisa que agrada, não agrada a mim mas as editoras, o que está sendo escrito atualmente tem um apelo muito comercial, são coisas que se transformam em filmes e vendem muito, são verdadeiros roteiros de filmes que não propões uma mudança de estética mas permanecem nas mesmices que estamos acostumados, hoje em dia o cotidiano tem virado livro e esses livros vendem, o caminho está sendo traçado por um novo parâmetro que está ligado mais a uma parceira comercial de editora e cinema do que editora e autor, a preocupação hoje em dia é se o livro tem possibilidade de se transformar em filme, se houve qualquer possibilidade ele logo é transformado em um BestSeller, o conteúdo é bom mas será que essa deve ser a real preocupação daquilo que está produzindo literariamente? O autor/ escritor deve se preocupar com isso na concepção de seu trabalho? É ai que está o problema, quando começo a ler, o livro inicialmente parece ter a característica de se aventurar em um mundo novo e diferente, oferecendo uma estética que já identifica o escritor, porém quando você chega ao meio do livro percebe que a estética inicial se perdera, que a proposta principal se perdeu e a continuidade já está mais para um filme detalhista do que para a literatura no seu nível e desnível. O que importa é ser lido ou escrever com qualidade?

Certa vez meu professor de Oficina Literária, na faculdade, falou que se nossa intenção era sermos escritores de sucesso deveríamos nos aventurar em escrever primeiro um livro de Autoajuda e só depois passar a escrever literatura propriamente dita, realmente esse é o caminho do sucesso, mas é correto se submeter a esse tipo de perversão literária para ser alguém de sucesso? Nossa, são tantas perguntas ao longo do texto, mas que merecem uma apreciação do leitor, as vezes a desonestidade literária nos pega quando nos deparamos com o fato de que nossos leitores se lembrarão de nós por termos escritos autoajuda do que realmente por aquilo que escrevemos com qualidade (não que o livro de autoajuda não tenha qualidade, longe disso, já li alguns que são ótimos), o leitor quando for nas livrarias comprar, vai pensando que o livro é no estilo do primeiro e quando chega lá é só decepção pois descobre que o livro ou é de poesia ou de qualquer outra coisa que não seja no estilo do primeiro, a isso chamo de traição e prostituição literária e é o que vem acontecendo muito, já vi diversos escritores que fizeram um sucesso enorme e hoje você não lembra nem o nome do cara, quer um exemplo disso? - Rs, rs, rs, procura no Google - você lembra quem escreveu Marley e Eu? - Só alfinetando.

Para que você não entre no mundo dos esquecidos, pois o que importa não é a fama, você tem que ter em mente que qualidade é o mais importante, e quem defini a qualidade não é um conjunto de regras para seguir, o que defini a qualidade é na verdade a sua honestidade com o leitor, você não precisa que digam o que escrever, escreva apenas sem se preocupar com o que dirão pois você não será o primeiro nem o último, quando for escrever tenha em mente que homens como Lima Barreto diversas vezes fora rejeitado pela Academia e hoje sem dúvidas é um dos grandes escritores brasileiros, quem lamenta hoje essa rejeição sofrida por ele é a Academia por não tê-lo tido em um de seus acentos. Aliás, lá tem muitos esquecidos que não são esquecidos porque são eterno nos registros deles mas que para nós nem na lembrança ficaram, a atualidade demonstra isso facilmente, muitos têm apenas títulos e por causa desses títulos (galardões, para ficar claro que não se trata de títulos de livros, vai que alguém esquece) são lembrados.

As vozes não se calam e não perdoa o tempo, amargar as derrotas em concursos, bolsas e em análises de editora está no cotidiano de alguns grandes escritores de nossa época, no passado as coisas nem sempre foram simples como hoje, porém é preciso ter em mente que desistir é coisa dos fracos, os fortes vão à luta.

Em um mundo com tanta diversidade literária, precisamos ter em mente que não podemos nos permitir aos clichês próprios dessas vanguardas espalhadas e autointituladas, precisamos sair das mesmices, e viver o novo é não se deixar levar porque o barco está indo com a maré, reme contra a maré, conheça e leia mais, quando era jovem não queria deixar-me influenciar pelos escritores do passado hoje em dia sinto necessidade de meus mestres, não uso tudo o que aprendo pois tenho meu próprio estilo, mas aprendo tudo o que me ensinam pois não há estilo que nasça sem uma boa influência de alguém. Porém não se deixe perder na adversidade do aprendizado, busque ser diferente.

A outra parte daquilo que somos, enquanto escritores, é aquilo que detemos enquanto leitores, ai você fica pensando um pouco pois isso é texto para um novo artigo. Até a próxima com a séria: Por que você escreve?

Fonte:
Elo das Letras.

XXIV Jogos Florais de Ribeirão Preto (Resultado Final do Municipal e Estudantil)



Tema Municipal: Brilhante
VENCEDOR (troféu)


1º Lugar
Um brilhante que me aguça
e me traz um brilho farto
é quando o Sol se debruça
na janela do meu quarto!
RITA MOURÃO-

2º Lugar
A este país tão amado,
de economia pujante,
tenho sempre desejado
um futuro de brilhante.
FÁTIMA R. F. STARLING

3 º Lugar
O Sol definha no ocaso...
em cena, a Lua brilhante...
O bom Deus, não por acaso,
nos legou tão belo instante...
JOSÉ CARLOS PANAZZOLO

4º Lugar
Uma pedra luzidia
à poeira misturada,
era um brilhante, fulgia...
Encheu-se de luz a estrada.
WANDA DUARTE DA SILVA

5º Lugar
O centro deste brilhante
esconde doce segredo,
meu coração palpitante
que vai ficar em seu dedo.
ELISA ALDERANI

MENÇÃO HONROSA:

1º Lugar
De um brilhante secular
procuro o brilho de novo
que um dia soube aclarar
a honestidade de um povo!
RITA MOURÃO

2º Lugar
Na sua mão o brilhante,
reluziu com esplendor.
e com seu brilho ofuscante,
ele provou meu amor...
EDINA DUARTE SILVA DO PRADO-

3º Lugar
Lapidei teu coração
como um brilhante valioso,
e com constante oração
o tornei mais luminoso.
ELISA ALDERANI

4º Lugar
Em brilhar sempre sonhei
trabalhar com perfeição
assim brilhante eu serei,
se você me der a mão.
LEDA PEREIRA

5ª lugar
No horizonte, o por do sol,
reflete na água brilhante
e faz festa o girassol
ante o olhar de sua amante.
ARLETE LUIZA RIBEIRO DE ANDRADE TEIXEIRA

MENÇÃO ESPECIAL

1º Lugar
Na escolha da profissão,
quem sabe o que quer acerta;
é brilhante, meu irmão,
quem vive feliz e alerta.
ELIANE APARECIDA PEREIRA

2º Lugar
Brilhante a grande magia
dos amantes ao luar;
É uma eterna alegria
que faz meu amor brilhar.
SUELI TORNICI

3º Lugar
Risos na manhã formosa,
reluz alegre o brilhante,
por que? Dormiu com a rosa!
Acordou ainda ofegante...
CÉLIA APPARECIDA SILLI BARBOSA

4º lugar
O Divino Salvador
Deixou um exemplo brilhante:
-“Com a paz e muito amor,
torna-se o homem diamante!”.
ROGER RODRIGO DE BRITO

5ºlugar
O brilho do diamante
traduz tão forte magia
que faz a vida brilhante
durante a noite e de dia.
SUELI TORNICI.

TEMA: PROMOÇÃO (Humoristicas)
VENCEDORES

1º Lugar---
Da garota balconista
a promoção desejada
chegou, quando pôs à vista,
a peça mais cobiçada!
RITA MOURÃO

2º Lugar---
Letícia, com boa forma
sem promoção pede aumento.
mas o patrão logo informa:
“só depende do argumento!”
RITA MOURÃO-

3º Lugar---
A gata em seu rebolado,
descolou a promoção...
O esposo, mero empregado,
sem saber, virou patrão...
JOSÉ CARLOS PANAZZOLO

-4 º Lugar---
Fui curtir samba na praia
Com tequila e camarão
Por fim entrei na gandaia
Quase virei promoção.
ELIANE APARECIDA PEREIRA

5 º Lugar
Nesse comércio bizarro
De promoção de viés,
Ainda venderão carro
Dando de brinde, mais dez!
NILTON MANOEL- ---

Menção Honrosa

1º lugar
O pai orou à capela,
à bem vinda promoção...
sem saber, sua donzela,
foi a santa dessa oração.
JOSÉ CARLOS PANAZZOLO

2º Lugar
Coitadinha da Esperança
que investiu na promoção;
mas ao ver a tal poupança,
fugiu da raia o patrão.!
RITA MOURÃO

-3º Lugar
Comprei uma blusa rosa.
em loja de promoção;
minha sogra furiosa,
gritou: que depravação!
SUELI TORNICI

4º lugar
Na carroça do João,
tem de tudo o que se quer;
tudo vive em promoção;
só não encontrou mulher!
ELIANE APARECIDA PEREIRA

5º lugar
Esperando promoção,
no trabalho, me empenhei;
para minhá decepção,
um “bilhete azul” ganhei!
FÁTIMA R.F. STARLING

MENÇÕES ESPECIAIS

1º Lugar
Promoção de negro humor
em grandes filas,à vista;
qualquer “lixo” tem valor,
na glória do varejista...
NILTON MANOEL

2º Lugar
O empregado quando é bom
sempre ganha promoção;
mas além de ter o dom
tem que agradar o patrão.
LEDA PEREIRA

3º Lugar
Quando o Zé comprou calçado
na loja de promoção,
mudou o seu rebolado...
e caiu na perdição!
SUELI TORNICI

4º Lugar
A Marô tão assanhada,
se perdeu na promoção...
com tumulto e coronhada,
se fez refém do ladrão!
CÉLIA APPARECIDA SILLI BARBOSA

5º Lugar
Vi ontem, slogan papudo,
-nem de longe promoção;
dizia: aqui levas tudo,
se pagares de antemão!
ROGER RODRIGO DE BRITO

XXIV JOGOS FLORAIS ESTUDANTIS DE RIBEIRÃO PRETO PERSONAGENS DO FOLCLORE NACIONAL
Lírico-filosófica:

VENCEDORES (troféu)

1º lugar
A mulher casa com padre,
vira Mula-sem-cabeça.
E quem sabe uma comadre,
tenha perdido a cabeça.
LEANDRO DE OLIVEIRA BORGES – 7ª B
EM PROFA DERCY CÉLIA SEIXAS

2º lugar
Para o homem a Iara canta,
ele escuta e cai na isca:
a idéia da morte espanta
mas, de amor ele nem pisca!
MAYARA RUIZ BONASSA – 7ª – A
CEMEI DR. JOÃO GILBERTO SAMPAIO

3º lugar
Iara e a sua beleza...
Curupira, pés inversos...
Seu canto é sua grandeza,
na floresta faz seus versos.
MILENA DA S. PATROCÍNIO – 8 – C
EMEF ANÍSIO TEIXEIRA

4º lugar
Com seu canto ela seduz
distraídos pescadores.
sua beleza reluz
despertando mil amores!
ANA LÍVIA J. DOS S. JUSTINO – 7ª A
CEMEI DR. JOÃO GILBERTO SAMPAIO

5º lugar
Doce Iara com seu canto,
quer a todos fascinar.
mas quem cai no seu encanto,
fria pedra vai virar.
(LARISSA NAYARA DA SILVA – 8ª – B)
CEMEI JOÃO GILBERTO SAMPAIO

MENÇÃO HONROSA (medalha dourada)

1º lugar
Triste Boto cor de Rosa
queria amor de mulher,
mas a amada, impiedosa,
ah coitado, não o quer!
ANDRÉ LUIZ DA SILVA – 8ª – B
Cemei João Gilberto Sampaio

2º lugar
Quando a bonita Iara canta
a doce canção sem fim,
hipnotiza e muito encanta,
como um belo Serafim!
LUDMILA DA SILVA LOPES – 7ª B
EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini

3º lugar
Enganando o caçador
com aqueles pés virados,
é um grande protetor
das matas e dos serrados!
MIRELLY DE ALMEIDA SILVA – 8ª C
Cemei João Gilberto Sampaio

4º lugar
Boitatá é o guardião
das florestas do Brasil.
Lá não pode entrar ladrão:
O guarda vale por mil!
SCARLET LARISSA DA S. PEREIRA – 8ª – B
Cemei João Gilberto Sampaio

5º lugar
Menino vai já dormir,
é preciso repousar.
Se o seu olhinho abrir
a Cuca vai lhe pegar!
CAMILA APARECIDA ALVES – 8ª B
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

MENÇÃO ESPECIAL (medalha prateada)

1º lugar
Com seu esquisito pé
protegendo a natureza,
esse Curupira é
protetor dessa beleza.
GABRIEL FELIPE FERREIRA - 7ª
E.M. Profa. Dercy Célia Sexas

2º lugar
Um dia longe avistei
linda sereia do mar,
com ele me encantei,
nunca mais quero acordar.
JOÃO VITOR ANDRADE ROSATT
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

3º lugar
Meu pé não é para trás
como o pé do Curupira.
Vou em frente, vou em paz
e assim o meu mundo gira.
ROBERTO COELHO R NETO 1º ANO
Escola Dom Luiz do A. Mousinho

4º lugar
Onde estás linda Sereia?
Não sabes quanto te amo;
nessas águas com areia
não ouves quando te chamo
PATRICK LIPÚ PEREIRA - 1º C
Escola Dom Luiz do A. Mousinho

5º lugar (incorreção,desclassificada )

tema: SACI – TROVAS HUMORÍSTICAS -

VENCEDORAS Troféu

1º lugar
Saci, bem desengonçado,
consegue tudo o que quer,
mas está desesperado
por não ter Saci mulher!
DANIELA DE SOUZA AGUIAR - 8ª B
Emef "Sebastião de Aguiar Azevedo

2º lugar
O Saci é brincalhão
e minha mãe - sniff - é burra!
ele come o macarrão
e eu é que levo a surra
ALLISON VINICIUS DIAS - 7ª A
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

3º lugar
Saci naquela moitinha,
pronto estava pro pinote...
Não contava o capetinha,
com o coice do garrote!
BRUNO FIGUEIREDO PANTOZZI - 7ª E
EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini

4º lugar
Saci quando o Boto viu,
foi ligeiro difamando:
- Seu Boto, "bota" no rio!
e foge rindo e pulando
AMANDA BERCHLLI - 7ª D
EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini

5º lugar
O Saci, com sua ginga,
pula, pula sem parar;
com esperteza e mandinga
faz até o demo chorar!
LUCAS DE OLIVEIRA PRADO - 8ª A
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

MENÇÃO HONROSA Medalha Dourada

1º lugar
O Saci nasceu da mente,
que foi Monteiro Lobato...
Ele anda sempre contente,
seja na terra ou no mato...
BRUNO HENRIQUE DE LIMA - 2º A
E. E. Prof. Walter Paiva

2º lugar
O Saci,muito travesso,
é também muito levado
parece que está no avesso...
Eita garoto danado!
JOHNATAN OLIVEIRA DE FARIA - 6ª E
EMEF Geralda dem Souza Espin

3º lugar
O Saci é muito arteiro,
gira como um furacão
mas alegra o sítio inteiro
um pé sim, o outro não!
KELLY CRISTINA P. ANÚNCIO - 6ª - C
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

4º lugar
O Saci muito travesso,
só gosta de bagunçar.
Deixa tudo pelo avesso...
depois não quer arrumar.
KETLYN RHAIANE M. DE CARVALHO - 8- B
EMEFEM Dom Luiz do Amaral Mousinho

5º lugar
O danado do Saci
nunca mais vou esquecer...
Aprontou um ti-ti-ti
e depois foi se esconder!
LETÍCIA OLIVEIRA DOS SANTOS - 6ª C
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

MENÇÃO ESPECIAL Medalha Prateada

1º lugar
Só tem apenas um pé,
tem um cachimbo, é arteiro.
Um personagem ele é
do folclore brasileiro.
BRENO HENRIQUE DE SOUZA - 6ª C
EMEF Prof. Paulo M. Serrat Filho

2 º lugar
Veloz igual a cavalo,
Saci, numa escuridão.
Para poder enxergá-lo,
só com vela ou lampião!
DOUGLAS B. FRANCO - 1º B
EMEFEM Dom Luiz do A. Mousinho

3º lugar
Tem um cachimbo na boca,
anda só com uma perna.
Na cabeça usa uma touca,
com ele tudo é baderna!
GUSTAVO DE OLIVEIRA GRANERO
EMEF Geralda dem Souza Espin

4º lugar
Saci comeu brigadeiro,
ficou com indigestão.
Ele correu ao banheiro...
- fez barulho de trovão!
JOÃO VITOR ANDRADE ROSATTO 7ª A
Cemei Dr. João Gilberto Sampaio

5º lugar
Com seu cachimbo na boca
e seu gorro avermelhado,
deixa tia Anastácia Louca
de cabelo arrepiado.
LUANA MORENO FARGNOLLI - 6ª A
CEMEI Prof. Eduardo Romualdo de Souza
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Temas de 2012

Remessas:

Recepção das trovas: 2 de janeiro até 10 de abril de 2012 (100 dias)

Tema para trovadores de Ribeirão Preto:
XXV JOGOS FLORAIS DE RIBEIRAO PRETO
PORTA (lirismo)
JANELA (humor)

Tema Nacional:
CIDADÃO (lirismo)
TROPEÇO (humorismo)
XIII JOGOS FLORAIS ESTUDANTISDE RIBEIRÃO PRETO

Tema Estudantil:
FATO (lirismo)
BOATO (humor)

Sistema envelopes ( 8/11). Somente envelopes brancos, digitados em ARIAL14, espaços simples.
Não mande cartas registradas.
Solicitamos a todas as entidades trovadorescas e escolas a divulgação do evento.
Promova sempre um bom trabalho.

União Brasileira de Trovadores
caixa postal 448
CEP–14001970- Ribeirão Preto/SP

Contato por e-mail
ubt.niltonmanoel@ig.com.br

Exposição do Livro Artesanal “Poesia para parar o tempo”, em Belo Horizonte


A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Regional Centro-Sul, convida para a exposição do livro artesanal

POESIA PARA PARAR O TEMPO
de Antônio Carlos Dayrell
com ilustrações da artista plástica Iara Abreu.

17 de maio a 5 de junho de 2011

Das 8 às 20 h

Galeria de Arte da Rodoviária

Exposição

Antônio Carlos Dayrell é escritor e advogado em Belo Horizonte. Autor/Editor do livro Poesia Para Parar o Tempo (2009), o poeta confeccionou artesanalmente 400 exemplares da obra, cujo título empresta nome a presente exposição. São poemas visuais que trabalham com o imaginário das pessoas, crônicas que examinam o cotidiano e desenhos contextualizados, cuidadosamente elaborados pela artista plástica Iara Abreu, que ilustrou o livro. A idéia é entreter e encorajar o público a acreditar que realmente vale a pena parar um pouco e refletir sobre o papel que estamos desempenhando nos dias atuais, na sociedade. A exposição foi apresentada com sucesso, em Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte, Bom Despacho e no Restaurante Popular de Belo Horizonte Josué de Castro.

O poeta

Antônio Carlos Dayrell nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1965. É formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em Direito. Advogado, pós-graduado em Direito de Empresa pelo Instituto de Educação Continuada da PUC/Minas, foi assessor jurídico da Associação Comercial de Minas. O desejo de escrever iniciou-se na adolescência. A partir daí redigiu várias poesias e textos. Seus escritos são de cunho reflexivo e, atualmente, além de poemas, escreve artigos para jornais, tendo atuado na revisão do livro “Questões de Múltipla Escolha”, elaborado pelo presidente da Associação dos Magistrados Mineiros, na época, Elpídio Donizetti Nunes.

Blog: http://poesiaparapararotempo.blogspot.com/ - Contato: antoniodayrel@gmail.com

A ilustradora
Iara Abreu é licenciada em Desenho e Plástica, formada em 1980 pela Fundação Universidade Mineira de Arte – FUMA, atual escola da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG. É idealizadora e Autora do projeto “ASPECTOS URBANOS” (Artes Visuais e Poesia), que reúne poetas contemporâneos nacionais e estrangeiros.

Blog: http://iaraabreu.blogspot.com/ - Contato: iluarti@ig.com.br

Fonte:
Texto enviado por Poetas del Mundo

Monteiro Lobato (Histórias de Tia Nastácia) XXIX – A Raposa e o Homem


Uma raposa foi deitar-se, fingindo-se de morta, no caminho por onde um homem ia passar. O homem chegou, parou e disse:

— Coitada da amiga raposa! Fez um buraco e enterrou-a.

Assim que ele se afastou, a raposa saiu da cova e correu por dentro do mato até sair lá adiante. Deitou-se de novo na estrada, sempre a fingir de morta.

O homem chegou e disse:

— Oh, outra raposa! Coitadinha... Arredou-a da estrada, cobriu-a de folhas secas e lá se foi.

A raposa repetiu a manobra. Correu a deitar-se lá adiante, no meio do caminho. O homem chegou e enrugou a testa.

— Quem será que anda matando estas raposas?

Mas não a enterrou, nem a cobriu de folhas secas. Deixou-a onde estava.

A raposa pela quarta vez repetiu a manobra. Foi correndo deitar-se lá adiante. O homem chegou, e vendo mais aquela disse: "O diabo leve tanta raposa morta!" E agarrando-a pelo rabo jogou-a no mato.

A raposa ficou pensativa.

— Estou vendo que é um perigo abusar dos nossos benfeitores...
===============

— Isto é uma história moral — disse Pedrinho.

— Sim — concordou dona Benta. — É das tais que encerram uma lição. "Não abuses!" é a lição que a gente tira daí. A raposa abusou da bondade do homem — e se insistisse mais uma vez, o homem era capaz de dar-lhe um pontapé que a matasse de verdade.

— E seria bem feito — disse Emília. — Quem atropela desse modo os bons, merece pau.

Depois dessa história, Emília gritou:

— Eu quero agora uma historinha bem bonita em que haja um pinto! Todos estranharam aquela exigência.

— Por que pinto e não galo ou um cachorro? — perguntou Narizinho. E Emília respondeu:

— Porque esta noite sonhei com um pinto sura que veio comer quirera na minha mão.

E tia Nastácia contou a história de um pinto sura.
–––––––––––––
Continua… XXX – O Pinto Sura
–––––––––––––-
Fonte:
LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Nastácia. SP: Brasiliense, 1995.
Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source

Sérgio Napp (Da Arte da Palavra ao Prazer da Leitura) Parte 4


Imaginemos que você seja um desses apaixonados pela boa mesa. E que tenha habilidades suficientes para enfrentar a cozinha. Próximo a você os recipientes, os condimentos, os produtos, enfim o necessário para um daqueles pratos de água na boca. Em suas mãos a receita. Mas lembre-se, a receita é como se fosse a fórmula de um alquimista: tudo depende dela e de sua capacidade de interpretá-la e misturar convenientemente os elementos. O mínimo deslize e o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Enfim, a receita está em suas mãos. E você possui duas alternativas frente a ela (se isto o assusta pare por aqui). Primeira: você a segue minuciosa e burocraticamente, todos os itens, passo a passo. Ao fim terá, provavelmente, um prato delicioso e elogiado. Segunda: você segue, rigorosamente, o que foi colocado na primeira alternativa. Mas (e como é importante este mas) a ela você acrescenta uma dose de criatividade, uma porção de talento, um tanto de ousadia e sem querer transformá-la, você a transforma em algo único. Os aplausos e os olhares lúbricos o consagrarão. (Um aparte: talvez na primeira tentativa o sucesso não ocorra, mas você é um desses teimosos, inquietos e persistentes. Com certeza, tentará tantas vezes quantas sejam necessárias até acertar. Em verdade, garanto, você conseguirá).

Assim se escreve. Você lê, e muito; é imaginativo, observador; freqüenta ou não oficinas de literatura. Não mais que de repente, surge-lhe a idéia, o desenho dos personagens, o desenrolar da ação, o clímax. A sua frente o computador, a máquina datilográfica ou, simplesmente, o papel em branco e a esferográfica. Em você, a receita e a técnica se complementam. E você as segue, minuciosamente, livro a livro. O resultado, claro, é encantador e merece aplausos. Mas (e como é importante este mas) se além de tudo você for um transgressor e possuir impetuosidade, destempero, ousadia, indignação, ao agregá-los à técnica atinge o nirvana. Se definir o seu próprio idioma, haverá de transformar peixes em estrelas. E quando decifrar a alquimia das palavras, sem se preocupar em transformá-las, as transformará de forma tal e tão brilhante que haverá de se perpetuar. (Talvez o sucesso não aconteça de imediato. Normal. Mas você é daqueles a quem o vento não dobra, vaso que não se quebra à primeira queda; você tem consciência de seu talento e, por isso, e por outros tantos motivos, há de perseverar. Bravos! Com toda a certeza que a vida permite, você o alcançará).

Escrever é um dom, segundo Domingos Pellegrini; não é mérito pessoal, mas herança humanitária. Honrar este dom com trabalho e ética, como em qualquer atividade humana, é o grande mérito.

Alguns o conseguem, outros não. Àqueles, seja qual for o grau, é dado olhar o pôr do sol através da tempestade. Meter as mãos no barro e transformá-lo em tulipas. Redescobrir a vida e sua melodia. Perceber a sutileza do espanto e empalmá-lo. Destravar o carro e deixá-lo ao sabor das correntezas sentindo o vento cortar a pele, certos de que, ao fim e ao cabo, haverá, sempre haverá, a magia das palavras e o deslumbre de quem prova e sente o maravilhoso sabor de cada um de todos os dias.

Alguém se habilita?

Fonte:
Artistas Gaúchos

Dinair Leite (Liberdade)


Fonte:
http://carlosgarridochalen.ning.com/profile/DinairGomesdeCLeite

Ialmar Pio Schneider (Homenagens em Soneto II)


SONETO A TCHAIKOWSKY
Homenagem pelo nascimento do compositor russo Pyotr Illitch Tchaikowsky em 7.5.1840

No dia em que Tchaikowsky ao mundo veio,
um gênio acompanhou-o para ser
o músico brilhante a merecer
um lugar de destaque neste meio…

De fontes populares fez nascer
composições de amor e devaneio,
qual “Capriccio Italiano” que no seio
de um povo simples ouve aparecer…

“Suite Quebra-nozes”, mais “O Lago
dos Cisnes”, lindas peças de balé;
e a forte “Abertura mil oitocentos

e doze” que foi um combate aziago
de Napoleão, o imperador de fé,
que foi vencido pela neve e os ventos…

SONETO A BRAHMS
Homenagem pelo nascimento do compositor alemão Johannes Brahms em 7.5.1833

Um homem bom, talento extraordinário,
pianista precoce, nas tabernas
com seu pai, nesse popular cenário,
executa composições modernas…

Robert e Clara Schumann, almas ternas,
aos vinte anos encontra e seu fadário,
daí por diante, ligações fraternas,
lhe suscitam o gênio solidário…

Sempre modesto, andou pelos caminhos,
como os que perambulam e sozinhos
se dedicam a ajudar o mundo inteiro…

Nobre Brahms, Clara Schumann o adorou,
quando disse que foi Deus que o enviou,
e por isto, talvez, morreu solteiro…

SONETO A MASAHARU TANIGUCHI
Fundador da Seicho-No-Ie - *1893 - +17.6.1985

Masaharu Taniguchi, Grande Mestre,
que me levou com seus ensinamentos,
a palmilhar este viver terrestre,
à luz de divinais convencimentos…

Eu que vivia como um bom pedestre,
mas sem os especiais conhecimentos,
agora a cultuar meu ramo ancestre,
não tenho tantos aborrecimentos…

Se houvesse o conhecido antes ainda,
é provável que fosse mais feliz,
sem ter passado, às vezes, sem a luz

que deixa a vida muito mais infinda;
porquanto creditei tudo o que fiz
à sorte de levar a minha cruz…

SONETO EM HOMENAGEM PÓSTUMA A CATULLO DA PAIXÃO CEARENSE
Data de falecimento do poeta: 10.5.1946

Faz-me lembrar o tempo de menino,
no lar paterno, lá na velha aldeia,
com minha mãe, irmãos e irmãs, na ceia,
de noitezinha, ao bimbalhar do sino...

Depois, eu contemplava a lua cheia
e perguntava aos céus: qual meu destino,
neste mundo que roda e cambaleia,
com momentos de luz e desatino?!...

E ouvia a minha voz na voz do vento,
dizendo que eu tivesse paciência,
estudasse, aprendesse e na paixão

de adquirir maior conhecimento,
ingressasse no reino da sapiência...
Que lindo era o Luar do meu Sertão !...

VERSOS PARA A MÃE
à minha mãe Amábile – In Memoriam

O meu verso maior vai para a mãe
que pelo amor ao filho tudo deixa;
as glórias vãs do mundo, sem pretextos,
envolta em sacrifícios não se queixa…

E quando ela o aninha em seus braços
fazendo-o dormir, embala-o e canta,
não aparenta ser aqui da terra;
é uma imagem dos céus, é uma santa.

Por isto, mãe querida, não te esqueço,
contigo quero estar a qualquer hora,
foste tudo pra mim, foste o começo…
Trazes no coração Nossa Senhora…

Fonte:
Textos enviados pelo autor
Imagem = http://medievalegends.blogspot.com

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 211)


Uma Trova Nacional

O amor é o maior mistério
que existe no mundo, enfim
chegou sem nenhum critério,
e tomou conta de mim!
–GISLAINE CANALES/SC–

Uma Trova Potiguar

O silêncio, embora mudo,
tem o poder envolvente
de ao coração dizer tudo
que passa na alma da gente!
–JOAMIR MEDEIROS/RN–

Uma Trova Premiada

2005 - Nova Friburgo/RJ
Tema : MOTIVO - 5º Lugar


Agora vivemos sós...
e dói, de modo incomum,
saber que o abismo entre nós
não teve motivo algum!
–NEWTON VIEIRA/MG–

...E Suas Trovas Ficaram

Nos delírios de teus beijos
eu travo ferrenha luta,
para acalmar meus desejos
sem manchar sua conduta.
–HILDEMAR DE ARAÚJO/BA–

Simplesmente Poesia


–ZÉ REINALDO/AL–
Ao meu Neto Arthur.


Tá vendo aquele velhinho
que vive ali tão sozinho
sem ninguém pra conversar?
Ele também teve história,
teve erros, teve glória,
hoje vive a recordar.

Mas, o tempo foi passando,
seus cabelos branqueando,
eis que a velhice chegou.
Dele, o mundo se esqueceu,
até um netinho seu
nunca mais o visitou.

Dizem que errar é humano,
mas é triste o desengano
daquele que muito errou!
E nas noites de luar,
com tristeza em seu olhar,
ele lembra o que passou.

Já não tem mais energia,
foi-se embora a alegria
só a saudade ficou.

Estrofe do Dia

O mundo está emborcado,
Jesus de costas pra ele.
Não parece mais aquele
mundão velho do passado,
hoje é sangue derramado,
marginais, salteadores,
rebeldes, estupradores,
bruxaria, intriga, enredo,
e a terra treme com medo
dos crimes dos pecadores.
–ROQUE MACHADO/PB– Soneto do Dia

–GABRIEL BICALHO/MG–

Mil Luzes.


Odiar-te, ao menos uma vez, odiar-te!
Como se odiasse tudo quanto é feio:
do frio bisturi que te reparte
ao duro “silicone” do teu seio.

Odiar-te, ao menos uma vez, odiar-te!
Como se amasse e odiasse, meio a meio,
teu corpo transformado em obra de arte
e a torpe cirurgia em nosso enleio.

De ódio tão cego quase me rejeito,
ao ver-te retocada e sem defeito,
estátua que a vaidade perpetua!

E quando tu me expulsas do teu leito,
apaga-se esta chama no meu peito
e acendem-se mil luzes, lá, na rua!

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

Anderson Moço (Projetos Didáticos) Parte 3


6 Como fazer o planejamento?

O primeiro passo é ter clareza sobre o que você quer ensinar, o que espera que os alunos aprendam e o que eles já sabem. Assim é possível garantir dois importantes critérios didáticos: a continuidade e a variedade de conteúdos ao longo dos anos.

Feito um recorte no conteúdo - levando em conta a faixa etária da turma e as necessidades de aprendizagem -, é preciso conhecê-lo a fundo e selecionar os materiais a ser usados, como textos, livros e sites. Só então são elaboradas as etapas. Sobre o que eu espero que a classe reflita? No que quero que avance? "Os projetos ajudam a dar voz às crianças por meio da problematização constante. Quando perguntamos da maneira correta, elas indicam o que entenderam e dão sinais do que deve ser ajustado na compreensão. Isso permite avaliar como o trabalho está caminhando e para onde seguir", explica Clélia Cortez.

Pensar no encadeamento das etapas também é fundamental. A ordem é lógica? Esse é o melhor caminho para que a garotada aprenda? A próxima tarefa é construir um cronograma e detalhar como desenvolver o trabalho em sala. Nesse ponto, é essencial ter definido o produto final - uma feira cultural ou um blog, por exemplo - e se haverá um momento de finalização e socialização do trabalho. Em caso afirmativo, qual o objetivo dessa culminância? Essas decisões interferem na gestão de tempo e na busca pelos recursos. Por fim, é necessário definir os critérios de avaliação. Tudo isso precisa estar escrito e serve como uma bússola para o trabalho.

7 Cada etapa deve ter um objetivo?

Sim. Apesar de o projeto necessitar de um propósito central (trabalhar comportamentos escritores, por exemplo), cada atividade deve ter o seu, sempre relacionado ao principal. Quando se sabe o que é preciso ensinar em cada momento, é mais fácil intervir e ajudar a turma a avançar. Esse conceito norteou a prática da professora Eudes da Silva Alves, da EMEB Doutor José Ferraz de Magalhães Castro, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, quando desenvolveu um projeto sobre contos de aventura com uma turma do 5º ano.

Primeiro, ela ofereceu às crianças diversos livros para ampliar o repertório. Depois, propôs uma análise das características do gênero estudado, sistematizando os conhecimentos adquiridos. Na sequência, realizou uma produção coletiva para que a turma se familiarizasse com esse tipo de texto. Por fim, os alunos redigiram as próprias versões, que foram revisadas com o apoio de Eudes.

Em alguns momentos, é possível pensar em objetivos secundários que não tenham necessariamente relação com o propósito de ensino maior. É comum isso ocorrer em atividades relacionadas ao produto final, como no caso de as crianças fazerem um desenho para a capa do livro da turma. Isso não está ligado à escrita, mas é uma ação comum na produção de publicações - dentro e fora da escola. Já que se quer preservar as práticas sociais, vale prever isso. O principal cuidado é não reservar muito tempo para esses momentos secundários. Eles devem ser pontuais e focados.

8 Como antecipar as dificuldades dos alunos?

Mais do que antecipar dúvidas, é preciso pensar em atividades específicas para estudantes com níveis diferentes de saber. Para contemplar todos eles, há três saídas: variar a complexidade das tarefas apresentadas, organizar os alunos em grupos e dar atenção àqueles que mais precisam. Para evitar problemas em relação a atividades como pesquisas, entrevistas e interpretação de dados, a solução é investigar as experiências que os estudantes tiveram anteriormente e, se necessário, reservar um tempo para o trabalho com esses procedimentos. Outra opção é retomar registros de atividades anteriores e verificar os pontos que vão necessitar de mais atenção durante o projeto.

9 Todas as atividades devem ser em grupo?

Não. Um bom projeto contempla atividades em que os alunos atuam sozinhos, em duplas e em grupos. Porém, como os projetos envolvem a turma toda e o produto final é uma obra coletiva, muitos pensam que tudo deve ser feito em equipe. É importante que as ações estejam articuladas entre si, como no projeto Galeria Virtual de Arte. A atividade começa coletivamente, com a ampliação do repertório da turma e a apresentação de uma ferramenta eletrônica que possibilita as visitas. Para conhecer o acervo e trocar impressões sobre ele, são formados trios. De novo juntos, todos escolhem quadros para compor uma galeria e, na sequência, cada aluno fica responsável pela legenda de um quadro, mostrando o que aprendeu.

Um bom critério para definir de que forma os estudantes vão realizar a tarefa é sua complexidade. A leitura de um texto, por exemplo, deve ser feita em grupo quando a garotada tem pouca experiência com o tema ou o gênero. A pesquisadora Delia Lerner, em um artigo publicado na revista argentina Letra y Vida, afirma que a discussão entre os alunos numa situação como essa é fundamental porque obriga cada um deles a justificar sua interpretação e, assim, tomar consciência das próprias contradições, além de conhecer a interpretação dos colegas. Depois dessa etapa, realizar sozinho uma atividade baseada nas informações do texto fica bem mais fácil.

Exemplo de
GALERIA VIRTUAL DE ARTE

Objetivo
- Apreciar acervos online.

Conteúdo
- Arte visual.

Anos
4º e 5º.

Tempo estimado
15 aulas.

Material necessário
Computadores com acesso à internet, mapa-múndi e lista dos grandes museus de arte no mundo.

Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Para ajudar os alunos cegos a navegar pelas galerias virtuais vale lançar mão de softwares específicos para este fim, como o Jauss, por exemplo. Mesmo assim, procure saber, antecipadamente, que noções este aluno tem sobre as artes visuais (em especial sobre a pintura) e faça com que os colegas sirvam como narradores das obras consultadas - comentando para o aluno cores, formas e elementos que devem ser observados. No Google Art Project há uma série de pequenos textos explicativos das obras, que podem ser consultados pelo aluno cego com a ajuda do professor ou dos softwares já mencionados. Se necessário, antecipe algumas etapas e conte com a ajuda do AEE no contraturno. Você pode preparar materiais em braile sobre artistas e obras e imprimir algumas pinturas, ressaltando elementos com cola de relevo, para que o aluno aprimore sua apreciação.

Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte se alguém já visitou museus de arte e sabe os critérios para organizar uma coleção de arte. Explique que o curador é o responsável pelo trabalho e que, com base em propostas, escolhe as obras.

2ª etapa
Apresente a lista dos grandes museus e situe alguns no mapa-múndi para mostrar o quão distantes estão do Brasil. Questione como a turma imagina que a internet pode ser útil para encurtar as distâncias. Explique que certas instituições disponibilizam parte do acervo na rede e que o Google Art Project reúne várias delas.

3ª etapa
Divida as crianças em trios e incentive a navegação pelo Art Project. Sugira que visitem vários museus. Chame a atenção para os tipos de coleção exibidos (arte moderna, por exemplo), o ambiente (pintam as paredes ou utilizam cenários, por exemplo) e oriente o uso da ferramenta de zoom.

4ª etapa
Divida as crianças em trios ou quartetos e sorteie um museu para cada um. Peça que naveguem por ela, apreciando o acervo, para apresentá-la aos colegas mais tarde. Se possível, como tarefa de casa, o grupo deve explorar todas as instituições na internet para que haja um debate após as apresentações. Supervisione as visitas virtuais e as apresentações, acrescentando observações.

5ª etapa
Convide os alunos a criar uma galeria virtual no Art Project e divulgá-la por e-mail para a comunidade escolar. Os critérios para a seleção das obras podem ser vários - o gênero (como paisagem ou retrato), a época ou a nacionalidade do artista, por exemplo. É possível também organizar uma galeria que apresente os destaques de cada museu. A turma deve recorrer ao que aprendeu durante a pesquisa e às apresentações da etapa anterior para fazer as escolhas.

6ª etapa
Com o acervo pronto, peça que cada estudante escreva uma legenda e registre na galeria. Sugira explorar o site novamente para buscar os elementos que normalmente as compõem (como informações a respeito do artista e técnica utilizada). Organize também a elaboração do texto de apresentação da coleção, para ser enviado por e-mail à comunidade escolar, juntamente com o endereço virtual da galeria, e providencie o envio das mensagens.

Produto final
Coleção virtual de arte.

Avaliação
Reúna as crianças para conversar sobre a relevância da preservação da memória da produção artística da humanidade e a respeito das perspectivas possíveis para a elaboração de um acervo. Busque nas falas dos alunos exemplos relacionados à experiência da visita virtual feita com o Google Art Project e analise os critérios usados para montar a galeria.

Consultoria: Maria José Spiteri
Professora da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) e da Universidade São Judas Tadeu.

Fonte:
Revista Nova Escola.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 210)


Uma Trova Nacional

Num vão de silêncio enorme,
por onde o amor já não anda,
piso a saudade que dorme
no chão da minha varanda!
HELOISA ZANCONATO/MG– Uma Trova Potiguar

Na varanda, meu abrigo,
de olhar vazio, tristonho,
quero acordar, não consigo,
sonho e te vejo em meu sonho!

FRANCISCO MACEDO/RN–

Uma Trova Premiada

2000 - Barra do Piraí/RJ

Tema : VARANDA - M/H.


Alma serena... e que abriga
velho sonho que vagueia...
parece varanda antiga,
onde a saudade passeia!
–JOSÉ MESSIAS BRAZ/MG–

...E Suas Trovas Ficaram


Embora a idade avançando,
minha alegria extravasa
ao ver meus netos brincando,
no alpendre da nossa casa!
–JOÃO SOBREIRA/CE–

Simplesmente Poesia


Poeta quando improvisa,
sente que o verso saiu
do mesmo jeito do sol
que a luz do dia pariu,
mostrando um refletor belo
no alpendre do castelo
que a mão de Deus construiu.
–SEBASTIÃO DIAS/RN–

Estrofe do Dia


Como músico compus hinos singelos
sobre o palco das belas alvoradas,
pintei príncipes dourados e fiz fadas
passeando em varandas de castelos,
terminei, fui olhar os quadros belos,
fitei todos os perfis esculturais,
as imagens ficaram tão reais
que eu mandei uma andar e ela andou,
sou o músico e poeta que pintou
o mais belo dos quadros naturais.
–DINIZ VITORINO/PB–

Soneto do Dia

–JOSÉ ANTONIO JACOB/MG–

Além da Porta.


E novamente a rua está deserta!
Mais uma vez cheguei tarde à janela
E o que passou de bom em frente dela
Não viu que a minha porta estava aberta.

Eu nunca apareci na hora certa...
Mas sei que lá adiante a vida é bela
E que sempre há uma nova descoberta
Fora do meu pijama de flanela.

A Voz que me acompanha e que me fala,
Dessa vez não me assusta, só conforta:
“Ânimo Antonio, deixa essa casa! - Anda!”

Eu saio... do meu quarto para a sala
E decidido vou além da porta,
Mas volto quando piso na varanda.

Fonte:
Textos enviados pelo Autor

Adriano Siqueira (Adorável Noite)


O Vampiro tradicional e sombrio, veste a sua capa escura e cheia de ondulações criadas pelo tempo, retorna através da magia, do sangue, do pacto com as criaturas da noite, da vontade ardente proveniente da sua selvageria pelo sangue.

O legado da sua dominação climática e dos seres noturnos, mantém o seus caninos salientes e pontiagudos.

Seu abraço, cheio de desejo, reúne as forças da sua alma aprisionada, para novamente combater os seus inimigos como fazia em seu Castelo. Para tomar o que é seu. A sua eternidade.

A sedução absoluta que vem dos predadores para conquistar as suas vítimas, mantém o seu reinado e a sua eternidade.

O prazer de ser dominante dos seres viventes deixa-o mais forte e menos solitário. O encanto que provem de suas palavras enchem o corpo da vitima de puro delírio ardente, quente que chega a aprisionar a alma daqueles que se entregam, pela tentação e pelo pacto de sangue.

Existem aqueles que se protegem recusando a sua entrada em sua morada, mas a experiente criatura noturna sempre descobrirá dentro da sua alma, qual a melhor maneira de seduzi-lo.

Ele não está morto e nem está vivo... Está apenas faminto.

E para isso ele vai mentir, vai jurar, vai prometer, vai te abraçar e quando você confiar...
Ele vai saciar a sua sede.

É chegada a hora do Vampiro atormentado sair de cena e começar a atormentar.

Sua alma ferve e clama pelo seus abraços.
E o Vampiro costuma atender pedidos, dos perdidos, dos abandonados, pois é deles o seu legado.

Aceite o convite... a adorável noite te espera.

Ficha Técnica:
CONTOS, MINICONTOS E CURIOSIDADES

Autor: Adriano Siqueira

Prefácio: Liz Vamp

Revisão: Celly Borges

Ilustrações (internas e capa): Anderson Siqueira
Finalização da Capa e Diagramação: M. D. Amado

158 páginas

Fonte:
Artigo de Jandeilson Bezerra no Elo das Letras.

domingo, 8 de maio de 2011

Ademar Macedo (Um Rosário de Saudade...)


Mãe deixou um rosário de saudade
pendurado por cima do meu peito,
as orações, não rezei nem a metade
pois rezar pra saudade não dá jeito.
Quando vejo o rosário eu vejo ela
e a saudade que hoje eu sinto dela
é, para mim, uma dor e um mistério;
pois sempre que eu visito a sua cruz
tenho visto as pegadas de Jesus
junto a cova de mãe, no cemitério.

Fonte:
Texto e imagem enviado pelo autor

Lino Vitti (Mãe)

Pintura por Arlete
No teu divino seio, oculto e pequenino,
Como semente em chão prolífero e adorado,
Germinaste-me a vida e com sopro divino,
Libertaste-me à luz de um mundo doce e amado.

Com tua santa voz guiaste o teu menino,
Cobriste-me do frio e teu braço sagrado
Mostrou-me a feliz senda e a seguir o destinoLinkComo sempre vencer, feliz, cristão e honrado.

Receba, minha mãe, neste dia, a saudade;
Que abracem suas mães todos os filhos nobres,
Que elas sintam do Amor toda felicidade.

Que Deus lá do infinito envie a todas elas
A bênção celestial, sejam ricas ou pobres,
Brancas, pretas, oh! sim, de palácio ou favelas.

Fonte:
Lino Vitti Príncipe dos Poetas Piracicabanos

Almada Negreiros (Mãe!)

Pintura em Acrílico por Rogério Silva
Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue verdadeiro, encarnado!
Eu ainda não fiz viagens
E a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me a teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa. Como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!

Fonte:
O Lobo Leitor

Eugénio de Andrade (Mãe!)

Pintura de Kolongi
No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.

Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.

Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? –

Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;

Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;

Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 209)


Uma Trova Nacional
Alinhar ao centro
Que nome você daria
à imagem da mãe que chora
ao pé da cama vazia
de um filho que foi embora?...
–RENATO ALVES/RJ–

Uma Trova Potiguar

Nas transparências infindas,
em que o amor transforma tudo,
a mãe via frases lindas
nos gestos do filho mudo!...
–JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN–

Uma Trova Premiada

1990 - São Paulo/SP
Tema: RIMA - M/H

Mãe – palavra que aproxima
criador e criatura;
tão singular que só rima
com a palavra... ternura!
–ANTONIO JURACI SIQUEIRA/PA–

...E Suas Trovas Ficaram

Se Deus atendesse um dia
minha prece ingênua e doce,
quem fosse Mãe não morria,
por mais velhinha que fosse.
–ARCHIMINO LAPAGESSE/SC–

Simplesmente Poesia

Inda guardo as batidas do pilão,
com mamãe, de manhã, pilando arroz,
eu mais novo, mais forte e mais disposto,
no rojão, eu na frente, ela depois;
nunca vou me esquecer desta contenda,
o pilão do passado virou lenda,
mas não sai da memória de nós dois!
–PROF. GARCIA/RN–

Estrofe do Dia

Seu gesto nos embeleza
tem um coração coeso,
ganha do filho o desprezo
mas ao filho não despreza;
é divina quando reza
é santa sem ter andor,
inocente como a flor
e linda quando engravida;
toda mãe é parecida
com a mãe do salvador.
–JOMACI DANTAS/PB–

Soneto do Dia

–Diniz Vitorino/PB–
M A M Ã E.

Desça ao túmulo mamãe, e fique inerte!
Na frieza das cinzas sepulcrais.
Durma o sono dos justos, só desperte,
nos espaços das almas imortais.

Este pranto de dor que a gente verte,
eu lhe juro, mamãe, não verter mais.
Para que seu espírito se liberte,
nas alcovas dos céus descanse em paz.

Viva ao lado de Deus, mas pelo menos,
me permita fazer alguns acenos,
implorando os conselhos da senhora.

Dê-me a bênção, e em sonhos me visite,
para que esta saudade sem limite,
não devore-me também, antes da hora.

Fonte:
Textos enviados por Ademar Macedo

Mãe em Trovas

Pintura de William-Adolphe Bouguereau
Com que suave ternura
tece a canária o seu ninho!
- Mãe é assim, dengosa e pura,
a nossa e a do passarinho...
A. A. DE ASSIS – MARINGÁ /PR

Depois que, mãe tu partiste,
como uma Santa em seu véu,
o céu que eu via tão longe,
ficou mais perto, e mais céu...
ADELMAR TAVARES – RECIFE/PE

Minha Mãe, minha velhinha,
Deus te abençoe, e acompanhe,
porque uma Mãe neste mundo,
quanto mais velha, mais Mãe.
ADELMAR TAVARES – RECIFE/PE

Pelo bem que me fizeste;
sem nunca exigires nada:
pela luz que tu me deste,
minha mãe - muito obrigado!
AGMAR MURGEL DUTRA

Minha mãe, tu que me acalmas,
e que meus males espantas,
és a mais pura das almas,
és a mais santa das santas!
ALMEIDA FARIA

Mãe, por mais que eu me concentre
na importância do que faço,
não esqueço que o teu ventre
foi o meu primeiro espaço.
ALMERINDA LIPORAGE – RIO DE JANEIRO/RJ

Oh, minha mãe, com denodo,
numa existência sem brilho,
trocaste o futuro todo
pelo futuro do filho!
ALVES COSTA

Minha mãe sempre ao meu lado,
é amiga na dor, no riso;
não reclama do seu fado,
finge sempre um paraíso...
AMARILLYS SCHLOENBACK

Mãe, retrato de ternura,
de pura abnegação,
é a mais doce criatura
a quem Deus deu coração.
AMILTON MONTEIRO – S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP

Amor de mãe é semente
que germina em qualquer chão,
é feito só de ternura,
é feito só de perdão.
ANFRÍSIO LIMA – ES

Mãe de José, de Maria,
de Antonio, Pedro, de João ...
O nome próprio varia ...
Só não muda o coração.
ANÍBAL VITRAL MONTEIRO – SP

Mãe que traz uma criança
nas entranhas do seu ser,
carrega a própria esperança
no filho que vai nascer.
ANIS MURAD – RJ

Ó mãe que tudo perdoas,
corrige teus pequeninos!
- Às vezes, de intenções boas
nascem ladrões e assassinos...
APARÍCIO FERNANDES – ACARI/RN

Vejo-te, mãe, todo dia
que a tarde cai pra morrer
e que a voz da Ave-Maria
vem minha alma enternecer...
ARCHIMIMO LAPAGESSE – FLORIANÓPOLIS/SC

Se Deus escutasse um dia
minha prece ingênua e doce,
quem fosse mãe não morria,
por mais velhinha que fosse!
ARCHIMIMO LAPAGESSE – FLORIANÓPOLIS/SC

Tão velhinha, tão velhinha
partiste deste degredo;
e eu te pergunto, mãezinha,
se ainda não era cedo!
ARCHIMIMO LAPAGESSE – FLORIANÓPOLIS/SC

Mãe não rima certamente...
Mas vejo, lembrando a minha,
que há muitas rimas, se a gente
quiser chamá-la mãezinha!
ARCHIMIMO LAPAGESSE – FLORIANÓPOLIS/SC

Mãe feliz! É tão novinho,
e teu seio já reclama!
Dois corações tens agora:
um que pulsa, outro que mama...
BATISTA NUNES – RIO DE JANEIRO/RJ

Só as mães, ao filho enfermo,
embalam numa canção,
tendo o sorriso nos lábios
e um punhal no coração.
BATISTA NUNES – RIO DE JANEIRO/RJ

Mãe olhando o teu retrato
meus olhos fitos nos teus,
penso que estás ao meu lado
por uma graça de Deus!
BATISTA NUNES – RIO DE JANEIRO/RJ

Tesouro que, dividido,
vai crescendo, vai subindo,
- è amor de Mãe, repartido
pelos filhos que vêm vindo!
BATISTA NUNES – RIO DE JANEIRO/RJ

Mãe não precisa de rima.
Nome de tal esplendor,
diz tudo, para que exprima,
sozinho, um poema de amor!
BAPTISTA NUNES – RIO DE JANEIRO/RJ

Eu vi minha mãe rezando
aos pés da virgem Maria:
- Era uma santa escutando
o que outra santa dizia.
BARRETO COUTINHO – LIMOEIRO/PE

Mãe – presente do Senhor,
que a humanidade conduz
num barco cheio de amor,
singrando mares de luz!
BENEDITO CAMARGO MADEIRA – POUSO ALEGRE/MG

Minha mãe... é um paraíso!
Quando meus filhos afaga...
tem sempre o mesmo sorriso
que jamais o tempo apaga!
BENEDITO CAMARGO MADEIRA – POUSO ALEGRE/MG

Mãe do Amor! Mãe de Jesus
e dos filhos de ninguém!
Tem pena da minha cruz,
que sou teu filho também!
BENEDITO LOPES

Devo tudo quanto sou
e a vida me concedeu
à mãe que Deus me levou
e à mulher que Ele me deu!
CARLOS GUIMARÃES

Minha mãe, que eu louvo tanto,
e que tanto fez por mim,
não pôde fazer-me santo,
porque o barro era ruim.
CARLOS GUIMARÃES

A Mãe, por ser indulgente,
tudo em seu coração cabe.
A mãe é aquilo que a gente
quer definir mas não sabe.
CLARINDO B. ARAÚJO – NATAL/RN

Mãe não é só quem procria.
nos diz velho ditado.
Ser mãe é também quem cria
com amor um filho adotado.
CLAUDYRA DIAS DA ROCHA – FORTALEZA/CE

Minha mãe! Quanta saudade
de quem deixou-me, na Terra,
lições de total bondade
e de paz em plena guerra...
CLEVANE PESSOA – BELO HORIZONTE/MG

É minha mãe quem me inspira
as rimas do coração:
de seu Amor, sonora lira
eu tiro qualquer canção...
CLEVANE PESSOA – BELO HORIZONTE/MG

Mãe viva, mãe que partiu...
Todas merecem louvores;
seu amor sempre floriu
na rima dos trovadores.
CONCEIÇÃO A. C. DE ASSIS – MG

Mãe! criatura querida,
santa heroina sois vós;
quando nos destes a vida,
destes o sangue por nós.
DÉCIO VALENTE – SÃO PAULO/SP

Minha mãe tão delicada,
toda feita de carinho,
continua madrugada
no ocaso do meu caminho!
DELCY CANALLES – PORTO ALEGRE/RS

Era uma santa em verdade,
mais santa que outra qualquer,
a mulher, hoje, saudade,
que foi mais mãe que mulher!
DELCY CANALLES – PORTO ALEGRE/RS

Amor de mãe é tão grande,
tão profundo na expressão,
tão sincero, tão sublime,
que não tem definição!
DELMAR BARRÃO

Se "Mãe" não tem com que rime,
não desistas, trovador...
Troca a palavra sublime
pelo sinônimo "Amor"!
DOROTHY JANSSON MORETTI

Ouve mãe: já não contenho
esta saudade insofrida ...
Deste-me a vida que tenho
e eu não posso dar-te a vida.
DURVAL MENDONÇA

O que eu mais tenho vontade
No “Dia das Mães” que aí vem,,
É de matar a saudade
Da minha mãe que não vem.
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

Minha mãe, como eu querida
Sentir em mim emoções
Ao te ver voltando à vida
Entre os Anjos Guardiões.
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

Lembro tanto o teu carinho,
Teu sorriso e teu olhar,
Que a busco no meu caminho,
Para a poder abraçar.
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

As mães merecem bem mais
Do que ter um dia somente...
Mães são pra sempre imortais!
Mãe és o máximo expoente!
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

Mãe que sorri em meio à dor
Para seu filho querido...
É um sinônimo de AMOR,
Por mais que tenha sofrido...
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

Mãe cujo olhar é sem brilho,
É a que passou pela dor
De um dia perder seu filho...
Não vê mais luz, só negror.
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

Minha mãe que era bondosa,
Trazia em si uma energia
Cheia de luz, poderosa,
Plena de amor e harmonia.
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

Ó mãe, que felicidade!
Eras só luz, coração!
Deixaste-nos a bondade
Que tinhas no coração...
EIRE - JACARAÍPE, SERRA – ES

Toda luz na diretriz
deste meu viver austero
é um bilhetinho que diz:
- " Mamãe, querida, eu te quero"!!
ELISABETH SOUZA CRUZ – NOVA FRIBURGO/RJ

A mãe tem tal primazia,
tanto poder, tanta luz,
que pede à Virgem Maria
quem precisa de Jesus ...
ELTON CARVALHO – SÃO PAULO/SP

Mãe! quisera eu me deitar
junto à parede, aos teus pés.
adormecer e sonhar,
sentindo os teus cafunés.
FRANCISCO GARCIA – CAICÓ/RN

Mãe preta, o que me consome,
é nunca esquecer teus traços,
quando morrendo de fome,
matava a fome em teus braços!
FRANCISCO GARCIA – CAICÓ/RN

Sob a luz de um lampião,
se apagando e se acendendo,
meu Deus, que triste emoção,
eu vi minha mãe morrendo.
FRANCISCO GARCIA – CAICÓ/RN

Deus, em toda a sua glória,
com tanta grandeza e brilho,
p'ra completar sua história,
quis ter mãe e quis ser filho!
GISLAINE CANALLES – BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC

Minha mãe, que orava aqui,
é nos céus que reza agora;
foi no meu sonho que a vi
aos pés de Nossa Senhora!
HARLEY CLOVIS STOCCHERO – ALMIRANTE TAMANDARÉ/PR

A mãe é essência divina
que todo amor nela encerra;
é luz que a estrada ilumina
para os filhos nessa terra.
HORÁCIO FERREIRA PORTELLA – PIRAQUARA/PR

Não há nada mais sublime
do que o santo amor de mãe
e Deus só deixa que eu rime
o nome mãe com mamãe.
HORÁCIO FERREIRA PORTELLA – PIRAQUARA/PR

O amor de mãe é o mais puro,
sincero e cheio de graça.
É luz que brilha no escuro.
É vinho em dourada taça.
HORÁCIO FERREIRA PORTELLA – PIRAQUARA/PR

Oh, minha mãe, em meus cantos,
num grato e eterno estribilho,
bendigo a Deus, que, entre tantos,
me escolheu para teu filho!
J. G. DE ARAÚJO JORGE – TARAUACÁ/ACRE

Surpreendente maravilha
a que agora me acontece:
minha mãe é minha filha
à medida que envelhece!
JESY BARBOSA – CAMPOS/RJ

Minha mãe verteu mais pranto
que a mãe de Nosso Senhor.
A Virgem chorou um Santo;
minha mãe - um pecador!
JOSÉ MARIA MACHADO DE ARAÚJO – RIO DE JANEIRO/RJ

A mãe das outras crianças
com minha mãe se parece ;
oferta ao filho as bonanças
e oculta o mal que padece.
JOSÉ VALERIANO SOBRINHO

Amor de mãe quem tiver
Deve guardá-lo no peito:
não há amor de mulher
que seja amor tão perfeito.
JÚLIO BRANDÃO

A Mãe, somente, perdoa
o mal que um filholhe faça,
embora o coração doa
dá-lhe um sorriso e o abraça!...
LACY JOSÉ RAYMUNDI – GARIBALDI/RS

Eu não vi quadro mais lindo,
nem em Londres ou Paris
que uma criança sorrindo
no colo da mãe feliz!
LACY JOSÉ RAYMUNDI – GARIBALDI/RS

Mãe, que te posso dizer
que ninguém já tenha dito?...
...Tu fazes por merecer
isso tudo ao infinito!...
LACY JOSÉ RAYMUNDI – GARIBALDI/RS

Ninguém, em nenhum momento,
neste mundo conquistou
mais direito a um monumento
que a Mãe, que um filho gerou!
LACY JOSÉ RAYMUNDI – GARIBALDI/RS

O amor, no mundo, se exprime
pelo da Mãe, forte e vivo:
mas penso que é mais sublime
quando por filho adotivo!
LACY JOSÉ RAYMUNDI – GARIBALDI/RS

Desejei fogo atear
ao mundo por onde trilho
vendo uma cega indagar
como era o rosto do filho.
LILINHA FERNANDES – RIO DE JANEIRO/RJ

Pra quem é mãe não existe
bem de mais funda raiz,
que o de viver sempre triste,
mas ver seu filho feliz.
LILINHA FERNANDES – RIO DE JANEIRO/RJ

Sofres no céu, Mãe querida,
sentindo, ao ver minha sorte,
que me pudeste dar vida
e não me podes dar morte!
LILINHA FERNANDES – RIO DE JANEIRO/RJ

Na tua fronte bendita
dei um beijo, mãe querida!
foi a trova mais bonita
que já fiz em minha vida.
LILINHA FERNANDES – RIO DE JANEIRO/RJ

“Quem tiver filhos pequenos
por força há de cantar:
quantas vezes as mães cantam
com vontade de chorar.”
LUIZ HÉLIO FRIEDRICH – CURITIBA/PR

Para mãe, não há uma rima,
no idioma português,
pois ser mãe é obra prima,
- foi assim que Deus a fez.
LUIZ HÉLIO FRIEDRICH – CURITIBA/PR

Debruçada sobre o berço
do seu querido filhinho
busca a mãe, com o seu terço,
indicar-lhe um bom caminho.
LUIZ HÉLIO FRIEDRICH – CURITIBA/PR

Mãe é palavra sublime,
e foi sábio o português
não criou outra que rime
com ela nem uma vez.
LUIZ HÉLIO FRIEDRICH – CURITIBA/PR

Na renúncia à própria vida
pra gerar os filhos seus,
uma mãe tem, garantida,
outra vida junto a Deus.
LUIZ HÉLIO FRIEDRICH – CURITIBA/PR

Por seguir a vida afora
sem haver nenhum tropeço,
agradece à mãe, agora,
o filho por seu começo.
LUIZ HÉLIO FRIEDRICH – CURITIBA/PR

Qual o filho mais querido,
aquele que a mãe mais gosta?
Se existe algum preferido?
Nem ela sabe a resposta!...
LUIZ HÉLIO FRIEDRICH – CURITIBA/PR

Dizes que és pobre ... E eu, coitado,
inveja tenho de ti ...
- Tens tua mãe a teu lado,
e a minha - eu nem conheci!
LUIZ OTÁVIO – RIO DE JANEIRO/RJ

Tendo ao seio o meu menino,
tudo em volta é luz, é brilho.
Nem sei mesmo onde eu termino
e onde começa o meu filho!
MAGDALENA LÉA BARBOSA CORREIA – RIO DE JANEIRO/RJ

As mães são divinas plantas
que deram flores, sementes...
Para Deus são todas santas,
com milagres diferentes ...
MARIA NASCIMENTO – CORURIPE/AL

Mamãe, tua idade avança
e eu, triste, não me consolo,
porque sou sempre a criança
que precisa do teu colo!
MARIA NASCIMENTO – CORURIPE/AL

Grande símbolo de afeto,
toda mãe, por nos dar vida,
faz do amor seu predileto
gesto que ninguém olvida.
NEI GARCEZ – CURITIBA/PR

No embalo suave e silente
de teu ventre já aquecido
recebi maior presente
só por ter de ti nascido.
NEI GARCEZ – CURITIBA/PR

Apesar de mim distante,
lembro de ti, mãe querida;
porque foste a mais brilhante
estrela da minha vida!
NEMÉSIO SIMAS – RAUL SOARES/MG NS

És a avó do nosso neto.
És a mãe do nosso filho.
Esposa do meu afeto.
És mulher, estrela e brilho...
NEMÉSIO SIMAS – RAUL SOARES/MG NS

Guarda no olhar a doçura
com que me embalou um dia.
Mãe lembra sempre a figura
e a ternura de Maria.
NILCI GUIMARÃES – RIO DE JANEIRO/RJ

Das dores que o tempo aguça
a mais triste, eu desconfio,
ser a da mãe que soluça
junto de um berço vazio...
NILO APARECIDO PINTO

Os olhos de minha mãe,
de pranto os vi sempre baços:
Chorando por meus triunfos,
chorando por meus fracassos.
NILO APARECIDO PINTO

Título algum de nobreza,
ou nome ilustre qualquer,
tem o valor, a grandeza
do de mãe, dado à mulher!
ORLANDO BRITO – SÃO LUIZ/MA

Mãe, com divina bondade,
inteligência e com brilho,
faz tudo que ao filho agrade,
sem nada exigir do filho.
ORLANDO WOCZIKOSKY – CURITIBA/PR

Às vezes a mãe da gente
não é a melhor assessora,
para o aluno inteligente,
mãe também é a professora.
ORLANDO WOCZIKOSKY – CURITIBA/PR

Em paz o mundo estaria,
se governassem a Terra
apenas mães que algum dia
perderam filhos na guerra!
OSMAR GODINHO - PR

Como de um eixo central,
desde a manhã à noitinha,
a vida toda de um lar
gira em torno da mãezinha.
PEDRO COLTRO – RIBEIRÃO PRETO/SP

Como de um eixo central,
desde a manhã à noitinha,
a vida toda de um lar
gira em torno da mãezinha.
PEDRO COLTRO – RIBEIRÃO PRETO/SP

Minha Mãe – frase sagrada
da mais sublime expressão,
para ser perpetuada
no fundo do coração.
PEDRO PAULO DE LEMOS – RJ

À minha mãe que voou,
nas asas de um querubim,
pedindo hoje aqui estou
que do céu vele por mim.
SARA FURQUIM – RIO BRANCO DO SUL/PR

Carinhos de filhos, quero!
Fazem bem ao coração:
São frutos do amor sincero;
São frutos da gratidão!
SELMA PATTI SPINELLI – SÃO PAULO/SP

Quem quiser ver a Esperança
olhe uma noiva no altar,
fite os olhos de uma criança,
repare uma mãe rezar!
SEVERINO UCHOA – ARACAJÚ/SE

Mamãe, eras diferente
das outras Mães, para mim.
De ti sinto bem presente
esta saudade sem fim.
SINÉSIO CABRAL – FORTALEZA/CE

Amor.... assim eu defino:
Mamãe tão velha... e eu, marmanjo,
tratado igual a um menino:
-Veste o agasalho, meu anjo!...
VANDA FAGUNDES QUEIROZ - CURITIBA/PR

Caso a sobremesa fosse
escassa, mamãe dizia:
- Tomem! Não gosto de doce!
... e docemente sorria.
VANDA FAGUNDES QUEIROZ - CURITIBA/PR

Duas mulheres, dois dotes
ao destino que as conduz:
Uma - a mãe de Iscariotes,
a outra - mãe de Jesus.
VANDA FAGUNDES QUEIROZ - CURITIBA/PR

Se sendo mãe, a mulher
diviniza os seus anseios,
mais nobre ainda é quem quer
ser mãe de filhos alheios.
VANDA FAGUNDES QUEIROZ - CURITIBA/PR

Rosto negro, alma de neve,
ternura de risos francos,
o Brasil muito de deve,
mãe - preta dos filhos brancos.
VASCO DE CASTRO LIMA – LAVRINHAS/SP

Eu rememoro a saudade
de minha mãe, as carícias:
serena necessidade
de seu carinho e delícias...
VIDAL IDONY STOCKLER – CURITIBA/PR

Lembro da mãe a ternura,
inda criança em seus braços;
hoje vivo a desventura,
sem calorosos abraços.
VIDAL IDONY STOCKLER – CURITIBA/PR

Mãe! A doçura querida,
serena amabilidade,
legou-nos a própria vida
a paz e a felicidade!
VIDAL IDONY STOCKLER – CURITIBA/PR

Ser mãe, é ser o que encerra
tudo que é nobre e bendito :
- é ter a alma na terra
e o coração no infinito ...
VIRGÍLIO G. ASSUMPÇÃO

Almejo trilhas sem fim,
ornamentadas de rosas!...
Mãe, vais à frente de mim,
cultivando as mais formosas!
WAGNER MARQUES LOPES – PEDRO LEOPOLDO/MG

Transcendo o sonho e refaço
minhas rotas do passado,
para ter de novo o abraço
do ventre em que fui gerado.
WANDIRA FAGUNDES QUEIROZ - CURITIBA/PR

Mãe é puro sentimento
que se mistura à razão.
Mãe é tudo num momento,
e... muito mais: coração.
ZENI DE BARROS LANA – ITAVERAVA/MG

Mamãe é um sono desperto,
é uma estrela que reluz,
é oásis num deserto,
é bondade, é paz, é luz.
ZENI DE BARROS LANA – ITAVERAVA/MG

Num mundo de tantas flores,
a mãe vive seu encanto,
mas vivendo tantas dores,
também verte amargo pranto.
ZENI DE BARROS LANA – ITAVERAVA/MG

Fonte:
Nilton Manoel

Geraldo Maia Santos (Mãe)


Ainda bem que mãe é só uma, já pensou ter que aguentar a perda de um monte delas? Perder uma só nunca termina, pior seria uma sucessão de perdas intermináveis. Quem pode esquecer a maciez do colo, os sonhos sem fim que a mãe alimenta? Podia faltar tudo em casa, menos mãe. Mãe faz parte da cesta básica de Deus, não falta nunca, mesmo quando esvazia, ainda fica cada pedaço, átomo, partícula, pó de mãe impregnado em cada dobrinha da alma.

Mãe não polui, é autosustentável e sem limite. Mãe é a coisa mais reciclável que existe. Mãe vira tudo, pai, namorada, gerente, dona, filho, financista, psicóloga, médica, vó (mãe dupla), parteira (toda mãe é estepe de outra), mundo (o mundo só existe porque tem mãe nele para torná-lo viável), mãe só tem utilidades e não há desperdício de mãe, cada uma tem múltiplas funções, únicas e exclusivas, criadas a cada instante para satisfazer as necessidades de cada filho.

Da minha mãe sei que sua oficina estava sempre em atividade para nutrir de vida nosso canteiro de passos. Lembro que nunca se cansava e a noite emendava no dia logo mal dormia por força de sua mágica. Era o tipo de mãe que não só acredita como torna realidade os sonhos mais fantásticos e sem pé nem cabeça. Ela resolvia todos com sua imensa ternura e paciência. Coisas por demais necessárias no trato com toda mãe, principalmente com aquelas que voltaram a ser crianças preparando o coração para ficar no lugar do nosso.

Mãe é algo que de tão óbvio fica impossível explicar. Mãe é para sentir. Por isso quando parte o nosso coração vai junto e a gente só sobrevive porque o dela fica no lugar. É. Pode verificar se o seu coração aí não é o de sua mãe. Vai, olha, ouve como bate, não é o mesmo que você ouviu quando estava dentro dela? Presta atenção, pôxa, vê como é igual...

Porque só assim a mãe admite morrer, porque sabe que seu coração vai ficar cuidando de sua cria. Dando vida para ela. Afinal essa é única tarefa que nenhuma mãe precisa aprender na escola. Todas já nascem capacitadas para dar à vida um ser pelo qual vai se dedicar o tempo todo. E a dar a vida por ele.

Ninguém ensina essas coisas para a mãe, mas ela sabe que quando for necessário não vacila um segundo na hora de dar a vida por suas crias. Mas nenhuma mãe consegue admitir dar de bom grado a vida de um filho ou filha. Mais fácil dar a própria vida. Porque uma cria para qualquer mãe é mais que a própria vida. Mesmo que nenhuma saiba disso.

Fontes:
Texto enviado por Poetas del Mundo
Imagem = Galega Encarnada

Mãe em Versos

Pintura de Salvador Dali
VICÊNCIA JAGUARIBE Mãe Miriam
(Laura)

Mãe, da vida saíste sutil
Como nela entraste.
Sem estardalhaço
Como por ela passaste.
Sem grandes e vistosas
Atitudes que te dessem
Um lugar no pavilhão
Dos mártires ou dos heróis.
O teu fazer foi miúdo
Como os grãos de areia
E sutil como a folha que cai
Para dar lugar a outra chegante.

(Ninguém a ti atribuiu
O vestido que velou
A nudez da mulher
O lençol que agasalhou
O velho paralítico
As moedas que compraram
O remédio de quem morria
E o leite de quem nascia.)

Por esse teu deslizar pela vida,
Mãe, eu te saúdo com o respeito
Com que o anjo Gabriel, um dia,
Saudou uma outra Mãe,
Também Miriam,
Em uma outra época
Em um outro lugar.

Por esse teu resvalar por nossas vidas,
Mãe, eu me curvo à tua lembrança,
Como um dia,
Num tempo muito distante,
Isabel curvou-se a uma outra
Mãe, a uma outra Miriam,
Mãe Miriam.

JULIO CEZAR BRIDON DE SOUZA
Minha 1ª Palavra

Abro o livro da minha vida e lá,
bem na primeira página, encontro
gravada em ouro, minha primeira palavra:
“mamãe”!

Um arrepio passou-me no corpo inteiro
Porque aquilo,lá bem atrás,
Deve ter soado, para minha mãe,
Como um címbalo ao repicar dos sinos.

Não pude conter uma pequena lágrima
Que teimava em cair molhando-me o rosto
Que,perplexo revivi, como se lembrasse,
Aquele milagroso momento.

Mamãe!
Existe algo mais belo do que isso
Que toca fundo a alma do ser humano
Que dependeu dela,durante todo
Um enorme tempo?

Creio que não!
Creio que a paz que traz
A lembrança de nossa querida mamãe
Perpetua,para sempre,aquela que nos deu vida.

Por tudo isso, mamãe
E por tantas outras coisas que plantaste dentro de mim
Te amo mais do que nunca
Como se fosses a única a me tornares
Um ser humano muito feliz.

MARIA DOS ANJOS
Para Ti Mamãe


Para ti mamãe querida,
Que enche de alegria a minha vida,
Com histórias e contos da infância,
De adulta volto a ser criança,
Vislumbrando os momentos de carinho,
De afeto recebido de ti,
Quem me dera nunca ter crescido,
Para sempre em teu colo ficar,
E meu cabelos tu voltar a pentear,
Quantas vezes me recordo de ti,
A ralhar para eu comer,
Era um tempo de aproveitar,
Ser criança, agora jamais,
Mas o tempo passou com certeza,
Seus cabelinhos hoje branquinhos estão,
Sua pele um pouco enrugada,
Mas tu me lembras bem mais,
Das traquinagens do meu tempo de menina,
Perdão minha mãe, se por vezes te magoei,
Com palavras que te feriram o coração,
Hoje sei quantas vezes errei,
Quantas vezes me deixei levar,
Sem entender sua posição,
Hoje sei o quanto doía,
Pois hoje mãe também sou,
Mas tu que nunca reclamou,
Tu mamãe, sempre, sempre, me amou!

DELASNIEVE DASPET
Para mamãe.


Oh! Mamãe...
Com quanto carinho te escrevo.
Meu coração se encontra ferido de saudades.
Vinte cinco anos passados... tanto tempo, e, é tão forte tua presença.
És o fio preciso que interliga minhas lembranças.
Orientaste-me com paciência; tuas mãos ajudaram-me na caminhada.
Ainda ouço tuas palavras que assumem formas de pensamentos,
me chegam ternas, nas horas necessárias.
Retorno pelas trilhas de nossas caminhadas... não foi ontem, ainda é!
Mãe a saudade me toma e me embarga a voz... tremem minhas mãos...
Sou eu quem te chama.
Sou eu quem te busca pelos caminhos.
Sou eu – carta viva - que me entrego à saudade que me faz vibrar
Em tua sintonia.

ERON FREITAS
Mãe Solitária


Para você, mãe solteira,
que perdeu, solitária, seu querido,
deixando-lhe a lembrança de um filho...
ergue bem alto a bandeira
de ser mãe, e ter sofrido,
sem sair jamais do trilho!

Que Deus te guarde e te cure
das mazelas desta vida,
que enfrentou... e venceu!
Na mão de Deus te segure,
com a pessoinha nascida,
que o destino te deu !
-x-
As mães solteiras são sempre esquecidas,
criticadas, às vezes, por convenções sociais!
Mas... vos saúdo, queridas!
Sem distinção, já estão absolvidas
no tribunal das heroínas imortais!

GLEIDSTON CÉSAR RODRIGUES
Mãe!


Cheiro suave que perfuma nosso
Horizonte aonde quer que estejamos.
Luz que ilumina nossos caminhos,
Afugentando a solidão.

Ama e perdoa sempre com doçura
Acolhendo no seio familiar todos
Aqueles que sejam desabrigados.

Apascenta os seus, mas também os
Que não o são, sempre com o amor e
Carinho. No seu lar, sobre a mesa,
Alimenta todos quantos nela se sentar.

Suas súplicas chegam á Deus de forma
Singela, com cheiro suave, fazendo com
Que Deus inclina seus ouvidos e com
Urgência acolhe seus pedidos.

Seus braços abraçam o filho perfeito,
E estendidos alcançam também o filho
Pródigo. Nas suas lágrimas, está a sua
Fortaleza, através desta rocha, o mundo
Se redimi das suas más acções.

Paz, amor, união, graciosidade são as matérias
Que te representam, sua presença é feita de pequenos
Milhares de afectos que se espalham pelo solo que
Te recebe.

Á você mulher, avó, mãe, tia, irmã, filha,
Cunhada, ou simplesmente menina-mulher
Aqui deixo a minha eterna gratidão.

Fontes:
Texto enviado por Vicência Jaguaribe
Poesias enviadas por Delasnieve Daspet (Poetas del Mundo)